domingo, 23 de março de 2025

 

ROQUE, O HOMEM DA HORA CERTA


Tipo magro (só tinha o couro e o osso), alto, de cor negra e vestia camisa de manga comprida ensecada na calsa branca. O calçado era uma sandália tipo franciscana. Toda manhã saia de casa sozinho, que ficava no bairro Vertentes, então periferia da cidade, com destino ao Centro da cidade para pedir as pessoas um trocado para o seu sustento diário. Parece que estou vendo e ouvindo pedir um trocado: “Seu Mariano tem alguma coisa pra mim?”

Roque indigna-se quando alguém lhe soltava uma pilhéria. Reagia na hora exigindo respeito.

Afinal, Roque Teodoro da Silva, nome singelo e sonoro, imortalizou-se pelas mãos habilidosas do pintor/artista plástico Gilvan Lopes, numa enorme arte mural ao lado do Banco do Brasil. Por isso, Roque está para o povo do Assu, vivinho da Slva, no dizer popular. Fica, portanto, essa minha singela homenagém póstuma a Roque Teodoro da Silva.

(Fotografia tirada em frente a casa de Pedro Rodolfo, da Rua Manoel Montenegro).

Fernando Caldas

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