Valério Mesquita
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01) Manoel Teixeira, prefeito de Espírito Santo, narra uma história engraçada ocorrida quando José Varela era governador. O então interventor do município de Baía Formosa ante a visita do Chefe do Executivo Estadual, preparou uma festa supimpa. Até uma poltrona especial foi adquirida para o governador sentar na ampla sala de visita. Lá fora, enquanto todos estavam envolvidos no foguetório e nos “vivas” ao dr. Zé Varela, um bêbado inaugural sentou na cadeira oficial e pegou no sono. Quando a comitiva entrou na residência, o vexame foi perturbador. “Raimundo, Raimundo...”, instava nervosamente o interlocutor, “Saia daí logo, essa cadeira é só para o governador!!”. “E daí”, responde o bêbado, “porque a bunda dele é melhor do que a minha?”.
02) Raimundo Barros Cavalcante deixou como legado de suas andanças e boêmia o desejo de ser publicado o seu livro de memória “O Vasto Mundo de Raimundo”. São memórias de um macaibense adotivo nascido em Souza, Paraíba, com os melhores figuras de Natal. Homenageio-o, com um dos causos do seu repertório. Certa vez em Paris, Raimundo recebeu o convite do dr. Romildo Gurgel para jantar no fechadíssimo restaurante MAXIM”S. Em frente um homem todo fardado – parecia um general – abriu a porta do táxi cerimoniosamente. Romildo e Raimundo estavam em traje esporte e não haviam efetuado reserva. Gurgel, falando fluentemente o francês, explicou que eram amigos do milionário e playboy brasileiro Baby Pignatari e que insistira não deixar de jantar no Maxim’s. De imediato tiveram mesa especial. Veio o cardápio que mais parecia uma enciclopédia, o qual Raimundo trouxe como souvenir. Brasileiro é fogo. Romildo em impecável francês, pede o vinho: “Chateau Cachuil, s’il vous plaît!”. O maitre de fraque alinhadíssimo, promoveu o cerimonial de praxe e colocou o vinho à prova. Em seguida chegaram flores e não faltaram mesuras, tudo por conta da “amizade” de Romildo Gurgel com o internacional Baby Pignatari. Depois da sobremesa “Crepe Susette”, veio a conta: 550 dólares. Ai a coisa ficou diferente, na base do half and half (meio a meio). Mas, foi a esperteza diplomática de Romildo que quebrou o protocolo do traje e ainda, de quebra, um tratamento diferenciado.
03) No final de uma de suas campanhas políticas, o médico Arnóbio Abreu foi procurado por um eleitor que exigia uma conversa particular. Por sua vez, Abreu mandou o seu assessor perguntar-lhe o que queria. “Não posso dizer. É só particular” respondeu o exigente eleitor. E não arredou o pé. Após algumas horas, afinal, foi recebido. “O que deseja, amigo?”. “Quero que o senhor me arranje um caixão de defunto!”. “Mas amigo, se você tivesse dito isso antes eu já o teria atendido”, replicou o médico. “Mas, doutor, o negócio é o seguinte. É que minha mãe está para morrer e se eu não arranjar agora no fim da campanha, os políticos vãobtodos embora e a gente só vai ver vocês muito tempo depois”, concluiu o eleitor abusado. Meses mais tardes, em Açu, o deputado encontrou-se com o mesmo cidadão. Virou-se para Arnóbio e justificou-se: “Doutor aquele negócio deu certo. A “veia” “apagou-se” no mês seguinte. Eu tava ou não tava certo?”.
04) certo dia, Arnóbio Abreu consultava a sua clientela no Açu quando lhe apareceu um gago. Instalou-se logo aquele ar de impaciência e dificuldades. O deficiente começou a gaguejar falando a respeito dos filhos. Ao mencionar com extrema dificuldade o primeiro, o segundo, o terceiro, Arnóbio cortou a entediante conversa, perguntando logo quantos filhos ele tinha. “Tre, tre, tre, treze!”. “Todos são gagos assim como o senhor?”. “Na, na, não. Eu, eu, não fi, fi, fiz eles com, com a lin, língua não!!”. A consulta foi encerrada.
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