segunda-feira, 3 de junho de 2019

SONETO

Por João Lins Caldas

Na morada dos astros luminosos
Fui astro. Namorado das estrelas,
Desci, cheguei a terra. Entre as donzelas
Estava o meu amor ébrio de gozos,

Olhei-te, amei-te então. Os teus formosos
Olhos meigos, lembrando estrelas belas,
Eram graça, eram luz. Pelas procelas.
Cantava o nome teu. Os amorosos

Que a terra moram, invejosos, graves,
Me invejaram também. Quantos felizes.
Que o mundo guarda nos seus longos lastros...

Mas, ó! Deixando a terra e seus entraves,
Diferente de mim, que já maldizes,
Me deixaste buscando o céu dos astros...

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).