sábado, 14 de junho de 2014

TROVINHAS DE ZÉ AREIA


Zé Areia era uma figura espirituosa do folclore natalense. Suas tiradas de epíricos e seus versinhos populares estão espalhados pelo Brasil afora. Certa vez, ao ver uma mulher loira passar pelas ruas de Natal, disse de improviso a quadrinha amorosa, conforme adiante:

Vi pela primeira vez
joia que andava ao léu,
encomenda que Deus fez
aos ourives lá do Céu.

De outra feita, chegando num certo restaurante,salvo engano, Peixada da Comadre, no bairro Rocas, da capital potiguar, certo conhecido, perguntou a ele, Areia, qual a melhor parte do peixe que ele mais gostava de comer. Na horinha Areia versejou:

Embora tudo aconteça,
de valente não me gabo.
Do peixe quero a cabeça,
da mulher prefiro o rabo.

Fernando Caldas  

Nenhum comentário:

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...