sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

FAROESTE CABOCLO – TIROS E MORTE NO SENADO FEDERAL

Publicado em 04/12/2013

O momento do disparo. A foto rendou Prêmio Esso ao fotógrafo Efraim Frajmund em 1964
O momento do disparo. A foto rendou Prêmio Esso ao fotógrafo Efraim Frajmund em 1964

Há 50 anos, o senador Arnon de Mello, de dentro do plenário, disparou contra desafeto político

Em 4 de dezembro de 1963, o Senado foi palco de um acerto de contas. A rixa entre os senadores alagoanos Silvestre Péricles e Arnon de Mello, acabou em tiros e morte. “Há anos que o Sr. Silvestre Péricles me insulta e me ameaça”, justificou em sua defesa o senador Arnon de Mello o autor de três disparos contra Pericles, que chegou a sacar sua arma, mas não disparou.
Os disparos de Melo não atingiram o alvo, mas um tiro atingiu o suplente de senador José Kairala. O político acreano estava no seu último dia de suplência, após seis meses no cargo. Morreu horas depois no hospital.
Arnon de Mello, pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, não foi punido porque dispunha de imunidade parlamentar.
No dia seguinte aos tiros, o jornal detalhou que o senador Silvestre também sacou sua arma.  Indicado pela seta, o senador Kaiala, a vítima fatal do conflito
Indicado pela seta, o senador Kaiala, a vítima fatal do conflito
Prêmio. O fotógrafo Efraim Frajmund conseguiu registrar toda a sequência do conflito (ver imagem abaixo) que começou com o discurso de Arnon de Mello na tribuna, de onde se defendeu das agressões do adversário, até a saída do plenário do senador Kairala. A foto do tiroteio recebeu o Prêmo Esso em 1964.
Autor - Carlos Eduardo Entini

Nenhum comentário:

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...