A Fundação José Augusto e o livreiro Aluísio
Azevedo inauguram, a partir das 17h30, na próxima segunda-feira (11/11) a
Livraria Manimbu, que será a única de rua da capital potiguar, constituindo um
feito no contrafluxo daqueles que imaginam que as livrarias tendem a se
extinguir.
A livraria funcionará de segunda a sábado no
horário das 9h às 19h na Rua Açu, 666, Tirol (por trás do prédio da Fundação
José Augusto). Informações pelo telefone 2030-3036.
O projeto é uma iniciativa administrativa da FJA
para fomentar a aquisição de obras de autores potiguares a preços populares,
principalmente para estudantes da rede pública de ensino.
O novo espaço literário abre com mais de cinco mil
títulos disponibilizados para o público, abrindo espaço aos autores potiguares
que terão 20% de total de obras colocadas à venda. Também serão comercializados
livros de autores nacionais e estrangeiros de ficção e não-ficção.
A inauguração da Manimbu nesta segunda-feira terá a
participação musical dos instrumentistas Alexandre Moreira e José Anchieta que
apresentarão clássicos do cancioneiro da Música Popular Brasileira.
Outra atração é a abertura da Galeria Newton
Navarro que abre espaço para exposições individuais e coletivas de artes
visuais. A estreia ocorre com a exposição “Ser-Tons – Cinzas, Marrons, Ocres”,
das artistas Socorro Soares e Lenira Costa, que exibe 20 peças e, papel craft,
assemblage e tinta sobre couro natural de boi, com temas voltados à cultura
sertaneja.
A livraria abrigará também um café com espaço para
conversas, além de uma programação de saraus poéticos, shows musicais e
lançamentos de obras de escritores norte-rio-grandenses.
“Se há quem acredite que os livros ou livrarias
irão se acabar, nós que defendemos a literatura e seu poder transformador,
temos de ir exatamente no caminho oposto. Por essa razão, temos essa iniciativa
que proporcionará aos natalenses e visitantes, um espaço compartilhado com a já
existente Gráfica Manimbu”, afirma o diretor-geral da FJA, Crispiniano Neto.
O tempo não pode ser segurado; a vida é uma tarefa a ser feita e que levamos para casa.
Quando vemos já são 18 horas.
Quando vemos já é sexta feira.
Quando vemos já terminou o mês.
Quando vemos já terminou o ano.
Quando vemos já se passaram 50 ou 60 anos.
Quando vemos, nos damos conta de ter perdido um amigo.
Quando vemos, o amor de nossa vida parte e nos damos conta de que é tarde para voltar atrás...
Não pare de fazer alguma coisa que te dá prazer por falta de tempo, não pare de ter alguém ao seu lado ou de ter prazer na solidão.
Porque os teus filhos subitamente não serão mais teus e deverás fazer alguma coisa com o tempo que sobrar.
Tenta eliminar o “depois”...
Depois te ligo...
Depois eu faço...
Depois eu falo...
Depois eu mudo...
Penso nisso depois...
Deixamos tudo para depois, como se o depois fosse melhor, porque não entendemos que:
Depois, o café esfria...
Depois, a prioridade muda...
Depois, o encanto se perde...
Depois, o cedo se transforma em tarde...
Depois, a melancolia passa...
Depois, as coisas mudam...
Depois, os filhos crescem...
Depois, a gente envelhece...
Depois, as promessas são esquecidas...
Depois, o dia vira noite...
Depois, a vida acaba...
Não deixe nada para depois porque na espera do depois se pode perder os melhores momentos, as melhores experiências, os melhores amigos , os melhores amores ...
Lembre-se que o depois pode ser tarde.
O dia é hoje, não estamos mais na idade em que é permitido postergar.
Talvez tenha tempo para ler e depois compartilhar esta mensagem ou talvez deixar para...”depois”
Sempre unidos:
Sempre juntos...
Sempre fraternos...
Sempre amigos...
(Clênio Caldas)
(Passe aos seus melhores amigos; não depois... Agora!)
Sobrado da família Soares de Macedo. Hoje está assentado uma casa comercial. Vizinho a Prefeitura Municipal, Rua Frei Miguelinho.Ao lado esquerdo daquele casarão funcionou o Armazém de Astério Tinôco, o Armazém de Tonico. além de Café e Restaurante de Chico Germano e a tipografia de Antônio Silvério Cabral (Cabralzinho) e, por último um salão de cabeleireira. Veja mais sobre o passado do Assu, clicando:https://www.facebook.com/Assu-Antigo-341841339254607/ ) Curta a página).
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
É com muita satisfação que informo que em breve estará na livraria da Cooperativa Cultural da UFRN, também conhecida como “Livraria do Campus”, o meu mais novo livro “Lugares da Memória – Edificações e Estruturas Históricas Utilizadas em Natal Durante a Segunda Guerra Mundial”.
Esse livro é fruto de uma positiva parceria com o Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, através da pessoa do Dr. Victor Manoel Mariz, Procurador da República e titular do 10º Oficio do Núcleo de Cidadania e Ambiental (NCA).
Essa reunião ocorreu devido à existência de uma representação encaminhada ao MPF/RN por Ricardo da Silva Tersuliano, representante do Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico-Cultural e da Cidadania (IAPHACC), em que no seu conteúdo foi sugerida, entre outras ações, a criação de um inventário dos bens utilizados naquela época e ainda existentes, além do tombamento desses locais. Como consequência, foi instaurado o Procedimento Administrativo nº 1.28.000.001950/2018-52.
Durante os desdobramentos da audiência, informei ao Procurador da República que, em junho de 2015, o Dr. João Batista Machado Barbosa, então Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte e titular da 41ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, igualmente preocupado com a preservação desse patrimônio, solicitou a elaboração de um relatório preliminar sobre os locais utilizados pelas forças militares norte-americanas estacionadas em Natal e Parnamirim durante a Segunda Guerra Mundial. Esse material foi devidamente produzido utilizando bibliografia e fontes existentes.
No caso de Parnamirim, as áreas encontradas tinham uma relação direta com a presença dos militares americanos e essas se encontram exclusivamente na área da Base Aérea de Natal, a antiga Parnamirim Field. Já em relação à cidade de Natal, existem edificações cuja história possuiu ligação direta com o aparato militar estadunidense, mas outros importantes locais estão ligados aos primeiros anos da atuação da aviação comercial no Rio Grande do Norte. Entretanto, esses últimos igualmente continham elementos históricos de sua utilização durante os anos do conflito (1939-1945). Como resultado final dessa pesquisa, foram encontradas referências sobre 32 locais históricos utilizados nessas duas cidades.
O Dr. João Batista Machado Barbosa decidiu, então, organizar uma visita a essas edificações, o que efetivamente ocorreu no dia 20 de junho de 2015. Participaram desse interessante momento membros do Ministério Público Estadual, além de Ricardo Tersuliano e do pesquisador inglês David Maurice Hassett, ambos do IAPHACC. Completou o grupo membros de outras entidades, como o Brigadeiro da FAB (R.R.) Carlos Eduardo da Costa Almeida.
Contudo, devido a vários fatores inerentes à vontade do Dr. João Batista Machado Barbosa, o resultado desse trabalho não foi efetivamente utilizado em ações de preservação do patrimônio histórico. Mas a sua criação não foi em vão!
Após informar ao Dr. Victor Mariz sobre a existência desse material na reunião ocorrida no MPF/RN, recebi a incumbência de aprofundar as informações coletadas em 2015. Nessa pesquisa, contei com a prestimosa colaboração do engenheiro e jornalista Leonardo Dantas, competente pesquisador do tema Segunda Guerra Mundial e Presidente da Fundação Rampa, além de João Hélio Cavalcanti, Diretor do SEBRA/RN, que prestativamente disponibilizou um veículo dessa instituição para o translado com o objetivo de fazer o levantamento fotográfico desses locais.
A partir desse ponto comecei a produzir o texto e, como resultado final, a pesquisa bibliográfica existente sobre esse tema foi ampliada, com informações provenientes principalmente das obras produzidas pelos autores potiguares e de outros estados brasileiros, de autores estrangeiros e documentos de vários jornais de época. Foi também utilizada documentação oriunda do National Archives and Records Administration (NARA), de Washington, Estados Unidos, o principal arquivo daquele país. Outros documentos são provenientes da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, alguns dos Arquivos Públicos dos Estados do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, além de documentação do Instituto Histórico do Estado do Rio Grande do Norte (IHGRN).
Por meio de uma solicitação do Dr. Victor Mariz, foquei nos locais existentes na área urbana de Natal e que não estivessem dentro das Bases Naval e Aérea de Natal, em razão das edificações que ali se encontram estarem preservados por essas instituições militares. Entretanto, diante das poucas informações disponíveis, busquei contato com o comando do 17º Grupamento de Artilharia de Campanha (17º GAC) para realizar uma visita ao ponto onde existiu o chamado Radiofarol da Limpa, fato que é detalhado neste livro.
Busquei o máximo de informações históricas possíveis sobre os locais aqui apresentados. Mesmo assim, devido à falta de elementos e maiores informações sobre outros locais originalmente listados, o trabalho ficou restrito a 27 edificações.
Finalmente, no dia 19 de junho de 2019, entreguei ao Procurador da República Victor Manoel Mariz o material intitulado Relatório de Edificações Remanescentes em Natal no Período da Segunda Guerra Mundial, conforme podemos ver pelo documento emitido pelo MPF/RN.
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Renato Caldas quando publicou se livro de estréia intitulado "Fulô do Mato", 1940, elaborou um convite da seguinte forma:
O meu livro vai sair.
A festa vai ser imensa.
Faça um poeta sorrir
Com sua nobre presença.
Antiga firma de compra e venda, exportação e importação de cera de carnaúba, algodão peles e couros. De propriedade de Fernando Tavares (Vem-vem). Avô paterno do editor deste blog.
terça-feira, 5 de novembro de 2019
A minha querida cidade de Assu, um dos município brasileiros da maior importância com destaque na poesia, agora se torna mais conhecida ainda através do craque Gabriel Veron que orgulha a terra assuense com o seu futebol. Sucesso Gabriel Veron - o "Raio" como está sendo chamado. Veja o artigo publicado em "Tribuna do Norte", de Natal. (Fernando Caldas).
O titulo acima além de ser titulo de um poema do poeta assuense Renato Caldas, é também titulo de um livro que ele desejava publicar. Pois bem. Certo dia, estando aquele bardo tomando 'umas e outras'', recebeu de uma senhora, o seguinte mote: "Mesa de Bar". Ali mesmo o bardo Renato que já sentia a perda da visão escreveu numa feliz inspiração, o poema adiante::
Tenho mais de setenta anos, nesta idade
Dona morte me ronda com certeza,
Seja meu companheiro nesta mesa
Ah! Vamos recordar, sentir saudade.
Mesmo no escuro vejo a claridade
Das garrafas, qual lindo refletores
Iluminando os velhos dissabores
Eu preciso por fim a esta desgraça
Que no efeito divino da cachaça
As lembranças fenecem como flores.
domingo, 3 de novembro de 2019
A lua cheia é o O maiúsculo na solidão da noite; e a minguante é o C maiúsculo no quadro negro da noite.
Orilo Dantas, poeta potiguar de Acari, criado em Ouro Branco/RN.
Renato Caldas estando em Natal recebeu de seu amigo e admirador Berckman Dantas um barril de cachaça denominada Olho D'Água (aguardente de cana destilada, produzida no Município de São José de Mipibu por Agro Industrial Berckman S/A. Pois bem.. Bebeu, gostou, embriagou-se e, dia seguinte escreveu um bilhete rimado e remeteu para o amigo Berckman como forma de agradecimento, dizendo assim:
Isso sim, que é cachaça
Que tem mais gosto, mais graça
E dá mais inspiração;
Uma 'cana' diferente
Que a gente bebendo sente
Sabor de recordação.
ROSA
Rosa era preta. A lânguida mocinha
A pobre Rosa, a filha de africanos.
De braços lisos, e minguados anos,
Todas as tardes ao ribeiro vinha...
Era na primavera uma andorinha.
Desconhecendo a língua dos profanos,
Desconhecendo os temporais enganos...
Era a faceira, a lânguida mocinha.
Amou, porém. Um dia indo ao ribeiro
(Passava um moço branco cavaleiro)
Seu pobre coração falou baixinho...
Vozes de amor seu coração falava...
E quando longe o cavaleiro errava
Lembrava a moça um rouxinol sem brilho...
Rio Potengi na comunidade do Guarapés - RN bairro da zona oeste da cidade do Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte.
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
CHICO E CHICA
Por Renato Caldas, poeta potiguar do Assu
Sinha môça, eu conto um fato
De chico ôio de gato
E chica Passarinheira:
Ele, vendia missanga,
Pó de arroz e burundanga;
Era mascate de feira.
Chiquinha, uma roceira
Disposta e trabaiadeira...
Pegava os pásso e vendia.
Porém, tinha um priquito
Muito mansinho e bonito
Qui ela, vendê num queria.
Chico, toda menhanzinha,
Ia a casa de Chiquinha
Já cum mardósa intenção...
Na cunversa qui travaram,
Os óios, se encontraram:...
Tibungo, no coração.
Chico môço da cidade
Cunversa de verdade,
Dotô em tufularia,
Foi devagá se chegando,
Passando a mão alisando
E o priquitinho cedía
O bicho se arrupiava...
Ela, calada deixava,
Gostava daquele trato.
Nisso o amô pôz a canga!
Pôi-se a brincar cum a missanga
De Chico Oio de Gato.
Um brincando, outro alizando
E a missanga amariando
Nisso, um gritinho se ôviu.
Num é qui o priquito-rico,
Teve fome e abriu o bico...
Bufo - a missanga engoliu.
Chico mudô de caminho!
O verde priquitinho
Bateu asas e avuô...
E Chica Passarinheira,
Tá sôrta na buraqueira...
Inté o nome mudô.