Em 1969, os
proprietários de terras no Vale do Açu/RN, região de grande
fertilidade para o plantio de algodão e outras culturas, por decreto do
presidente da república Emílio Garrastazu Médici, ficaram impedidos de operar,
fazer empréstimos agrícolas junto ao Banco do Brasil, única casa bancária então
existente naquela importante região. O governo federal tinha o objetivo de desapropriar
22 mil hectares de terras de aluvião, para fazer um gigantesco
projeto agrícola, fato este que levou muitos agricultores a passar por
certas dificuldades financeiras.
A Comissão
de Desenvolvimento do Vale do Açu (CODEVA), instituição de caráter
consultivo e executivo, que tinha como presidente Edgard Borges Montenegro
e Osvaldo de Oliveira Amorim como secretário geral, começaram as
articulações para impedir a desapropriação do vale, bem como os proprietários
rurais voltarem a operar, contrair empréstimos agrícolas no Banco do Brasil. Osvaldo Amorim,
figura habilidosa e competente, tomou conhecimento da vinda do Ministro
da Agricultura ao estado de Pernambuco, para incentivar a caprinocultura no
semiárido nordestino, entrou em contato com seus assessores que logo tomaram
conhecimento da situação do Vale do Açu, vindo até a cidade de Ipanguaçu e, na
praça pública daquele município Cirne Lima se comprometeu em resolver
imediatamente a questão. Foi oferecido ao ministro um jantar na casa da fazenda
Itu/Picada, do Major Manoel de Melo Montenegro, onde o poeta Renato Caldas
após ter declamado entregou uma carta rimada aquele simpático ministro,
intitulada "Carta Matuta ao Exmo. Sr. Ministro da Agricultura, Dr. Cirne
Lima", que diz assim:
Da esquerda: Cyrne Lima. Osvaldo Amorim, Mariinha Amorim, Maria Eugênia Montenegro e Dix-Zuit Rosado.
Da esquerda: Astério Tinôco, Carvalho, Osvaldo Amorim Cyrne Lima (sentado).
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