sexta-feira, 27 de maio de 2016

CÂNDIDO, UMA LEMBRANÇA

Cândido Jonas Batista (foto abaixo que eu tirei em 1970) era m velho e querido vaqueiro de meu avô materno que era pecuarista nos sertões do Assu (RN). Com a morte de meu avô, Cândido ficou como vaqueiro de meu pai. Tanto é bonito o seu nome como bonito era também o seu coração recheado de ternura e bondade. Amigo leal, a gente o tinha como uma pessoa da família. É tanto que eu ainda jovem, quando ele veio a morrer ao tentar salvar um animal (jumento) que ele muito estimava, que se encontrava ilhado em nossa propriedade agrícola em razão de uma grande cheia do rio Piranha-Açu, morrera afogado. Pois bem. Disposto ainda, muito jovem, aos 27 anos de idade (hoje com meus 61 anos) eu tive o privilégio de resgatá-lo mesmo sem vida, mas tive. Gesto este que engrandece e faz bem ao meu coração. Afinal, Cândido, além de vaqueiro era negociante de carne e sabia como ninguém, comprar e vender gado, alem de ter sido um exemplo de honestidade e, sobretudo de lealdade e amor ao próximo.Ele era, afinal, tipo daquele que não sabe dizer NÃO a ninguém.

Fernando Caldas

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