O AMOR É SUBLIME.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Por Wandyr Villar
UMA PIONEIRA – Clara Soares (minha tia bisavó): primeira pessoa a colecionar livros, periódicos, fotos e documentos do RN, ainda no século XIX. Primeira mulher a possuir uma câmera fotográfica e gravador, em Natal. Primeira mulher a ouvir um gramophone em Natal. Primeira musicóloga do RN, colecionadora de discos, modinhas e partituras. Genealogista, pesquisadora da memória do estado, com várias colaborações em nossa imprensa periódica.
Durante mais de 70 anos devotou à vida ao Instituto Histórico e Geográfico do RN – que foi presidido e fundado por seu pai Cel. Pedro Soares de Araújo (meu trisavô) e igualmente por Vicente de Lemos (meu trisavô) – sogro de seu irmão Antônio Soares (meu bisavô) – doando coleções de jornais que ela mesma pagava a encadernação, doou vários artefatos para o museu da instituição, fez várias doações em dinheiro, além de inúmeros livros e um grande montante do acervo fotográfico. O Instituto Histórico e Geográfico do RN, NUNCA prestou uma homenagem à Clara Soares – nem mesmo uma foto em uma de suas paredes – uma VERGONHA, se é que a instituição (e sócios) sabe o que esta palavra significa.
Graças ao trabalho BENEMÉRITO de Clara Soares em Natal existe a Praça Padre João Maria (seu grande amigo). Foi uma árdua defensora da educação feminina do estado, se dedicou vários anos à Escola Doméstica e à Liga de Ensino, também fundada por seu pai. Graças a ela, a memória da escola existe, já que quase todo o acervo documental da instituição, foi doado por ela – fato que a professora Noilde Ramalho, amava me lembrar.
Também se dedicou à educação das mulheres, juntamente com seu outro irmão Luiz Soares, na prática do escotismo. Foi uma das grandes entusiastas do desporto no RN, ajudando a criar várias agremiações. Um grande nome da caridade em Natal. Nasceu em Assu em 1881, se encantou em Natal em 1975 [Wandyr Villar].
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
O Crepúsculo Romântico
Quão belo é o sol quando no céu se ergue risonho,
E qual uma explosão nos lança e seu bom dia!
– Feliz quem pode com amor e ébria alegria
Saudar-lhe o ocaso mais glorioso do que um sonho!
Recordo-me! Eu vi tudo, a flor, o sulco, a fonte,
Murchar sob o esplendor dessa pupila que arde…
– Corramos todos sem demora ao poente, é tarde,
Para abraçar um raio oblíquo no horizonte!
Mas eu persigo em vão o Deus que ora se ausenta;
A irresistível Noite o seu império assenta,
Úmida, negra, erma de estrelas ou faróis;
Um odor de sepulcro em meio às trevas vaga,
E junto aos pantanais meu pé medroso esmaga
Inesperadas rãs e frios caracóis.
– Charles Baudelaire, 1862Artista venezuelano cria mural com 200 mil tampinhas de plástico
Este é um ótimo exemplo de como a arte pode transformar as cidades e como o lixo pode ser reutilizado!
Oscar Olivares é um artista venezuelano de 23 anos que usa a arte como uma forma de reciclar produtos plásticos. “Mais do que estudar e usar técnicas diferentes, uso a arte para ser feliz e expressar meus sentimentos e ideias”, complementa o jovem artista.
Em associação com a organização ambiental local “OkoSpiri” e com o movimento Architecture for the Future, Oscar criou um mural gigantesco usando tampas de garrafas plásticas e outros recipientes. Foram necessários 3 meses de trabalho e 200.000 tampas.
O resultado é impressionante: um mural de 45 metros de largura e uma altura que varia entre 3,5 e 7,25 metros em pontos diferentes. A obra de arte fica na cidade de El Hatillo, na Venezuela.
O processo foi trabalhoso e envolveu a colaboração de diferentes pessoas e empresas locais que doaram materiais e ajudaram com o trabalho. “Estou muito feliz projetando e criando. O que mais quero é que as pessoas sintam essa mesma felicidade ao ver meus trabalhos”, diz Oscar.
Alegria e felicidade são, sem dúvida, impressas na composição que mudou o ambiente nesta região da cidade – o mural é composto por araras em seu habitat natural, com todas as suas cores e belezas.
Além das araras, o mural possui flores como girassóis, montanhas do Parque Nacional El Ávila, edifícios em uma paisagem verde e céu estrelado, além de outros elementos criados pelo artista.
Este é um ótimo exemplo de como a arte pode transformar as cidades e como o lixo pode ser reutilizado: em vez de poluir o meio ambiente, essas 200.000 tampinhas ajudaram a tornar a cidade mais bonita para todos.
Com informações de EcoInventos
De: https://www.contioutra.com/
domingo, 27 de dezembro de 2020
MORRE O HOMEM E A HISTÓRIA SEGUE CONTANDO SEUS EXEMPLOS
Conheci Gilberto em 1960 quando fui residir e estudar em Pendências, sendo este vizinho do meu tio Mizael na rua José Ramos.
Era na época funcionário dos Correios, vindo a ocupar cargo de confiança no governo de Absalão Pinheiro Maia.
Gilberto Freire sempre demonstrou um lado ideológico, sendo taxado por alguns conservadores de comunista.
Foi meu professor de português nos anos 70 no ginásio Monsenhor Honório, onde aprendi um pouco das regras gramaticais que me serve de balizamento até hoje para o que escrevo e publico.
Gilberto era bastante irreverente, hábil nas palavras e bastante extrovertido.
Casado em 1ª núpcias com Dona Terezinha Bezerra com quem contraiu uma prole de 3 filhos: Maristela, Leonor e Gilberto Júnior ( Jubinha), - depois que enviuvou, terminou sua vida maritalmente com uma conterrânea nossa, filha de seu Luiz Preto, residente na comunidade de Jenipapeiro - zona rural de Carnaubais.
Gilberto Freire ´pertence a uma familia tradicional da pátria varzeana - Os Freires de Melo e Lemos: é sua base genealógica.
Gilberto com sua idade avançada vinha passando por complicações de saúde, sendo portador de Alzheimer, ultimamente foi acometido de covid- 19, responsável pela sua causa mortis.
Gilberto Freire se despediu do mundo aos 86 anos de idade, deixando um legado cultural de suma importância no contexto literário do universo das letras.
Suas principais obras foram: Absurdos Gramaticais, Santa Luzia do Meu Tempo, Alto do Rodrigues: "Uma História de Amor e Progresso, Cândio Cambão, Pendências de Cima e Manoel Torquato - Um Herói e Vitima da Guerrilha.
Para finalizar lembro-me de um caso que aconteceu durante a enchente de 1960, sendo Gilberto Freire secretário Municipal, vendo a sede da prefeitura sendo tomada pelas águas, convocou alguns funcionários do municipio e começou a empilhar pastas documentais no madeirame superior da prefeitura, para evitar que fossem danificadas.
Eis que o prefeito Absalão que se encontrava em Natal, sendo chamado as pressas pra ver a realidade da sua cidade, ao chegar na prefeitura, vendo as imediatas providências do seu auxiliar - não se conteve largou um sono grito: Gilberto, você quer me enganchar com o Tribunal de Contas - Jogue essas merdas n'água!
Obedecida a ordem, mandou em seguida um telegrama para o seu amigo Governador Dinarte Mariz, pedindo uma verificação in loco do TCE.
Na mesma semana Romildo Gurgel que era o presidente do órgão fiscalizador estadual, veio á Pendências e após a constatação do desaparecimento das pastas, despachou uma declaração de isenção da responsabilidade do governante.
Este relato faz parte dos roteiros escritos pelo saudoso jornalista padre José Luiz Silva de quem fui seu colaborador em sua empresa de comunicação (FOLK), que ficava no 1º andar da Rodoviária da Ribeira em Natal.
sábado, 26 de dezembro de 2020
Manoel Dantas: um jornalista a serviço da educação pública
Adriano Medeiros - Fatos e fotos de Natal Antiga
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