quinta-feira, 11 de junho de 2020

SONETO

Na leda infância descuidosa e mansa
Como o risonho alvorecer de um dia
Era o meu sonho róseo da criança
- A ventura e a alegria.

Depois, quando te vi, astro formoso
Do céu do meu viver, boiando à flor,
Tive o meu sonho, ardente e esplendoroso
- A esperança e o amor.

E agora, que deixas-te me e partiste,
Nesta deserta e fria soledade,
Eu tenho um sonho, sempre negro e triste:
- A dúvida e a saudade.

(Ana Lima, poetisa do Assu)

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