domingo, 10 de janeiro de 2016

Operadora terá de aceitar idosos excluídos após incorporação de plano de saúde

 
 
Por descumprir o Termo de Ajuste de Conduta firmado em 2015 com o Ministério Público Federal e o estadual, a Agência Nacional de Saúde e o Procon, a Federação das Unimeds de São Paulo (Unimed Fesp) foi obrigada a fornecer plano de saúde a dois idosos, oriundos da Unimed Paulistana, que tinham sido recusados pela instituição por estarem com “idade acima da regra” e possuírem doenças pré-existentes. Ao proferir a decisão liminar, a juíza Mariana de Souza Neves Salinas, da 31ª Vara Cível de São Paulo, ressaltou que “a recusa à contratação de novo plano, com amparo em doença pré-existente, nada mais é, em juízo de delibação, que uma verdadeira burla a este direito [de manutenção do atendimento sem alteração das regras]”.

O TAC firmado pela Unimed Fesp é resultado da alienação compulsória da Unimed Paulistana, em setembro de 2015. As duas fornecedores de plano de saúde assumiram o compromisso de que os clientes atendidos anteriormente pela Unimed Paulistana seriam acolhidos, a partir daquele momento, pela Unimed Fesp, sem alteração de valor ou de rede credenciada (hospitais e médicos).

Porém, no caso analisado, a Unimed Fesp havia negado o direito à portabilidade extraordinária de plano de saúde a um casal de idosos. A companhia usava como justificativa a idade dos autores da ação e a pré-existência de doenças. A negativa na prestação do serviço ocorreu mesmo depois que o contrato entre as partes já estava assinado.

Em sua decisão, a juíza especificou que a Unimed Fesp deverá adotar os “procedimentos necessários para implantação imediata do contrato de adesão”, enviar as carteirinhas que comprovem a relação entre prestador de serviço e contratante e o boleto bancário com o valor da mensalidade, além dos demais documentos administrativos. Em caso de descumprimento, foi estipulada multa de R$ 5 mil.

Segundo o advogado que representou o casal na ação, Alexandre Berthe Pinto, a decisão mostra a necessidade de intervenção do Judiciário nesse tipo de relação de consumo, além de sua participação constante em discussões relacionadas, como a recusa no fornecimento de medicamentos, tratamentos, cirurgias e aumento de mensalidades.

“É inegável que o Poder Judiciário está atento com os abusos praticados pelas operadoras e administradoras de saúde, e o arbitramento de multas elevadas para o caso de descumprimento da ordem converge para necessidade de se preservar o bem maior, que é a vida”, afirma o advogado.

Do Conjur
Fonte: http://meloadvogadosassociados.com.br

''Vulcão em Natal'': O fenômeno da web a ''Mulher Vulcão'' desfilou pela...



A música, a Pintura, a Poesia,
Nasceram no mesmo dia
Na fonte da inspiração.
Com os mesmos coloridos...
Nos pensamentos vividos
Na nossa imaginação.

Traços incertos cativos
Por diferentes motivos
Entre o poeta e o pintor
Uma viola pendurada...
Uma tela, inacabada
Resumo. de tudo: o amor 

Renato Caldas 


Ariano Suassuna Doidos

Conversa de manicure

Masturbação em excesso pode causar impotência?

  Jairo Bouer responde


Do UOL
Em São Paulo
Segundo Jairo, masturbar-se com muita frequência e desde cedo não aumenta o risco de a pessoa desenvolver alguma disfunção sexual. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", garante. Provavelmente, diz o colunista do UOL, o atual problema de ereção se deve a alguma questão física ou emocional, que precisa ser investigada.
  • Arte UOL
    Masturbar-se demais não leva o homem a ter problemas de ereção, segundo Jairo Bouer
Outra pergunta sobre dificuldades sexuais vem de um internauta que sofreu um acidente que lhe afetou a bacia. Ele afirma que, desde que se recuperou, só consegue ter ereção e ejaculação quando se masturba. Para Jairo, se o processo ocorre normalmente quando ele está sozinho, provavelmente o emocional é que está afetando o desempenho sexual.
"De qualquer forma, é uma boa ideia conversar com o urologista. Talvez um remédio, uma ajuda temporária, possa melhorar a sensibilidade no pênis", aconselha.
A terceira questão é de um internauta que está prestes a se casar e pensa em abandonar a camisinha. Ele quer ter certeza de que não há como engravidar a parceira se ela estiver tomando pílula. "Se a mulher está tomando anticoncepcional de forma correta, regular, sem esquecer nenhum comprimido da cartela, não tem como ela engravidar em nenhuma fase do ciclo", garante. Mas Jairo lembra que a pílula não protege contra DSTs e Aids.
Assista a este e aos demais vídeos do Jairo no UOL Saúde. E se você tem alguma pergunta sobre saúde, sexo ou comportamento, envie para drjairobouer@uol.com.br. Algumas questões serão selecionadas e respondidas nos futuros programas.

sábado, 9 de janeiro de 2016

MAL ENTENDIDO NA FARMÁCIA

A Farmácia Potengi, se não é a mais antiga, pelo menos, uma das mais antigas da cidade de Assu/RN. Então de propriedade de João Branco (apelido), já falecido. Pois bem, naquela drogaria tinha um atendente, balconista muito experiente no ramo e bastante conhecido na cidade, chamado Pirulito (apelido), figura que indicava o remédio certo para qualquer enfermidade. Pois bem. Certa vez, chegou um senhor naquela farmácia acometido por uma crise de hemorroida. O freguês foi direto ao assunto: "Seu João (o dono farmácia), eu quero um remédio pra hemorroida!" João Branco, disse ao freguês: "Amigo. Só com Pirulito." O cliente interpretou diferente, esbravejou na horinha: "Soque você, seu filho da mãe!".

Fernando Caldas

ASSUENSE DAS ANTIGAS

                                                 Arcelino COSTA LEITÃO, ex-refeito do Assu

RENATO CALDAS - SAUDADES DE GUARAPARI


 
                               Antiga imagem da Praia de Guarapari?ES, disponível no Google.

Expedito Silveira depõe que Renato Caldas, dando expansão ao seu temperamento cosmopolita, conheceu o Brasil de ponta a ponta, nas suas intermináveis andanças de romântico caminheiro.

Pois bem. Em 1964 Renato Caldas fora convidado pelo governador do Espírito Santo, Francisco Alves de Athayde que era entusiasta da poesia Renatocaldiana, para que ele fizesse uma temporada na cidade de Vitória/ES,apresentando o seu trabalho, a sua arte poética irreverente, ao povo capixaba. Toda sua estadia seria custeada pelo governo do estado Capixaba. Convite aceito, Renato partiu. Após uma apresentação que durou mais ou menos um mês, retornou ao Rio Grande do Norte, a sua cidade de Assue e, dias depois, escreveu o poema intitulado Saudades de Guarapari, em homenagem a uma das praias do litoral Espirito-santense, cujos versos, seu sobrinho Chico Elion (nome artístico de Francisco Elion Caldas Nobre) musicou. Vejamos o referenciado poema canção, para o nosso bem estar:

Guarapari é a praia da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se derrama
Tudo vive e tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abandono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.

Fernando Caldas

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O BARRACÃO DE RENATO


Renato Caldas, no seu tempo de rapaz, além de poetizar com irreverência e graça, gostava de umas presepadas (no bom sentido). Pois bem, certa vez, era época da construção da estrada carroçável (começo da década de trinta) que liga Assu a Mossoró/RN, instalou um barracão (estabelecimento comercial de venda de cereais), para vender fiado aos peãos daquela obra. Os empregados receberam o pagamento da empreiteira e nada de pagamento a Renato. Não deu outra, caiu em dificuldade financeira, porém não desistiu do negócio, colocou uma placa conforme inscrição abaixo, em letras garrafais, trovinha de autoria de Jayme Wanderley, que diz assim:

Para não haver transtorno
Aqui no meu barracão,
Só vendo fiado a corno,
Filho da puta e ladrão.

ASSU - A ATENAS NORTE-RIOGRANDENSE


Em tempos que já vão distantes, o Assú primou pelo seu amor às Letras e pela sua dedicação às Artes. Seu povo tinha em alta conta o desenvolvimento da Inteligência e o apogeu da Cultura. A sensibilidade era a sua constância. Dotados de um acentuado senso artístico, os seus filhos alinhavam os seus propósitos e as suas tendências no sentido do aperfeiçoamento e do evoluir cultural.

Enamorados do Belo, tinham a percepção do seu encantamento, do seu êxtase e do seu predomínio na estrutura espiritual. Tamanha era essa desenvoltura, esse apego, esse apaixonamento, que, em última análise, se poderia pensar serem esses atributos um sentimentalismo congênito ou então seria uma predestinação atávica ou uma determinação biológica.

O certo é que esse afeiçoamento ao gosto, esse querer à Estética tinha o poder mágico de contaminar o meio ambiental. A espontaneidade das revelações no domínio das belas-artes surpreendia. A disputa na conquista de uma escalada maior no aprimoramento do espírito, como que despertavam as energias telúricas, os entendimentos nativos, convergindo as idéias para o ponto centralizador que outro não era senão a ganância do Saber.

Campo fértil às atividades do Pensamento, as culturas filosóficas eram assimiladas, aproveitadas para o encadeamento, o entrosamento de uma organização de feitio literário capaz de, pela sua objetividade, propiciar o granjeio de conhecimentos especializados. Havia, nessas épocas que já descambam para o esquecimento, uma sintonização mental criando uma mentalidade propiciatória aos elevados empreendimentos sociais e recreativos: Velhos e moços se aglutinavam, se harmonizavam e se entendiam na promoção de tertúlias literárias destinadas a acelerar, a desenvolver e a intelectualizar o meio ambiente.

Daí, em nossa terra, ter tido a Imprensa, a poesia, o jornalismo, o teatro e a música relevante destaque em nível de Estado. Há na nova geração um fenômeno assustador. É o alheamento ao pretérito. É tão acentuado, que difícil se torna ao pesquisador concatenar acontecimentos, às vezes muito remotos, se tiver que confiar na veracidade do seu depoimento, não por mistificações, acreditamos, porém, por desapego, desinteresse às cousas do passado (*).

No ano de 1922 Ezequiel Wanderley - poeta, cronista e dramaturgo, planejou e editou um livro que recebeu o apoio de intelectuais e do governo do Estado. Este livro recebeu o título de “POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE” reuniu trabalhos e biografias de 108 poetas nascidos no território potiguar. Sua publicação foi autorizada pelo então governador do Estado Sr. Antonio de Souza, fundamentado na Lei nº 145, de 06 de agosto de 1900. 

A antologia em bem pouco tempo tornou-se obra rara. Dos 108 poetas do Rio Grande do Norte, da época, 28 eram assuenses e deste total, doze assuenses pertenciam à Academia Norte Rio Grandense de Letras. 

Em decorrência desta presença, tanto no livro quanto na Academia, e levando em consideração o relevante destaque do município no que concerne a literatura (primeiro jornal do interior – O Assuense – foi lançado em Assú), primeiro Médico, primeiro poeta e primeiro romancista do Estado foi o assuense Dr. Luiz Carlos Lins Wanderley, primeiro carnaval de rua foi em Assú. E ainda, pela singular presença da cidade no ramo do teatro, na música e nas realizações de festas populares e folguedos como: São João, pastoril, lapinha, bumba meu boi, calungas, entre outras, fez com que os intelectuais do Estado atribuíssem ao Assú os seguintes epítetos culturais: “Terra dos Poetas” “A Atenas Norte-Riograndense”, esta última, comparando o Assú a capital da Grécia, Atenas - solo onde nasceram e viveram os maiores pensadores e artistas da antiguidade. 
A partir desta publicação de 1922, até os dias atuais, o Assú tem mantido estes pseudônimos, diga-se de passagem com muitas dificuldades. No entanto, ainda encontramos na cidade, remanescentes destas tradições, sobretudo, na arte musical, na literatura e na poesia. 

Muita coisa precisa ser feita e trabalhada para que nossos jovens despertem para manterem estas tradições. O governo (municipal, estadual e federal) precisa investir em cultura. A população precisa se movimentar e começar a produzir. Especialmente a classe jovem, estudantil. 

Lá fora somos reconhecidos como: “Terra dos Poetas”, “A Atenas Norte-Riograndense”. E em Assú? Será que fazemos por onde para permanecermos sendo reconhecidos culturalmente? Certamente, dependerá da ação de cada assuense nesta linha de conscientização. Só o tempo dirá.

(*) Esse relato é parte da crônica de apresentação do livro “História do Teatro no Assú”, de Francisco Amorim, publicado no ano de 1972.
FONTE: Livro Poetas do Rio grande do Norte – Ezequiel Wanderley – 2ª Edição – 1993
Assú – “Atenas Norte-Riograndense” – João Carlos Wanderley - 1966.
Do blog: http://assunapontadalingua.blogspot.com.br/

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...