domingo, 3 de março de 2013


‎"Fora, privilégios!" Por Ruth de Aquino

A Câmara finalmente acabou com o 14º e o 15º salários anuais dos parlamentares, pagos há mais de 65 anos – um projeto já aprovado pelo Senado. A sociedade civil e a imprensa podem comemorar. Na pressão e no grito, ganhamos uma batalha. Mas não a guerra contra privilégios incrustados no Congresso brasileiro.

Os salários extras passarão a ser pagos apenas no início e no fim do mandato dos parlamentares, como ajuda de custo. Um dia, espero, esse penduricalho obtuso cairá totalmente.

Um dia, se todos mantivermos a pressão, também será revista a verba mensal de R$ 78 mil para cada deputado contratar 25 assessores. Não existe privilégio semelhante no mundo. O dinheiro sai de nosso bolso. Não há justificativa. Ponto.

A etimologia das palavras esconde uma imensa riqueza. “Privilégio” vem do latim privilegium. Significa “lei excepcional concernente a um particular ou a poucas pessoas”. Sinônimos de privilégio são “direito exclusivo”, “regalia”. Nenhuma sociedade, nenhum regime político acabou com os privilégios individuais ou de categorias.

Há privilégios aceitáveis, que decorrem do conhecimento, da sabedoria, da idade. E há privilégios imorais. Como os 60 dias de férias anuais dos juízes. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, quer acabar com essa regalia. Já escrevi um artigo sobre o tema (“O chororô dos meritíssimos”) (leia aqui). Não há justificativa para um juiz ter o dobro de férias de todos os trabalhadores no país. Ponto.

Leia a íntegra: http://migre.me/dvsUK

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