ALGUNS PONTOS NOSTÁLGICOS
Vivo o passado, uma forma de resgatar as coisas boas da época da minha infância e adolescência. O cronista e o poeta vivem o pretérito porque o personagem principal é o tempo.
Imagino quando criança, vestindo a melhor roupa para passear na praça do Country Club. Depois de brincadeiras e guloseimas, retorno para casa, à noitinha. No outro dia, lá vem o trem. Corro para a estação e observo o movimento das pessoas, a chegada de algum parente e o encontro dos trabalhadores rurais vindos de Ceará-Mirim com os fazendeiros para a colheita do algodão.
Eita! hoje tem aula de História no Ginásio Paulo VI, pois o professor Xavier chegou no trem. No dia seguinte, chega o trem de carga e faço carreira para contar o número de vagões. Curiosidade de criança.
Se junta a meninada. Vamos brincar de quê? tica, tila, nota de cigarro, garrafão, capitão de tropa, bandeirinha, laçou-levou, peixe, patinete, 'queimano aí', dama, onça. Vamos jogar cascudinho. A bola canarinho furou. Não tem problema, temos a bola de meia. Vou pra casa pois está quase na hora de ir para o Ginásio. Hoje tem teste de História. O professor Xavier mandou estudar Os Iluministas e Os Déspotas Esclarecidos. Lembrando que Os Iluministas caracterizavam-se pela razão. Um movimento cultural, político e filosófico.
Certo dia estou na parede do Açude do Governo, como foi batizado. Aquela linda lua cheia nascendo e refletindo a água e brilhando os algodoais..
Em cada bairro, em cada rua onde caminho no meu torrão, penso sobre o passado para escrever alguma crônica de algum fato local. O que dói não é a modernização, pois isso reflete o presente e o futuro.
As mágoas estão no atraso das mentalidades que não preservam o passado e a cultura, como se fosse uma escuridão, um buraco negro. Temos que clarear.
Marcos Calaça é jornalista - UFRN, natural de Pedro Avelino
Vivo o passado, uma forma de resgatar as coisas boas da época da minha infância e adolescência. O cronista e o poeta vivem o pretérito porque o personagem principal é o tempo.
Imagino quando criança, vestindo a melhor roupa para passear na praça do Country Club. Depois de brincadeiras e guloseimas, retorno para casa, à noitinha. No outro dia, lá vem o trem. Corro para a estação e observo o movimento das pessoas, a chegada de algum parente e o encontro dos trabalhadores rurais vindos de Ceará-Mirim com os fazendeiros para a colheita do algodão.
Eita! hoje tem aula de História no Ginásio Paulo VI, pois o professor Xavier chegou no trem. No dia seguinte, chega o trem de carga e faço carreira para contar o número de vagões. Curiosidade de criança.
Se junta a meninada. Vamos brincar de quê? tica, tila, nota de cigarro, garrafão, capitão de tropa, bandeirinha, laçou-levou, peixe, patinete, 'queimano aí', dama, onça. Vamos jogar cascudinho. A bola canarinho furou. Não tem problema, temos a bola de meia. Vou pra casa pois está quase na hora de ir para o Ginásio. Hoje tem teste de História. O professor Xavier mandou estudar Os Iluministas e Os Déspotas Esclarecidos. Lembrando que Os Iluministas caracterizavam-se pela razão. Um movimento cultural, político e filosófico.
Certo dia estou na parede do Açude do Governo, como foi batizado. Aquela linda lua cheia nascendo e refletindo a água e brilhando os algodoais..
Em cada bairro, em cada rua onde caminho no meu torrão, penso sobre o passado para escrever alguma crônica de algum fato local. O que dói não é a modernização, pois isso reflete o presente e o futuro.
As mágoas estão no atraso das mentalidades que não preservam o passado e a cultura, como se fosse uma escuridão, um buraco negro. Temos que clarear.
Marcos Calaça é jornalista - UFRN, natural de Pedro Avelino
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