segunda-feira, 17 de julho de 2017

Governador discute sobre transposição em reunião com grupo de trabalho

O governador Robinson Faria se reuniu hoje com o grupo de trabalho do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) para discutir sobre a chegada das águas ao Rio Grande do Norte.

“É importante que as secretarias estejam integradas e preparadas para quando as águas chegarem ao Rio Grande do Norte. Para isso, estamos nos reunindo constantemente para acompanhar o que precisa ser feito pelo Estado e o andamento do projeto”.

Os temas abordados hoje serão discutidos na reunião do conselho do PISF, composto pelos quatro estados beneficiados com a transposição e pelo governo federal.

A previsão é que a transposição chegue ao RN em meados de 2018, pelo ramal do Apodi e deverá alimentar os rios Mossoró-Apodi e Piranhas-Açu.


A imagem pode conter: planta
Martha Salem, pintora de Assu/Rn.

MORTE DE CASTELO BRANCO: MISTÉRIO QUE DURA MEIO SÉCULO


  DEIXE UM COMENTÁRIO



1607dom9894
Soldado carrega nas costas o irmão de Castelo Branco – Fonte – http://mobile.opovo.com.br/jornal/dom/2017/07/morte-de-castelo-branco-misterio-que-dura-meio-seculo.html

Autor – Thiago Paiva
Jornal O POVO – Fortaleza-CE
Em 18 de julho de 1967, dois aviões se tocaram no céu e deixaram no ar um rastro de mistério que perdura há 50 anos. Foi numa terça-feira de tempo bom, visibilidade praticamente ilimitada e nebulosidade insignificante. Retornando de Quixadá para Fortaleza, a bordo de um bimotor Piper Aztec e acompanhado de outros três passageiros, além do piloto e copiloto, estava o ex-presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, único cearense a ter cumprido um mandato presidencial (1964-1967).

4be64e2828244ea01787aabb47c4331a
Bimotor Piper Aztec, similar ao avião em que morreu Castelo Branco – Fonte – https://br.pinterest.com/pin/570972058984992062/

O primeiro governante da ditadura militar (1964-1985) tinha perfil considerado “moderado” entre os altos escalões das Forças Armadas. Em seu discurso de posse, em 15 de abril de 1964, o cearense falava de “eleições em 1965”. Quando do acidente, havia deixado o poder em um momento de ascensão do grupo chamado “linha dura”, cuja liderança foi também exercida por seu sucessor, Arthur da Costa e Silva. Era a primeira vez que Castelo visitava o Ceará desde sua saída da presidência. Na noite anterior, havia visitado a escritora Rachel de Queiroz, sua amiga.

140172
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (trajes civis) junto a oficiais generais do Exército Brasileiro – Fonte – http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/a-democracia-ultrajada/277962

Na viagem de volta, depois de aproximadamente 40 minutos de voo, ocorreu o incidente que dividiria os brasileiros. De um lado, aqueles que acreditavam (e ainda acreditam) em conspiração seguida de assassinato. Do outro, os que creem em fatalidade.
Vários fatores e imprevistos ocorridos, como atrasos de passageiros e alterações no horário da viagem, tornam improvável que o choque tenha sido intencional. Porém, a falta de transparência na condução das investigações e perguntas até hoje sem respostas alimentam especulações de crime com motivação política. Unanimidade, o caso se tornou uma das maiores tragédias da aviação cearense e é a mais controversa morte de um ex-presidente brasileiro.

FAB 4325
Desenho do Lockheed TF-33A, prefixo 4325 da FAB, que abalroou o avião de Castello Branco – Fonte – http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2009/09/o-estranho-acidente-que-matou-o.html

A queda
Enquanto se aproximava do aeroporto, já sobrevoando o bairro Mondubim, o avião cedido pelo Governo do Ceará foi subitamente colhido por um jato TF-33A, da Força Aérea Brasileira (FAB). O caça compunha esquadrilha de quatro aeronaves e bateu “com precisão cirúrgica” com a ponta da asa esquerda no leme de direção e quilha do piper, arrancando parte da cauda da aeronave civil.
Do choque até o solo, a queda em giros de parafuso chato foi acompanhada por uma agonia que durou aproximadamente 1 minuto e 30 segundos. Desfecho mortal para o ex-presidente, a educadora Alba Frota, o major Manuel Nepomuceno, o irmão do marechal — Cândido Castelo Branco, e o comandante Celso Tinoco Chagas. Somente o copiloto Emílio Celso Chagas, filho do piloto, sobreviveu.

im_ac_Piper_Ceara_PP-ETT_Castelo_Branco_jb_1
Manchete do jornal Folha de São Paulo em 20 de julho de 1967 – Fonte – http://www.desastresaereos.net/ac_br_1967.htm

Enquanto isso, o caça retornou ao aeroporto, onde pousou normalmente, sem os tip-tanques, que ficavam nas pontas das asas da aeronave. Um dos equipamentos foi arrancado na colisão e o outro automaticamente ejetado, para evitar o desequilíbrio do TF-33A.
Em seguida, vieram as investigações e conclusões duvidosas que atravessaram meio século sem que ninguém fosse responsabilizado pelo episódio. As apurações da Aeronáutica e órgão correlatos apontam para acidente. Testemunhos de familiares e amigos das vítimas também. Mas as teorias da conspiração ainda pairam sobre aquilo que não foi dito e sobre o que ainda permanece oculto, sob a guarda dos militares.

ft_av_Piper PA-23 Aztec_PP-ETT_Avariado
O Aztec PP-ETT parcialmente restaurado e sem a deriva, preservado em Fortaleza Foto: culturaaeronautica.blogspot.com.br – Fonte – http://www.desastresaereos.net/ac_br_1967.htm

Fatos que alimentam teoria da conspiração
A tripulação do piper alertou à torre de controle quando estava a dez minutos da área de pouso. Desceriam na pista 13. Minutos depois, torre autorizou passagem dos jatos da FAB sobre a pista 31, informando que não havia “tráfego conhecido ou à vista que interferisse com a passagem solicitada”.
Em 20 de junho de 2004, O POVO mostrou, com base na Carta de Tráfego dos Aeródromos Pinto Martins e do Alto da Balança e Publicação de informação Aeronáutica, que os jatos deveriam virar à direita. Em 21 de junho de 2004, O POVO publicou entrevista com Emílio Celso de Moura, copiloto e único sobrevivente do acidente, após as revelações. Ele culpou à FAB e ao Controle do Tráfego pelo acidente. Antes, no O POVO de 18 de julho de 1997, ele havia dito que não invadiu a área dos jatos, mas tinha descartado a possibilidade de atentado, justificando que ocorreram pequenos atrasos que influenciaram nos horários de voo.

zx (2)
Morte de Castelo Branco noticiada no Diário de Natal.

Manuel Cunha, do O POVO, fotografou Castelo Branco sendo socorrido. O filme foi recolhido pelos militares e jamais devolvido.
Indícios que corroboram tese de acidente
Na ida a Quixadá, Castelo usou um trole (pequeno carro que anda sobre a linha férrea), mas ficou com dores na coluna e alguém deu a ideia de solicitar o avião do Estado. A viagem aérea, portanto, não era planejada.
A saída do voo de Quixadá atrasou cerca de 30 minutos. Eventual atendado poderia ser atrapalhado pela mudança de cronograma.

zx (1)
Castelo Branco (de terno escuro) no Rio Grande do Norte, tendo a sua direita o então governador potiguar Monsenhor Walfredo Gurgel.

Em 1997, o copiloto confirmou que voava em condições visuais e que somente os jatos poderiam tê-los avistado. E queixou-se da torre não ter os alertado da presença dos caças, mas declarou que nada havia a ser esclarecido.
Após a passagem, a esquadrilha fez curva à esquerda para também pousar na pista 13, que possuía tráfego pelo sul destinado às aeronaves de caça, e norte para os demais aviões. A manobra, conforme o Cenipa, foi correta, tendo o piper invadido a área dos jatos. (Em 2004, com base na Carta de Tráfego, O POVO mostrou que ocorreu o contrário).

ft_av_Lockheed_TF-33A_FAB4325_preservado
O jato Lockheed TF-33A, prefixo 4325 da FAB, também foi restaurado e preservado – Foto: Escuta Aérea Fortaleza – Fonte – http://www.desastresaereos.net/ac_br_1967.htm

O piloto que colidiu no piper era o primeiro-tenente Alfredo Malan D’Angrogne, hoje coronel aviador, filho do general Alfredo Malan, grande amigo de Castelo. Conhecia o piloto Celso, que morreu na mesa em que seria operado. Ele também foi entrevistado pelo O POVO. Disse que o acidente o “chocou muito” e refutou a possibilidade de choque intencional. “Existem maneiras menos complicadas de derrubar um avião que se chocar contra ele”.

A-tragedia-que-matou-Castelo-Branco
Infográfico do jornal O POVO, de Fortaleza, Ceará – Fonte – http://mobile.opovo.com.br/jornal/dom/2017/07/morte-de-castelo-branco-misterio-que-dura-meio-seculo.html

História. Aeronáutica não disponibilizou material sobre queda de avião
Com base na lei nº 12.527/2011, a chamada Lei de Acesso à Informação ou Lei da Transparência, no último dia 22 de março, O POVO requereu ao Ministério da Defesa (MD) todos os documentos relacionados à investigação do acidente aéreo. Foram solicitadas fotografias, laudos periciais, resultado de inquérito, investigações adicionais, conteúdo de depoimentos colhidos e conclusões de órgãos correlatos, como o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
castello-branco
No mesmo dia, a demanda foi direcionada pelo MD ao Comando da Aeronáutica (Comaer), apontado como órgão detentor das informações. Em 11 de abril, a solicitação foi respondida. Os militares encaminharam ao O POVO apenas um relatório, de dez páginas, com selo de “Reservado”, feito à época pela Inspetoria Geral da Aeronáutica.
O documento é o mesmo encaminhado ao procurador da República Alessander Sales, em agosto de 2004. Após a publicação de uma série de matérias do O POVO, em junho daquele ano, apontando a possibilidade de ter havido falha de comunicação por parte da torre de controle, o procurador resolveu verificar e tornar públicas as causas do acidente.

im_ac_Piper_Ceara_PP-ETT_Castelo_Branco_fsp_1
Fonte – http://www.desastresaereos.net/ac_br_1967.htm

Alessander, assim como O POVO, solicitou cópias do inquérito militar que apurou as causas da colisão entre o caça TF-33 e o piper PP-ETT, além do detalhamento do relatório final sobre o acidente. Mas o documento enviado não contém informações relevantes e não responsabiliza ninguém pela colisão. O relatório é apontado como única peça existente sobre a investigação, realizada há 50 anos.
No dia seguinte, 12 de abril, O POVO encaminhou recurso ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante de Esquadra Ademir Sobrinho, alegando que as informações estavam incompletas e eram insuficientes.
A reportagem questionou onde foram parar os depoimentos de testemunhas ouvidas na fase do inquérito (pilotos e até jornalista afirmam que foram ouvidos), bem como o rolo de filme de um dos nossos fotógrafos à época, Manuel Cunha. A equipe do O POVO foi a primeira a chegar ao local do acidente.

cb
Castelo Branco ao volante do seu carro no Rio em 1967.

É de Cunha o registro em que o então soldado Francisco Uchôa Cavalcante aparece carregando nas costas o corpo de Cândido Castelo Branco, irmão do ex-presidente, também morto no acidente. Na ocasião, Cunha também fotografou o momento em que o próprio Castelo era carregado, mas foi obrigado, pelos militares, a entregar o filme. As fotografias estavam divididas em dois rolos. Involuntariamente, Cunha entregou justamente aquele que continha as fotos do ex-presidente.
O material foi recolhido pela Aeronáutica como parte da investigação e jamais foi devolvido. Além disso, o relatório não revela quem eram os demais pilotos que compunham a esquadrilha da qual o caça fazia parte, se houve falha de algum funcionário da torre de controle, quem era o controlador, na ocasião, ou se alguém foi punido.
Entretanto, no dia 17 de abril, o pedido foi analisado e as informações prestadas anteriormente pelo órgão foram ratificadas. O Chefe do Estado-Maior reafirmou que “todos os documentos relativos ao acidente, disponíveis no Comando da Aeronáutica, foram encaminhados juntamente com a resposta formulada”. Não respondeu, porém, o que aconteceu com o restante do material.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Fátima Bezerra. Confesso que votei nela, para o Senado Federal, pelo Rio Grande do Norte. Fez feio ontem (11-7), na mesa diretora do plenário do Congresso Nacional. Mal educada. O seu gesto antiético e antidemocrático, envergonha Nova Palmeira (sua terra natal, importante município do interior, localizada na região do Seridó Ocidental Paraibano), o Rio Grande do Norte e o Brasil. Seja humilde, Fátima Bezerra, peça desculpa principalmente ao povo potiguar que lhe fez senadora! Respeite a Casa de Rui Barbosa. (Fernando Caldas).
Fátima Bezerra. Confesso que votei nela, para o Senado Federal, pelo Rio Grande do Norte. Fez feio anteontem (11-7), na mesa diretora do plenário do Congresso Nacional. Mal educada. O seu gesto antiético e antidemocrático, envergonha Nova Palmeira (sua terra natal, importante município do interior, localizada na região do Seridó Ocidental Paraibano), o Rio Grande do Norte e o Brasil. Seja humilde, Fátima Bezerra, peça desculpa principalmente ao povo potiguar que lhe fez senadora! (Fernando Caldas).

terça-feira, 11 de julho de 2017

TRAÇOS BIOGRÁFICOS DE JOÃO CELSO FILHO


João Celso Filho nasceu no dia 05 de setembro de 1886. Foi um dos assuenses que marcou a história de sua época. Foi professor, literato, teatrólogo, animador cultural, orador, jornalista, advogado, comerciante e político. 

Filho do tabelião público e capitão João Celso da Silveira Borges e de dona Emília Amarantina Chaves da Silveira Borges. João Celso, muito moço ainda, começou a escrever para as gazetas locais ao lado de Palmério Filho desenvolvendo o jornalismo provinciano.

Transpondo-se, um dia, para Belém, do Pará, deu mostra de seu talento nas colunas de A Província e ouros periódicos.

Retornando a sua terra berço, consorciou-se com dona Maria Leocádia de Medeiros Furtado da Silveira, descendente da família Casa Grande, no dia 31 de maio de 1915, cuja união nasceram: Maria Leocádia da Silveira, Expedito Dantas da Silveira, Dolores Dantas da Silveira, Eudoro Dantas da Silveira, Laurita da Silveira e Sá Leitão, Emílio Dantas da Silveira e Celso Dantas da Silveira. 

Foi presidente do Centro Bibliográfico Assuense, diretor e fundador da revista literária Palládio, diretor do Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia. Em Assu, também foi fundador do Externato Rui Barbosa que teve vida efêmera.

A sua atuação de comerciante não o impossibilitou de preparar o livro ‘Terra Bendita’, de onde Dom Raphael Gutiere arrancou umas estrofes sertanejas, sob o mesmo título, de que fez versão para o idioma castelhano.

João Celso Filho faleceu, de enfarte, em sua fazenda Camelo – zona rural do município do Assu, a 14 de novembro de 1943. A sociedade assuense, consternada, publicou uma polianteia em sua homenagem. 

Em Natal, no bairro Cidade da Esperança, existe a Rua João Celso Filho. Em Assu ele é patrono da Avenida João Celso Filho - via totalmente duplicada – que, incorporada as ruas João Pessoa e Augusto Severo, dão acesso ao centro da cidade. 

Além da aludida Avenida, existe o Largo João Celso Filho com um obelisco constando a sua imagem em alto relevo, localizado no início da Rua Moisés Soares. 

No centenário do seu nascimento, ou seja, em setembro de 1986, foi lançado o livro Terra Bendita com várias de suas poesias e com pronunciamentos de amigos e intelectuais. 

Segundo Lauro Pinto, João Celso foi: “... um dos homens mais alegres, um otimista e um elegante boêmio. João Celso era como um oásis, muito verde e brilhante a irradiar a alegria de um espírito sempre encantador”.

João Celso Filho fez parte da coletânea POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE – Ezequiel Wanderley – 1ª Edição de 1922. Reeditado em edição Fac-Similar com atualização e notas de Anchieta Fernandes, em 1993, através da coedição Sebo Vermelho, Clima e Sebo Cata Livros.

DEUS

Deus, dizem todos, é onipotente
Pode, querendo, o mundo exterminar,
E pode, se quiser, incontinente,
Outra vez, o universo arquitetar!

Eu, sou homem, o ser inteligente
Cá da terra, que pode o braço armar
Para - maior que o tigre e que a serpente,
O homem - seu rival - aniquilar!

Porém Deus é maior: é soberano!
Não conhece outro Deus, outro tirano,
Mora em cima de tudo, Lá nos céus!...

Mata os filhos, sem dor nem piedade!
No entanto, todos clamam-lhe a bondade...
Ah! Se eu fosse também como esse Deus!...

João Celso Filho
Lembro-me do tempo
em batíamos as nossas asas rumo ao céu azul
pintado nos nossos sonhos com as cores do arco-íris .
Lembro-me dos dias
em que nem a distancia nos separava
em que pensávamos um no outro
e uma nova estrela aparecia no céu iluminando a noite.
Lembro-me do tempo
em que voávamos rumo ao infinito
usando estas asas que agora foram quebradas.
Lembro-me do momento
em que com tuas próprias mãos rasgaste o céu azul
e apagaste todas as estrelas que criamos.

═══════ ღ ೋ Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ ღ ೋ═══════
 Cristina Costa

EU...TU Eu sou doçura, Mas o mel és tu A imagem é minha, Mas a cor é dada por ti A flor sou eu, Mas tu és a fragrância Eu sou felicidade, Ma...