domingo, 3 de março de 2019

UMA ESTÓRIA DE CARNAVAL

(Título do blog)

*Valério Mesquita narra que "José Jeep era uma das mais populares figuras de Macaíba. Chamado assim pela sua baixa estatura, ele foi engraxate, palhaço de pastoril e trombonista. No carnaval de 1962, José Jeep foi contratado por um bloco de elite da cidade. Num dos "assaltos", ocorreu uma tragédia com o seu famoso instrumento na residência do comerciante Edmilson Dias, na hora dos "comes e bebes", José Jeep deixara o trombone sobre o sofá e nisso, o Bridenor Costa Jr., vulgo Costinha, sempre obeso e rotundo, passou mal com um porre de lança-perfume e desandando foi despencar os seus "quadris de jamanta" em cima do pobre trombone. Para consolar José Jeep e continuarmos a "jornada carnavalesca", o amassado instrumento foi amarrado de esparadrapo, o que obrigou a soprá-lo com muito mais força. Na visita seguinte, na casa de Seu Mesquita, o nosso José Jeep querendo impressionar o chefe político, soprou o trombone com tanta veemência que liberou um irreprimível e estrondoso peido. Comovido com o desempenho heroico do seu correligionário assustado, o velho Mesquita, ao seu lado comentou placidamente: "José, o trombone está soltando notas demais. Mas pra carnaval tá bom demais!!!".

*Valério Mesquita é escritor potiguar de Macaíba e membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...