TUDO COMEÇOU COM JANUARIO
Segundo Cascudo ...” No Rio Grande oitocentista, a situação da medicina não destoava do ambiente geral da Colônia, a não ser a ausência-sentida, é claro - de uma Casa de Misericórdia. Não havendo, para além da Fortaleza dos Reis Magos, com seu isolado cirurgião de infantaria, datando historicamente de 1749, socorro médico nos moldes “hospitalocêntricos”, restava a farta terapêutica tradicional, fundada na assistência doméstica e na teoria galênica dos humores, com suas práticas de purgar e sangrar”. (1)
...com a epidemia do cólera-morbo no Sec. XIX, o governo do presidente Bernardo Pereira Passos criou a nossa primeira instituição hospitalar: o Hospital de Caridade, de 1855. Encravado na Rua da Salgadeira, antigo matadouro, e hoje Casa do Estudante, a referida casa de saúde era tudo menos um hospital. Segundo Onofre Lopes “... havia um depósito de doentes em torturante promiscuidade: loucos, ulcerados e tudo que a nosologia da época apresentasse. Um novo inferno de Dante. Os doentes internavam-se apenas para morrer. Em 1906 Dr. Januário Cicco, médico formado na Faculdade de Medicina da Bahia, voltando a Natal para clinicar, instala seu consultório na Avenida Duque de Caxias, na Ribeira (2). Depois de convencer o Governador Albert Maranhão começa a construção de um Hospital no Alto do Monte a partir de uma reforma na casa outrora residência de verão do Governador e que pertencia então ao Sr. Aureliano Medeiros. Assim surgiu o Hospital da Caridade Juvino Barreto que, depois de várias reformas (1920), se apresenta nas imagens abaixo.
Texto adaptado de: 1 - CASCUDO, Luís da Câmara. História da Cidade do Natal e
2 - ARAÚJO, Iaperí. Januário Cicco: um homem além de seu tempo.
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