sábado, 31 de dezembro de 2011

POESIA NORDESTINA


"Oliveira de Panelas, poeta e repentista pernambucano, certa vez se deparou com um desafio no mínimo inusitado: Após consertar seu carro na oficina de um amigo e perguntar quanto havia custado o conserto, ouviu do dono da Oficina que o concerto ficaria de graça caso ele fizesse um verso, falando sobre o seu "órgão sexual". Surpreso e ao mesmo tempo indignado, Oliveira resolveu brincar com o seu amigo dono da oficina e descreveu assim, o" dito cujo":
  "Essa rôla antigamente
  Vivia caçando briga
  Furando pé de barriga
  Doidinha pra fazer gente
  Mas hoje tá diferente
  Dormindo um eterno sono
  Não quer mais saber de fazer
  Com a cabeça encostada
  Na porta do cú do dono
  Já fiz muita estripulia
  Firme que só bambu 
  Mas parecia um tatu
  Fuçava depois cuspia
  Reinava na putaria
  O priquito era seu trono
  Trepava sem sentir sono
  e sem precisar de escada
  Mas hoje vive enfadada
  Na porta do cú do dono
  Nunca mais desvirginou
  Uma mata vaginosa
  Há muito tempo não goza
  A noite de gala passou
  Vive cheia de pudor
  Sonolenta e sem abono
  Faz da ceroula um quimono
  E da cueca uma estufa
  Vive hoje a cheirar bufa
  Na porta do cú do dono."
  
  




 













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