Agenor Nunes de Maria ou simplesmente Nonô era natural de São Vicente, região do Seridó/RN. Foi militar da Marinha, vereador (1956-58, 62) pela sua terra natal onde também foi comerciante/feirante, além de agropecuarista, cooperativista, sindicalista rural, deputado estadual (1962-66), deputado federal em 1968 e 1983. Nas eleições de 1974, a convite do ex-governador Aluísio Alves, Agenor foi candidato a senador da república. Uma jogada estratégica de Aluísio (coisas da política). Conta-se que Agenor ao recever o convite do líder político Aluízio, Agenor teria dito que não dispunha de recursos financeiros para fazer sua campanha, porém não tinha nada a perder. No que aceitou o convite, percorreu o estado de ponta a ponta com seus companheiros de MDB, apresentou-se na televisão (se não me engano, foi a primeira campanha política inserida no rádio e na televisão, no estado norte-rio-grandense (TV Universitária, da UFRNl). Pois bem, com aquele seu linguajar próprio do sertanejo ganhou a eleição para o renomado jurista, então deputado federal Djalma Aranha Marinho, da ARENA - Aliança Renovadora Nacional, por quase 20 mil votos de maioria. Djalma tinha o apoio do presidente da república (regime militar), além do senador Dinarte Mariz, do governador nomeado Tarcísio de Vasconcelos Maia.
Senador atuante, combativo. Os seus pronunciamentos no Congresso Nacional, brilhava, encantava. Publicou os livros intitulados "Os Roteiros de Uma Luta", 1975, "Rio Grande do Norte do Presente", 1977, além de ter recebido várias honrarias.
Lembro-me que em 1985 estive em seu gabinete quando vereador e presidente da camara,Municipal do Assu, em companhia do prefeito da terra assuense Ronaldo Soares quando ele, Agenor, exercia o cargo de deputado federal. E ele, Nonô, a ler alto, emocionado, o discurso que seu colega de parlamento, deputado pela Paraíba, Raimundo Asfora teria pronunciado na tribuna do Congresso Nacional, traçando o seu perfil de homem público e parlamentar, como "a mais bela voz rústica do parlamento brasileiro.”
Se o ex-senador carioca chamado Darcy Ribeiro disse que "o Céu é melhor que o senado, Agenor Maria na tribuna da Camara Federal, pronunciou: "O céu precisa ser muito bom, pra ser igual ao senado."
(Em tempo: o senador Dinarte Mariz já teria dito: Pra ir pro céu é preciso morrer!).
(Em tempo: o senador Dinarte Mariz já teria dito: Pra ir pro céu é preciso morrer!).
(Fernando Caldas)
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