domingo, 14 de julho de 2013

Nelson Aquino compartilhou a foto de Charlles Degoule.
Sempre foi um grande amigo!














Neste dia... dia em que fazem exatamente 01 ano da sua partida, quero aqui neste espaço.... falar de um amigo.... aliás de um GRANDE AMIGO. De todas as horas...bom pai, bom filho... bom amigo!!! Que falta TERCEIRO nos tem deixado. Nas melhores e nas piores horas, ela ele quem chegava com suas sábias palavras. Lembro demais, de todas as nossas conversas, seus conselhos... a maneira de trabalhar-mos juntos... em diversas campanhas eleitorais. Hoje amigo, sei que estás bem... porque estás ao lado do lado. Mas, para nós nos resta dizer; que a SAUDADE É SEM FIM. Descanse em paz meu amigão TERCEIRO. Aos seus familiares o meu profundo pesar, neste dia.
Dinarte Mariz foi senador da república, antes governador do Rio Grande do Norte. Ele vivia além do seu tempo, via as coisa na frente. Certa vez, disse esta frase muito atual: "Estou prevendo uma crise política de consequências imprevisíveis."


CONTO

O SONETO SECRETO¹
 

Naquele tempo, em Itabira, era meninote, ainda, de calça curta e inocência. Brincava de carro-de-boi imaginário, já que não tinha mesmo um carro-de-boi de brinquedo de verdade. Mas já percorria, por isso, as veredas desse ofício de imaginâncias. De fato, já na pratica das primeiras letras da alfabetização, lia muito bem pra minha idade; eis, certamente, minha primaz habilidade: ler o alheio. Meu pai, um jardineiro dado às politicas, orgulhava-se em dizer que, lendo eu tão bem, entraria pra vida pública. Papai cuidava dos jardins de um casarão colonial que ficava no fim da rua. Era pertencente aos Andrade. Mas há tempos andava quase sempre fechado. Os velhos já lá não mais estavam; apenas o filho, Seu Carlos, vinha vez ou outra, lá do Rio de Janeiro, pra modo de rever lembranças. Era poeta famoso, diziam as gentes bestas que viviam uma vida belamente besta naquela cidadezinha besta qualquer. Pra mim era apenas um sujeito pequenino, magrinho, magrinho, já calvo da testa ao meio da cabeça altiva; usava óculos e era muito alvo. Era mesmo diminuto, mas, não sabia então o porquê, já aquela figura mirrada e indefesa parecia-me gigantesca, grandiosa. 

Houve um dia especial. Nunca havia, aquele senhor, me dirigido a palavra. Mesmo porque papai não me deixava frequentar o casarão; certamente temente que meu desmazelo destruísse qualquer coisa. Sempre fui mais dado a destruir que a construir coisas. Mas, naquela tarde especial, dirigiu-me duas ou três palavras, já escurecidas na deslembrança, enquanto punham suas bagagens n carro, pra viagem de volta. Enquanto papai ouvia instruções sobre um canteiro de hortênsias ou gerânios, entrei distraído a brincar de boizinhos no frio chão do casarão. Fui dar numa sala cheia de livros, com uma escrivaninha muito ordenada no meio. Sobre ela, um papelzinho solitário jazia sereno. Larguei o brinquedo passeante e imaginoso e lancei mão titubeante ao papel branquinho, branquinho. Ofegava de temor que meu pai me surpreendesse naquela aventura, mas avancei incauto. Tinha ali algo escrito que, gaguejante, pus-me a ler malmente. Aquelas palavras eram, pra um meninote, claro, enigma a ser decifrado.

Desnorteantes os devaneios da amizade,
Conduzem à tortuosa alameda do amor.

Amputei de súbito a leitura. O vento deu na cortina. Abandonei lépido o papel e troquei passos apressados. Mas a curiosidade de menino quietou meu passo fugitivo. Voltei-me e, de um golpe, dobrei o papelzinho precioso dentro do calção e saí sorrateiro. Parece que eu antevia os auspícios que me traria aquela folhinha branca. Ainda vi seu Carlos volta-se adentro a procura de algo – o papelzinho, talvez -, mas foi-se embora logo depois. Li e reli deveras aqueles escritos que indecifravelmente me embriagavam de palavras brumosas, nas quais apenas percebia o tom íntimo, emocionado, maior. Como tempo soube que era um poema; era um soneto, pra ser mais preciso de verso branco como o papel. O mais belo que jamais li.

O tempo passou soberano – porque o tempo é rio caudaloso – e me tornei um rapazola já de calças longas, voz vacilante entre tenor e soprano, rosto fustigado de acnes e uma penugem sob o nariz avisando um bigode. Mas o mundo é um vasto mundo e mudamo-nos de Minas pra terras potiguares-como gosto desse nome! -, pois papai recebera de um certo senador da República, velho conhecido, uma proposta de trabalho. Estabelecemo-nos na capital. À custa de rapapés, mesuras e pequenas humilhações, meu pai consegui-me uma bolsa de estudos no Colégio Marista. Colégio de gente rica e eu, pobre, vesti-me da casca fingida da riqueza fingida.

E o rico soneto estava sempre comigo, bem guardado, secreto, segredado, amarelado e amassado pelo tempo e pelo manuseio leitor. E por obra do poema, vesti-me também de poeta. Escrevia versos em rompantes tresloucados de vaga inspiração. Às vezes, ate com relampejos de engenho e arte camonianos. Escrevia muito, mas meus versos nunca suplantaram uma mediocridade sublime, uma parvice requintada. Mas era poeta, ora. Todos assim alcunhavam; sei bem que com uma ponta de chacota, um tanto de desdém. Mas essa era uma fama que, falsa ou não, bastava-me. Mas invejava aqueles versos do soneto secreto, e decidi de vez ser gauche mesmo, e chamava-o de inspiração. Lia-o e relia-o todos os dias, feito oração. Por esse tempo, já conhecia a grandiosidade do seu legítimo criador. E por seus viés, conheci Pessoa, Dias, Bandeira, Espanca, Baudelaire, João Cabral, e tantos outros. Mas não mostrei meu hinário nunca a ninguém; dividia sua existência apenas com alguém que não sabia, mas por que paragens ele versava, mas que não o esquecera, por certo, porque poetas não esquecem jamais. Aquilo era meu catecismo que um dia, eu cria, acenderia a chama de um poema legítimo resgatando-me do fracasso do meu brejo das almas. 

E, então, aconteceu Amália. E já o nome era-me poético: Amália era como uma corruptela de amar-lha, de amar a ela. E foi isso que ouve: amei perdidamente Amália desde o primeiro momento em que a vi, assim como amei e desamei perdidamente uma dezena de garotas naquele tempo de amores juvenis, carregados de desejo, angústia e pasmo. Não que fosse a donzela mais emprincesada do mundo. Era ate feinha. Cheinha de corpo como uma musa barroca de Rubens. Mas aqueles roliços joelhos! E aquele colo! Colo e joelhos machadianos. Foi a mais eterna quinzena de paixão que jamais tive.

Mas era preciso conquistar Amália. E pra conquistar a alguém, a um poeta não há melhor artifício que um belo poema, pensava. E pus-me a compor, convocando todo meu parco engenho e arte, mas o bendito verso enlevado, vindo direto da Arcádia, não me chegava, não me alcançava. Foram ás dúzias os papeis amassados, rasgados. E nada... Foram horas noturnas mortas, de sono e de inspiração, que, como a um ultrarromântico, só me trouxeram olhos vermelhos e dificuldades nos estudos. Não me vinha o verso ideal pra arrebatar Amália.

Mas, por essa época, já lera que todo poeta e um fingidor e decidi-me a fingir. Lancei mão do que tinha de mais valioso: o soneto segredado. Copiei-o deslavadamente, não apenas pra personificar a caligrafia, mas na esperança de que me enganasse também a mim que realmente fosse seu autor. E reescrevi apenas um verso central – algo haveria de ser meu, pois não? - e dediquei-o descaradamente, calorosamente à adorada Amália. Numa saída de aula, enquanto carregava os livros de minha musa de então, pus o benditozinho dentro de sua agenda escolar e, irrequieto e sudorento aguardaram até o dia seguinte o resultado de minha astúcia. Mas, na chegada à escola, ela se que me olhou; não se dignou a me dirigir mesmo uma palavra vã. Praguejei contra o soneto: deveria saber que não era mesmo grande coisa. 

Mas, à saída, embaixo duma mangueira, Amália veio até a mim e disse baixinho que partilhava do mesmo sentir e que jamais lera versos tão tocantes, tão encantadores. Num gesto rápido e tímido, mas quente como o sol assuense, beijou-me os lábios. E não é que o amor é isso mesmo: hoje beija, ontem não beijou. Senti aquele cheiro inebriante de hábito de mocinha apaixonada, e abracei-a trêmulo e inseguro, porque amar se aprende amando. Abracei as formas arredondadas daquele corpo. E, ligeira como veio, correu de volta às amigas que observavam ao longe, entre risinhos de inveja ou de escárnio. Assim amei Amália, pelo menos naqueles relâmpagos instantâneos da adolescência.

E minha amada deu de exibir o meu soneto – ah, não me julguem assim: quem há de dizer que já não era meu? E os mestres, cansados de ler meus versos medíocres, diziam que agora sim eu acertara a mão, que agora eu produzira uma obra prima. E decidiram que tal obra tinha casta pra uma publicação no jornal da escola. Um frio de fio de navalha me perpassou: e se poetaitabiranolesse o jornalzinho? Mas qual nada... Já se viu esse jornaleco chegar ao Rio de Janeiro? Essa idéia me tranqüilizou e deslizei nas brumas da fama escolar. Mas veio também um articulista do maior jornal potiguar e aventou publicar o soneto numa edição dominical. Lembro-me que meu pai, sempre às voltas com a política, era só orgulho. Dizia que sempre soube que eu daria pra algo, que eu era das letras; sonhava já que seria advogado, deputado e, quem sabe, senador.

E o soneto secreto ficou famoso. Saiu publicado na edição dominical, no caderno de arte e cultura, vejam vocês. Agora tudo se agigantava. Estive sobressaltado de temor de que alguém reconhecesse aqueles versos, que me pegassem no recôncavo da mentira. Mas isso nunca ocorreu. Fiquei famoso: o poema concebeu o poeta. Esforcei-me por criar outros tantos poemas, mas jamais escrevi algo digno de nota, que dirá de publicação. Tornei-me um poeta de um poema só.

Nunca contei a ninguém tudo isso. Segui a viver a vida como fingidor que finge ser verdade a verdade que deveras mente. Mas não digam nada a ninguém. Ninguém sabe, nem nunca saberá.

AUTOR: ¹Carlinhos - VALDIR MOREIRA DA SILVA - Vencedor do "1º CONCURSO ASSUENSE DE LITERATURA" - PATRONO: CELSO DANTAS DA SILVEIRA - CONTOS / POESIAS  TROVAS. 
Livro: Escrínio da Literatura Potiguar.
....quietude e paz para os nossos corações. ♥
Que possamos ter uma alma clara e límpida
tão quanto é a luz do dia.

De: Yara Darin


Ambiente com tapetes persas prontinho para receber vcs que apreciam artes e antiguidades e o nosso maravilhoso cafe gourmer tres corações ! Av Afonso Pena 1173 - Tirol, Natal.
A amizade não se busca, não se sonha, não se deseja; ela exerce-se (é uma virtude).
Simone Weil
*Crystal*
De: Rosas em Poesias


Um pouco da história da Cerval

Em 1968, o político potiguar de Mossoró Dix-zuit Rosado (autor da famosa frase "quem não faz um pouco mais pela sua terra não poderá fazer nada pela terra de ninguém"), era o presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA), atual INCRA. Dix-Zuit naquela época já tinha ligações de amizades com o povo assuense. Recém formado em medicina foi clinicar na cidade de Assu. Tempos depois, as ligações foram se estreitando através da política com Edgard Montenegro que apoiou seu irmão Vingt Rosado para deputado federal, em vária eleições. 

Pois bem, Dix-Zuit desejava contribuir com o desenvolvimento do Vale do Açu e realizar um sonho dos agropecuaristas daquela região. Conseguiu na qualidade de presidente daquele instituto, um convênio com a Companhia de Eletrifica Rural do Nordeste (CERNE) através do seu diretor Cel. Mena Barreto, eletrificar o Vale do Açu. Fundaram então a 16 de março de 1968, uma cooperativa que veio a ser denominada Cooperativa de Eletrificação Rural do Vale do Açu Ltda (CERVAL), com apenas 74 associados. Foi a primeira cooperativa de eletrificação do Rio grande do Norte.

As reuniões preparatórias foram realizadas no Clube Municipal (altos da prefeitura) do Assu com a coordenação da prefeita Maria Olímpia Neves de Oliveira, além do agrônomo Nelson Borges Montenegro e os agropecuaristas José Diógenes de Paiva, Joacy Fonseca, Francisco Soares de Macedo, Pedro Borges de Andrade, Solon Wanderley, Miro Cobe e Walter de Sá Leitão. Aquela comissão ficaram responsável para organizar a cooperativa e integralizar o capital, com prazo determinado. Lembrar Edmilson Lins Caldas que na qualidade de gerente geral da Cooperativa Banco Rural, que depois veio a ser Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda, arranjou a quantia necessária para complementar o capital necessário para a fundação da CERVAL. 

Dix-Zuit-Rosado compareceu e presidiu a Assembléia de Constituição com a presença dos seus sócios fundadores como Nelson Borges Montenegro (o 1. presidente daquela cooperativa) Manoel de Melo Montenegro, Firmino Justino da Fé, Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho, Victor Fonsêca, José Wanderley de Sá Leitão, Edgard Borges Montenegro, José Araújo Filho, José Nazareno Tavares, Osvaldo de Oliveira Amorim, Ricarte Legítimo Barbosa, José Constantino de Souza, João Cobe, João Leônidas, dentre outros.

Entre as autoridades presentes aquele ato de fundação da CERVAL, além do Dix-Zuir, compareceram os senhores Estélio Ferreira (Delegado do Ministério da Agricultura (RN), Wander Said (Diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Prefeita do Assu Maria Olímpia Neves de Oliveira, Juiz de Direito João Meira Lima, Gerente do Banco do Brasil Abelardo Pires Maia, presidente da Cooperativa Banco Rural do Assu Francisco Augusto Caldas de Amorim, agrônomo e presidente da Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu (CODEVA) Edgard Borges Montenegro, representante do MEC Waldemar Raul Furolla, representante da Companhia de Eletrificação Rural do Nordeste (CERNE) Abner Waldivino de Araújo, secretário de agricultura e representante naquela ocasião do governo do Estado (Walfredo Gurgel) Cássio Medeiros, prefeito de Ipanguaçu, Carnaubais e Pendências Nelson Borges Montenegro, Waldemar Campielo e Ivo Queiroz, respectivamente, diretor da ANCAR-RN Fernando Barros e o gerente do Banco do Nordeste, de Natal, Antonio Tavares.

A CERVAL funcionou primeiramente no térreo do sobrado das famílias Lins Caldas e Amorim (fotografia acima), e foi o seu primeiro presidente Nelson Borges Montenegro que tinha como vice-presidente Joaquim Carvalho e José Diógenes Paiva como secretário. 

Portanto, presidiram e gerenciaram aquela cooperativa, os senhores Miro Cobe, Walter de Sá Leitão, Joaquim Carvalho, José Nazareno Tavares, Ronaldo da Fonseca Soares, Edmilson Lins Caldas, José Maria Macedo Medeiros, Lourinaldo Francimári da Fonseca Soares, até a atualidade, além de Ponciano Bezerra.

Fica mais um registro importante para os estudiosos das coisas e da história da terra varzeana.

Fernando Caldas

Blog Tatutom Sports: Finais da Taça RN 2013 - Etapas Assu e Macau

Blog Tatutom Sports: Finais da Taça RN 2013 - Etapas Assu e Macau: Cumprimento das duas equipes antes da bola rolar Independente de Assu e Angicos fizeram  na noite de ontem(13/07) no Complexo poliesport...

Djalma Marinho

Djalma Marinho foi deputado federal. Potiguar de fibra longa como se diz no nordeste brasileiro, aos homens de decisões, de honra. Teve um a ação que está na estória política da terra brasileira. Em 1968, na qualidade de deputado presidente da Comissão de Constituição e Justiçada câmara dos deputados, enfrentou o poder militar que a qualquer custo queria cassar o mandato do deputado Moreira Alves que teria participado no Rio de Janeiro, de uma manifestação em 1965 promovida por intelectuais e estudantes em frente ao Hotel Glória, onde se reunia o Conselho da Organização dos Estados Americanos. Então, disse Djalma no plenário do Congresso Nacional, a frase do dramaturgo e poeta espanhol Calderón de la Barca, conforme adiante: “Ao Rei tudo, menos a honra”.

Fernando Caldas
Leiam a reportagem e julguem por vcs mesmo se o Governo e Parlamentares não estã brincando com fogo, eles estão querendo pagar pra ver.

Os protestos no Brasil perderam intensidade, mas, se o governo não der uma resposta rápida às reivindicações do povo, podem voltar ainda mais fortes – e de forma incontrolável. O alerta é do português Boaventura de Sousa Santos, doutor em sociologia pela Universidade de Yale (EUA) e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal).
Autor de estudos sobre emancipação social, direitos coletivos e democracia participativa, ele vê a onda de indignação que tomou as ruas do país como fruto das mudanças vividas pela sociedade brasileira nas últimas décadas. A classe média, afirma, cresceu e com ela as demandas dos cidadãos por melhores serviços públicos ganharam força.

http://www.dw.de/protestos-podem-voltar-mais-fortes-e-incontrol%C3%A1veis-diz-soci%C3%B3logo/a-16938502?maca=bra-brasilale-online-1057-html-cb













Os protestos no Brasil perderam intensidade, mas, se o governo não der uma resposta rápida às reivindicações do povo, podem voltar ainda mais fortes – e de forma incontrolável. O alerta é do português Boaventura de Sousa Santos, doutor em sociologia pela Universidade de Yale (EUA) e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal).
Autor de estudos sobre emancipação social, direitos coletivos e democracia participativa, ele vê a onda de indignação que tomou as ruas do país como fruto das mudanças vividas pela sociedade brasileira nas últimas décadas. A classe média, afirma, cresceu e com ela as demandas dos cidadãos por melhores serviços públicos ganharam força.

http://www.dw.de/protestos-podem-voltar-mais-fortes-e-incontroláveis-diz-sociólogo/a-16938502?maca=bra-brasilale-online-1057-html-cb

Causo



Celso da Silveira em seu livro “O Homem Ri de Graça” diz que o cigano Belizário foi o General Rondon do Nordeste. Desde menino, Celso viu seu acampamento nas proximidades de Assu e nos cercados de fazendas.

Certa feita, presente em Assu, Belizário precisou “consultar” a sogra, mulher de idade avançada que não pôde ser removida até a cidade. A consulta foi feita sem a presença dela, mas o farmacêutico queria ao menos alguma informação da velha:

- E como é ela? Magra, gorda, baixa, alta?

O cigano velho tentando explicar melhor apelou:

- Olhe doutor, a minha sogra é muito magra. Ela é tão magra, mas tão magra seu doutor, que se a gente olhar pelo fiofó dela, dá pra ver todos os dentes da boca.

Postado por Ivan Pinheiro



sábado, 13 de julho de 2013

"O vaqueiro"

Periódico que circulou na cidade de Assu-RN, na década de sessenta e setenta. durante os festejos de São João Batista Padroeira daquela terra assuense.




Blog Tatutom Sports: Secretaria de esportes elabora calendários para o ...

Blog Tatutom Sports: Secretaria de esportes elabora calendários para o ...: O secretário de juventude esporte eventos e turismo do município, LUIZ DAILSON MACHADO(Foto), anuncia que vai realizar um grande encon...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

ODE AO HOMEM SIMPLES

Vou contar-te em segredo
quem sou eu,
assim, em voz alta
dir-me-ás quem és,
quanto ganhas,
em que fábrica trabalhas,
em que mina,
em que farmácia,
tenho uma obrigação terrível:
e é saber,
saber tudo,
dia e noite saber
como te chamas,
é esse o meu ofício,
conhecer uma vida
não basta,
nem conhecer todas as vidas,
é necessário,
verás,
há que desentranhar,
raspar profundamente
e como numa tela
as linhas ocultaram,
com a sua cor, a trama
do tecido,
eu apago as cores
e busco até achar
o tecido profundo,
assim também encontro
a unidade dos homens,
e no pão
busco
para além da forma:
gosto do pão, mordo-o,
e então
vejo o trigo
os trigais temporões,
a verde forma que tem a Primavera,
as raízes, a água,
por isso
para além do pão,
vejo a terra,
e a sua unidade,
a água,
o homem,
e tudo provo assim
buscando-te
em tudo,
ando, nado, navego,
até encontrar-te,
e pergunto-te então
como te chamas,
a rua e o número,
para que recebas
as minhas cartas,
para que te diga
quem sou e quanto ganho,
onde vivo,
e como era o meu pai.
Vês como sou simples,
e como és simples,
não se trata
de nada complicado,
eu trabalho contigo,
tu vives, vais e vens,
de um lado para o outro,
é muito simples:
és a vida,
és transparente
como a água,
e sou assim também,
o meu dever é esse:
ser transparente,
todos os dias
me educo,
todos os dias me penteio
a pensar como pensas,
e ando
como andas,
como, como tu comes,
tenho nos braços o meu amor
como tens a tua namorada,
e então
quando isto está provado,
quando somos iguais
escrevo,
escrevo com a tua vida e com a minha,
com o teu amor e com os meus,
com todas as tuas dores
e então
já somos diferentes,
porque, com a mão sobre o teu ombro,
como velhos amigos
digo-te ao ouvido:
não sofras,
está perto o dia,
vem,
vem comigo,
vem
com todos
os que se parecem contigo,
os mais simples,
vem,
não sofras,
vem comigo,
porque, embora o não saibas,
isso, sim, sei-o eu:
sei para onde vamos,
e esta é a palavra:
não sofras
pois venceremos,
havemos de vencer,
ou mais simples, nós,
venceremos,
mesmo que não o creias,
venceremos.

PABLO NERUDA
De: Pablo Neruda Poemas da Alma

IMAGENS DO PATAXÓ

CONSTRUÇÃO DO AÇUDE E DA IGREJA

Recebi email da professora Francisca Neide enviando algumas imagens da comunidade de Pataxó - Ipanguaçu/RN, dos anos cinquenta - quando da construção do Açude Público e Igreja. Lamentamos não dispor de legendas. Se algum leitor tiver condições de identificar as pessoas, envie através de comentários que teremos o maior prazer em divulgar. Valeu Neide! Vejamos: 












O VALE DO ASSU EM NATAL

Por Franklin Jorge

A Pinacoteca do Estado foi o palco, na última sexta-feira, de um dos maiores acontecimentos de sua história. A noite de autógrafos do livro O mundo varzeano de Manuel Rodrigues de Melo, escritor que continua excepcionalmente vivo em sua obra; uma obra que enaltece sobremaneira a nossa cultura e, em especial, o Vale do Assu, do qual se fez o seu melhor intérprete. Está para nós como Gilberto Freyre para Pernambuco, não temo dizê-lo, sem temer cair em exagero.

Velhas e tradicionais famílias da região se fizeram presentes num encontro que, tendo começado às 18h se estendeu para além das 22, para prestigiar a memória de um grande escritor resgatado por essa obra urdida com sensibilidade pela professora Maria da Salete Queiroz da Cunha (texto) e João Vital Evangelista Souto (fotografia), autores desse resgate que já demorava e a que pôs fim o trabalho realizado pela Fundação Felix Rodrigues, de Pendências e seu Casarão de Ofícios, um ponto de cultura que realiza o que não se vê em outras cidades da região mais notáveis por sua riqueza e prestigio político.

Tive, assim, a oportunidade de rever parte de minha infância, pois, embora nascido no Ceará-Mirim, fui criado no Estevão desde os meus dois primeiros meses de vida até a adolescência que intentei capturar no texto que abre a coluna deste domingo. Revi representantes da família Fonseca, da qual passei a fazer parte pelo casamento de minha avó com Antonio Gentil. Um dos quatro irmãos que tanto contribuíram em sua época para o engrandecimento de uma história que ainda não foi contada.

Sensibilizou-me, sobremaneira, a referência generosa feita pelo ex-reitor da UFRN, professor Geraldo Queiroz, ao meu esforço em favor da Pinacoteca que surgiu de um sonho, há 30 anos. A propósito, a ausência da secretaria de cultura, profa. Isaura Amélia Rosado, foi muito sentida por todos, nesse e em outros eventos recentes dessa instituição que é o único museu de arte do RN, que idealizei e que, nesse momento, voltei a dirigir, pensando com isso encerrar minha contribuição à cultura da cidade.

Fonte: Mural/face da Pinocoteca Potiguar

quinta-feira, 11 de julho de 2013

FERNANDO - A VERDADE: Telexfree tem a primeira vitória na justiça

FERNANDO - A VERDADE: Telexfree tem a primeira vitória na justiça: http://blogdoprimo.com.br A decisão liminar do desembargador Francisco Djalma, do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), suspendeu as inv...

CAUSO

Dose santa
           
OZORINHO morava ao lado da Matriz e gostava de tomar umas lapadas de cana. Porém, seu pai sempre deixava dito nos bares para não despachar cachaça para Ozório por que ele dava muito trabalho quando estava bêbado. Numa tardinha, Ozorinho chegou à porta do Bar de Nego Joãono horário em que estava acontecendo à missa na Matriz e pediu:

- João, negro véio, coloque aí uma “lapadinha” de cana que depois eu venho lhe pagar.

João atendendo a recomendação do pai descartou:

- Ozorinho vá rezar, vá assistir à missa. Deus está com raiva porque você só vive bebendo.

Ozorinho sem perda de tempo apelou para o Supremo:

- Homem, já que você é tão católico, bote uma dose pelo amor de Deus! 

Fonte: Livro Dez Contos & Cem Causos - Ivan Pinheiro
Foto: Ilustrativa

GENEALÓGIA


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
As lendas povoam as histórias das nossas famílias, mas sofrem, ao longo do tempo, deslocamentos verticais, horizontais e transversais, nas transmissões orais. Fábio Queiroz informa que na família da sua sogra, Maria do Rosário Fagundes, nascida no Rosário, é corrente a informação que Lopo Gil Fagundes chegou ao Assú, em um navio, escondido em uma barrica de bacalhau. O primeiro registro que obtive de Lopo Gil data de 1827. Ele foi testemunha de um casamento nas Oficinas (povoação do Assú, onde se preparavam carnes e peixes para exportação), e nessa data já era casado. Era nessa localidade que devia morar, pois, foi de lá que eu encontrei a maioria dos registros sobre ele. Em um registro de uma filha, descubro o nome da esposa.
Officinas

Em 13 de dezembro de 1831, nascia Maria, filha de Lopo Gil Fagundes, natural da Europa, e de Maria do O’ Pereira da Costa Fagundes, do Assú, que foi batizada nas Oficinas, em 4 de abril do ano seguinte, tendo como padrinhos João Martins Ferreira (meu tetravô), casado, e Josefa Maria da Conceição, viúva. Em 1833 e 1836 nasciam mais duas filhas do casal, batizadas, também, com o nome de Maria. 

Pelos diversos registros que encontrei sobre o casal, Lopo Gil e Maria do O’, que dá origem aos Pereira Fagundes, e pelas informações contidas no livro de Antonio Soares de Macedo, sobre a família Casa Grande, deduzo que Maria do O’, esposa de Lopo, era uma das filhas de capitão-mor Pedro Pereira da Costa e de D. Josefa Maria da Conceição, neta por parte paterna de Pedro Pereira da Costa e Rosa Thereza de Sousa, naturais da Freguesia de Santo Antonio do Fayal, patriarcado de Lisboa; e, por parte materna de Jerônimo Cabral de Macedo e D. Maria do O’ de Faria. Portanto, Lopo Gil Fagundes era cunhado do comandante Jerônimo Cabral Pereira de Macedo. As diversas famílias do Assú eram, comumente, associadas às fazendas que possuíam. Maria do O’ mais seus irmãos constituíam a família do Morro, sendo seu membro mais destacado Jerônimo Cabral Pereira de Macedo, morador em Macau.

Os batismos, em geral, traziam somente o primeiro nome do batizado, que algumas vezes se repetiam, em uma mesma família. Em 10 de novembro de 1834, nascia Jerônimo, filho de Lopo e Maria do O’, batizado, nesse mesmo ano, “no pé do Morro”, em Santana do Matos, tendo como padrinhos José Correa de Araújo Furtado e D. Maria do O’ de Araújo Braga; em 1839, nascia outro filho, batizado, com o mesmo nome Jerônimo, na capela de São José das Oficinas e tendo como padrinhos o comandante superior Jerônimo Cabral Pereira de Macedo e D. Josefa Maria da Conceição (avó).

Um registro de casamento, que cita os pais dos nubentes, diz que em 20 de maio de 1852, na povoação das Oficinas, Josefa Maria Pereira Fagundes, filha de Lopo Gil Fagundes e Maria do O’ da Costa Fagundes, casou com José Manoel Fernandes, filho de José Fernandes Novo e de Francisca Sipriana de Arruda, ambos falecidos, tendo sido testemunhas José Barbosa Pimentel e Pedro Pereira Fagundes, ambos casados.

Encontramos diversos nomes que parecem ser de descendentes de Lopo Gil, mas as descontinuidades dos registros, bem como a pobreza das informações neles contidas, impossibilitam a comprovação. Vejamos alguns exemplos: Vicente Gil Fagundes, casado com Maria Francisca Xavier das Chagas, batizou em 13 de dezembro de 1840, Manoel, tendo como padrinhos José Francisco Viera e Maria Joaquina da Conceição; em 27 de fevereiro de 1863, nascia Leandro, filho de José Pedro Pereira Fagundes e Maria do O’ do Espírito Santo, batizado no Rosário, em 5 do mês de junho do mesmo ano, tendo como padrinhos Lopo Gil Fagundes e Anna Fragosa de Medeiros (esta última concubina de Jerônimo Cabral Pereira de Macedo); em 28 de setembro de 1860, nascia Manoel, filho de Manoel José Pereira Fagundes e Maria Francisca Pimentel Fagundes, batizado aos 8 de janeiro de 1861, tendo como padrinhos Lopo Gil Fagundes e Maria Rita Bezerra Pimentel; Uma das Marias, filha de Lopo e Maria do O’, pode ser Maria dos Anjos Pereira Fagundes casada com José Barbosa Pimentel Junior. Este último pode ser José, nascido em 1832, filho de José Barbosa Pimentel e Maria Rita Bezerra (filha de Balthazar Barbalho Bezerra).

Em vários registros encontramos Lopo Gil já viúvo. Não encontrei um segundo casamento, entretanto encontro o seguinte registro: em 27 de novembro de 1865, nascia Maria, filha natural de Luiza Maria do Espírito Santo e de Lopo Gil Fagundes, batizada na capela do Rosário, em 22 de janeiro de 1866, tendo como padrinhos Nossa Senhora e Pedro José Pereira Fagundes.

Em 1855 há um batismo onde os padrinhos são Jerônimo Cabral Pereira Fagundes e Maria da Glória Pereira Fagundes, ambos nessa época solteiros. Ele deve ser um dos Jerônimos e ela uma das Marias, citadas no início.

Segundo Fábio Queiroz, sua sogra, Maria do Rosário Fagundes, era filha de Francisca Lopo Fagundes e Roque Pereira Fagundes, primos. Os pais de Francisca eram Manoel Fagundes e Ana Varela Barca, naturais do Assú.

Os descendentes de Lopo Gil, com as informações trocadas entre si, poderiam reconstituir uma árvore mais precisa da família.
Fonte: Hipotenusa.

HISTÓRIA

JANDUÍS E OS HOLANDESES
Quando já havia sido iniciada a conquista da capitania de Pernambuco, o índio Marcial (ou Marciano, segundo alguns autores) da nação Tapuia (Janduí), compareceu a mando do rei Janduí, no dia 02 de outubro de 1631, perante o Conselho de Guerra Holandês, em Recife - Pernambuco, propondo aos invasores uma incursão ao território Norte-Rio-Grandense em nome dos chefes indígenas, Nhandui e Oquenou (Oquenaçu?). Vieram à costa da Capitania um iate e uma chulapa (embarcação pequena de um mastro só/ pequeno barco de remos e vela) conduzindo, além do próprio Marcial, os Capitães Albert Smient e Joost Closter, juntamente com alguns indígenas que tinham regressado de pouco da Holanda (Ararova, Tacon, Mataune). Também fez parte do pessoal um português, de origem israelita, chamado Samuel Cochim.

As embarcações fundearam ao norte da fortaleza dos Santos Reis, no lugar Ubranduba, onde havia uma enseada. Guiados pelo clarão de uma fogueira, os agentes holandeses encontraram o português João Pereira, que havia aprisionado o índio André Tacon. Mataram o português, apoderando-se de alguns papeis por ele conduzidos.

Daí seguiu-se episódios, que culminaram com a tomada da fortaleza dos Santos Reis, pelos holandeses, aos 12 de dezembro de 1633. 

Com o domínio holandês na antiga capitania do Rio Grande, o rei Janduí, cujo acampamento principal era no local onde atualmente existe a cidade de Assu/RN, tornou-se amigo íntimo dos invasores. (Índios do Açu e Seridó - Medeiros Filho, 1984: 17).

terça-feira, 9 de julho de 2013

Por Sérgio Simonette

Na volta, ainda deu tempo de fazer serenata na casa de Tânia, um Lá Maior para os três amigos:

♪ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪
Moça
Me espere amanhã
Levo o meu coração
Pronto pra te entregar
♪ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪

Exaustos, resolveram sentar no banco da praça em frente ao busto de Getúlio Vargas e esperar Zé Carlota.

- Eu me sinto feliz com Clarinha... quero viver ao seu lado para sempre...
- Você fez a escolha certa, Adolfinho!

- Eu me meti numa encrenca com Barranqueira e Espedita...
- Você pensa que pode viver sem fazer escolhas, Aristóteles!

- E você, Augusto Preto?
- Eu... eu fiz a escolha errada... Si Maior, Adolfinho!

♪ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪
E eu fui andando pela rua escura
Pra poder chorar
♪ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...