Eis-nos chegando já ao final do primeiro mês de janeiro de 2013. Mas, ainda nos restam pouco mais de onze meses no ano para que realizemos aquelas “promessas de ano novo” que alguns fizeram ou, pelo menos, intentaram programar.
- Podemos até citar algumas das “mais mais”: fazer dieta, ler mais livros, programar academia, viajar e conhecer novas terras, estar mais tempo com a família, controlar o temperamento, adquirir a casa própria, comprar um automóvel (ou trocá-lo por um mais novo), e a lista não tem fim. Citamos somente alguns do que temos ouvido.
Há algumas, digamos, atividades que não estão entre as “mais pedidas”. Quer exemplos? Dar atenção a quem realmente deseja ser ouvido, realizar mais visitas a necessitados, enfermos, reclusos em penitenciárias, ouvir mais e falar menos, chorar com os que choram (porque rir é mais fácil), e, por que não?, buscar mais intensamente a presença de Deus em nossa vida. Garanto que essa última não figurou, para a maioria que lê estas linhas, em suas “prioridades”. Certo ou não? Pois bem, deveria ser a primeira. Veja só o que nos diz o evangelista Mateus no capítulo seis e versículo trinta e três do livro que escreveu: Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:33).
Muitas coisas que pedimos, esperamos, ansiamos, não nos são acrescentadas porque invertemos a ordem dessa palavra divina: queremos acrescentar determinas coisas e depois tratamos de buscar a Deus. Isso não funciona. Quer uma prova? Experimente buscar a Deus com mais intensidade neste ano (a partir de hoje, de agora) e depois note os resultados...
Sabe por que declaro com tanta naturalidade e convicção? Devido a que quando estamos em sintonia com o Pai Celestial e pedimos o que desejamos, se não obtivermos esses desejos, vamos entender a razão de não os obtermos uma vez que compreenderemos com mansidão qual a BAP... O que é BAP? A Boa, Agradável e Perfeita vontade de Deus em nossas vidas! (Romanos 12:2).
Assim, ao ler o recado que está anexo a este sucinto comentário (Tempo, questão de escolha), assimilará melhor o que nos esforçamos para explicar nestas linhas. O tempo está à nossa disposição. O tempo não nos comanda: nós podemos domar o tempo e devemos fazê-lo da melhor forma possível preenchendo os espaços de dias, semanas, meses com algo que nos encha de alegria e faça contente o coração de Deus.
Formulo os votos de um final de semana proveitoso, refletindo nas palavras que acabou de ler, com os seus de casa e na companhia de amigos.
É o que lhe deseja este seu amigo de hoje e de sempre
Clênio Lins Caldas
Tempo, questão de escolha
Quanto tempo você dispensa a seu filho, em um dia? Quanto tempo você dedica para uma leitura edificante, que lhe traga elevados objetivos e lhe retempere o ânimo? Quanto tempo você dedica à oração?
Será você um daqueles que afirma não ter tempo para nada e leva a vida de roldão? Uma verdadeira roda viva, um turbilhão? Tempo é uma questão de escolha. Equacionar as horas de forma a tudo resolver, sem desequilíbrio, esquecimentos e correrias é questão de administração.
Existem criaturas que surpreendem pelo tanto que realizam nas mesmas vinte e quatro horas em que nada fazemos além de reclamar da falta de tempo.
Um consagrado escritor, James Michener, que morreu em outubro de 1997, era uma dessas pessoas que sabia exatamente como lidar com o tempo. Foi professor, revisor de livros, alistou-se na marinha durante a segunda guerra mundial, teve histórias suas adaptadas para musicais na Broadway.
Certa vez, uma garotinha de oito anos, acompanhada de seu pai, o visitou em sua residência. Levou-lhe um livro que continha uma história que ela mesma escrevera. O homem ocupado com tantas coisas dispôs de tempo para se sentar no sofá junto à pequena, abrir a primeira página e ler em voz alta: focas, por Hana Grobel. Enquanto prosseguia a leitura, o telefone tocou. Ele atendeu e ao interlocutor explicou: "Estou lendo os originais de uma jovem escritora." Pediu licença e atendeu a ligação em outra sala. Depois tornou a sentar-se ao lado de Hana e prosseguiu a leitura.
Este homem inacreditável fora uma criança rejeitada. Jamais soube quem foram seus pais. Foi recolhido por uma viúva e por ela criado e amado. Jamais descobriu o local e a data do seu nascimento. Passou toda sua vida ajudando discretamente a quem desejasse estudar, reconhecendo que sua instrução foi o que de mais precioso sua mãe adotiva lhe dera. Dispunha de tempo para tudo e para todos. Até mesmo para uma criança que escrevera uma historia minúscula em um pequeno livro. "A história é muito boa", foi seu comentário, "porque no final todos ficam felizes."
Incentivar as gerações futuras era uma missão que considerava importante e a que se dedicava.
Atender uma criança de oito anos que buscava estímulo, um estudante de engenharia que lhe vinha agradecer a bolsa de estudos, atender ligações de instituições de ensino que lhe solicitavam recursos.
Dez dias antes de sua morte, com os rins falhando, teve tempo para oferecer a uma jovem a oportunidade de estudar na Universidade do Texas, oferecendo-se para lhe custear a primeira anuidade escolar. Mesmo lhe restando poucos dias o seu tempo era para fazer o bem.
Valorizemos o tempo, usando-o com propriedade. Não menosprezemos o tesouro dos minutos porque a eternidade é feita de segundos. Utilizemos os valores do tempo e conquistemos méritos, não nos permitindo a sua desvalorização em atitude morna e inútil. O tempo nos é dado por Deus para a realização da grande tarefa de transformação de nós mesmos, na jornada da perfeição.
(Seleções out/98, pág. 65 - Meu tipo Inesquecível)
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. (Eclesiastes 3:1)
Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. (Efésios 5:16)
Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra. (Eclesiastes 3:17)
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