TRISTEZA DO MEU TORRÃO
Meu sertão já foi próspero
De uma grande riqueza
Mas o danado do homem
Derrubou a sua mata,
Deixou o solo cheio de erosão
Nem mesmo na invernada
Se vê mais plantação.
O gato do mato
E o tejo-açu
Não tem mais punaré na loca
Nem o canto da nambu,
Foi embora o canarinho
Desapareceu o mocó
Acabou-se o resto do passarinho.
Cadê o bigode e o golinha?
Até o bem-te-vi já se mudou daqui
Não tem mais pica-pau
Escafedeu a juriti,
Agora está empestado de pardal
Tristeza do meu torrão
Em plena noite de natal.
Marcos Calaça, jornalista (UFRN)
Meu sertão já foi próspero
De uma grande riqueza
Mas o danado do homem
Derrubou a sua mata,
Deixou o solo cheio de erosão
Nem mesmo na invernada
Se vê mais plantação.
O gato do mato
E o tejo-açu
Não tem mais punaré na loca
Nem o canto da nambu,
Foi embora o canarinho
Desapareceu o mocó
Acabou-se o resto do passarinho.
Cadê o bigode e o golinha?
Até o bem-te-vi já se mudou daqui
Não tem mais pica-pau
Escafedeu a juriti,
Agora está empestado de pardal
Tristeza do meu torrão
Em plena noite de natal.
Marcos Calaça, jornalista (UFRN)
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