Foto: Assecom/RN
O Governo do Rio Grande do Norte lançou, na segunda-feira (25), o Plano
de Mitigação dos Efeitos da Estiagem no Rio Grande do Norte que vai
investir R$ 22,5 milhões nos próximos três meses. O plano, elaborado
pelo Comitê Estadual de Convivência com o Semiárido do Rio Grande do
Norte inverte a perspectiva de “combate à seca”, e se volta para a
“convivência com o semiárido” rico e diversificado nas suas dimensões
ambiental, sociocultural e econômica.
O Plano prevê ações emergenciais e estruturantes. As emergenciais são o
reforço no Programa RN + Água com instalação de 400 poços tubulares já
perfurados em todo o RN, e outros 400 novos poços (120 pela Sedraf),
priorizando as regiões mais afetadas pela estiagem, no valor de R$ 9,4
milhões, a liberação de crédito específico à aquisição de ração para os
rebanhos bovino, caprino e ovino, através da Agência de Fomento do RN
(AGN) no montante de R$ 9 milhões, e o pagamento do seguro agrícola
Garantia Safra 2020/2021, no valor de R$ 3 milhões.
As ações estruturantes são a ampliação da área irrigada para produção
de palma e feno pela Emparn, com distribuição de 9 mil fardos de feno e
de 600 mil raquetes de palma, investimento de R$ 500 mil. A implantação,
em parceria com prefeituras, do projeto pecuária sustentável, de 30
campos de multiplicação de palma e implantação de 24 sistemas de reuso
de águas para irrigação de palma e forrageiras com investimento de R$
600 mil.
"Após dois anos de inverno regular, o RN enfrenta hoje as consequências
da forte estiagem. Isso fez com que nos adiantássemos e apresentássemos
este plano. Antes, em julho, criamos o Comitê Estadual de Convivência
com o Semiárido, composto por representantes de todos os setores, que
definiu um conjunto de iniciativas", afirmou a governadora professora
Fátima Bezerra, no ato do lançamento no auditório da Governadoria, em
Natal.
"As consequências são graves. Estamos lançando ações não para combater a
seca, que sempre vai existir no semiárido. Estamos lançando medidas
para a convivência e para garantir a vida das pessoas e dos rebanhos. E
são medidas decididas a várias mãos, ouvindo os representantes legítimos
do trabalhador do campo e dos grandes e médios produtores", registrou
Fátima Bezerra.
A governadora também cobrou atitude efetiva do Governo Federal. Ela
criticou o preço da saca de milho a R$ 100,00. "Historicamente, através
da Conab, o Governo comprava na safra, armazenava para vender o estoque e
regular o mercado na entressafra a preço razoável. Hoje a política do
Governo Federal não é mais assim e prejudica a todos, especialmente os
pequenos produtores. Não pedimos favor, mas respeito. Cobramos uma
decisão política em nível nacional. Enquanto governadora estamos fazendo
a nossa parte dentro das limitações fiscal e financeira. E queremos a
ação federal para levar crédito e insumos aos produtores. Para isso
conclamo o apoio da bancada federal do nosso Estado", afirmou Fátima.
Fonte: Assecom Governo do RN
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