SÚPLICA
Por Francisco Amorim
Vai alta noite já. Entro em meu quarto
à procura de um bem que não existe.
Passo as horas cismando, cheio, farto,
Desta saudade que em meu ser persiste.
Tenho opressão como se fosse enfarto,
Se processando na minha alma triste.
E se ânsias cruéis., sozinho parto,
Volto a te desejar. ninguém resiste.
É a falta de ti que me aborrece.
E a insipidez a ausência me parece,
O longo isolamento de degredo.
Vem, já não suporto este martírio.
Aos meus olhos eu vejo a luz do círio,
Fica perto de mim. Não tenhas medo.
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