domingo, 1 de abril de 2018

VALE DO AÇU

Em 1969, os proprietários de terras no Vale do Açu/RN, região de grande fertilidade para o plantio de algodão e outras culturas, por decreto do presidente da república Emílio Garrastazu Médici, ficaram impedidos de operar, fazer empréstimos agrícolas junto ao Banco do Brasil, única casa bancária então existente naquela importante região. O governo federal tinha o objetivo de desapropriar 22 mil hectares de terras de aluvião, para fazer um gigantesco projeto agrícola, fato este que levou muitos agricultores a passar por certas dificuldades financeiras.

A Comissão de Desenvolvimento do Vale do Açu (CODEVA), instituição de caráter consultivo e executivo, que tinha como presidente Edgard Borges Montenegro e Osvaldo de Oliveira Amorim como secretário geral, começaram as articulações para impedir a desapropriação do vale, bem como os proprietários rurais voltarem a operar, contrair empréstimos agrícolas no Banco do Brasil. Osvaldo Amorim, figura habilidosa e competente, tomou conhecimento da vinda do Ministro da Agricultura ao estado de Pernambuco, para incentivar a caprinocultura no semiárido nordestino, entrou em contato com seus assessores que logo tomaram conhecimento da situação do Vale do Açu, vindo até a cidade de Ipanguaçu e, na praça pública daquele município Cirne Lima se comprometeu em resolver imediatamente a questão. Foi oferecido ao ministro um jantar na casa da fazenda Itu/Picada, do Major Manoel de Melo Montenegro, onde o poeta Renato Caldas após ter declamado entregou uma carta rimada aquele simpático ministro, intitulada "Carta Matuta ao Exmo. Sr. Ministro da Agricultura, Dr. Cirne Lima", que diz assim:


Da esquerda: Cyrne Lima. Osvaldo Amorim, Mariinha Amorim, Maria Eugênia Montenegro e Dix-Zuit Rosado.


Da esquerda: Astério Tinôco, Carvalho, Osvaldo Amorim Cyrne Lima (sentado).

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