segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

DESENCANTO

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
 

Manuel Bandeira

Nenhum comentário:

Styvenson lidera para o Senado, e Coronel Hélio cresce como opção para o 2º voto, diz EXATU

https://agorarn.com.br/ Redação 08/08/2025  |  07:18 Levantamento realizado em Natal pelo  Instituto Exatus , que integra o  GRUPO AGORA RN ...