Publicado em: 09/04/2022
Considerada “a melhor cachaça do mundo”, título concedido no Concours Mondial de Bruxelles, na Bélgica, um dos mais rigorosos e reconhecidos internacionalmente órgão especializado por sua independência e rigor no processo de degustação, a cachaça paraibana Boa do Brejo – categoria cristal – também é apontada por possuir uma capacidade físico-química e microbiológica incomparável com as demais existentes no mercado brasileiro.
“Ela se destaca por ser limpa, saudável e sem concentração de metais pesados, a exemplo do cobre, do chumbo e do carbamato de etila, compostos cancerígenos”. Quem atesta é o laboratório paulista Biomade Soluções Biotecnológicas, conveniado com o Ministério da Agricultura.
Nas análises de cachaças, a acidez permitida pode chegar até 150 mg/100 ml em ácido acético. A Boa do Brejo surpreende e apresenta 20 mg/100 ml. O resultado da acidez volátil para a cachaça é um indicativo de possíveis problemas relativos à fabricação, a exemplo do controle do tempo e temperatura.
É por esse e outros motivos que o empresário Cícero Ricardo, idealizador da Boa do Brejo, faz questão de presar pela qualidade. “Sou rigoroso na colheita da matéria-prima, no tipo e no método de condução do processo fermentativo. Nas práticas tecnológicas, nas operações unitárias envolvidas no processamento, na destilação e no envelhecimento”, destaca o empresário, acrescentando que a Boa do Brejo é diferenciada e já caiu no gosto popular.
A bebida é produzida no Engenho São Pedro, antigo Mofo, em Areia, fundado em 1961 por Valdo Pompeu. Em 2018, Cícero Ricardo adquiriu o engenho, já sob a administração de Paulino Arantes, que vendia a produção a granel, e iniciou o processo de modernização dos equipamentos e instalações, seguindo todo protocolo legal e sanitário.
Paralelamente, foi escolhida a variedade ideal da cana de açúcar, e definida as áreas de plantio. Após a conclusão de toda a reforma, da colheita da cana-de-açúcar e o funcionamento autorizado pelo Ministério da Agricultura, pela Sudema e pelo Ibama, finalmente foi reinaugurado em 2020, com uma produção de 60 mil litros de cachaça de excelente qualidade, utilizando apenas o seu “coração”, e separando as frações da “cabeça” e da “cauda”, o que lhe confere qualidade inigualável e um sabor extremamente macio e suave.
Hoje a produção anual é limitada a 120 mil litros de cachaça e utilizada apenas a cana de açúcar do Engenho São Pedro, que possui várias nascentes de água, local para trilha a pé, através de floresta nativa e alguns pontos interessantes, a exemplo da Pedra do Grito (conta-se que no mês de maio escutam gritos nessa pedra), a Casa da Bruxa (uma casa de taipa no meio da floresta), a Trilha das Águas, passeio a cavalo, dentre outros.
O engenho está localizado na cidade de Areia, na Região do Brejo paraibano, numa tríplice fronteira, entre os municípios de Areia, Pilões e Alagoinha. É aberto à visitaçãocom a condição de se respeitar o meio ambiente e as normas internas de segurança.
Fonte: Espaço PB com Assessoria (José Valdez) – Foto: Divulgação – Contato: jorgerezende.imprensa@gmail.com
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