sábado, 19 de dezembro de 2020

 O MIXTO DE ZÉ ROCHA

João Etelvino Lopes, de tradicional família Lopes, do então distrito de Ipanguaçu, denominado Saco, atual e próspero município de Itajá, costumava ir à cidade de Angicos. Certa vez, pegou o mixto (meio de transporte coletivo no Nordeste no passado (conforme fotografia abaixo, ilustrativa), que fazia a linha Angicos a Mossoró (o povoado Saco fica setenta e poucos quilomemetros daquela cidade do oeste potiguar), de propriedade de Zé Rocha, que tinha como motorista de nome Severino, natural de Angicos. Ao chegar no Saco, o motorista daquele transporte deu uma parada para João Etelvino descer, o qual perguntou a Severino o valor da passagem. Severino respondeu: - “Não custa nada, Seu João, disponha de um angicano.” - João Etelvino agradeceu da seguinte forma: - “Severino, também disponha de um sacana.”- Não sabia Etelvino que sacana é sinônimo de safado, pilantra, patife e outros ‘bichos’. Estórias do Nordeste brasileiro.
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Gervazio Costa e Maria Selma de Sales

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