segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ANTIGA CADERNETA DE DEPOSITOS DO BANCO DO BRASIL

Antiga caderneta de deposito (conta corrente) do Banco do Brasil S.A. A caderneta (agência de Assu-RN) imagem abaixo, é data de 1952 e pertence a Edmilson Lins Caldas (pai do editor deste blog). Fica o registro.

sábado, 21 de novembro de 2009

"MULHER POTIGUAR DE BARBA E BIGODE"




Clique na imagem para visualizar melhor.

Matéria publicada no começo dos anos sessenta na Revista O Cruzeiro (coluna Flagrantes), do Rio de Janeiro. A fotografia é de autoria do fotógrafo assuense Demostenes Amorim.

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DEU NO BLOG DE ALUÍZIO LACERDA





Não se benzam, não digam figa, nem excluam o informe: da esquerda para direita, estão os blogueiros Nelson Dantas, Fernando Caldas (Fanfa) e juscelino FranÇa.
Tanto Juscelino quanto Fanfa, estão sendo assediados por partidos nanicos para disputarem o pleito de 2010.
Juscelino França, disputará a assembléia legislativa pelo PHS, tem encontro marcado com a cúpula do partido nesta segunda feira no gabinete do vereador Maurício Gurgel para avaliarem com o blogueiro as possibilidades.
Conforme havia noticiado anteriormente, Fanfa voa mais alto, disputará, salve engano pela sigla do PSC uma vaga para deputação federal.
Nada é tão impossível assim, mas adiante da fragilidade de opções neste ubérrimo vale, a ousadia, a aventura dos contemporâneos tem o seu lado positivo.
O povo faz do voto o que deseja; quem sabe se não chegou a vez de protestar a frouxura das grandes influências que ao longo do tempo entregaram o Vale ao ostracismo, vivendo um tremendo marasmo por falta de representatividade política.
Pra falar em partido nanico. o PHS não é tão pequeno assim, possui acento na assembléia legislativa com a presença do seu presidente estadual Arlindo Dantas e ainda tem algumas representatividades nos diversos legislativos municipais.


(Matéria publicado nos conceituados blogues do Vale do Assu, como Blog de Aluízio Lacerda e Blog de Juscelino França).

Em tempo: Fernando Caldas (Fanfa) é filiado ao PPS e não ao PSC conforme noticia a matéria acima.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

LATA VELHA

Conta-se que um certo cidadão de Caicó (RN) chamado Chaguinha Peixoto, muito conhecido naquela terra seridoense, era possuidor de uma velha camionete e, se encontrava com dificuldade de vendê-la em razão do seu estado de conservação. Apesar dos vários anúncios que colocara em jornais e em locais daquela cidade, sem sucesso, resolveu colocar um cartaz escrito em letras vivas e garrafais no para brisa trazeiro do referido veículo que dizia assim: "VENDO ESSA BOSTA". Pois bem, como tudo tem seu dono, Chaguinha certo dia desses quente de Caicó, se encontrava abastecendo a sua camioneta e, de repente recebeu a a agradável surpresa: "Diga aí amigo, quanto custo essa bosta?" Perguntou um ceto senhor ricão da cidade. Ele, Chaguinha, em tom de brincadeira, respondeu: "Olhe o respeito". Aquele senhor insistiu: "Vai logo rapaz, quanto custa essa camioneta?" Peixoto disse o valor e, ligeirinho recebeu o cheque como pagamento da sua mercadoria. Chaguinha desceu do carro e tratou logo de entregar o documento de propriedade do veículo e providenciar a retirada do cartaz de propagando quando, novamente recebeu oa surpresa: "Não, meu amigo, pode deixar o cartaz ai mesmo. Eu só comprei porisso". Chaguinha em voz baixa resmungou: "Ah, se eu soubesse". Com certeza o preço da camionete teria sido outro.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

REVISTA FON-FON


A Revista Fon-Fon era uma importante revista do país, fundada em 1907 pelo célebre escritor Gonzaga Duque que publicava os costumes e notícias do cotdiano. Circulou até o ano de 1958. Naquele revista o poeta potiguar do Assu João Lins Caldas publicou alguns dos seus escritos no tempo em que morou no Rio de Janeiro onde conviveu com célebre escritores que frequenta a livraria GArnier, na rua do Ouvida daquela capital carioca.

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

ARNÓBIO, UM AMIGO FELIZ

AGNELO ALVES
JORNALISTA


Natal/Parnamirim - Talvez eu não tenha sido um dos amigos próximos de Arnóbio Abreu. Mas sempre que nos encontravamos era como se fôssemos amigos, irmãos, camaradas, de velhos tempos, de todas as confidências, de planos comuns, partilhados na exucução e nos resultados. No entanto, não éramos assim. Não por conta dele, Arnóbio. Um tanto por conta do meu temperamento, sei lá não tão afável quanto o dele, parecendo que tinha sempre algo a comemorar todos os dias, a toda hora, com todos os amigos.
Chegamos juntos segunda feira passada em Brasília, procedentes do Rio de Janeiro, passageiros do mesmo avião, Arnóbio, Frederico Rosado, Francisco José e eu. Mas só nos vimos no aeroporto, após o desembarque. Uma festa, os cumprimentos, parecendo até que não nos víamos há muito tempo e estivéssemos nos encontrando em terra estranha, quando havíamos estado juntos dois dias antes no Rio de Janeiro num acontecimento comemorativo a convite de outro bom e querido amigo comum, Múcio Sá.
Do aeroporto ao hotel, onde moro em Brasília, pensei, numa conversa silenciosa comigo mesmo, "um bom amigo esse Arnóbio Abreu. Preciso me aproximar mais dele". Um pensamento, digamos, sem ter muito como me pegar. "Ah, vou convidá-lo, mo Francisco José e o Frederico Rosado para jantarmos hoje". Outro compromisso surgiu. Não tive como me desvencilhar. Mas assumi comigo mesmo o compromisso de no dia seguinte procurar os dois amigos, Arnóbio e Frederico, para almoçarmos, batermos um papo, jogarrmos comversa fora, algo assim sem eira nem beira. Só para conversarmos.
Não foi preciso tornar a iniciativa. Minutos após chegar ao Senado, Arnóbio, Frederico e Francisco chegaram ao meu gabinete no Senado. Puxo pela memória. Parece que estou vendo, ouvindo, falando. Passamos como que uma "revista" nas coisas, nos fatos, nos atos e nas pessoas. Conversa descontraída, solta. Num relance, percebi que Arnóbio estava com a cor algo diferente, sei lá, meio cinzenta. Perguntei sobre. "Nada", não me dou bem com o clima de Brasília. Fico cansado sem ter nem pra quê", respondeu.
A vida é assim. A gente pensa como que procurando uma explicação para a morte. Graças a Deus, Ele guardou para si esse segredo, nos poupando a todos, seus fiéis, de sabermos o dia e a hora de dizermos adeus ou mesmo até logo. Estou escrevendo algo machucado. Dolorido. Com uma sensação de perda. Um amigo que nunca foi tão próximo que surgrisse uma intimidade. Também não tão distante que nos impedisse de festejarmos todas às vezes que nos encontrávamos. Ele mais expansivo. Eu mais retraído. Ele, Arnóbio, um festeiro permanente, tempo integral, sem perda da seriedade.
Um bom amigo, Arnóbio Abreu, que a gente só descobre depois que ele partiu de vez, embora todas as vezes que nos despedimos, ficava sempre a sensação em mim, da alegria que fazia inundar em todos os instantes. Partiu sem nenhuma palavra de adeus. Talvez para que guardássemos dele a lembrança alegre de todos os reencontros.

(Transcrito do jornal Tribuna do Norte, de Natal, edição de 27.2.00).

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

MATRIZ DE ASSU NA DÉCADA DE SETENTA



A igreja Matriz de São João Batista, de Assu vista de dentro da Casa Paroquial, ainda no tempo da antiga praça Getúlio Vargas, quando existia ainda uma quadrinha de futeboal de salão.A foto é da década de setenta.

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DEZ CONCEITOS DE JOÃO LINS CALDAS



No corpo humano existe uma sentelha: é a alma. Na alma há um espelho: - é a consciência. Na consciência ha uma espada: - é a justiça.

Vencer o coração é a maior das forças; domar a razão, a maior das loucuras.

O remorso é o mais ferino dos punhais. Tortura mil vezes para matar uma vez.

A ilusão se alimenta de vôos.

Há um monstro sem cabeça: - é a ingratidão.

A amizade é a cartilha do sentimento.

O amor tem duas faces: uma é louca  e outra é cega.

No homem há um farol: é o perdão.

A primeira ilusão é branca; as outras tem muitas cores.


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NOTA DE AGRADECIEMNTO


Desejo agradecer as centenas de pessoas que se manifestaram incentivando apoio a minha pré-candidatura a deputado federal pelo Rio Grande do Norte (pelo PPS - Partido Popular Socialista), através de comentários neste blog (organizado pela minha pessoa) e de tantos outros da terra norte-rio-grandense, além dos sites de relacionamento como Orkut, Facebook, Sonico, bem como nos encontros nas ruas com amigos e conterrâneos do Vale do Assu, minha região querida. Vamos em marcha na retomada do seu desenvolvimento.

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domingo, 15 de novembro de 2009

HOSPITAL DO AÇU


O Hospital do Açu foi uma luta incansável do médico Ezequiel Fonseca Filho e Dom Eliseu Simôes Mendes (que foi bispo na década de cinquenta e começo de setenta) da Diocese de Mossoró. A edificação daquela casa hospitalar contou também com a generosa participação do assuense professor Luiz Antônio que foi um dos fundadores da Liga Contra o Câncer, em Natal.

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sábado, 14 de novembro de 2009

CHARGE


Charge: Blog de Mary

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UM POEMA SATÍRICO

O poeta assuense Sandoval Wanderley escrevia versos satirizando a classe política. Escrevia no jornal político, oposicionista, intitulado "A Opinião", de Natal. Nas suas produções publicadas naquele jornal ele escrevia usando o pseudônimo "Zezé da Roça". Pois bem, quando Ferreira Chaves terminava o mandato de governador do Rio Grande do Norte, em 1920, Sandoval satirizou assim:

Poucas horas me restam de Poder!
Meu ostracismo vem se aproximando...
Ai que saudades eu começo a ter
Dos seis anos que vinha governando.

Adeus, "Vila" adorada.
Minha doce morada
Onde a existência me sorriu fagueira!
Adeus, Compadre Horácio,
Adeus, Palácio,
Que nas horas do meu expediente
Enchia-se de gente
A pegar-me no bico da chaleira...

O sol de minha glória já descamba...
Os que me cercam são da corda bamba,
Oh quanto isso me dói!
Longe, vão ser meus dias bem cruéis...
Adeus, Henrique, Luis Júlio, Elói,
Adeus, Moisés!...

Adeus, bonde, automóvel, carruagem,
Minha querida Estrada de Rodagem,
Deixar-te, quanto sinto!
Adeus Ivo, Petró, Bruno Pereira,
Manoel Dantas, Gonzaga, Dr. Meira.
Adeus, Zé Pinto...

Adeus, caro Anfilóquio, Kerginaldo,
Tesouro que me deste tanto saldo,
Para mim sempre bom.
Adeus José Augusto, Juvenal,
Hemetério, Tetró, Chico Sobral,
Adeus, Pedro Odilon...

Vou a caminho de um eterno exílio
Carpirr a lei fatal do meu destino...
Adeus, Maurício Freire, adeus Virgílio
Eu parto, eu gemo, eu morro, ou fico mudo,
Adeus Cascudo!
Adeus Galdino!

Adeus Asilo de Mendicidade
Detenção, Hospital de Caridade,
Melhoramentos meus"
Uma tristeza em meu peito atroz se expande,
Já não governo mais o Rio Grande,
Adeus, Natal, Adeus!

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

SEXO NA JANELA



Toda tarde ela e ele
Se encontrava na janela.
Ela pegando na dele
Ele pegando na dela.

Evaristo de Souza
(Poeta Potiguar).

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LUZ ELÉTRICA NO ASSU

Registra Celso da Silveira que em 18 de março de 1923 foi lançado o edital de concorrênia para fornecimento de luz elétrica à cidade, pública e particular. Exigia lâmpadas de filamento metálico de 32 velas (para luz pública) e determinava as praças, ruas e travessas a serem servidas de ilumunação: Praça da Proclamação e Pedro Velho, rua Macapá, São Paulo, dr. Pedro Amorim, da Caridade, de Hortas, do Córrego, Augusto Severo. Frei Miguelinho e Travessa União.

Em tempo: A rua Macapá é a atual Ulisses Caldas, rua São Paulo é a atual Minervino Wanderley, rua de Hortas e a atual Moisés Soares, todas no Centro da cidade.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

GETÚLIO MOURA, O POETA FOTÓGRAFO



A bela fotografia acima, pirâmide (tirada nas salinas de Macau-RN) é produção do poeta fotógrafo macauense Getúlio Moura. Com aquela foto, Getúlio ganhou o primeiro lugar do Concurso de Prata da Casa 2009, realizado pela PETROBRAS, no Rio de Janeiro. Aquela bela produção cabe um belo poema do poeta maior de sua terra natal chamado Edinor Avelino que numa feliz inspiração, escreveu o poema intitulado "Macau". Vamos conferir:

A minha terra, calma e boa, trago-a nas cismas de saudade em que ando atento,
contemplando-a  com os olhos cheios d´água.
nos grande voos do meu pensamento
É das mais ricas terras pequeninas.
Apraz-me repetir, quando converso,
possui alvas e esplêndidas salinas,
as melhores salinas do universo.



O GRANDE CELSO DA SILVEIRA

O poeta, escritor, jornalista, teatrólogo, ator, correspondente de importantes jornais do país como o Jornal do Commercio, do Recife, chamado Celso da Silveira, já falecido, merece ser mais lembrado pelos seus conterrâneos, principalmente pelo poder público da sua terra natal que ele tanto amou e divulgou por aí afora. Celso era desses colecionadores de peças antigas, bem como conservava guardados em caixas, malas e pastas tudo sobre a terra potiguar, principalmente sobre o Assu e sua gente a literatura e etc. Na cidade de Assu, sua terra natal ele fundou o primeiro Museu de Arte Popular, do Brasil. Afinal, Celso era muito mais do que isso, era "uma academia" literária. Aquele que fosse visitá-lo em sua casa da Alexandrino de Alencar, em Natal, logo deparava-se com um verdadeiro museu. Certa vez, estando em sua casa, me externou que se o Assu tivesse um museu ou uma instituição cultural de credibilidade doaria com prazer todo aquele seu acervo. Pena que não veio a acontecer. Uma grande perda para a terra assuense.

O antologista Ezequiel Fonseca Filho, no seu livro intitulado "Poetas e Boêmios do Assu, 1984, depõe sobre Celso dizendo que "não sei onde catalogá-lo como poeta ou como boêmio. Se é verdade que nem todo poeta é boêmio, mas todo boêmio é poeta, Celso da Silveira é um misto de poeta e boêmio."

O seu livro de estréia intitula-se "26 Poemas de Um Menino Grande", 1952, onde vamos encontrar os versos que ele escreveu com indignação, conforme transcrito adiante:

Se vejo a minha cidade
vejo placas nas ruas
com nome de gente
e não me ufano...
Rua Siqueira Campos,
Rua Deodoro
Rua Floriano!...

Por que puseram estes nomes nas ruas de minha cidade?
Antigamente não havia placas mas as ruas tinham
os seus nomes e eram conhecidas...

Beco do Padre,
Beco do Cemitério,
Beco de Nila
Beco de Abdias,
(Onde era proibido transitar com animais por aqui)

Se eu fosse julgar os responsáveis pela mudança
dos nomes das ruas de minha cidade,
Minha setençã seria inapelável:
- Culpados!
Ou, então: Se eu fosse menino
- Dono das ruas e da cidade também
quebrava tudo o quanto é de placa
de baladeira,
Com as pedras das ruas
que estão solidárias comigo, eu sei!

Só porque não me consultaram, as ruas
perderam os seus nomes bonitos e o prestígio,
e a cidade a sua tradição!...

Desconjuro quem mudou o nome da rua
onde morava minha ama!...



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ENTARDECER NA LAGOA DO PIATÓ (ASSU-RN)


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UM VERSO DE DIVA CUNHA


Diva Cunha é uma revelação na poesia do Rio Grande do Norte. Posteriormente vou postar mais um pouco sobre essa artifice que engrandense as letras potiguares. Vejamos uma produção desta grande poeta natalense, que diz assim:

Um verso me sacode por inteiro
sua agulha me ferroa
na letra escura

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

REVISTA CARETA


"Careta", importante revista humoristica brasileira que circulou entre 1908 a 1960. Entre as distantes décadas de dez., vinte e até o começo da de trinta, o poeta assuense João Lins Caldas no tempo em que ele morava entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, colaborou com seus escritos literários.

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VAQUEJADA - PARQUE SANTA MARIA


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CESA


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IPANGUAÇU NAS LETRAS POTIGUARES

Ipanguaçu está nas letras potiguares através do seu poeta maior chamado José Coriolano Ribeiro. Ele está antologiado por Rômulo Wanderley, na sua antologia intitulada "Panorama da Poesia Norte-Rio-grandense", 1965. Breve vou postar neste blog um pouco da sua obra, das produções daquele bardo boêmio, já falecido. Mas em Ipanguaçu existe outros poetas como, por exemplo, Wiliame Lins Caldas que um dia, numa feliz inspiração, escreveu o soneto intitulado Assim eu te vejo:

Te vejo como um pássaro que voa
Tão alto que não posso alcançar.
E fico te olhando, assim a toa
E como é lindo o teu voar.

Te acompanho com o pensamento
Meu coração, se tivesse asas, poderia voar.
Você passa tão depressa. levada pelo vento
Levando também o meu olhar...

Como uma planta que nasce
E precisa ser regada, cuidada...
Assim eu te vejo.

E como uma flor que abre
E o beija-flor, cedinho vem beijá-la
Pra matar o seu desejo...

sábado, 7 de novembro de 2009

ELEIÇÃO PELA DIREÇÃO DO COLÉGIO JK DE ASSU



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NOTA


Em 2010 quero ser deputado federal! Ora, não tem um Maia, um Alves na Câmara Federal representando o Rio Grande do Norte? Por que não pode ter um da Silva, um Caldas naquele parlamento? O importante é ter sobretudo espírito público. Afinal, conheço os problemas do meu estado e do meu país. O Vale do Assu é uma região importante, não pode ficar somente sob a sombra das antigas glórias, não! É preciso se fortalecer, ter prestígio político e retomar o desenvolvimento do Vale do Assu. Para isso, basta ter representantes filhos daquela própria região na Assembleia Estadual e na baixa Câmara do País. Afinal "Vale ou não vale, o Vale"?

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CAFÉ FILHO EM MOSSORÓ

Clique na imagem para ampliar.

Em 1945, o deputado federal Café Filho esteve em Mossoró em campanha para deputado federal. A fotografia fora tirada por ocasião de um comício realizado naquela terra do oeste potiguar. Ao lado direito de Café (discursando), o comerciante assuense Fernando Tavares (Vem-Vem) que tinha amizade com aquele parlamentar natalense, através de Dix-Sept Rosado e do também comerciante em Natal, o assuense Bilé Soares que, através de Café chegou a assumir a superintendência da Caixa Econômica de Natal, na década de cinquenta.

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CAFÉ FILHO


"Sem saber, em pleno sono, tornara-me eu presidente da República, dentro de um drama sem precedente no país."

Café filho, único potiguar a assumir a presidência da República entre 1954-55, em razão da vacância do cargo, antes ocupado por Getúlio Vargas.

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ASSU ANTIGO


Sobrado da antiga praça Pedro Velho conhecido como Sobrado de Manuel Cabral, ainda hoje existente. Atualmente (no térreo) funciona a casa comercial denominada Bethes Boutique (de propriedade do casal Elizabethe e Astênio Tinôco). No alto daquela centenária edificação era instalado a Prefeitura Municipal. Serviu também de clube social na década de cinquenta. No térreo era instalado também a Casa Nova, de propriedade de Manuel Clemente. A foto é provavelmente do final da décade de cinquenta. Clique na fotografia para melhor visualizar. A foto é acervo de Juldenir Varela.

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ASSU ANTIGO

 
Antigo Matadouro Municipal. Clique na imagem para ampliar.

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ASSU ANTIGO


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

DE LOURINALDO

Lourinaldo Soares foi prefeito do Assu no início da década de noventa. Gosta de tomar "umas e outras" que niguém é de ferro. Pois bem, certa vez, bebendo num restaurante da cidade de Assu, já muito "alto" foi ao banheiro. Ao se aproximar do toalete femenino uma "bicha" escandalosa integrante do movimento "gay" daquela terra pluralista, que se encontrava naquele recinto. advirtiu o ex-prefeito: "Seu Lourinaldo, esse aí é pra mulher!" Lourinaldo foi rápido no gatilho, virou-se e apontou com o dedo indicador para "as partes", dizendo: "Aqui também é!"

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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

GATO NO POTE


É uma tradição muita antiga que ainda se pratica no interior do Nordeste. A meninada é presença certa naquela brincadeira, alguns para participar e outros par assistir como podemos conferir na fotografia acima.Pois bem, coloca-se um gato dentro de um pote de barro pendurado numa espécie de trave de futebol (ver foto acima). Naquele que participar é colocado uma venda, entregue um pedaço de pau e, no participante se dar várias rodadas no seu corpo para desnorteá-lo. Quebrado o poeta. o gato corre em disparada com "uma notona de dinheiro e todos correm atrás do pobre bicho para tirá-lhe este prêmio". E a risadeira é geral.

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

TROVINHA POPULAR

"Adão foi feito de barro
Distinto me dê um cigarro"

E o outro se desculpa assim:

"De barro foi feito Adão
Amigo, não tenho não".

(Autor desconhecido).

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

RICARDO CHAVES LANÇOU NOVO DVD


O cantor baiano Ricardo Chaves lançou no último dia 29, no Natal Shopping, o DVD intitulado "Um Estado de Espírito". O referenciado DVD é uma homenagem ao Carnatal, evento que segundo aquele artífice da canção popular brasileira (que pucha o bloco "O Bicho") é a sua festa preferida para se apresentar. Na fotografia, Ricardo Chaves autografando o DVD para a estudante, sua fã Mariana Caldas, filha do organizador deste blog.

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domingo, 1 de novembro de 2009


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CEARÁ MIRIM


Fotografia do Blog de Jadson Queirós.

Ceará Mirim verdejante,
Disse alguém: maré montante
Dos verdes canaviais,
Sinto daquela cidade
Uma amargosa saudade,
Que até é doce demais.

Renato Caldas

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sábado, 31 de outubro de 2009

ATA DO MONUMENTO CRISTO REDENTOR

A uma hora da manhã do dia primeiro de janeiro de mil e novecentos e hum, anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo e treze da república, no antigo "alto do Império", reunindo grande número de povo de todas as classes, entre o qual sobresahiam duas alas de excellentíssimas senhoras, para assistir ao acto da inauguração do monumento commemorativo erigido por uma distincta pleiade de assuenses, em homenagem à Jesus Christo Redentor, no fim do século que se utima e no princípio do que vae começar, e sendo acclamado Presidente o Reverendíssimo Vigário da freguesia, ilustre Conego Estevam José Dantas, este chamou para servir de secretário dos respectivos trabalhos o cidadão Afonso Soares de Macedo. Constituído assim a mesa, o aludido Presidente declarou achar-se aberta a sessão, depois do que discorreu lucida e satisfatoriamente sobre os fins da presente reunião, enaltecendo os sentimentos religiosos do povo assuense, que acabava provar seu sincero apoio às públicas e fervorosas demonstrações de reconhecimento e de amor filial, de gratidão e respeito, em homenagem ao Chefe invisível da nossa regeneração - Jesus Christo, - feitas em todo o orbe catholico; e terminou por acrescentar que a comissão encarregada da erecção do Monumento, que se acaba de inaugurar, pelo pouco tempo de que dispoes para empregar os meios necessários, aguardava-se com a pretenção de, em oportuna secução da imagem de Christo Redenptor, afim de ser collocada no alto do mesmo monumento para maior realce do seu objetivo; manifestando que, para realização da referida ideia, elle mesmo prestaria a sua mais franca e sincera adesão, o seu mais vivo interesse.
Foi unanimamente aplaudido em sua allocução do hymno nacional. Tomou, em seguida, a palavra o orador official, representado na pessoa do digno Juiz de Direito da Comarca, Doutor Luiz de Oliveira, que proferiu um agradável discurso, no qual teve de levantar merecidos elogios aos factores e realizadores da grandiosa idea, Enéas Caldas, João de Macedo e Palmério Filho, que, a custa de penosos sacrifícios, conseguiram que fosse legado à posteridade um testemunho solene dos sentimentos religiosos e do genio progressista dos assuenses. Fallou mais sobre o desenvolvimento patente de diversos ramos de progressos no decurso de século dezenove, fazendo, por último, apresentação do ancião de nome Felipe Barbosa da Fonseca, que tendo visto o raiar do século que findou, ainda esperto e no goso de todas as suas faculdades, achava-se entre nós presenciando também o surgir do que vai começar, pelo que a commissão, acima alludida lembrara-se de, em nome do ancião, offerecer o presente Monumento ao religioso e patriotico povo assuense. As suas últimas palavras, seguiram-se os applausos do auditório. Foi neste interim distribuida à mesa o hebdomadário "A Semana" que se publica nesta cidade, sob o hábil e criteriosa redacção do nosso sympathico conterrâneo Palmério Filho. Pelo cidadão Antonio Soares de Macedo foram calorosamente erguidos diversos vivas, nos quases o auditorio com enthusiasmo o acompanhou. Ocuparam ainda a tribuna o ilustre cidadão Doutor Angelo Caetano de Souza Cousseiro, que, em breves mas significativa phrases, satisfez os assistentes sobre o assunto em questão, e os moços Américo de Macedo, Palmerio Filho, Abdon Soares de Macedo, João Gomes de Amorim,  e Affonso Soares de Macedo, servindo de secretario, a presente acta, que fica pelo Presidente, por mim e por diversos assistente assignada.

Conego Estevam José Dantas
Affonso Soares de Macedo


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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

REUNIÕES SOCIAIS EM ASSU


Mesmo com os constantes assaltos que vem ocorrendo na cidade de Assu, as reuniões sociais nas calçadas daquela cidade do interior potiguar, ainda é praticado por muitas pessoas como, por exemplo, na casa da senhora Anita Caldas (membro da tradicional família Caldas e Soares Filgueira) que fica na praça Getúlio Vargas. A escritora imortal da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Maria Eugênia Montenegro era uma das assíduas frequentadoras daquela residência para uma boa prosa, onde se conversa de tudo, principalmente da vida política e social da cidade.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SHAOLIN EM ASSU


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PAPANGU


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POESIA


Rio piranhas/Assu-Rn.

O Rio

Um rio sonha, vive, ama,
tem seu nascimento e morte
de rio
e é consciente disso.
O homem não sabe isso.
Um rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
A diferença é grande
O Homem é que não sabe saber
essa diferença.
Quem já viu um rio
fútil, hipócrita, venal,
tomado de respeitos humanos,
acomodado em seu leito de lama?
É fácil também saber-se
quando um rio ama
e é amado.
Basta ver-se
como as flores se debruçam
sobre as suas margens,
esteja cristalino
o rio,
ou humanamente
sombrio.
Por que não falamos, também,
sobre os peixes,
diletos filhos dos rios?
Eles sabem, mas do que nós
o que seja um rio.
Sabem, por exemplo,
que um rio
não explora outro rio.
O rio é simples como um rio.
O homem é que é complicado
como um homem.
Chega a pensar-se que o homem
jamais poderá ser
afluente do rio.
O rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
Um rio é sábio sem segredos
para os náufragos.
Os náufragos conhecem
O segredo dos rios.
Só os náufragos conhecem
O silencioso e antigo segredo
dos rios...

Luiz Rabelo

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Do blog NataldeOntem

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POESIA MATUTA

CUNVERSA FIADA

Meu patrão, essa é a verdade:
O véio num tem vontade...
Nem faz tudo quanto qué!
Os fio é quem manda nele.
Inté nas coisa que é dele,
Quem manda mais é a muié.

- Quando aperta a cruviana
E o frio véio se dana,
A muié toma o lençó;
Adespois, só de marvada
num dá nem uma beirada...
E o véio, qui druma só.

O véio fica gemendo,
grunindo, se mardizendo
Sem uma garra de lençó.
Com uma dô nas canela!
Grunindo qui nem cadela,
Inté o saí do Só.

Se tem baile, o véio vai.
Tem qui i - pruque é pai
E tem qui se apresentá.
Chega lá, fica assentado...
É o papé mais safado
Qui o home pode chegá.

Cada fia, um namorado
Num nogento xixinado!
A dança? Num é dança não.
É aquela esfregadeira,
Num se dança uma rancheira,
Uma varsa, um xóte ou baião.

Num se vê um engravatado.
É um bando de Pé rapado
Qui só sabe arrufiá.
A burundanga é tão feia!
Nem o salão tem candeia
Pru forró alumiá.

- Orilo Danta é quem diz:
"Ah! tempo véio feliz
Dos namorados no bêco...
Aproveitando a rebarba...
E os véio, sujando a barba
Cum a goma do dôce sêco."

Hoje é sujando a vergonha.
In vez de cana é maconha...
Home faz vez de muié!
Usa cabelo cumprido
E pu riba o atrevido
Inda confessa o qui é.

Deus é Pai, num é padrasto!
- Nem sempre a luz de um astro
Clareia a lama do chão...
Morrendo o respeito humano,
Nem mesmo por um engano
Se pode têr sarvação.

A cunversinha tá boa!
Porém, um vento de prôa
Pode nos atrapaiá.
Quem cunversa, muito erra
E a água que imbebe a terra
É a mesma qui vai pro Má.

Tudo quanto hoje recramo:
É fulô, é fruita é ramo!
Nasceu da mesma raiz.
Para falá a verdade:
São coisas da mocidade...
Tudo isso eu também fiz.


Renato Caldas

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sábado, 24 de outubro de 2009

BALÃO DE SÃO JOÃO


Igreja Matriz de São João Batista em noite de novena, de festa do seu padroeiro São João.

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PROPAGANDA ANTIGA



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POESIA FESCENINA


TUDO É MERDA

O mundo é simplesmente merda pura
E a própria vida é merda engarrafada;
Em tudo vive a merda derramada,
Quer seja misturada ou sem mistura.

É merda o mal e o bem merda em tintura,
A glória é merda apenas e mais nada.
A honra é merda e merda bem cagada;
É merda o amor, é merda a formosura.

É merda e merda rala a inteligência!
De merda viva é feita a consciência,
É merda o coração, merda o saber.

Feita de merda é toda a humanidade,
E tanta merda a pobre terra invade,
Que um soneto de merda eu quis fazer...

Damasceno Bezerra
(Poeta natalense).

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

RELEMBRANDO ARNÓBIO ABREU


Anóbio Abreu era assuense de boa cepa. Foi deputado estadual e presidiu a Assembleía Estadual Constituinte do Rio Grande do Norte, de 1889. A ssembléia Legislativa  na sessão comemorativa pelos 20 anos da prumulgação daquela constituinte, o presidente daquela casa legislativa Robson Faria dedicou a memória de Arnóbio. Ele empresta o seu nome uma uma importante adutora construida no governo Garibaldo Alves, no Médio Oeste do Estado potiguar. O seu nome honra e dignifica o município do Assu. Arnóbio antes de ingressar na vida pública exerseu o cargo de diretor do Hospital Walfredo Gurgel no governo Geraldo Melo e fundou junto com demais colegas o hospital  ITORN (de ortopedia e traumatologia) na cidade do Natal. Muito se tem ainda a se comentar sobre a sua fantástica trajetória. Fica o Registro e a saudade

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RELEMBRANDO COSTA LEITÃO



Arcelino Costa Leitão discursando na sua casa quando candidato a prefeito do Assu em 1958. Na sua residência em cada eleição que ele disputava disputava colocava uma faixa com a seguinte inscrição: "Desta casa sairá o prefeito do Assu."

SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS DO RIO GRANDE DO RN


LAGOA DO PIATÓ


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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ASSU FESTEIRA, INCÍO DA DÉCADAD DE SESSENTA


Esquerda para direita: Maria Olímpia Neves de Oliveira (que foi prefeita do Assu), Douglas Leitão, Arcelino Costa Leitão e Francisco Amorim. Esses dois últimos também foram prefeitos da terra assuense. Daquelas figuras se encontra ainda viva e em plena lucidez, residindo em Brasília, capita federal, a minha querida conterrânea que engradece e diginifica o Assu, chamada Maria Olímpia a quem este blog presta mais uma homenagem a primeira mulher a se eleger pelo voto popular prefeita do Assu nas eleições de 1962, ganhando a eleição para Walter de Sá Leitão. Ela foi prefeita de 1963 a 1968. A fotografia acima fora tirada numa noite de festa no Clube Municipal de muitas histórias e estória da vida social daquela cidade dos verdes carnaubais.

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sábado, 17 de outubro de 2009

RELEMBRANDO

Por José Luiz Silva

OS ALVES E OS ROSADO JUNTOS

Não precisa ser futurólogo, nem profeta. Basta ter um pouco de capacidade analítica. Basta conviver com os arquivos das insinuações. Basta ser atento às contradições.
Como irá ser o quadro político do Rio Grande do Norte em 1982? Quem está com quem nos palanques; quem apoiará quem na última decisão?
Antes, bem antes do Palácio Potengi se chamar Palácio da Esperança, o povo do Rio Grande do Norte cantava em todos os caminhos:

"DIX-SEPT-ROSADO MAIA ESPERANÇA DO POVO POTIGUAR"

E como se chama a fazenda de Dix-huit não é terra da esperança?
A esperança portanto, no sentido de expectativa do poder é o tempo forte da caminhada dos Rosado.
Entre os Alves e os Rosado há um ponto de vista comum. O que os separa é menor do que a grande arma do exercício do mando; a retomada do Executivo.
Não será necessária uma bola de cristal, para se ver a aproximação gradativa dos Rosado e dos Alves. Serão eles que irão mobilizar o povo para colocar Aluízio novamente no Palácio (de novo) da Esperança. João Newton será Vice-Governador, Dix-huiit Senador, Vingt (de novo) Deputado Federal. Carlos Augusto, prefeito de Mossoró.
Para dizer a verdade, em todo o Estado, as duias famílias estruturalmente políticas se chamam Alves e Rosado. Somente elas possuem instrumentos de comunicação, destinados para mantê-los politicamente.
Onde estão os filhos dos Alves, os sobrinhos dos Alves? Trabalhando. Onde? Na TV ou na Cabugi. Nas coisas que lhe dizem respeito, culminando com as empresas de Igapó. Assim são os Rosado. Eles estão na Assembléia Estadual, na Câmara dos Deputados, nas bases.
Já escutei na CALÇADA DO CAFÉ SÃO LUIZ, que os Alves e os Rosado são como azeite e a água. Imisturáveis.
Que "estória" é essa? E em 58, quem andava rua acima rua abaixo junto; um candidato a senador outro a deputado federal? Não eram Dix-huit e Aluízio? Ou estamos esquecidos da memorável campanha "um amigo em cada rua"?"
E quando Governador, quem jogou flores nos pés de Dix-sept e mandou celebrar missa na catedral de Santa Luzia? Não foi Aluízio?
Isso vem provar que nem sempre o azeite e a água forçosamente serão incompatíveis.
Em 1976 passei dois meses em Mossoró na campanha de Leodécio para prefeito. Não sou mossoró-logo, mas se deu para observar muita coisa. Certa vez com dois vereadores do finado MDB visitei os cabarés da terra de Santa Luzia. Num deles, bati um longo papo com a proprietrária. E terminei provando que Leodécio seria o melhor candidato. "Tá certo, respondeu ela, mas eu não posso fazer isso com Doutor Vingt".
Ela não falou em João Newton. Votar contra doutor Vingt seria uma traição. Aí eu compreendi a liderança dos Rosado. Compreendi e comecei a respeitar. Porque o cabaré é sempre um termometro.
E Dinarte? Me perguntarão. Ele continuará com o PDS e no Estado inevitavelmente com os Maia (Tarcísio-Lavasier-Zé Agripino). Com ele, a grande maioria das prefeituras, o poder em exercício. E só existe um poder. Quando ele está exercendo. Lateralmente o PTB com argumentos esparsos, sem estrutura definida. Novamente seremos bipartidos: de um lado o governo, do outro os Rosado/Alves. E Agenor? Qual Agenor? O senador ou o feirante? Se aquele ainda fosse este, vá lá... Pois o povo vive nas feiras. Nela é que vive o trabalhador. Mas agora, o comandante e o Zepellin conseguiram aterrisar nas terras de São Vicente. E povo que é bom, quase não existe mais nos seus ex-gemidos.
Mas afinal, isso é ficção? Não sei. Sei apenas que hoje é carnaval. E no carnaval não ofende que também a nossa imaginação se encha de fantasias. Afinal entre o carnaval e a política há mil semelhanças. Em ambos há mil palhaços no salão. E ambos, há máscaras e travestis; e blocos que vez por outra se encorajaram e se chamaram: "bloco do sujo".
Hoje é carnaval. E se nada do que eu disse der certo, hoje não é carnaval?


(Artigo transcrito do Jornal O Poti, de Natal, 17.02.1980).

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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...