A QUADRA
Por João Lins Caldas (1888-1967)
Escreves bem divinamente errando
As palavras que escreves, que deparo
E que beijo, mil vezes enxugando
O rosto feio e de prazer avaro...
Foi entre meus papéis: num dia claro
Encontrei uma quadra e... soletrando,
Li esses versos teus, neles notando
Os belos erros d'um talento raro...
Se eu assim escrevesse! Se eu dissesse
Em versos tão errados, se eu pudesse
Dizer cismares que me são diversos...
Ah! Eu te invejo essa quadrinha errada:
Nunca vi comoção mais bem lembrada,
Nunca vi dizer mais em quatro versos!
(Mulher escrevendo à mesa, 1905, - Thomas Pollock Anschutz (1851-1912) - http://rokatiakleania.blogspot.com.br)
Por João Lins Caldas (1888-1967)
Escreves bem divinamente errando
As palavras que escreves, que deparo
E que beijo, mil vezes enxugando
O rosto feio e de prazer avaro...
Foi entre meus papéis: num dia claro
Encontrei uma quadra e... soletrando,
Li esses versos teus, neles notando
Os belos erros d'um talento raro...
Se eu assim escrevesse! Se eu dissesse
Em versos tão errados, se eu pudesse
Dizer cismares que me são diversos...
Ah! Eu te invejo essa quadrinha errada:
Nunca vi comoção mais bem lembrada,
Nunca vi dizer mais em quatro versos!
(Mulher escrevendo à mesa, 1905, - Thomas Pollock Anschutz (1851-1912) - http://rokatiakleania.blogspot.com.br)
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