"Castanha
Chocha" e "Cachorrinha de Borracha" (pseudônimos) eram
dois débeis mentais pedintes que perambulavam pelas ruas da cidade de Assu
(ninguém tinha conhecimento dos seus nomes de registro). Castanha
tinha uns 30 anos de idade e Cachorrinha era mais velha do que ele,
Castanha, uns 30 e poucos anos. Naquele tempo, se uniram em matrimônio,
ato religioso realizado (incentivado por populares), salvo engano, por padre Militino, na igreja
matriz de São João
Batista, lotada de curiosos como podemos conferir na fotografia. Era eu, ainda menino e estava presente na igreja. Pois bem,como no Assu de tudo acontece, ou como diria Solón Wanderley, "faz-se tudo e haja Glosa", o poeta Renato Caldas, vigilante permanente do cotidiano da terra assuense e que não perdia as
oportunidade para versejar com irreverência e graça, escreveu conforme adiante:
Quem procura sempre acha
Quem procura sempre acha
É o ditado do povo
Arranjou marido novo
Cachorrinha de Borracha
Mas vai ser preciso graxa
Que a coisa não
está tão frouxa
A fuzarca vai ser roxa
Até o raiar do dia
Arranjou o que queria
Casou com Castanha Chocha.Arranjou o que queria
(Fernando Caldas)
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