DE: Estadão
O presidente Michel Temer voltou a defender a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que institui um limite ao crescimento dos gastos públicos e passou por seu primeiro teste na noite desta quinta-feira, 6, ao ter seu texto base aprovado por 23 votos a favor e 7 contra na Comissão Especial da Câmara que analisou a matéria.
De São Paulo e Porto Alegre
O presidente Michel Temer voltou a defender a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que institui um limite ao crescimento dos gastos públicos e passou por seu primeiro teste na noite desta quinta-feira, 6, ao ter seu texto base aprovado por 23 votos a favor e 7 contra na Comissão Especial da Câmara que analisou a matéria.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (7),
Temer disse que a oposição deveria ler o texto da PEC antes de criticá-la.
"O teto (dos gastos) é de natureza global. O que será estabelecido
é um teto geral. Não significa que existe um teto para saúde, para educação,
para cultura. Saúde e educação continuarão sendo prestigiadas", falou. O
presidente acrescentou que o orçamento para 2017, que já foi elaborado levando
em conta a aprovação do teto, prevê um aumento da destinação de recursos tanto
para saúde como para educação, com relação a 2016.
Temer disse que a oposição deveria perceber que a medida não é uma
questão de governo, mas sim uma questão de Estado. "Precisamos recuperar o
Estado agora para que em 2018 quem estiver aqui (na Presidência) possa receber
um Brasil mais tranquilo, inclusive do ponto de vista fiscal", afirmou.
Segundo ele, a PEC do Teto vai gerar investimentos e, consequentemente,
empregos.
Desoneração
Falando ainda sobre o ajuste fiscal, Temer afirmou que o governo não
fará nenhuma desoneração beneficiando determinados setores da economia. Ele
aproveitou para reiterar que, neste momento, não trabalha com a possibilidade
de elevar tributos. "Nesses últimos quatro meses não se falou mais de CPMF
(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), como se falou por um
bom período. Não vamos pensar em tributos", disse.
O presidente afirmou ainda que o governo "está prestigiando" o
Bolsa Família, apesar de ser um programa da gestão anterior. "Não temos
nenhum preconceito com isso, o que é bom deve continuar, mas revalorizado.
Estamos revalorizando o Bolsa Família", comentou. "Estamos governando
para o País, para os mais pobres e para toda a sociedade."
Popularidade
Assim como já havia declarado na quinta-feira (6), Temer disse que
"não está preocupado com popularidade". Na entrevista à Rádio
Gaúcha, ele comentou a pesquisa CNI/Ibope que mostrou rejeição de 39% de seu
governo.
"Recebo com a maior tranquilidade. Qualquer pesquisa agora não é
reveladora da totalidade do governo", disse, lembrando que ele ficou
quatro meses como interino, o que gerou limitações. "Já fizemos muitas
coisas que antes não se faziam, principalmente numa conjugação muito grande de
esforços com o Legislativo", falou.
O presidente repetiu que se chegar ao fim de seu governo, em 2018, com
4% ou 5% de avaliação positiva, mas tiver gerado emprego aos 12 milhões de
brasileiros que estão desempregados atualmente, estará satisfeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário