O Bar Ximenes era instalado
entre a praça Pedro Velho e do Rosário, na cidade de Assu, esquina com a
prefeitura, antiga Cadeia Pública, onde funcionou durante décadas, a Farmácia São Pedro. Era um recinto aristocrático e
popular. Oferecia jogo de bilhar e cartas (baralho). Lá se reuniam
figuras da terra assuense, para tomar "umas e outras" e uma boa
prosa. Era seus frequentadores assíduos Walter Leitão, Major Montenegro, Nelson e Edgard Montenegro,
Fernando Tavares (Vem-Vem), Francisco Amorim, Solon Wanderley, Zequinha
Pinheiro, Tio Alfredo (que está nesta fotografia), além de Ricardo
Albano, Lauro Leite, Epifânio Barbosa, Expedito Silveira, Edmilson e
Luizinho Caldas, Renato Caldas, Zé Ramalho, dentre outros. O popular
"Bonzinho" Marreiro (doente mental) também frequentava aquele ambiente, para
fazer mandados. Certa vez, Bonzinho fora solicitado por Walter Leitão para
que ele, Bonzinho, fosse até a praça Getúlio Vargas, para ver se ele,
Walter, se encontrava por lá. Bonzinho de repente soltou essa: "Seu
Walter. Me dê o cabresto porque se o senhor estiver por lá, eu trago!" - Para
risos dos circunstantes.
Outra estória que aconteceu naquele bar, se deu
com Lauro Leite que ao ouvir alguém dizer "Deus é muito bom". E Lauro saiu-se
com essa se auto diagnosticando: "Deus é bom nada meu amigo! Tira a
tesão da gente, mas não tira a lembrança!"
Em tempo: Lauro Leite era
mossoroense, trabalhava em Assu com o abastardo comerciante e
proprietário rural Zequinha Pinheiro e, quando jovem ajudou a combater o
bando de Lampião no ataque a Mossoró.
Fernando Caldas
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