sexta-feira, 21 de março de 2014

Um pouco da história da Cerval

Em 1968, o político potiguar de Mossoró chamado Dix-zuit Rosado autor da célebre frase, : "quem não faz um pouco mais pela sua terra, não poderá fazer nada pela terra de ninguém", era o presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA), atual INCRA. 

Dix-Zuit desde longas datas já tinha ligações amistosas com o povo assuense, pois foi na cidade de Assu que ele recém formado em medicina, clinicou. Tempos depois, as ligações foram se estreitando. Seu irmão Dix-Sept Rosado era amigo íntimo do agropecuarista e comerciante chamado Fernando Tavares por apelido Vemvem, bem como através da política com Edgard Montenegro que apoiou seu irmão Ving-Rosado para deputado federal em sucessivas eleições para deputado federal. 

Pois bem, Dix-Zuit desejava contribuir com o Vale do Açu, realizar um sonho dos agropecuaristas daquela região. Conseguiu na qualidade de presidente daquele instituto, um convênio com a Companhia de Eletrifica Rural do Nordeste (CERNE), através do seu diretor Cel. Mena Barreto, eletrificar o Vale do Açu. 

Fundaram então no dia 6 de março de 1968 uma cooperativa que veio a ser denominada Cooperativa de Eletrificação Rural do Vale do Açu Ltda (CERVAL), com apenas 74 associados. Foi a primeira cooperativa de eletrificação do Rio grande do Norte.

As reuniões preparatórias para fundação daquela cooperativa foram realizadas no Clube Municipal (altos da prefeitura) do Assu com a coordenação do prefeito Maria Olímpia Neves de Oliveira, além do agrônomo Nelson Borges Montenegro e os agropecuaristas José Diógenes de Paiva, Joacy Fonseca, Francisco Soares de Macedo, Pedro Borges de Andrade, Solon Wanderley, Miro Cobe e Walter de Sá Leitão. Aquela comissão ficaram responsável para organizar a cooperativa e integralizar o capital, com prazo determinado (lembrar Edmilson Lins Caldas que na qualidade de gerente geral da Cooperativa Banco Rural, que depois veio a ser Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda (Coapeval)  por sua iniciativa, conseguiu através daquela cooperativa, a quantia necessária para complementar o capital necessário para a fundação da CERVAL do contrário ela, a CERVAL, não teria se consolidada.

Dix-Zuit-Rosado compareceu e presidiu a Assembléia de Constituição com a presença dos seus sócios fundadores como Nelson Borges Montenegro (o 1. presidente daquela cooperativa), Manoel de Melo Montenegro (Major Montenegro), Firmino Justino da Fé, Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho, Victor Fonsêca, José Wanderley de Sá Leitão, Edgard Borges Montenegro, José Araújo Filho, José Nazareno Tavares, Osvaldo de Oliveira Amorim, Ricarte Legítimo Barbosa, José Constantino de Souza, João Cobe, João Leônidas, Edmilson Lins Caldas, Francisco Soares de Macedo, Osvaldo Oliveira Amorim, dentre outros.

Entre as autoridades presentes aquele ato de fundação da CERVAL, além do Dix-Zuit compareceram os senhores Estélio Ferreira (Delegado do Ministério da Agricultura), Wander Said (Diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró), Maria Olímpia Neves de Oliveira (prefeito do Assu), João Meira Lima (Juiz de Direito), Abelardo Pires Maia (gerente do Banco do Brasil), Francisco Augusto Caldas (presidente da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu). além do agrônomo e prefeito de Ipanguaçu Nelson Borges Montenegro, Edgard Borges Montenegro (deputado estadual e presidente da Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu (CODEVA), bem como Waldemar Raul Furolla (representante do MEC), Abner Waldivino de Araújo (Secretário de Agricultura e representante do governador Walfredo Gurgel), Nelson Borges Montenegro, Waldemar Campielo e Ivo Queiroz (prefeitos de Ipanguaçu, Carnaubais e Pendências, respectivamente), Fernando Barros (diretor da ANCAR) e Antônio Tavares (gerente do Banco do Nordeste, de Natal).

A CERVAL funcionou primeiramente no térreo do sobrado das famílias Lins Caldas e Amorim (fotografia acima). Foi seu primeiro presidente Nelson Borges Montenegro que tinha como vice-presidente Joaquim Carvalho e José Diógenes Paiva como secretário. 

Portanto, presidiram e gerenciaram aquela importante cooperativa de eletrificação, além de Nelson Borges Montenegro, os senhores Miro Cobe, Walter de Sá Leitão, Joaquim Inácio de Carvalho, José Nazareno Tavares, Ronaldo da Fonseca Soares, Edmilson Lins Caldas, José Maria Macedo Medeiros, Lourinaldo Francimário da Fonseca Soares, bem como Ponciano Bezerra.

Por fim, a CERVAL (então concessionária da COSERN) há pouco tempo atrás deixou de explorar o seu objetivo principal que era energia elétrica, passando a ser denominada de Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Rural do Vale do Açu Ltda com o objetivo de explorar a agroindústria.

Fica mais um registro importante, para os estudiosos das coisas e da história da terra chamada Vale do Açu. 

Fernando Caldas

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