sábado, 9 de fevereiro de 2013

Maria Olímpia, uma figura do Assu inteligente


 Maria Olímpia, numa festa baile no Clube Municipal, de Assu, começo dos anos sessenta.

Maria Olímpia Neves de Oliveira ou, Maroquinha, como era chamada na intimidade, foi professora do velho Grupo Escolar Ten. Cel. José Correia. Animadora cultural, viveu ativamente os melhores momentos da vida social, artística e política do Assu festeiro, de antigas glórias, de tantas figuras inteligentes como ela mesma. Ainda menino, eu tive o privilégio de conhecê-la, no tempo que ela morava numa rica casa da rua Senador João Câmara, da cidade de Assu, vizinho a minha casa onde até poucos anos, funcionou a choparia "Brutinhos". 

Na política, Maroquinha foi uma vitoriosa. Prefeita do Assu, eleita nas eleições de 1962, pelo Partido Social Democrático - PSD, ganhando para Walter Leitão, da União Democrática Nacional - UDN, por uma maioria, salvo engano, de 408 votos. E ela governou o Assu, de 1963 a 1968.

Maria Olímpia, durante o tempo que militou na política daquele lugar, tinha catalogado todos os seus eleitores e, nas eleições que participava, dizia quantos votos iria obter em cada secção da Zona Eleitoral de Assu, numa demonstração de organização e confiança nos seus amigos e correligionários, acertando no seu prognóstico.  Os seus amigos e admiradores ainda são muitos. Ela foi a primeira e única mulher até hoje, a governar a importante terra assuense, sucedendo seu marido Costa Leitão, que administrou o Assu, de 1958 a 1963. Em 1969, ela regressou a capital federal, para trabalhar no então Instituto Nacional de Reforma Agrária - INDA, atual INCRA, convidada que foi, parece, por de Dix-zuit Rosado quando presidia aquela autarquia federal, por onde ela aposentou-se. Pois bem, em depoimento ao cronista social Marcos Henrique, Maria Olímpia, como ela gosta de ser chamada, conta um pouco da história do Assu social e artístico dos anos quarenta, cinquenta e sessenta, num artigo que escreveu, publicado no livro daquele cronista intitulado Vida Social e Artística do Açu - entre 1935 e 1960". Vamos conferir o seu longo e importante depoimento, adiante transcrito:

O Açu da minha adolescência e juventude, era muito movimentado, porque todos nós, tínhamos a preocupação de quebrar a monotonia de uma vida provinciana e elevarmos o nível cultural e artístico da cidade.

Não foi a toa que Aldemar de Sá Leitão, criou o serviço de auto-falantes, denominado "Divulgadora Assuense" com programas, o mais variado possível, desde o informativo nacional, estadual e municipal, às crônica locais, agendas e datas natalícias e sociais, concurso de vozes, de glosas, apresentação de moças e rapazes da cidade, interpretando músicas da época "hora da Saudade" com músicas notálgicas e outros tantos eventos políticos-sociais.

Até a década de 50, não tínhamos um clube social organizado, com sede própria, mas improvisávamos o salão de entrada do Cine Teatro Pedro Amorim, para bailes mais chics, como o das as festas de São João, do carnaval, do Natal e Reveillhon. E todos dançavam e se divertiam, ora com orquestra de João Chau, ora com conjuntos vindo de outras cidades. O importante era movimentar a cidade. Havia sempre um "testa de ferro" para enfrentar, planejar os eventos e assumir a responsabilidade pelas despesas contraídas.

Havia também por iniciativa do próprio Aldemar, um conjunto de artista amadores, que encenavam peças, ora dramáticas, ora cômicas. Também participei dos dramas. Era comum, e muitas vezes fui escolhida, para em companhia de um rapaz, ir pedir a uma família da elite, a "sala" para uma dança improvisada aos domingos à tarde, ou à noite conforme os costumes da época.

Muitas vezes, não dispúnhamos de dinheiro para pagar a orquestra e as danças eram ao som do rádio, sendo muito usado um programa da Rádio Clube de Pernambuco, denominado "Tabarrada" onde ao som daquela emissora, aos domingos a noite dançava-se até às 22: 00 horas. As "Tabarradas" ou aconteciam na casa de "Seu Eloy da Singer" ou na casa do professor Antônio Guerra.

Usava-se a maior variedade de diversões, para movimentar a cidade.

A grande movimentação todavia, era a festa de São João. Vinham pessoas de todos os quadrante do Estado, participarem dos festejos juninos. Tudo era festa durante o novenário e o dia de São João. Alvoradas, salvas, quermesses, balões, fogos de vista, Parque de Diversões, com o famoso carrocel, novena, entrega do "ramo", baile, etc.

A vaquejada era indispensável e durava dois e três dias.

O jornalzinho da festa, também era uma prática de todos os anos. Predominava na sua confecção a poesia, geralmente com elogios as moças da sociedade, em forma de quadras e acrósticos. Não faltavam as críticas aos rapazes, e piadas sobre os namoros, aqueles amores escondidos ou renegados, como também, críticas a administração e aos políticos. O concurso de beleza feminina, era repetido anualmente.

Na parte cultural, os estabelecimentos de ensino, presenteavam a sociedade, com belos desfiles no dia da "Raça" e da Independência, além de apresentarem vez por outra, programas com encenação de peças cristãs e patrióticas, seguidas de números variados, de cantos, declamações, bailados e ginásticas rítmicas.

Nessas programações destacavam-se o Colégio N. S. das Vitórias e o Grupo Escolar "Ten. Cel. José Correia".
Outras diversões muito usadas, eram os Pastoris e as Lapinhas, que divertiam muitíssimo, mas que acarretavam muitas rixas, intrigas e dissenções. A opção pelos partidos azul e vermelho, traziam uma loucura às pessoas, que se desentendiam até mesmo entre os familiares. De fins de novembro a janeiro, só se falava em Pastoril, que conciliava a peça com a dança após o espetáculo. Já a Lapinha, era mais conceituada. Acontecia ou no Colégio N. S. das Vitórias, em benefício do próprio ou no Cine Teatro, organizado por particulares.

Dentre as festas mais comentadas e elogiadas da década de 40, três se destacam: em 1945, 16 de outubro, comemoramos o centenário da independência do Assu. Foi uma semana de festa. Costa, Ximenes e eu, enfrentamos a organização das comemorações e tivemos uma das festas de maior destaque cívico-cultural. Toda a sociedade participou e se movimentou para dar maior brilhantismo às festividades. Governo do município, o povo em geral, todos prestigiaram a nossa iniciativa e deram a maior cooperação possível e imprescindível aos festejos.

Em 1947, por iniciativa minha organizei uma festa denominada "Festa Holandesa". Constou de um baile, onde todas as moças da sociedade estavam trajadas à caráter - roupa e calçado à moda da Holanda e apresentaram em meio às danças, um bailado muito bonito ao som de uma composição, letra e música da professora Sinhazinha Wanderley. A festa se realizou em um dos salões da firma João Câmara porque como dito anteriormente, não tínhamos um clube social, e a previsão era de uma grande festa, como de fato foi. Além da sociedade assuense, participaram em grande número, rapazes das vizinhas cidades de Mossoró e Macau.

O resultado financeiro da festa foi oferecido, à direção do Orfanato Padre Ibiapina. Outra festa que mereceu também muito destaque, foi o centenário do Grupo Escolar Ten. Cel. José Coreia.

O corpo docente preparou com carinho e dedicação uma extensa programação, constando de conferências, palestras, dramas, bailados, desfiles religiosos, enfim um vasto e bem elaborado programa.
Também eu, estive na organização das solenidades, porque a Diretora do Grupo era muito avessa a festas e eu assumi a direção de tudo.
De 1954 em diante, é que a cidade ganhou dois clubes sociais, predominando na época uma rivalidade muito grande, entre os organizadores, havendo sempre interferência e disputa política.

Com a fundação do Clube Municipal em 1958, o prefeito Arcelino Costa Leitão, mensalmente oferecia à sociedade festas dançantes maravilhosas, contratando em São Paulo/Rio, orquestras do maior gabarito, para abrilhantarem as noites, havendo vez por outra, apresentação de misses locais, estaduais e interestaduais, artistas nacionais, como também desfiles de modas. Há de se ressaltar, as melhores orquestras apresentadas: Marimbas Mexican Alma Latina, Cassino de Servilha, Violinos Italianos.

Fernando Caldas

Velho baile de carnaval do Assu, 1984

Da esquerda: Gonçalves, Fernando Caldas e Terceiro Medeiros.


CARNAVAL DO ASSU. 1965


Da esquerda, fotografia acima: Expedito Silveira, Geraldo Dantas, Maria Auxiliadora Montenegro, Edgar Montenegro, Francisca e Ximenes. Na fotografia abaixo da esquerda: Zé de Ana, Edmar Montenegro, Maria Auxiliadora e Edgar Montenegro e Francisca Ximenes.

Velho baile de carnaval de Assu, 1982

Da direita: [..] Fernando Caldas, o editor deste blog. 

Frevo Pernambucano


Do blog de Aluizio lacerda

Si nada nos libra de la muerte,
al menos que el amor nos salve de la vida.

[Javier Velaza, in: Los arrancados]
Si nada nos libra de la muerte,
al menos que el amor nos salve de la vida. 

[Javier Velaza, in: Los arrancados]


"Pelas ruas do Pelourinho, Salvador,  Salvador/Bahia". Foto de APHOTO Associação Potiguar de Fotografia

A PINTURA E A VIDA DE VAN GOGH


download (2)
Autor –  Almandrade
Ai, ai, as pinturas mais belas são as que sonhamos deitados na cama, fumando um cachimbo, mas nunca pintamos.” 
Vincent Van Gogh
Uma vida curta e conturbada para uma longa biografia de mais de mil páginas, Van Gogh, filho de pastor, depois de fracassar em tudo que tentou fazer, decidiu ser pintor. Um pintor também “fracassado”, ou melhor incompreendido pelo seu tempo, cuja obra imensa e invejável que construiu em sua rápida existência penosa e turbulenta, vem inquietando e provocando as gerações posteriores. O livro escrito por Steven Naifeh e Gregory White Smith, é uma das biografias mais extensas e completas de um artista que se tornou um mito da arte moderna. Do nascimento do pintor à sua morte aos trinta e sete anos, os autores vasculharam a vida de um navegante solitário, remando sempre contra a correnteza.
A biografia de um artista não explica, nem justifica sua obra, mas elas se comunicam, diria o filósofo francês Merleau-Ponty. Em se tratando de Van Gogh e sua vida difícil, com episódios trágicos, é possível ver uma relação estreita entre sua obra e o modo como viveu. Mesmo com todas as dificuldades não desistiu da ilusão de ser pintor. Desde a infância com um olhar desconfiado sobre o mundo, crises de raivas, caminhadas solitárias por lugares distantes, quem sabe para distanciar-se de tudo e de todos. Criado num ambiente religioso, protegido dos excessos do pecado, privado de emoção e cor, criou um mundo colorido e emotivo como meio de transgressão.
images (2)
Uma vida que colecionava infelicidades, zombarias e desafetos, buscava encontrar na arte o que não via na vida. Talvez o mais deprimido dos artistas, mas com uma produtividade incansável, como se estivesse sublimando na tela a infância não vivida e as emoções reprimidas. Ariscou a vida no trabalho da pintura, produziu como um louco mas sem perder a razão, indispensável ao ofício de pintor, “dedico-me a minhas telas com toda a minha mente”, escreveu para o irmão Theo. Acrescentou ao mundo a verdade da pintura.
images (3)
Tinha um único amigo, confidente, incentivador e responsável pelo seu sustento, com quem se correspondia e também tinha atritos, o irmão mais novo, Theo. Sem negar a rivalidade familiar, Theo era o filho que deu certo, tinha profissão, ajudava no sustento da família, tinha uma vida correta dentro do esperado nos padrões da classe média. Van Gogh era o contrário, com sua pintura ridicularizada pelos seus contemporâneos, desprovidos de informações para compreendê-las, sem aceitação no mercado. Quanta aflição. Somente mais de cinco anos depois de sua morte é que veio a ser reconhecido e celebrado.
images (1)
Queria pintar o que via, mas via o que pintava. Uma pintura de uma força irresistível, cor firme, céu agitado, uma forma particular de ver as coisas e a paisagem. Vida e obra se misturavam, o temperamento rebelde do artista, diagnosticado com várias enfermidades, – entre elas esquizofrenia, – desentendimentos, crises existenciais, a amizade tumultuada com Paul Gauguin, amputação da orelha, até a morte trágica, reavaliada no livro. Os autores descartam a hipótese, mais conhecida, de suicídio do pintor. Com um inventário de provas, acreditam em assassinato acidental. Com base em laudos médicos, que informam que a arma do crime foi disparada de certa distância do corpo, declaração do próprio artista que achava o suicídio “uma covardia moral” etc. Um crime misterioso, sem testemunha e sem o local exato do disparo, que até a arma desapareceu, mas não tão misterioso quanto a sua arte.
download (3)
Suicídio ou assassinato? Longe de mim de tomar partido, não sou advogado nem perito criminal. As condições precárias em que viveu numa sociedade hostil contribuíram, sem dúvida, para o final brutal, por um ferimento de bala na parte superior do abdômen. Mas de uma coisa ninguém duvida, da fascinação e da certeza de sua pintura que muito acrescentou à história da arte. Uma obra inquestionável que ultrapassa os acidentes da vida. Quantos artistas na história viveram à margem do sistema social, com uma vida pouco digna e construíram uma obra que sensibiliza gerações.
O livro faz uma revelação importante, a meu ver, para o meio de arte, hoje em dia, recheado de qualquer coisa e sintomas culturais. Os autores mostram um Van Gogh com uma sólida formação cultural, leitor e frequentador de museus, reflexivo, que planejava suas telas antes de realizá-las e as pintava na mais plena lucidez. “Chamam um pintor de louco se vê as coisas com olhos diferentes dos deles,” dizia nas suas correspondências para Theo. Sua pintura não era obra do acaso ou da loucura, cada gesto, cor e pincelada eram a manifestação de um pensamento.
imagesA problemática e a ambígua relação entre arte e loucura vem à tona. Um artista que passou temporadas internado num abismo moderno chamado hospício, nos últimos anos de sua vida, onde a liberdade humana é restrita, nos deixou uma experiência artística longe do estado de loucura. Através da arte Van Gogh escorregou da psicose, a sua pintura, se nasceu na angústia pessoal, a realidade foi transformada a partir da vontade consciente de um sujeito.
É quase impossível a compreensão da vida humana sem a presença da arte, a irracionalidade está presente na estrutura interna da obra de arte, nos adverte o filosofo alemão Heidegger. Até mesmo a pintura de uma visualidade racional, como a de um Mondrian, não deixa de ser um fenômeno irracional. A suposta loucura na arte de Van Gohg é perfeitamente reconhecida e apreendida em nosso mundo racional.
download (1)
Se contemplamos nas suas telas paisagens, retratos, campos de trigo, girassóis, corvos, é um problema nosso. Ele fez apenas pintura e por isso nos inquieta até hoje e vai inquietar muitas gerações enquanto a arte existir. Se os autores dedicaram dez anos para escrever esta biografia é porque o seu personagem se entregou ao mundo para transformá-lo em pintura. Lembrei-me de Paul Valery. Van Gogh sabia o que estava pintando e para isso ele precisava não só de telas, tintas e pincéis; precisava também da razão e da imaginação.
Almandrade
(artista plástico, poeta e arquiteto)
—————————————————-
Livro – VAN GOGH – A VIDA
Steven Naifeh e Gregory White Smith
Trad: Denise Bottmann
São Paulo: Companhia das Letras, 2012

Assu, seu povo e sua história...Fotógrafo Assuense Demócrito Amorim(Teté) ao lado da bela Luiza Brunet.



















"Assu, seu povo e sua história... Fotógrafo Assuense Demócrito Amorim(Teté) ao lado da bela Luiza Brunet."

De: Lucílio Filho

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Do fundo do baú

Fernando Caldas, saudando no Hotel Residense - Natal, o então deputado estadual e secretário de agricultura [do governo José Agripino Maia], na qualidade de um dos seus auxiliares. Juntamente com ele, Ronaldo, ingressei na vida pública na memorável eleições de 1982. Eu, me elegi vereador e Ronaldo, prefeito do Assu [importante interior da terra potiguar], com um objetivo em comum: Servir a terra assuense e sua gente, senão com devotamente, mas com espírito público. E assim, penso eu, fora feito.
Eu queria voltar a ser criança para apertar a mão somente daqueles que merecem o respeito dos meus cumprimentos...

Falar a verdade sempre, sem correr o risco de ser indiscreto...

Agarrar meus brinquedos de adulto e não dividi-los com ninguém...

Chorar bem alto e espernear muito quando ralar o joelho...

Essa foto foi tirada em 1979 quando uma menina de apenas 5 anos surpreendeu a todos e se negou a apertar a mão do General João Batista Figueiredo, último presidente do regime militar. Tudo a ver com aquela música que diz: “ EU FICO COM A PUREZA DA REPOSTA DAS CRIANÇAS...”. 

Crônica escrita por Cyrus Benavides.
Eu queria voltar a ser criança para apertar a mão somente daqueles que merecem o respeito dos meus cumprimentos...

Falar a verdade sempre, sem correr o risco de ser indiscreto...

Agarrar meus brinquedos de adulto e não dividi-los com ninguém...

Chorar bem alto e espernear muito quando ralar o joelho...

Essa foto foi tirada em 1979 quando uma menina de apenas 5 anos surpreendeu a todos e se negou a apertar a mão do General João Batista Figueiredo, último presidente do regime militar. Tudo a ver com aquela música que diz: “ EU FICO COM A PUREZA DA REPOSTA DAS CRIANÇAS...”.

Crônica escrita por Cyrus Benavides.

Macau. Programação e fotos do maior carnaval do RN



Começa hoje, quinta-feira, 7 de fevereiro, o maior carnaval do RN
Quinta | 08 de Fevereiro
Carnaval da COHAB (Arrastão pelas ruas da COHAB) – saída as 22h
1º Trio – Me Leva
2º Trio – Banda Grafith
ABERTURA DO CARNAVAL
Sexta | 08 de Fevereiro
Final do 42º Campeonato de Blocos
Arrastão dos Campeões
1º Trio – Phaphirô
2º Trio – Saia Rodada Eletrico
3º Trio – Neto Araujo e Banda Mar de Doçura*

Sábado | 09 de Fevereiro
Carnaval na Praia de Campamum
12h – Aballogueto
MELA-MELA
1º Trio – Banda Axé Mais
2º Trio – Banda Grafith
3º Trio – Kabaço Molhado
FREVO NO PÉ E NA PRAÇA
21h – Praça da Conceição
Orquestra Harmonia do Frevo
LARGO DE EVENTOS – Palco
22h – Moreninho dos Teclados
00h – Péricles (Ex-Exaltasamba)
02h – Pegação Elétrico

Domingo | 10 de Fevereiro
Carnaval na Praia de Campamum
12h – Luizinho Nobre
MELA-MELA
1º Trio – Roberto e Banda Meus Amores
2º Trio – Banda Grafith
3º Trio – Kabaço Molhado
4º Trio – Bloco Radiola de Ficha
FREVO NO PÉ E NA PRAÇA
21h – Praça da Conceição
Orquestra Harmonia do Frevo
LARGO DE EVENTOS – Palco
22h – Paredão do Brasil
00h – Esse é o Bonde
02h – Solteirões Elétrico
Segunda | 11 de Fevereiro
Carnaval na Praia de Campamum
12h – Desembestados Elétrico
MELA-MELA
1º Trio – Banda Tribala*
2º Trio – Banda Grafith
3º Trio – Banda Feras
4º Trio – Bloco Radiola de Ficha
CORDÃO DA FANTASIA
16 – Marquinhos Show
DESFILE DAS ESCOLA DE SAMBA E TRIBOS DE INDIOS GUARANIS – 20h
FREVO NO PÉ E NA PRAÇA
21h – Praça da Conceição
Orquestra Harmonia do Frevo
LARGO DE EVENTOS – Palco
22h – Doce Pecado
00h – Ricardo Chaves*
02h – Deixe de Brincadeira
Terça | 12 de Fevereiro
Carnaval na Praia de Campamum
12h – Bonde das Gatinhas*
MELA-MELA
1º Trio – Banda Montagem
2º Trio – Banda Grafith
3º Trio – Kabaço Molhado Elétrico
4º Trio – Bloco Radiolo de Ficha
DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA – 20h
Azes do Ritmo
Imperadores do Samba
Beija-Flor
FREVO NO PÉ E NA PRAÇA
23h – Praça da Conceição
Banda Metamorfose
Orquestra Harmonia do Frevo
LARGO DE EVENTOS – Palco
22h – Rayneri e Banda
00h – Marreta é massa*
02h – Banda Grafith
Quarta | 13 de Fevereiro
CARNAVAL DA RESSACA -Diogo Lopes
15h – Bloco Burro Elétrico | Doce Pecado
17h – Bloco Burro Elétrico | Swing de Galpão
APURAÇÃO DAS NOTAS DO DESFILE OFICIAL DAS ESCOLAS DE SAMBA
20h Praça da Conceição – Pagode Sem Compromisso
Canindé Soares

Blog Tatutom Sports: MIRANDINHA É DEMITIDO DO ASSU

Blog Tatutom Sports: MIRANDINHA É DEMITIDO DO ASSU: Após duas derrotas no Campeonato Estadual e algumas questões internas, o ex- jogador do Corinthians Paulista, Mirandinha deixou o coma...
Pergunto-me se sabes o que é o desejo:
Não esse de quem acende uma chama
Com um beijo que outro desejo apaga;
Mas o de quem acredita que a alma
É o teu sol que outra alma Inflama
E que não se acaba numa simples vida!

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]
Pergunto-me se sabes o que é o desejo:
Não esse de quem acende uma chama
Com um beijo que outro desejo apaga;
Mas o de quem acredita que a alma
É o teu sol que outra alma Inflama
E que não se acaba numa simples vida!
(Simples-mente)
[Emílio Miranda]
Se você é desse tempo, compartilhe!

"Ederlinda - a mãe de Jesus"


CENÁRIO HUMANO

EDERLINDA – A MÃE DE JESUS
* Ivan Pinheiro
“Dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda...” O cantor e poeta Erasmo Carlos tem razão: as mulheres são fortes, corajosas, determinadas... O que dizer então da mãe de JESUS que completa, nesta sexta feira (08), 82 anos de idade? Refiro-me a senhora EDERLINDA COSME PEREIRA, filha de Antônio Cosme Júnior e Joana Siqueira Cosme, nascida no sítio Cajazeiras, então Sacramento, atual Ipanguaçu/RN, no dia 08 de fevereiro de 1931.

Ederlinda, ainda adolescente, veio residir em Assu para estudar como interna do Colégio Nossa Senhora das Vitórias (atual ENSV) – Assu, época em que aquele estabelecimento de ensino possuía uma grade curricular voltada para a formação católica, com habilidades domesticas e culturais. Ederlinda estudou bordado, corte e costura, pintura clássica, iniciação musical, aprendeu a arte de cozinhar... E, claro, alicerçou sua fé baseada nos preceitos cristãs da religião católica apostólica romana. 

Possuidora de um padrão de beleza exteriorizado a partir do próprio nome, EderLINDA. Moça de preceitos éticos ilibados e bem conceituada na sociedade assuense, chamava a atenção da rapaziada. Foi no burburinho da Praça da Matriz do Assu que conheceu Francisco Pereira de Araújo – cujo matrimônio (foto) deu-se em 18 de dezembro de 1954.
O amor conjugal e a fé inabalada de Ederlinda deram a certeza de que daquela união nasceria uma quantidade de filhos que lhes proporcionariam prestar uma homenagem ao grande protetor Jesus Cristo. Com as bênçãos Dele veio à prole ‘Cosme Pereira’: O primogênito Jair e, na sequência, quase “escadinha”,Elcia, Sidney, Uênia e Silvana (JESUS). O primeiro nome estava composto. Passados alguns anos veio o caçula com nascimento no dia de São José (19/03). A sua fé, mais uma vez, prenunciou a necessidade de reverenciar o santo do dia. Sua aguçada verve poética não afrontou dificuldades e escolheu o nome de JoséCristiano Cosme Pereira (José/JC) – homenageando assim, no último filho da prole, o Pai e o Filho do nosso Criador. 

Por muitos anos seu esposo Chico Pereira, como era conhecido, foi tabelião do 1º Cartório de Assu. O casal morou inicialmente na Rua Monsenhor Júlio Alves Bezerra, coincidentemente, na casa onde residiu, hoje está edificado um templo religioso. Depois, com a família já formada, se mudou para uma casa na Praça Getúlio Vargas – “porta com porta” com a Matriz de São João Batista. Na busca de uma melhor qualidade de vida, no ano de 1978, o casal veio morar em Natal na Rua Eráclito Villar, 833 – Bairro Vermelho, de onde, Ederlinda, não arredou mais o pé.

Mas, no mundo terreno, nem tudo são flores. O desgaste do cotidiano fez o casal se desentender e optar pela separação amigável. Mágoas?... Jamais. O coração de Ederlinda não possui espaço para esse sentimento. Em seu leito só habita a fé, lealdade, franqueza e esperança alicerçada na vontade de vencer a vida para assistir, de pé, a vitória de seus descendentes.

Ederlinda nunca se intimidou com o futuro. Vai à luta, faz valer sua feminilidade e briga feito uma leoa pelos seus filhos. Mulher de fibra, sempre encarou a vida de frente. Quando todos pensavam que seus oitenta anos iam pesar-lhe, matriculou-se na Universidade da 3ª Idade – UNATI, no curso de criatividades e artes. Seus trabalhos (artes plásticas) já foram mostrados, coletivamente, em exposições montadas em diversos espaços culturais, entre estes: Assembleia Legislativa e Centro de Convenções, ambas em Natal.  

A octogenária Ederlinda tem a felicidade de contar com o carinho e dedicação de toda ascendência. Sempre que possível reúne JESUS, José e seus irmãos Maria Cosme de Souza, Inalda Cosme, Noêmia Cosme (Jaci) e Francisco Cosme (Chico Lamparina). Nestes encontros prevalecem a união e a confraternização familiar. Ederlinda tem ainda o afeto de sua irmã adotiva Lozinha (viúva de João André) que reside em Assu.

Esta mulher simples costuma ser severa consigo mesma. Fica triste quando alguém está triste. Costuma sorrir com delicadeza quando percebe que aquela tristeza é fruto de uma tempestade em copo d’água... Dificilmente se ofega, suspira; não levanta a voz, fala; não concorda com tudo, escuta e se preocupa quando as coisas não estão dando certo; sugere caminhos para melhorar; coloca-se a postos para ouvir e tentar solucionar as tribulações... Só sossega quando tem a certeza de que “tudo está no seu lugar, graças a Deus”.

Esta é a Ederlinda que chega aos 82 anos fortalecidos, a cada dia, pela fé inabalável. Então, o que dizer da mãe de JESUS...? Que o Criador possa iluminar seus passos rumo ao seu centenário. Parabéns!

  * Historiador
O TEMPO VOA...
Ederlinda passeando na Praça Getúlio Vargas

Ederlinda (sentada a direita) com colegas no Coreto
Ederlinda (2ª) ladeada por amigas na Praça Getúlio Vargas - Assu

Chico Pereira, Ederlinda e colegas no coreto da Praça Getúlio Vargas - Assu

Ederlinda (escorada no poste) e amigas
Praça Getúlio Vargas - Assu

Chico Pereira e Ederlinda em festa/baile
Local: Liga Operária Assuense


Jair (primogênito), Uênia e Ederlinda
na festa da formatura de Suzane
Ederlinda e sua filha Uênia
 PARABÉNS!!!!!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Lança Perfume



Lança-perfume: a droga dos carnavais.
O lança-perfume é um solvente à base de cloreto de etila, éter, clorofórmio e essência perfumada, fabricado na Argentina. É armazenado em tubos de alta pressão, permitindo com que seja facilmente evaporado e inalado de forma eficaz.

Essa substância é absorvida pela mucosa pulmonar, sendo seus componentes levados, via corrente sanguínea, aos rins, fígado e sistema nervoso. Liberando adrenalina no organismo, acelera a frequência cardíaca, proporcionando sensação de euforia e desinibição ao mesmo tempo em que confere perturbações auditivas e visuais, perda de autocontrole e visão confusa.

Como seus efeitos são rápidos, os usuários tendem a inalá-lo diversas vezes, potencializando a ação de seus compostos sobre o organismo. Assim, seu uso pode desencadear em quadros mais sérios, como falta de ar, desmaios, alucinações, convulsões, paradas cardíacas e morte. Além disso, por alterar a consciência do indivíduo, permite com que este esteja mais vulnerável a acidentes.

Seu uso no Brasil se deu no início da década de vinte, no carnaval do Rio de Janeiro, no qual era borrifado nos foliões, perfumando-os e fornecendo sensações agradáveis. Aparentemente uma diversão inofensiva, seus efeitos adversos e consequências mais sérias fizeram com que, mais tarde, o presidente Jânio Quadros decretasse a proibição de seu uso em nosso país. Entretanto, o lança-perfume continuou sendo utilizado nos anos e décadas seguintes, de forma relativamente acessível, já que é contrabandeado do Paraguai e Argentina: locais estes onde sua fabricação não é proibida.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Açude Mendubim - Renato Caldas

Você

Você é tudo. É tudo para mim!
Um formidável e imenso "Mendubim"
Pejado de desejos!
Eu sou o rio Açu das grandes cheias,
Me arrastando do dorso das areias,
Em busca dos seus beijos!

Você tem a alegria da alvorada
A beleza da noite enluarada
Com serestas de amor!
Eu tenho na alma dobres de Finados...
Ecoando por cima dos telhados,
Na hora do sol-por!

Você é o acalanto! A melodia
Que as Mães solfejam de alegria
Pro filho adormecer!
Eu sou o cantochão, triste e profundo
O doloroso ai do moribundo
No instante de morrer!

Você é tudo. É tudo para mim!
Um formidável e imenso "Mendubim",
Sangrando de emoções...
Eu sou, apenas uma poça dágua
Aonde se reflete a minha mágoa
E as desilusões.

Renato Caldas



[Mendubim que o poeta se refere, é um açude público. A sua construção começou na década de sessenta e deu-se a sua inauguração em 1970. Está localizado no Rio Paraú "afluente à margem esquerda do Rio Piranhas/Açu." Fica distante aproximadamente 11 km. do Centro da cidade de Assu. Durante 15 anos, até o ano de 2001, abasteceu a cidade assuense. Tem uma capacidade de armazenamento de água de 86 milhões de metros cúbicos e a sua bacia hidrográfica é de 1.062,5 km2, com potencial hídrico para irrigar 1642ha. A altura da sua parede mede 25,70 metros e sua extensão é de 1.100 metros. É grande o seu potencial turístico. A sua beleza está na fotografia de Jean Lopes, bem como está decantado pelo grande poeta, conforme os versos acima].




AÇÃO PARLAMENTAR

Nas ondas do rádio

Nesta quinta-feira (07) será veiculada uma nova audição do programa radiofônico apresentado em cadeia de emissoras de Assú pelo deputado estadual George Soares (PR) - foto.

O parlamentar reporta-se sobre o desdobramento da audiência que manteve com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) acerca dos problemas do projeto irrigado Baixo-Açu.
A primeira ação de Rosalba foi determinar a criação de uma comissão para tratar do caso, envolvendo as pastas de Agricultura, Pecuária e Pesca; Desenvolvimento Econômico; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Idiarn; e, Procuradoria Geral do Estado.
À comissão caberá promover todo um levantamento de informações sobre o perímetro irrigado e, a partir daí, apontar soluções.
George confirma que já houve duas reuniões desta comissão, com a sua presença, permitindo detectar os gargalos mais agudos do projeto.
Confiante, ele acha que, equacionando os obstáculos que ali se registram, será possível garantir sua plena efetividade o que, como consequência, resultará na geração de 7.000 empregos diretos e indiretos em todo o Vale do Açu.
O representante da região na Assembleia também fala sobre a recuperação de todo o Canal da Lagoa do Pataxó, revitalização hídrica da Lagoa da Pedra Grande e o projeto de construção da “Estrada da Castanha”.

Zelito Coringa se apresenta no Papo de Calçada em Assu

"Temos o prazer de confirmar o show da próxima Quinta Musical no Papo de Calçada. Com exclusividade o artista Zelito Coringa."


Do Face de Aluizio Lacerda

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...