quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Que vergonha!!!!
HÁ ONZE ANOS, no dia 15 de janeiro de 2004, o “Jornal do Brasil” publicava matéria de página inteira, assinada por mim, sobre o abandono do Museu Casa Café Filho, em Natal (RN). Depois de ONZE ANOS, quatro governadores, sabe-se lá quantos presidentes da Fundação José Augusto, diretores do Centro de Documentação Cultural, coordenadores do Setor de Museus ou quaisquer outros extensos nomes de cargos ocupados por gente que nunca faz nada – uma tradição da Fundação José Augusto – chegamos à matéria de Yuno Silva publicada hoje (14/01/2015) na “Tribuna do Norte” sobre a invasão ao “museu”, aquele sobradinho “fechado para reformas” há seis anos (pelo tempo, imagino que estejam construindo algo como o Museu do Ipiranga no lugar!). Não é SÓ descaso, safadeza e incompetência. É um problema de CULTURA. Cultura no sentido de VALORES E COSTUMES. Cultura esta que não existe em Natal, principalmente por parte do poder público, que não faz nada além de se engalanar com cargos, salários e prestígio entre seus iguais e entre gente boba que ainda se impressiona com isso. Em Natal, "patrimônio tombado" significa patrimônio levado ao chão. É nisso que os gestores (bah!) parecem acreditar e continuar executando de forma competente. O pepino agora está nas mãos de Rodrigo Bico, um cara respeitado pela classe artística e a quem desejo sinceramente que não tenha o nome adicionado à lista dos fazedores-de-nada da Fundação José Augusto. Daqui a outros dez ou onze anos, perguntem-me como anda o Museu Casa Café Filho ou se ainda lembram que um dia ele existiu. Trata-se da memória do único potiguar que foi presidente da República. Imagine o respeito e o valor que dispensam aos outros.
■ "Café com traças", Jornal do Brasil, 15.01.2004 ► http://migre.me/o7wa1
■ "Um museu quase depenado", Tribuna do Norte, 14.01.2015 ► http://migre.me/o7wb0

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