quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

GETÚLIO: DO AUGE AO SUICÍDIO


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Getúlio Dornelles Vargas – Fonte – http://www.diariodoscampos.com.br

Morrer ou suportar a maior humilhação de sua vida. Entenda como o presidente mais adorado de nossa história chegou a esse impasse dramático em reportagem do biógrafo Lira Neto

Fonte – http://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/acervo/getulio-auge-ao-suicidio-435272.phtml#.WF_NW_krLIW
Getúlio Vargas chegou ao poder em 1930, depois de liderar uma revolução. Foi eleito em 1934. Em 1937, fechou o Congresso e se transformou em ditador. Mesmo assim, era adorado pelas massas, que acompanhavam, empolgadas, a transformação do Brasil em um país com grandes indústrias e leis trabalhistas justas – foi ele quem criou o salário mínimo, por exemplo. Ao final da Segunda Guerra, em 1945, quando a ditadura dos alemães e dos italianos foi derrotada pelas democracias da Europa e dos Estados Unidos, não fazia mais sentido ter um ditador no poder.

Getúlio Vargas
Vargas no início de sua carreira – Fonte – https://www.resumoescolar.com.br/historia-do-brasil/getulio-vargas-e-o-estado-de-compromisso/
Getúlio convocou eleições e voltou para São Borja, no Rio Grande do Sul. Mas em 1951 ele voltou à capital, o Rio de Janeiro, reeleito, em grande estilo. Em 1954, Getúlio foi pressionado a deixar o poder. Parecia que ele não tinha escolha, a não ser renunciar. Mas ele tinha, sim. Às 8h30 da manhã do dia 24 de agosto, pegou seu Colt calibre 32 com cabo de madrepérola e, sentado na cama, de pijamas, apontou contra o próprio peito e atirou. Como é possível que um ditador tão popular que consegue se eleger de novo termine desse jeito?
A frase mais famosa da carta-testamento explica: “Saio da vida para entrar para a história”. Era isso mesmo. Se vivesse, Getúlio e sua família teriam que enfrentar uma humilhação pública tão grande que acabaria com a imagem que ele demorou a vida toda para construir. Ao se matar, escapou de tudo isso e virou um grande mito. Para entender por que ele estava tão perto da humilhação, basta pensar na madrugada de 5 de agosto, 20 dias antes de ter se matado. Era pouco depois da meia-noite, e o maior inimigo de Getúlio, o empresário e político Carlos Lacerda, entrava em sua casa, na rua Toneleros, em Copacabana. Alguém atirou contra ele, e dois disparos mataram o homem que o acompanhava, o major da Aeronáutica Rubens Vaz. Um projétil acertou o pé de Lacerda.

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Vargas na Revolução de 1930 – Fonte – http://sensoincomum.org/2016/08/31/por-que-esquerdista-getulio-vargas/
Muita gente não estava satisfeita com Getúlio. Um grupo de militares e empresários dizia que, com suas medidas populistas, o presidente queria levar o país para o comunismo. Aliás, essas mesmas pessoas disseram a mesma coisa quando, em 1964, derrubaram o presidente João Goulart. Nenhum adversário pegava tão pesado quanto Carlos Lacerda. Todas as evidências apontavam para o envolvimento de Getúlio e sua turma no atentado.
Evidências concretas
Parecia difícil provar a participação do governo nos tiros que mataram o major Vaz. Mas não era. Assim que as investigações começaram, no dia 6, um motorista de táxi apareceu na polícia dizendo que tinha levado um membro da guarda presidencial, Climério de Almeida, para o local do crime. Em vez de se explicar, Climério desapareceu. No dia 13, o pistoleiro Alcino do Nascimento foi preso e confessou ter atirado em Lacerda por ordem de Climério.

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Fonte – http://nossapolitica.net/2015/12/impeachment-contra-getulio-vargas/
O caldo engrossou de vez quando Alcino disse à polícia que Climério estava agindo sob o comando de Lutero Vargas, filho de Getúlio. No dia 18, Climério foi preso. Com ele estavam 35 mil cruzeiros, e as notas eram da mesma série que já tinham sido encontradas com Alcino e com Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do presidente. No dia 21, o vice-presidente, Café Filho, sugeriu que os dois renunciassem. No dia 22, um grupo de brigadeiros do Exército publicou um manifesto pedindo a mesma coisa. Getúlio disse que jamais faria isso.
À meia-noite do dia 24 de agosto, os comandantes militares mandaram avisar o presidente que não havia mais volta. Se ele não deixasse o cargo por bem, seria deposto pela força. Exausto, Getúlio disse que marcaria uma reunião ministerial no dia seguinte. O general Mascarenhas de Morais, que ainda se mantinha ao lado do presidente, insistiu em fazer o encontro imediatamente. Às 4 da manhã, enquanto os ministros discutiam sem chegar a nenhuma conclusão, Getúlio abriu a agenda pessoal e rabiscou assim: “Determino que os ministros militares mantenham a ordem pública. Se a ordem for mantida, entrarei com um pedido de licença”.

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Fonte – Museu Joaquim José Felizardo / Fototeca Sioma Breitman – http://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/get%C3%BAlio-vargas-3-raz%C3%B5es-para-amar-ou-odiar-o-que-ele-fez-com-o-brasil-que-voc%C3%AA-vive-hoje.429631/
O fim
Depois da reunião, sozinho em seu quarto no Palácio do Catete, Getúlio não conseguiu pregar o olho. Foi procurado pela mulher e os filhos pelo menos três vezes entre o final da madrugada e o começo da manhã. O ministro da Justiça, Tancredo Neves, mandou para ele uma nota oficial em que o presidente se licenciava até que as investigações terminassem. Era só assinar, mas Getúlio nem quis ler. Quando soube que seu filho mais novo, Benjamin, seria preso por participar do atentado, ele se trancou em seu quarto. Às 8h30, um tiro ecoou pelo palácio.
“Getúlio tinha consciência de seu significado histórico. Seu último gesto precisa ser entendido dentro dessa dimensão”, afirma o historiador Jaime Pinsky, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Entre renunciar e encarar um longo processo na Justiça, ele preferiu virar mártir. Sua última artimanha política deu certo. Menos de um mês depois de sua morte, o caso do atentado foi encerrado e seus dois filhos suspeitos, Benjamin e Lutero, acabaram inocentados..

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Manifestação comemorativa do Dia do Trabalho no estádio São Januário, Rio de Janeiro,1940 (Acervo CPDOC FGV) – Fonte – http://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/get%C3%BAlio-vargas-3-raz%C3%B5es-para-amar-ou-odiar-o-que-ele-fez-com-o-brasil-que-voc%C3%AA-vive-hoje.429631/
E assim Getúlio salvou sua imagem para sempre. Assim que souberam da morte, multidões saíram às ruas em todo o país. Enfurecidos, manifestantes destruíram a Tribuna da Imprensa, o jornal de Carlos Lacerda. Uma massa humana de 100 mil pessoas, a maioria chorando compulsivamente, acompanhou o caixão do presidente. Cerca de 3 mil pessoas sofreram desmaios, mal-estares e crises nervosas. Velado no palácio onde vivia, o presidente cumpria, assim, a promessa feita dias antes: “Só morto sairei do Catete”. 

Dia 24 – As últimas horas do presidente

0h – O minidtro da Guerra, general Zenóbio da Costa, chega ao Palácio do Catete. Traz um ultimato assinado por 27 generais, exigindo a renúncia
0h30 – Da sala de despachos, Getúlio manda chamar os ministros. Pega em uma gaveta uma folha datilografada, assina-a a aguarda no bolso. Os demais não sabiam, mas era a carta-testamento. O presidente sobe ao quarto
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1h – Ao redor do Catete, barricadas e soldados armados a postos para evitar uma invasão. Getúlio, fumando seu indefectível charuto, desce à sala de despachos, pega a caneta-tinteiro que estava sobre sua mesa de trabalho e a entrega ao ministro da Justiça, Tancredo Neves, pedindo que ele a guarde como lembrança daqueles dias
3h – Getúlio reúne o ministério. (Dos 12 ministros, um – Vicente Rao, das Relações Exteriores – não compareceu.) Além deles, estavam presentes a filha do presidente, Alzira, a esposa Darcy e os filhos Lureto e Manuel Antônio. Lá fora, aviões da Aeronáutica davam rasantes sobre o Catete
4h – Os ministros não chegam a um consenso. Getúlio anota em sua agenda: “Já que o ministério não chegou em uma conclusão, eu vou decidir: (…) entrarei com um pedido de licença
4h20 – Zenóbio sai com pressa para anunciar a decisão de Getúlio aos militares. O presidente sobe ao quarto para dormir, enquanto Tancredo escreve uma nota para a população.
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4h45 – O ministro Oswaldo Aranha, Alzira e o próprio Tancredo sobem ao quarto para mostrar a nota a Getúlio. O presidente os recebe de pijama de mangas compridas, na ante-sala de seu quarto. O país é comunicado, pelo rádio, da decisão presidencial.
6h – Dois oficiais chegam ao Catete, com uma intimação para Benjamin Vargas, irmão de Getúlio. Ele é acusado de planejar o atentado contra Lacerda. Ele se recusa e deixar o palácio. Sobe ao quarto do irmão, o acorda e conta o que aconteceu.
7h – O telefone toca. É o general Armando de Morais Âncora, que diz a Benjamin que o pedido de licença não era suficiente. Os militares querem o afastamento imediato do presidente.

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Fonte – http://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/get%C3%BAlio-vargas-3-raz%C3%B5es-para-amar-ou-odiar-o-que-ele-fez-com-o-brasil-que-voc%C3%AA-vive-hoje.429631/

7h30 – Benjamin vai ao quarto e comunica a reação dos militares. Getúlio diz que a situação é grave.
8h05 – Contra seu costume, o presidente sai do quarto de pijama e desce até o gabinete de trabalho. Um assistente percebe que ele volta com algo volumoso no bolso: é um revólver Colt calibre 32.
8h15 – Como fazia todas as manhãs, o barbeiro Barbosa entra no quarto. O presidente o dispensa. O filho Lutero descansa em um sofá da ante-sala do quarto.
8h30 – O presidente senta na cama, põe o revólver na altura do peito e puxa o gatilho. O tiro acorda Lutero, que é o primeiro a entrar no quarto. Depois entram dona Darcy e o médico Flávio Miguez de Mello. Getúlio tem meio corpo para fora da cama e está morrendo.

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Fonte – http://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/get%C3%BAlio-vargas-3-raz%C3%B5es-para-amar-ou-odiar-o-que-ele-fez-com-o-brasil-que-voc%C3%AA-vive-hoje.429631/
8h35 – A arma ficou sobre a cama. Na mesinha de cabeceira, a carta-testamento. Ele morreria deitado, minutos depois. 

Um baixinho vaidoso

Quando o gaúcho Getúlio Vargas nasceu, em 1882, dom Pedro II ainda governava o país. Quando morreu, em 1954, o Brasil era uma república industrializada. Em seus 72 anos de vida, Getúlio ainda foi deputado e governador do Rio Grande do Sul. Ninguém ficou tanto tempo na presidência quanto ele, 28 anos. Carismático, ele cuidada muito bem de sua imagem. Os fotógrafos tinham ordem de retratá-lo sempre de baixo para cima, para disfarçar sua altura. Ele só tinha 1,60 m, tinha um rosto redondo e era barrigudo. Mas era vaidoso. Nunca viajava sem uma maleta com cremes, loção de barba e meias de seda. Seu charuto virou marca registrada. Além disso, Getúlio era um grande conquistador. Sua amante mais famosa foi a vedete Virginia Lane, que era conhecida por ter as pernas mais bonitas do Brasil.

Saiba mais

  • O Segundo Governo Vargas: 1951-1954, Maria Celina Soares de Araújo, Zahar, 1982. Ajuda a entender a crise de agosto de 1954.
  • A Era Vargas, José Augusto Ribeiro, Casa Jorge Editorial, 2001. São três volumes que contam a vida do presidente, da chegada ao poder ao suicídio.——————————————————————- Lira Neto nasceu em Fortaleza (CE) em 1963. Jornalista e escritor ganhou o prêmio Jabuti em 2007, na categoria melhor biografia, por O Inimigo do Rei: Uma biografia de José de Alencar, publicado pela Editora Globo. É autor também de Maysa: Só numa multidão de amores (Globo, 2007) e Castello: A marcha para a ditadura (Contexto, 2004).
  •  
  • Do blog:  https://tokdehistoria.com.br

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A imagem pode conter: atividades ao ar livre e água















André Madureira
Nesse outro cartão postal, de mais uma série editada em cerca de 1905, se tem uma visão parcial do "Caes d'Alfandega".
Aqui, por está escondida mais à direita da foto, não é possível ver o edifício de nossa repartição aduaneira. O prédio que se destaca aqui é o da Fábrica Vigilante, do sr. Philadelpho Lyra.
Esse grande armazém era um importante estabelecimento industrial da cidade de Natal, situada à rua do Commercio(atual rua Chile) nº 68, e que tinha como proprietário o sr. Philadelpho Lyra.
A fábrica foi fundada em fins do século XIX e foi a primeira fábrica de cigarros no Rio Grande do Norte. A produção anual do estabelecimento aumentava em 31.392 milhões de cigarros, acondicionados cuidadosamente, cujas principais marcas eram: Vigilante, Amor, Hermes da Fonseca, Excelsos, Goyaz, Celebres, Rio Branco, Alcaçús, Fantazia e Perolas, marcas essas que eram conhecidas e reputadas em todo o estado.
Sua linha de produção, com grandes máquinas à vapor, picava e desfiava o fumo que em seguida eram todos enrolados à mão.
O fumo empregado em sua manufatura era nacional, dos diversos tipos, e também importado, tais como o fumo turco e o fumo da Virginia.
Ai era também manufaturado ótimo sortimento de charutos dos melhores fabricantes. Daí saiam os charutos Dannemam, Jezler & Hoening.
Tinha ainda variado sortimento de piteiras de espuma, ambar, côco e madeira.
A fábrica, que ficava ao lado da Alfândega, era instalada em um grande e cômodo edifício. Tinha suas dependências apropriadas e bem aparelhada para essa indústria.
Nela trabalhavam 110 operários, entre homens, mulheres e crianças. O sr. Philadelpho Lyra foi também agente e representante em Natal das principais casas manufatureiras de charutos do estado da Bahia.
Cerca de 13 anos depois, em um novo prédio, é fundada e instalada nesse mesmo local a firma "Wharton, Pedroza Cia", pertencente aos sócios Clarence Wharton e Fernando Pedroza.
Fotógrafo: Não informado
Ano: Cerca de 1905
Você vai entrar em 2017 com palavras sábias. Elas vão ajudar você a ter seu melhor ano. Clique aqui para ver!
PT.NAMETESTS.COM|POR FERNANDO

Lavoisier Maia Sobrinho em sua campanha para Governador do RN no ano de 1990. Comício na cidade de Mossoró.

De: PortalTudo DoRn.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Você acredita em Papai Noel?

Ontem, véspera de Natal, fui dormir cedo. Mergulhei no sono, acordei de manhã na certeza de um presente encontrar. Papai Noel não chegou, não me deu nada. Mas, mesmo assim eu desejo pra você meu velhinho, em nome dos mais pobres, dos mais humildes: Feliz Natal, Papai Noel.

Fernando Caldas

"BOA NOITE PARA VOCÊ"

O autor do livro (imagem abaixo) era jornalista, cronista. Sua belas crônicas lidas através do microfone de "Voz do Município" (serviço de alto falante que se estendia por toda a cidade, prestado a população pela prefeitura da cidade de Assu), podemos conferir neste belo e raro livro. São cronicas sobre pessoas influentes da cidade e seus importantes acontecimentos. Uma delas sobre Getúlio Vargas. Vejamos parte de uma crônica dirigida aquele estadista, que diz assim: (... Esquecer a sua gestão, como pretendem políticos e descontentes, seria retroceder a uma época medieval, equivaleria a rasgar a história da Pátria no seu capítulo mais culminante...). Naquele volume, podemos também conferir registros importantes para a história do Colégio - Educandário Nossa Senhora das Vitórias, bem como sobre as irmãs Cristina Vlasnilique então superiora provincial das Filhas do Amor Divino e Irmã Consolata que na década de cinquenta  dirigia  o Instituto Padre Ibiapina.

(Este livro faz parte da minha pequena e importante biblioteca. Está a disposição dos estudantes interessados sobre o passado da terra asssuense). Fernando Caldas.







Fernando Caldas

Panfleto. Dos meus antigos guardados sobre o Assu. Para registrar.


Fernando Caldas

sábado, 24 de dezembro de 2016

Canto de Natal

Manuel Bandeira

O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.
Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.
Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.
Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.

Extraído do livro Para querer bem
antologia poética de Manuel Bandeira

Renascer em Maria 

ESSA ORAÇÃO É PODEROSA, CREIA !!!

Maria passa na frente e
vai abrindo estradas e caminhos.
Abrindo portas e portões.
Abrindo casas e corações.
A Mãe vai na frente e os filhos
protegidos seguem seus passos.
Maria, passa na frente
e resolve tudo aquilo que
somos incapazes de resolver.
Mãe, cuida de tudo o que
não está ao nosso alcance.
Tu tens poder para isso!
Mãe,vai acalmando,
serenando e tranquilizando
os corações.
Termina com o ódio,
os rancores, as mágoas e
as maldições.
Tira teus filhos da perdição!
Maria, tu és Mãe e também a porteira.
Vai abrindo o coração das
pessoas e as portas pelo caminho.
Maria, eu te peço:
PASSA NA FRENTE!
Vai conduzindo, ajudando e
curando os filhos que
necessitam de ti.
Ninguém foi decepcionado
por ti depois de ter te invocado e
pedido a tua proteção.
Só tu, com o poder de teu Filho,
podes resolver as coisas
difíceis e impossíveis.
Amém !!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

CORAÇÂO
É o coração pequeno apartamento,
Que costuma viver sempre alugado,
Parque que tem como divertimento
Dar alegria e ficar fechado.
É porta-voz que vive sempre atento,
Transmitindo notícias aos ouvintes;
Fortificante que oferece alento
aos mais pobres como aos de mais requintes.
É um frágil barquinho que navega
No mar das ilusões e só carrega,
No vão do bôjo, as lágrimas e a dor.
Passarinho que está sempre a cantar,
É o sol risonho que volta a brilhar,
Forte cadeia que acorrenta o amor.
Walma de Azevedo Dantas, poetisa potiguar de Caicó

Em 1984, Tancredo Neves foi o escolhido para representar a coligação dos partidos de oposição que formava a Aliança Democrática. Em 15 de janeiro de 1985 (última eleição indireta) Tancredo vencera Paulo Maluf do PDS, na disputa para presidente da república. Era o fim do regime militar. Pois bem, a propósito da vitória de Neves, o irreverente poeta assuense Renato Caldas escreveu a trovinha que transcrevo abaixo:

A vitória de Tancredo
Na minha compreensão,
O povo meteu o dedo
No C_ da Revolução.

Fernando Caldas

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Ninguém como ELE...

Ninguém NASCEU como Ele...
Seu nascimento há centenas de anos foi fartamente anunciado
Pois o Espírito de Deus a homens santos inspirados
Anunciou local, condições, ascendência, nomes e sua missão
Sem falhas ou mesmo erros, mas com fantástica exatidão.
Ninguém VIVEU como Ele...
Nada tendo como seu
No entanto, para servir aos outros Ele viveu.
Embora de humilde ofício de sua carpintaria
Para multidões que a Ele acorreram discursaria
Nos caminhos e cidades da Judéia
Ou mesmo por montes e mares da Galileia
Não foram poucos os que queriam ao menos vê-Lo
E ouvi-Lo falar do Pai com tanto zelo.
E o evangelista relatando descrevia
Somente “Fazendo o bem, ele vivia”.
Ninguém AMOU como Ele...
Cercado por discípulos, crianças, jovens e anciãos
Pessoas ricas, pobres, doentes e também os sãos
A todos igualmente Ele tratava
Declarando a quem quer que O procurava
Com autoridade de que domina a situação
Sua identidade, seu propósito, sua missão.
Sendo de Deus, o Enviado
O Amor encarnado
Jamais limitou do sentimento a extensão
Amando sem medidas, foi assim
Que os discípulos “amou-os até o fim”.
Ninguém MORREU como Ele...
De seus trinta e três anos de vida que aqui se registrou
Em pouco mais de três seu ministério concretizou
Não lhe esperava, no entanto, uma morte honrosa
Para cumprir a profecia e salvar o homem
Estava destinado a si a cruz ignominiosa.
Sofreu a dor da rejeição, do escárnio e do desprezo
Nada alegou e não reagiu quando foi preso.
De seus discípulos, outrora inseparáveis do meigo e bom Pastor,
Exceto João, se foram todos, vendo de longe padecer o Salvador.
Expirou com um brado de vitória
Suportando os pecados da humanidade
Ao Pai Seu espírito entregou
Respondendo aos algozes Ele provou
Com Sua Vida, o sentido da Verdade.
Ninguém RESSUSCITOU como Ele...
Foi no alvorecer do terceiro dia
Que o maior milagre de toda história se realizou
As três Marias, indo ao túmulo, entristecidas
Estupefatas, descobriram que a pedra alguém rolou.
Não tinha sido o jardineiro
E muito menos a escolta do poder romano
Certamente o que ali se passara
Acima estava do entender do ser humano.
Entre lágrimas de singela dor e de saudade
Foi do anjo que ouviram a novidade:
“Não está mais aqui Aquele
Que a morte venceu e a profecia cumpriu.
Anunciai a todo mundo que o Rei dos Reis,
Príncipe da Paz, Conselheiro,
Pai da Eternidade, Maravilhoso, ressurgiu! ”
Ninguém VIRÁ como Ele...
Quase dois mil anos se passaram
Desde aquela manhã tão gloriosa.
Decorreram vinte séculos que neste mundo
A presença do Santo Espírito o homem goza
Mas o tempo do fim não tarda a se cumprir
E ao homem pouco tempo lhe resta prá se decidir
Eis que vindo o Filho do Homem lá nas nuvens
Como havia antes sido profetizado
Da Salvação a porta será fechada
E da decisão a oportunidade estará encerrada.
É sua hoje a escolha, leitor amigo
Não desprezes nem rejeites este convite
Salve sua vida e viva seus dias descansado
Tenha certeza de que Ele nunca o deixará
Suas promessas fielmente cumprirá
E para sempre ao seu lado Ele estará!
Ninguém É como Ele...
Nosso amado Redentor Onipotente
Nosso Salvador suficiente
Supremo Pastor, Sol da Justiça, SENHOR JESUS!!!

Clênio Falcão Lins Caldas
(em setembro de 1994 fui inspirado pelo Espírito Santo do Senhor a redigir este poema em louvor ao Natal do Senhor e Salvador Jesus Cristo!)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

RN quer provar que Brasil foi descoberto aqui. Entenda


                                                                  Marco de Touros

por Antonio Roberto Rocha 

21 de dezembro de 2016 
O descobrimento do Brasil se deu pelo Rio Grande do Norte, precisamente na Praia do Marco, município de Touros. Pelo menos é esta a tese de alguns escritores, e que os responsáveis pelo turismo potiguar pretendem aprofundar. Para tentar reescrever a História, uma série de seminários para discutir o tema está sendo organizada para o primeiro semestre de 2017, em Natal.
A ideia de levantar o debate em torno da História do Brasil partiu da Secretaria de Turismo do RN e da Empresa Potiguar de Promoção Turística do RN (Emprotur). Certamente, tal tentativa contará com a participação de importantes pesquisadores do assunto.
“Essa discussão merece ser aprofundada. Outros equívocos históricos já foram corrigidos e este pode ser mais um. Vamos dar a César o que é de César. Evidências mostram que o descobrimento se deu no litoral potiguar”, comenta o secretário estadual de Turismo, Ruy Gaspar.
A presidente da Emprotur, Aninha Costa, acredita no fato como uma nova possibilidade de projetar o turismo histórico-cultural potiguar. “Além da discussão em torno de um tema importante, também teremos a chance de divulgar nosso Estado na mídia, para além do Sol e Mar”.
A professora-doutora Rosana Mazaro, do Departamento de Turismo da UFRN, tem dado o suporte teórico à empreitada. Ela é velejadora e une conhecimentos científicos e práticos para embasar cinco evidências para provar que o Brasil começou pelo RN. São elas:
1 – A primeira é pelas correntes marítimas que direcionariam as caravelas naturalmente ao RN. Há uma dificuldade imensa para se chegar da Europa à Bahia e, em contraponto, facilidade para o RN. Há navegadores, sem exagero, que vão até Dakar (na África) para se aproximar do Brasil, tamanha a força das correntes”.
2 – A segunda evidência apontada pela professora é o monte avistado pelos portugueses ser o Pico do Cabugi, na região central do RN. Pescadores nativos até hoje tomam o Pico como referência para voltar à terra. Enquanto o Monte Pascal, na Bahia, sequer é um “monte”, mas uma torre, cortada e sem “pico”.
3 – A presença de “aguada” no litoral, conforme consta na carta do descobrimento. Aguada seria água doce, presente nas proximidades do Marco de Touros e inexistente em Porto Seguro, na Bahia.
4 – A penúltima evidência seria o Marco de Touros, diferente do fincado na Bahia. O daqui é esculpido com símbolos e brasões semelhantes ao marco chantado no município de Cananéia, em São Paulo, que seria o segundo marco português no Brasil.
5 – Por último, consta no mapa português que eles navegaram duas mil léguas ao Sul do país para fincar o segundo marco. Essa distância corresponde exatamentea o percurso do Estado potiguar a São Paulo. Caso partisse da Bahia, o segundo marco estaria fincado na Argentina.


FESTIVAL LITERÁRIO DE NATAL

No sábado, 17 de dezembro do corrente ano, a Academia Assuense de Letras - AAL se fez representada por três dos seus 11 membros efetivos no Primeiro Encontro de Academias do Rio Grande do Norte, realizado durante o Festival Literário de Natal - FLIN.
 
 
Na fotografia: Dácio Galvão - secretário municipal de cultura do Natal, Carlos Eduardo - prefeito do município do Natal, Ivan Pinheiro Bezerra - presidente da Academia Assuense de Letras, Diógenes da Cunha Lima - presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras, Fernando Caldas - segundo secretário da AAL, Auricéia Antunes de Letras - vice-presidente da AAL e escritor Marcos Cavalcante.
 
Foto: Rosa Regis.

DUAS GLOSAS

Os poetas do Assu, principalmente aqueles glosadores (alguns ainda usam o pseudônimo de Poeta da Rua), não perdem as oportunidades para versejar, principalmente em época de eleições municipais. Essas duas glosas transcritas abaixo, ainda das antigas, que encontrei entre meus guardados é referente a Edgard Montenegro e Ronaldo Soares. Edgard fora candidato nas eleições de 1948 obtendo sucesso, e Ronaldo candidato nas eleições de 1982 obtendo vitória. Fica esse registro, para enriquecer a história e estória das campanhas políticas da terra assuense.Vejamos:

MOTE

Dê seu voto a Edgard
Sem temer decepção

GLOSA

Quando você for votar
Ao cumprir o seu dever,
Não tem outro parecer:
Dê seu voto a Edgard.
Na urna quando botar
A cédula de votação,
Praticou alta função
Sua vontade exercendo
Um candidato escolhendo
Sem temer decepção

MOTE

Ronaldo e José Wilson
Vão direto à Prefeitura

GLOSA

Eu digo alto e bom som
Sem temer contestação,
Terão grande votação
Ronaldo e José Wilson
Sem alterar o meu tom
Já percebo a esta altura
Ser a vitória segura
Pois tudo está a mostrar,
Pelo voto popular
Vão direto à Prefeitura

Postado por Fernando Caldas

PECADO

Se o desejo que a carne traz consigo,
Percorrendo meu corpo, avidamente,
Se a ânsia de ser tua, meu amigo,
For um pecado, verdadeiramente;


Se for impuro o pensamento ardente,
Que nos meus sonhos quase sempre abrigo,
De abandonar o simbolismo crente
E meu amor realizar contigo;

Se for pecado amar desta maneira
E certo for guardar prisioneira
A vontade febril de te abraçar,

Pecadora serei reconhecida
E em pecado estarei por toda a vida:
Se for pecado tanto assim te amar!

(Dinorah Pinto Varela, poetisa potiguar)

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O TEMPO VOA: COMO ERAM OS AVIÕES DE ANTIGAMENTE




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Foto: Panam.org/Paleofuture / Divulgação

Fumar era permitido
Os males do cigarro não eram tão divulgados, e era permitido fumar durante os voos. Lá fora, as primeiras proibições ocorreram a partir de meados dos anos 1980. No Brasil, a partir de meados dos 1990.

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Foto: Panam.org/Paleofuture / Divulgação

Banheiros espaçosos
Por muito tempo, os aviões, que eram bem menores, tiveram apenas uma classe, semelhante à executiva atual. Os banheiros, por exemplo, eram bem mais amplos e podiam até ser frequentados por mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

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Foto: Panam.org/Paleofuture / Divulgação

Espaço de convivência
Até a década de 1980, voar era luxo para muito poucos. Com a popularização dos voos, alguns serviços deixaram de ser oferecidos. Embora hoje seja possível encontrar espaços de convivência em algumas primeiras classes, na época bares eram local de entretenimento a bordo.

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Foto: Panam.org/Paleofuture / Divulgação

Comida farta
Comer a bordo, até a década de 1970, era muito diferente. Nada das refeições padronizadas, industrializadas, e os lanchinhos de hoje em dia. Na época, a oferta de pratos e bebidas era bem maior. Além disso, como o espaço entre as poltronas era mais amplo, comer também ficava muito mais fácil.

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Foto: Panam.org/Paleofuture / Divulgação

Conexões frequentes
Além dos preços bem mais altos, no passado as aeronaves precisavam fazer mais escalas durante as viagens. Alguns voos, como de Londres para a África do Sul, chegavam a ter 22 paradas. O barulho do motor também era bem mais alto, e os acidentes muito mais frequentes.

De:  Assu Antigo E QUEM SE LEMBRA DA FORMAÇÃO DO GRUPO DOS 11, DO ASSU Era 1963, tempo efervescebte no Brasil, o presidente João Goulart (Ja...