terça-feira, 7 de julho de 2020

MEU TORRÃO DE ANTIGAMENTE
A panela era de barro;
O fogão era a lenha;
O café era torrado em casa, batido no pilão;
O sabão era em pedra, de oiticica;
O banho era de cuia e de balde;
O vaso de sanitário era de cimento e latrina;
A lâmpada era o candeeiro, a piraca e a lamparina;
A geladeira era o pote e a moringa;
O bebedouro era a 'quartinha';
A piscina era o açude;
O carro de lixo era a carroça;
O sapato era a sandália de couro;
A televisão era o rádio de marca ABC;
A fechadura era a tramela;
O supermercado era a bodega;
O baile era o assustado;
O mosquiteiro era o esterco de boi;
O refrigerante era o ponche de limão;
O carro era a carroça e o jumento.
E por aí, vai...
Calaça é poeta e cordelista matuto.

Marcos Calaça, Poeta potiguar

A imagem pode conter: Marcos Calaça

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