quinta-feira, 15 de março de 2018









A UM ESPELHO
Espelho austero e bom, tens a virtude
De tudo revelar, torto ou direito;
Feres alguém com essa franqueza rude
Ser verdadeiro é o teu maior defeito.
És o mesmo na forma e na atitude
Árdua tarefa essa que estás sujeito,
Sem que a vontade de quem te olha mude
Tudo que exprime, nítido e perfeito.
Mostras, fielmente, em face deste mundo
A mocidade e a fronte envelhecida
És manso lago e pelago profundo!
(A vaidade ressalta em toda parte)
Muita gente a te olhar desiludida
Tem vontade, talvez, de espedaçar-te.
João Nathanael de Macêdo.
Foto de Tom Hussey.
Da Linha do Tempo/Facebook de Pedro Otávio Oliveira.
A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado e área interna

                          Da Linha do Tempo/Facebook de Pedro Otávio Oliveira.

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