Por João Natanael de Macedo
Não te rias de mim! ah! não te rias
Ah! não te rias de quem verte o pranto!
Dá-me a beber em mórbido quebranto
De tua voz as doces sinfonias
Leva-me ao céu de eternas fantasias
Preso ao teu colo, sob denso encanto
De teus olhares, cheios de ardentias
Não te rias de mim! Deixa que o Fado
Creste-me n'alma a última esperança
Mate-me n'alma o sonho meu, dourado!
Não te rias de mim, de meu destino.
Não te rias assim, doce criança,
Que este teu riso é gélico, assassino!
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