sábado, 14 de julho de 2012

Maxaranguape e Ielmo Marinho serão incluídos na região metropolitana de Natal


O debate em torno do desenvolvimento da Região Metropolitana de Natal-RMN, reaberto pela Assembleia em um seminário sobre a gestão administrativa, é um tema que vai merecer a atenção dos deputados no segundo semestre legislativo.

Atualmente com dez municípios integrantes - Natal, Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba, Monte Alegre, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu e Vera Cruz - a região vai passar a contar com mais dois: Maxaranguape e Ielmo Marinho.

Os projetos de lei que incluem os dois novos municípios, de autoria dos deputados George Soares e Poti Júnior, apresentados no ano passado, foram aprovados na penúltima sessão plenária do primeiro semestre e encaminhados para a sanção da governadora Rosalba Ciarlini.

Para incluir Maxaranguape, o deputado George Soares justificou que o município tem a mesma posição geográfica de outros integrantes da Grande Natal, tais como São José de Mipibu, Vera Cruz e Ceará-Mirim.

"É importante destacar que Maxaranguape, de acordo com estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE no Censo de 2010, nos últimos 10 anos foi o terceiro município que mais cresceu no Rio Grande do Norte, com 34,49%, ficando atrás apenas de Parnamirim e Guamaré", justificou.

Já Poti Júnior defendeu, para incluir Ielmo Marinho, que devido à localização geográfica de proximidade ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o município enfrentará situações própria da Região Metropolitana como mobilidade urbana, especulação imobiliária, instalação de empresas e limpeza pública.

"A sua inclusão como município membro da Região Metropolitana permitirá buscar soluções em conjunto com os demais integrantes, promovendo uma maior eficácia na busca de soluções e um desenvolvimento sustentável."

Agenda Metropolitana

No seminário realizado na Assembleia Legislativa sobre a Gestão Metropolitana foram levantados alguns temas para a agenda da Região como organização, ocupação e crescimento da Cidade Metropolitana, reduzindo a vulnerabilidade dos mais pobres e elevando o padrão socioambiental dos assentamentos humanos, novo padrão de mobilidade e acessibilidade, baseado no transporte público.

Nessa agenda também vão ser discutidos a estruturação do espaço rural na perspectiva do desenvolvimento social, com diminuição dos impactos sobre o ambiente natural; e a redefinição do modelo de gestão e institucionalidade da Região, ampliando a participação da sociedade.

Os professores do observatório das Metrópoles têm o entendimento que todos os projetos, grandes e médios, trazem problemas e virtuosidades e que "os problemas não precisam da nossa ajuda para acontecerem. As soluções sim precisam da gestão governamental".

Nas discussões entre deputados, conferencistas, professores, empresários e prefeitos dos municípios integrantes foi levantado que o grande problema para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Natal é a falta de governança - o conjunto de políticas, funções e responsabilidades.

Fonte - Diário de Natal

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