domingo, 15 de setembro de 2013

ASSU

PONTE FELIPE GUERRA
1952 / abril – Inaugurada a Ponte sobre o Rio Piranhas/Assu com a denominação de'Ponte Felipe Guerra', com 19 pilares, cada um com 20 estacas de 18 metros e, 02 destes pilares, com estacas de 22:50 metros, num total de 555 metros de extensão. A construção foi executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS. 

A Ponte Felipe Guerra, concluída em fevereiro deste ano, custou doze milhões de cruzeiros (em 1944 tinha sido orçada em cinco milhões), consumiu 650 toneladas de ferro e 36.000 sacos de cimento de 50 quilos. É a maior ponte de concreto armado do Nordeste (na época).

A construção da Ponte coincidiu com a perenização do rio, graças à conclusão do açude “Mãe d’água”, na Paraíba, que é alimentado pelo “Curemas”, principal reservatório do sistema do Alto Piranhas.  
O Homenageado - Felipe Nery de Brito Guerra (foto) era o décimo sexto filho de Luis Gonzaga de Brito Guerra – O Barão do Assú. Felipe Guerra nasceu na Fazenda Aleluia – Augusto Severo a 26 de maio de 1867. Bacharel pela faculdade de Direito do Recife (1890). Promotor de Apodi no mesmo ano. Deputado ao 1º Congresso constituinte (1891), Juiz de Macau noemado pelo vice-presidente, cuja nomeação foi tornada sem efeito. Secretário da Junta Governativa ainda em 1901. Deputado ao Congresso pela 2ª vez em 1892 e novamente Juiz em Macau. Removido à pedido para Caicó. Juiz em Mossoró (1909). Desembargador do Supremo Tribunal a 16.05.1918. Procurador Geral do Estado em 1922 e posto em disponibilidade à pedido em 1926. Diretor em comissão do Departamento de Educação, cargo que exerceu gratuitamente durante meses. Quando esteve em Mossoró, em 1909 foi professor do Colégio Diocesano Santa Luzia. Sócio e presidente da Liga do Ensino e e membro do Conselho do Ensino; sócio do Instituto Histórico e Geográfico do rio grande do Norte; membro do conselho penitenciário. 

Felipe Guerra – O Sociólogo das Secas – foi ainda fundador e presidente, em 1915, da “Sociedade de Defesa do Nordeste” e de co-autoria com o seu irmão Teófilo Olegário de Brito Guerra escreveu o livro: “Secas Contra a Seca”, além de outros trabalhos. 

Casou-se a 23 de agosto de 1891, em Caraúbas, com d. Maria Jesumira Gurgel, nascida a 12 de outubro de 1869 e filha de Tiburcio Gurgel do Amaral e d. Caetana Jesumira de Oliveira. Faleceu em Natal, a 04 de maio de 1951.   
Foto da Ponte: Jean Lopes

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