João Celso Neto é poeta da velha guarda do Assu. Nasceu no dia 18 de janeiro de 1945. Logo cedo começou a versejar (ele é neto de João Celso Filho e sobrinho do
igualmente poeta Celso da Silveira). Conheceu e chegou ainda a conviver na
terra assuense com o grande bardo potiguar chamado João Lins Caldas. Ele está
incluído na antologia de Rômulo Wanderley denominada Panorama da Poesia
Norte-Rio-Grandense (1965). O escritor Wanderley depõe que a poesia de João Celso “é
profunda em que há o pessimismo de Augusto dos Anjos e, às vezes, o lirismo
lúbrico de Bilac...”.
João Celso publicou: Glosas de Hélio Neves
de Oliveira (1980), Glosar glosei (1981), Minhas glosas na Embratel (1983) e
uma "apostila" de versos - lançada também em Açu, em noite de
autógrafos no Clube Municipal - Versos Íntimos (1966).
E numa feliz inspiração, escreveu:
Um beijo teu apenas bastaria
Para me fazer feliz,
A fúria do meu amor aplacaria,
Acalmando também meu coração.
Queres a distância, eu me afasto,
Tudo me falta e nada te comoves
A solidão do mundo me acompanha,
E tua alma não me dá carinho.
Vivo sem ti, e te amando sempre,
Vives sem mim, me espezinhando muito.
Mais eu insisto: negociemos:
Dá-me um abraço, toma este beijo,
E nestas trocas intermináveis
Vivamos sempre enamorados.
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