1941 (LIFE magazine)
A LIFE disponibilizou fotos tiradas em 1941 enquanto a base aérea de Natal era construída, feitas pelo Hart Preston.
Como as fotos são grandes, dá pra ver uns detalhes bem bacanas dos aviões, dos uniformes da época e equipamentos, do dia a dia dos civis, soldados, marinheiros e trabalhadores, cenas urbanas e rurais...
Galeria de Fotos da Revista LIFE
http://www.sangueverdeoliva.com.br/
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sexta-feira, 6 de junho de 2014
Base de Natal sendo construída em 1941
Pastor Everaldo (PSC) Tecnicamente empatado com Eduardo Campos (PSB), segundo Datafolha
Pesquisa Datafolha concluída nesta quinta-feira (5) confirma a lenta tendência de queda de intenções de voto pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. Em relação a maio, data do levantamento anterior, ela variou de 37% para 34%. Desde fevereiro, já caiu dez pontos percentuais. Os principais adversários da petista, porém, não estão conseguindo tirar proveito disso. Juntos, eles somavam 38% na pesquisa anterior. Agora, recuaram para 35%.
Em relação a maio, os dois principais rivais de Dilma variaram negativamente. O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência, oscilou um ponto para baixo. Agora está com 19%. Movimento mais brusco ocorreu com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que recuou quatro pontos. Com 7%, ele aparece em situação de empate técnico com o Pastor Everaldo Pereira (PSC), 4%.
(Do Blog de Robson Pires)
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Lagoas que você precisa conhecer no Rio Grande do Norte
Por: Gunther Guedes/Viver Natal
O Rio Grande do Norte é conhecido por ter belíssimas e algumas paradisíacas praias em todo seu litoral. Das badaladas Pipa e Ponta Negra, até as encantadoras e charmosas como São Miguel do Gostoso e Baía Formosa são vistas como o paraíso na terra. Contudo, a terra do camarão, da ginga com tapioca e de tantos outros atrativos também possui lagoas encantadoras e de águas cristalinas, onde o visitante pode passar desde um entardecer romântico a um dia de muita aventura com esportes aquáticos, a exemplo do flyboard, do Stand up paddle, do caiaque e entre outros.
1) Lagoa da Coca-Cola:
Por que a primeira? O verdadeiro nome dessa lagoa é "Lagoa de Araraquara", mas foi apelidada de 'Lagoa da Coca-Cola', em razão de suas águas escuras. Essa cor é devida à composição química do solo rico em iodo e ferro e à pigmentação das raízes das árvores ao seu redor. Os habitantes da região crêem que suas águas possuem virtudes curativas e rejuvenecedoras. A lagoa está localizada no interior da reserva da "Mata Estrela". A natureza e a fauna do parque são de grande beleza e diversidade. Pode-se chegar à lagoa pelos clássicos passeios de bugue ou pelos seus próprios meios em 'mountain byke', a cavalo ou a pé; a fim de admirar a fauna e a flora dos arredores da lagoa.
2) A Lagoa do Carcará
Considerada um dos lugares paradisíacos do Rio Grande do Norte, contudo, possui complicado acesso. Localiza-se no município de Nísia Floresta estando a 40 km da capital Natal. A lagoa faz parte do "Roteiros das Águas", porém é pouco divulgado pelo governo e conseqüentemente poucos turistas a conhecem. Seu nome vem de um tipo de ave de rapina comum na região: o carcará. Da mesma maneira, outra lagoa próxima recebeu o nome de Urubú. A lagoa tem água limpa e transparente e faz parte do sistema "Lacuste Bonfim", o qual também é composto pelas lagoas Redonda, Boágua, Arituba, Alcaçus, Ferreira Grande e Urubu, encontrando-se inserida em um bloco triangular, tendo ao norte o rio Pium, ao sul o rio Trairi e leste a linha da costa do Oceano Atlântico. A borda da lagoa abriga uma grande faixa de águas rasas com areia alva, proporcionando banhos demorados em águas mornas. Para os turistas que querem manter a forma com diversão, a lagoa do Carcará também é lugar para a prática de windsurf, além de dispor de caiaques e pedalinhos que podem ser alugados dos comerciantes locais.
3) Lagoa de Jacumã
Linda pequena lagoa, paraíso situado no meio das dunas móveis de Jacumã. Faz parte do roteiro dos buggys. O visitante que vier conhecer esse lago, chegará pelo cume da duna onde deixará o buggy a fim de praticar o 'Aero Bunda', tipo de tiroleza com descida suspensa por um cabo que termina no lago. Um puro prazer; o esquibunda, que reside numa brincadeira de descer a duna em cima de uma tabua de madeira; e o kamikase que é um tobogã situado em cima de uma duna coberta com lona. A subida se faz por um carrinho puxado por uma corda com a ajuda de um motor de fusca.
4) Lagoa de Arituba:
Para visitar a Lagoa de Arituba, desça pelo litoral Sul do Rio Grande do Norte. Este belo lugar, comparado pelos visitantes a um verdadeiro oásis que fica a 35 quilômetros de Natal. As águas não são muito profundas, perfeito para quem não gosta muito de ondas e mais um atrativo para famílias e suas crianças. Mas a grande atração da lagoa sem dúvida nenhuma é o Aerobunda, famoso por aquelas bandas. Se você tiver coragem de se aventurar, é simples. Primeiro suba em uma torre metálica, cuja altura chega a 10 metros. Sente em uma cadeira com cinto de segurança e uma roldana irá deslizar levando você até a outra margem. O grande barato é se jogar dentro d’água no meio da lagoa. Deixe o estresse em casa e visite a Lagoa de Arituba. Desfrute de momentos de paz e descontração junto com sua família e amigos.
5) Lagoa de Pitangui:
Localizada no litoral norte após a praia de Graçandú, Pitangui está a 25 km de distância de Natal RN e é lá onde você vai ver uma das mais belas lagoas da região: a lagoa de Pitangui. Com águas claras e calmas é possível fazer um passeio de pedalinho ou caiaque, aproveitar os restaurantes com pratos típicos e acreditar que se está num oásis. A paisagem dessa praia é composta ainda por coqueiros e palmeiras, e conserva a simplicidade rústica de um lugar que não foi totalmente tomado pelo turismo. É uma das praias preferidas para curtir o veraneio. Suas dunas são uma atração à parte: não deixe seu turismo em Natal acabarem sem antes fazer um passeio de buggy.
6) Lagoa de Guaraíras:
Ao chegar ao litoral de Tibau do Sul, próximo ao porto ou no mirante do pórtico da cidade, a primeira paisagem que se avista é a das mansas águas da Lagoa de Guaraíras. Essa lagoa, que já teve suas águas puramente doces e, devido, aos desígnios da natureza, foi aberta ao mar, hoje é uma das principais atrações de Tibau do Sul. Além de servir de rota para a praia de Malembá e destinos mais distantes, como Natal (pela beira-mar), a lagoa é base de uma das mais importantes atividades econômicas do município, a carcinicultura (criação de camarões). As águas da Guaraíras banham quatro municípios e a pesca artesanal, feita em canoas, é um show aparte a se assistir. Mas a Lagoa de Guaraíras também se serve do turismo, com longos passeios de barco, lancha, e canoa, pesca esportiva e até banana-boat. Ela possui vários portos e ancoradouros em toda a sua extensão e uma história de batalhas, tragédias e reconstrução, existindo até uma ilha histórica, a do Flamengo, com ruínas de um forte holandês. A fauna e a flora são privilegiadas, pois a lagoa tem uma extensa área de mangue, fonte de alimentos e berço de diversas espécies. Porém, é quando vai caindo a tarde a magia toma conta do local e não tem quem não pare para presenciar mais um dos milagres da natureza: o pôr-do-sol da Guaraíras. Nesta hora, as águas que, em vazante, são azuladas, e na cheia, se tornam acinzentadas, transformam-se em puro ouro, refletindo toda a intensidade do sol, que banha este cantinho ímpar do Brasil.
7) Lagoa do Bonfim:
Diferentemente da lagoa de Arituba, a Lagoa do Bonfim não há tanta infraestrutura no trecho aberto ao público. Essa lagoa também é conhecida como Sete Pontas e impressiona pelo volume de água. Ela é uma das maiores do estado e, no período de chuvas, que vai do mês de maio ao mês de julho, chega a acumular mais de 80 milhões de metros cúbicos de água, o dobro do período da seca. No local estão praticando o Flyboard, o stand up paddle, o caiaque e também, em locais mais privados, o jet-ski.
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UMA NOVA ERA DA HISTÓRIA
Publicado em 05/06/2014 por Rostand Medeiros
http://tokdehistoria.com.br/
Todo mundo aprende na escola que a História divide-se em:
1 – Pré-história: do macaco até o aparecimento da escrita, por volta de 4000 ou 5000 antes de Cristo;
2 – Antigüidade: do aparecimento da escrita até a queda de Roma – e do Império Romano do Ocidente -, derrotada pelos bárbaros, em 476 depois de Cristo;
3 – Idade Média: da queda de Roma até a queda de Constantinopla – e do Império Romano do Oriente – pelos turcos otomanos, em 1453;
4 – Idade Moderna: da queda de Constantinopla até a queda da Bastilha – e a deflagração da Revolução Francesa – pelos rebeldes jacobinos, em 1789;
5 – Idade Contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais.
Essa classificação tem lá seus defeitos. O eurocentrismo é um deles. Tudo que mudava na Europa, mudava o mundo, como se uma coisa conduzisse à outra. O extremo oriente, por exemplo, onde o Japão e principalmente a China aprontavam das suas e inventavam onze em cada dez invenções posteriormente atribuídas aos europeus é solenemente ignorada nessa escala de tempo.
Ok. Mas, de um modo geral, a divisão das eras da História é aceita pelos historiadores. Ninguém discute a importância histórica e a mudança de sentido do mundo após cada um desses eventos. Discute-se apenas se não houve outros acontecimentos igualmente relevantes que poderiam justificar uma mudança na classificação das eras, até mesmo criando mais delas.
E é justamente aí em que quero chegar. A meu ver, nós já estamos em uma nova era da História: a Idade Tecnológica. E ela começou há não muito tempo. Mais exatamente em 1989, quando caiu o Muro de Berlin.
De fato, a Idade das Revoluções – nome que daria à atual Idade Contemporânea, inspirado em Hobbsbwan – teria durado 200 anos, de 1789 a 1989. Com a eclosão da Revolução Francesa, ganhou impulso a formação de estados nacionais fundados na democracia e na liberdade em geral, especialmente a liberdade negocial.
Estimulados por suas classes mercantis, os Estados Nacionais – europeus, principalmente – foram à guerra e colonizaram meio mundo, África e Ásia inclusive. Essa disputa por novos mercados foi tão forte que acabou levando a guerras entre as próprias potências coloniais, levando o mundo a experimentar as duas maiores e mais sanguinárias guerras de sua história (I e II Guerras Mundiais).
Depois disso, com o advento de duas novas superpotências, Estados Unidos e União Soviética, a coisa mudou um pouco de figura, mas, na essência, permaneceu mais ou menos a mesma: duas potências duelando em escala global por zonas de influência.
Mas quando o Muro de Berlin caiu, isso se acabou. A ascenção de uma única superpotência mundial – os Estados Unidos – deflagrou uma nova onda de supremacia, baseada no livre fluxo de capital e na expansão formidável da tecnologia.
Essa mudança, claro, trouxe conseqüências. O terrorismo cometido contra os americanos e seus aliados é um deles. Não fossem os Estados Unidos a Roma dos tempos atuais, dificilmente seriam os alvos preferenciais dos terroristas (o que não justifica a violência, para deixar bem claro).
A financeirização do mundo, também. Com o desenvolvimento tecnológico, o livre fluxo de capitais alcançou uma escala jamais vivenciada pela humanidade. O que conduziu no limite a uma cópia de um estilo de vida baseado no consumismo desenfreado.
Creio, portanto, que os historiadores deveriam repensar a classificação das Eras e perguntar-se se o mundo em que vivemos pode ainda ser comparado como uma continuação da Revolução Francesa. A meu ver, essa fase já foi ultrapassada.
Ps: Possivelmente algum historiador já deve ter defendido essa mesma tese, mas devo ressaltar que não li nada sobre isso. Portanto, os erros e acertos devem correr por conta exclusiva do autor.
MINHAS BOTAS CANGULEIRAS
Laélio Ferreira
(Foto Arquivo)
Nos idos de 43/45, no auge da presença dos sobrinhos do Tio Sam em Natal - os “galegos” como os chamávamos, entre os meus cinco e sete anos de idade -. quando tudo era novidade até mesmo para os adultos, tomei muita Coca-Cola, mastiguei, masquei, muito chiclete daquele fininho, uma tirinha e vi muita “gente grande” tomando cerveja em lata e fumando “Camel”, “Phillips Morris”, “Lucky Strike”.
Dos maços de cigarro vazios, fazíamos as “notas” para apostar biloca nos quintais vizinhos.Como meu pai e um irmão mais velho trabalhavam em “Parnamirim Field” não faltavam as “cocas”, de segunda ao sábado de meio-expediente. Geladeira nesse tempo era coisa de rico. As garrafas escuras meu Pai as trazia, seis ou mais, do “Campo”, quase anoitecendo, bem acomodadas sob muito gelo e serragem, num depósito de madeira com alça. Rafick de “Seu” Izidin (Nagib) da bodega, Doca de “Seu” Ruben (Câmara) da “Saúde” e Zelinho de “Seu” João (Vasconcelos) da padaria, olhos pidãos, pigoravam, quase todo santo dia, a tal novidade “made in USA” e bebiam, satisfeitos, arrotando a cada gole, pelo menos um copo. Era uma festa na rua Felipe Camarão, ali bem perto da Juvino Barreto...!
Washington, o mano mais velho – que deixara o emprego na “Força e Luz” e o Sindicato dos Eletricitários com um companheiro de diretoria (que depois virou “gente fina”) chamado Jessé Pinto Freire –, era o Pagador-Geral do pessoal civil da Base Aérea, conhecendo Deus e o mundo: brasileiro paisano ou fardado, de soldado raso a general americano. Falando fluentemente inglês, nos dias e horas de folga, apesar dos renovados protestos de mamãe, farreava adoidado com os gringos.
Competentíssimo cicerone, “guia turístico” de largos conhecimentos em uma Natal de apenas uns 50 mil habitantes, até antes da guerra uma aldeia provinciana e quieta.O “pacote”, em geral – pude saber, anos depois, já taludo -, além dos meretrícios mais manjados, o “baixo” (XV de Novembro, Beco da Quarentena, Bica da Telha e Rua São Pedro) e o “alto” (Maria Boa, Maria de Josino, Rita Loura), circunavegava também pelo Grande Ponto, Tavares de Lira, Canto do Mangue, Grande Hotel, Lagoa do Bonfim, Macaíba, São José e – pasmem todos – Fernando de Noronha!
Para o “tour” no arquipélago, chegava a patota a requisitar, nessas “missões”, B’s25 (Parnamirim-Noronha-Parnamirim) e hidroaviões Catalina (Rampa-Noronha-Rampa). As desculpas (amarelas) para tantos deslocamentos eram as mais diversas: pagamento do pessoal civil, checagem de equipamentos e instalações, inspeções, testes das aeronaves – o escambau. Nessas esbórnias todas por Natal e adjacências, à exceção de outra rota aérea Rampa-Lagoa do Bonfim-Rampa, os traslados terrestres eram todos cumpridos por “jeep’s”. Raramente em “carros-de-praça” (os táxis de hoje), usados tão-somente quando as “girl’s friend’s” (leia-se piranhas) exigiam maior discrição e comodidade. Parnamirim, a incipiente Vila de então, obviamente, face à proximidade dos chamados “escalões superiores”, era descartada de toda essa azáfama turística...
Saudades do meu irmão Washington ! Em um desses seus dias de turista irresponsável, chegou lá por casa, de-meio-lastro-a-queimado, na companhia de um aviador americano do tamanho de um bonde, galego rosagá, sujeito suado como os seiscentos. Levaram-me, os dois, e a Netinho, outro irmão mais velho do que eu um ano, à oficina de um amigo na Travessa Aureliano, na Ribeira. Em meio ao alvoroço do estabelecimento, cheio de operários e clientes, “Seu” Edísio, o inventor das famosas “flying boots”, ajoelhado e risonho, tirou-nos as medidas, riscando sobre uma cartolina,um a um, os contornos dos nossos pés descalços. Uma semana depois, sob os olhares mansos e risonhos de Othoniel e Maria, posávamos, na Praça Pedro Velho, para a máquina de Washington. Nas canelas finas, brilhando mais do que espinhaço de pão doce, as famosas “botas dos americanos”, tão canguleiras quanto eu – que nasci na rua Ferreira Chaves, Ribeira velha de guerra...
Dos maços de cigarro vazios, fazíamos as “notas” para apostar biloca nos quintais vizinhos.Como meu pai e um irmão mais velho trabalhavam em “Parnamirim Field” não faltavam as “cocas”, de segunda ao sábado de meio-expediente. Geladeira nesse tempo era coisa de rico. As garrafas escuras meu Pai as trazia, seis ou mais, do “Campo”, quase anoitecendo, bem acomodadas sob muito gelo e serragem, num depósito de madeira com alça. Rafick de “Seu” Izidin (Nagib) da bodega, Doca de “Seu” Ruben (Câmara) da “Saúde” e Zelinho de “Seu” João (Vasconcelos) da padaria, olhos pidãos, pigoravam, quase todo santo dia, a tal novidade “made in USA” e bebiam, satisfeitos, arrotando a cada gole, pelo menos um copo. Era uma festa na rua Felipe Camarão, ali bem perto da Juvino Barreto...!
Washington, o mano mais velho – que deixara o emprego na “Força e Luz” e o Sindicato dos Eletricitários com um companheiro de diretoria (que depois virou “gente fina”) chamado Jessé Pinto Freire –, era o Pagador-Geral do pessoal civil da Base Aérea, conhecendo Deus e o mundo: brasileiro paisano ou fardado, de soldado raso a general americano. Falando fluentemente inglês, nos dias e horas de folga, apesar dos renovados protestos de mamãe, farreava adoidado com os gringos.
Competentíssimo cicerone, “guia turístico” de largos conhecimentos em uma Natal de apenas uns 50 mil habitantes, até antes da guerra uma aldeia provinciana e quieta.O “pacote”, em geral – pude saber, anos depois, já taludo -, além dos meretrícios mais manjados, o “baixo” (XV de Novembro, Beco da Quarentena, Bica da Telha e Rua São Pedro) e o “alto” (Maria Boa, Maria de Josino, Rita Loura), circunavegava também pelo Grande Ponto, Tavares de Lira, Canto do Mangue, Grande Hotel, Lagoa do Bonfim, Macaíba, São José e – pasmem todos – Fernando de Noronha!
Para o “tour” no arquipélago, chegava a patota a requisitar, nessas “missões”, B’s25 (Parnamirim-Noronha-Parnamirim) e hidroaviões Catalina (Rampa-Noronha-Rampa). As desculpas (amarelas) para tantos deslocamentos eram as mais diversas: pagamento do pessoal civil, checagem de equipamentos e instalações, inspeções, testes das aeronaves – o escambau. Nessas esbórnias todas por Natal e adjacências, à exceção de outra rota aérea Rampa-Lagoa do Bonfim-Rampa, os traslados terrestres eram todos cumpridos por “jeep’s”. Raramente em “carros-de-praça” (os táxis de hoje), usados tão-somente quando as “girl’s friend’s” (leia-se piranhas) exigiam maior discrição e comodidade. Parnamirim, a incipiente Vila de então, obviamente, face à proximidade dos chamados “escalões superiores”, era descartada de toda essa azáfama turística...
Saudades do meu irmão Washington ! Em um desses seus dias de turista irresponsável, chegou lá por casa, de-meio-lastro-a-queimado, na companhia de um aviador americano do tamanho de um bonde, galego rosagá, sujeito suado como os seiscentos. Levaram-me, os dois, e a Netinho, outro irmão mais velho do que eu um ano, à oficina de um amigo na Travessa Aureliano, na Ribeira. Em meio ao alvoroço do estabelecimento, cheio de operários e clientes, “Seu” Edísio, o inventor das famosas “flying boots”, ajoelhado e risonho, tirou-nos as medidas, riscando sobre uma cartolina,um a um, os contornos dos nossos pés descalços. Uma semana depois, sob os olhares mansos e risonhos de Othoniel e Maria, posávamos, na Praça Pedro Velho, para a máquina de Washington. Nas canelas finas, brilhando mais do que espinhaço de pão doce, as famosas “botas dos americanos”, tão canguleiras quanto eu – que nasci na rua Ferreira Chaves, Ribeira velha de guerra...
POSTADO POR LAÉLIO FERREIRA (DE MELO)
terça-feira, 3 de junho de 2014
Estudo aponta avanços no tratamento do câncer avançado de próstata
Uma nova estratégia de tratamento permitiu prolongar a vida de homens afetados por um câncer avançado de próstata, indicam os resultados de um teste clínico difundido neste domingo durante uma conferência médica.
O estudo, feito com 790 homens que acabaram de ser diagnosticados com um câncer invasivo de próstata, demonstra que a quimioterapia combinada com tratamento hormonal prolonga a vida destes pacientes em cerca de um ano.
O câncer de próstata é estimulado por hormônios masculinos ou andróginos no sangue. O tratamento hormonal visa a reduzir sua quantidade. Embora esta terapia seja eficaz, a longo prazo o câncer se torna resistente na maior parte dos casos.
http://www.robsonpiresxerife.com/
ECONOMIA
O TEMPO E O VENTO
QUASE 20
ANOS ANTES DO RN VIRAR UM GRANDE PRODUTOR DE ENERGIA EÓLICA, EMPRESÁRIO E
EX-DEPUTADO ESTADUAL MANUCA MONTENEGRO FALA DE COMO DESCOBRIU O
POTENCIAL DO ESTADO E DA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA COM AEROGERADORES NO
MUNICÍPIO DE ASSÚ.
DO NOVO JORNAL
Um
dínamo em uma bicicleta fez ele se interessar pela geração de energia
ainda criança. As torres da Barreira do Inferno o deixaram curioso por
conhecer a energia eólica, também ainda menino. Já adulto, nos anos
1990, a necessidade de energia para abastecer as fazendas no Vale do Açu
fez Manoel Montenegro Neto, o “Manuca” defender ferrenhamente o uso da
energia gerada pelos ventos, que hoje consolidou-se como uma indústria
no Rio Grande do Norte, colocando o estado no topo dos estados em
capacidade instalada das usinas e batendo recorde de geração.
Em um Natal da
infância de Manuca, ele ganhou de presente uma bicicleta Mercswiss azul
(hoje, o modelo é considerado uma raridade e pode ser encontrada na
internet por R$ 700,00). Ele e um colega compraram um pequeno dínamo
para instalarem nos pneus dianteiros de suas respectivas bikes. A ideia
dos dois era “apostar” quem ficava mais tempo com uma lanterna acesa a
partir da geração de energia pelo dínamo. “O dínamo pesava tanto que
quando ele batia no pneu, ‘amarrava’ a roda”, conta o hoje empresário
Manuca, que recebeu a equipe do NOVO JORNAL em sua pequena, organizada e
charmosa propriedade rural, em Parnamirim.
E foram várias
voltas de bicicleta. O ‘pega’ acontecia em uma curta distância, que
parecia bem mais longe na época. Manuca e seu amigo – Zé Grilo – corriam
do Batalhão 16 RI até a AABB. Subiam e desciam a ladeira
indefinidamente. Além de gastar a sua própria energia, o menino ficava
lapidando os pensamentos com aquela luzinha da bicicleta provocada por
um pequeno motor.
Manuca tinha 14
anos quando os militares estavam às voltas com um equipamento chamado
Nike Apache. Tal coisa foi o primeiro foguete a ser lançado pela estação
Barreira do Inferno, prestes a ser inaugurada no dia 15 de dezembro de
1965. Ele foi para a estação acompanhando o seu pai, o então deputado
estadual Olavo Montenegro, que fez pequeno discurso representando a
Assembleia Legislativa.
Somente os
militares e poucos convidados estavam autorizados a acompanhar, de um
pouco mais perto, o Nike Apache, um foguete de baixo custo (em torno de
seis mil dólares, valores nominais da época). “Tudo no entorno da
Barreira do Inferno tava interditado. Nem os carros chegavam perto”, diz
Manuca, em pé, apontando para a própria estação, que fica próxima de
sua casa, dando para a luz de uma das torres.
Na divisão dos
trabalhos na estação, a tecnologia de informática ficava a cargo dos
franceses; a dos foguetes, dos americanos; e as torres eram fabricadas e
instaladas pelos alemães. Ali, pela primeira vez no estado se gerou
energia pela força dos ventos e pequenos cata-ventos girando a mil
sinalizavam a força da natureza aqui da região. Quase trinta anos
depois, outros alemães iriam se encontrar com Manuca.
Matéria completa no Novo Jornal (Domingo, 1º de junho de 2014).
Matéria completa no Novo Jornal (Domingo, 1º de junho de 2014).
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
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