sábado, 24 de novembro de 2018

Mote
É no cheiro de mato do passado
Que eu sinto a essência do presente.
Glosas
Fui dono de curral de boi de osso,
Rico fui, de dinheiro de cigarro
Com pedaços de lata eu fiz um carro,
Fiz lanças de pau fino e pau grosso
A vida nesse tempo era um colosso
Com rapa de juá escovei dente
Tudo mundo vivia bem contente
Era um tempo feliz e sem pecado
É no cheiro de mato do passado
Que eu sinto a essência do presente.
2.
De penas, no pescoço usei colar
Colorido, brincando de pajé
Fiz cigarro de "mi", cherei rapé,
Peteca, eu gostava de jogar
E quando saía pra paquerar
Corria para a praça bem contente
No meu bolso, Flamengo era o pente
Brilhantina e cabelo penteado
*É no cheiro de mato do passado*
*Que eu sinto a essência do presente.*
Natal (RN), 24 de novembro de 2018.
*Dedé de Dedeca.*
Estrofes minhas, mote de Heliodoro Moraes.

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