As Disputas da Cidade Alta e da Ribeira
Em “Crônicas da Velha Ribeira” escrita por Aurino Araújo (*) e publicadas na Tribuna do Norte, descobri que... “Maria Felix” era o nome de famosa atriz mexicana que se projetou no cinema americano nos anos cinquenta e incendiava as telas do mundo inteiro com sua exuberante beleza. Mas era, também, o “nome de guerra” de belíssima inquilina do cabaré de Maria Boa, “importada” do Sul e Sudeste do País como tantas outras destacadas “estrelas” que pontificavam naquela casa. O codinome, obviamente, era em razão da sua enorme semelhança com aquela atriz, motivo pelo qual, aliás, ela era disputadíssima pela mais fina flor dos endinheirados que frequentavam a boate na rua Padre Pinto. Consta que tinha agenda cheíssima”. Enquanto tinha Maria Felix na rua Padre Pinto ... “na Boate Arpeje, reinado de madame Francisquinha, ali na esquina da rua Chile com travessa Venezuela, tinha “Georgia Morelli”, era disputadíssima também, não só pelo pomposo nome italiano, mas, principalmente pela beleza da criatura que por ele atendia. Alta, pele muito alva, corpo perfeito, ela era o sonho”. Sua agenda se igualava a de Maria Felix.
(*) Aurino Araujo ainda menino vindo de jardim de piranhas no ano de 1947 tornou -se um empresário de sucesso no ramo automotivo, apaixonado por fuscas e expertise em Ribeira velha de guerra, suas crônicas, doce ou salgada, eram sempre deliciosas.
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