domingo, 14 de junho de 2020

Mais um 14 de junho que o assuense vivencia. Desta vez, em face do isolamento social, o dia está apático, sem pessoas nas ruas, sem os devotos rumando para a Igreja Matriz. O sol deu lugar à chuva que deixou o céu nublado. A igreja vazia será o destinatário de lembranças dos momentos outrora vividos tantas vezes. O hasteamento da bandeira do Santo Padroeiro será dentro dos corações daqueles assuenses devotados à sua terra.
As imagens que minha memória produz são daquelas senhoras que iam descalças para as novenas, são dos balões que coloriram o céu de Assu, são do parque funcionando desde a semana que antecedia a abertura da festa. Se eu me esforçar um pouco mais, chego a escutar a algazarra delirante das crianças na Praça Getúlio Vargas e, ainda, o "quanto tempo!" que conterrâneos diriam ao se encontrarem. Daqui a dez dias, celebraremos o orago do Assú desde 1726, o precursor de Jesus Cristo, seu primo, aquele que clamou no deserto. Certos de que estamos fazendo o correto em prol da vida, façamos a festa de São João Batista no interior de nossas residências.
Pedro Otávio Oliveira, 2020

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