Arcelino Costa Leitão era natural de São Sebastião do Umbuzeiro, alto sertão da Paraíba. Chegou na cidade de Assu como gerente da antiga Lojas Paulista, que depois passou a ser denominada Casas Pernambucanas (Grupo Ludgren). Tempos depois foi secretário de João Câmara, dirigindo a firma algodoeira João Câmara & Irmãos (estabelecida a rua hoje denominada Senador João Câmara, onde atualmente está assentado alguns prédios comerciais do senhor Sebastião "Tião" Diogenes, entre as ruas professor Alfrêdo Simonette e Sinhazinha Wanderley, com fundos para o campus avançado), que depois funcionou a SANBRA - Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro e posteriormente a Kuk, firma também algodoeira.
Costa era vaidoso ao extremo, cheio do dinheiro, influente, com todos os requesitos para ter sucesso na vida pública, foi convidado pelo deputado Edgard Montenegro para ser o seu vice-prefeito na chapa que encabeçava nas eleições de 1958. Pois bem, dr. Pedro Amorim que já teria sido intendente, prefeito do Assu, deputado estadual Constituinte, já morando em Natal, mas ainda com muita influência nas decisões políticas do Assu, vetou o nome de Costa em solidariedade a um amigo que tinha perdido sua mulher que fugiu para Fortaleza com ele, para viver um caso de amor. Costa tratou logo de se aproximar do deputado Olavo Montenegro e saiu candidato a prefeito pelo PSD, ganhando a eleição para Edgard e Sondoval Martins, da UDN, tirando o sonho de Edgard de voltar pela segunda vez a governar a sua terra natal.
Costa na década de trinta foi presidente do Fortaleza Futebol Clube. A sua fotografia está na galeria dos ex-presidentes daquele clube cearense. Ainda no Assu, Costa fundou o Centro Sportivo Assuense. Na iniciativa privada foi comerciante no ramo de confecções, loja estabelecido a rua São João, Centro do Assu.
Nas eleições de 1968, foi candidato novamente a prefeito pela ARENA, com Francisco Evarista de Oliveira Sales (dr. Sales) como seu vice, contra João Batista Lacerda Montenegro que ganhou a eleição por apenas 26 votos de maioria, que tirou também o sonho de Costa de governar o Assu pela segunda vez. A fotografia acima é a mesma da propaganda eleitoral (daquela sua campanha) explorando naquela propaganda, apenas a seguinte escrição: "É o Nêgo", como era chamado carinhosamente pelos seus correligionários.
Afinal, Costa inovou, modernizou a cidade de Assu, bem como movimentou promovendo bailes elitizados com apresentação de grandes orquestras nacionais e internacionais, no clube que ele denominou de Clube Municipal. Morreu pobre, no começo da década de setenta (naquela época dirigia o escritório local da COSERN), amargando um ostracismo imposto por uma sociedade que lhe jogava confetes quando no auge do poder, numa demonstração que a História sempre se repete!
Em tempo: Costa, penso eu, foi quem quem inventou showmício em campanhas políticas, pois já em 1958 contratou Luiz Gonzaga (O Rei do Baião) com quem tinha o prazer de gosar da sua amizade, para se apresentar na praça pública do Assu, numa certa concentração daquela sua campanha para prefeito da terra assuense. Fica o registro.
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
OTHONIEL MENEZES
Othoniel Menezes de Melo (1895-1969), considerado como "Príncipe dos Poetas do Rio Grande do Norte", nasceu em Natal e faleceu no Rio de Janeiro. Ele é autor da famosa canção considerada o Hino da cidade do Natal intitulada "Serenata do Pescador", conhecida popularmente como "Praieira", além dos livros de poesia sob o título "Germen", 1918, "Jardim Tropical", 1923, "Sertão de Espinho e Flor", 1952, e "A canção da Montanha", 1955, além de ter dado a sua colaboração na imprensa de Natal como em A República, Diario de Natal, entre outros jornais daquela capital. Othoniel era membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, cadeira número 23, que tem como patrono o escritor Antônio Glicério, sucedendo o escritor Bezerra Junior. Conta-se que aquela academia nunca chegou a frequentar, pois teria aceitado a imortalidade por insistência de amigos.
Como assuense faço registrar que Othoniel teve convivência com os poetas do Assu, como Renato Caldas (poeta que o Brasil consagrou) que tratava Othoniel de "primoroso poeta", João Lins Caldas ("pai do modernismo"), Deolindo Lima, dentre outros. Por sinal, fora aquele tenor assuense Deolindo quem interpretou oficialmente pela primeira vez a sua famosa canção Praieira, no palco do Teatro Carlos Gomes (atual Alberto Maranhão) no dia 16 de dezembro de 1922.Vejamos transcrito abaixo, a primeira estrofe da referida canção que imortalizou esse bardo potiguar:
Praieira dos meus amores,
encanto do meu olhar!
Quero cantar-te os rigores
sofridos a pensar
em ti, sobre o alto mar...
Ai! Não sabes que saudade
padece o nauta a partir,
- sentindo, na imensidade,
o seu batel fugir,
incerto do porvir! (...)
E ainda escreveu aquele poeta parnasiano "que tinha o domínio ímpar da técnica e da forma poética", o poema adiante:
És linda. Iara Morena,
pulando, da água serena
do Potengi, a cantar,
nua, à sombra dos coqueiros,
perfumada de cajueiros,
- os seios furando o mar!
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009
ENCHENTE DO RIO PIRANHAS, 1974
Clique na imagem para melhor visualizar.
As maiores cheias do Rio Piranhas/Assu, ocorreram nos anos de 1924 e 64. Em 24 as águas daquele Rio chegaram até a calçada, fundos da igreja matriz de São João Batista, de Assu. Na fotografia, data de 1974 podemos ver o deputado Edgard Montenegro (de óculos) e o governador Cortez Pereira (em pé na canoa). Edgard naquela época era auxiliar do governo Cortez, na qualidade de presidente da COFAN - Companhia de Fomento Agrícola Norte-Rio-Grandense.
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JOÃO LINS CALDAS NA EXPOTEC 2007
MOSSORÓ
PAU DE SEBO
Nos meus verdes anos foi o Pau de Sebo um dos melhore divertimentos. Não era constante. Realizava-se essa diversão de tempos em tempos. Quase sempre era escolhido um domingo à tarde. Não faltava expectadores. O comparecimento maior era da garotada. Não precisa ir muito longe. Tratava-se de uma haste com cinco metros de altura, devidamente ensebada, tendo no seu topo uma cédula (...).
O disputante ao prêmio tinha que fazer força para alcançar o ponto onde a cédula estava colocada. Daí a diversão. Cada tentativa era um fracasso recebido pela assintência com uma vaia entontencedora. Várias vezes era repetida a operação. Não sei se era por desgaste do sebo em virtude de constantes subidas da garotada ou se era por maior agilidade de algum deles, o certo é que um dos participantes do folguedo terminava conseguindo alcançar a cédula e retirá-la sob gritos festivos e aplausos dos presentes.
Esse brinquedo, ao que parece, não está muito em voga atualmente.
Francisco Amorim
(Do seu livro "Assu de Minha Meninice", 1982)
O disputante ao prêmio tinha que fazer força para alcançar o ponto onde a cédula estava colocada. Daí a diversão. Cada tentativa era um fracasso recebido pela assintência com uma vaia entontencedora. Várias vezes era repetida a operação. Não sei se era por desgaste do sebo em virtude de constantes subidas da garotada ou se era por maior agilidade de algum deles, o certo é que um dos participantes do folguedo terminava conseguindo alcançar a cédula e retirá-la sob gritos festivos e aplausos dos presentes.
Esse brinquedo, ao que parece, não está muito em voga atualmente.
Francisco Amorim
(Do seu livro "Assu de Minha Meninice", 1982)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
PRIMEIRO AUTOMÓVEL A CHEGAR EM ASSU
Há informções que fora este automóvel (foto acima), de propriedade do comerciante mossoroense Francisco Borges, o primeiro a chegar no Assu. Há também informações que o primeiro proprietário de automóvel de luxo (com cortinas de seda) daquela terra assuense, teria sido Gonçalo Lins Wanderley que em 1865 era presidente da Câmara Municipal, quando aquela instituição implicava (no regime monárquico) em cargo de administração do município. Aquela fotografia fora tirada pelo fotógrafo José Severo de Oliveira, proprietário do "Atelier Severo", em data de 2 de setembro de 1919.
O escritor Francisco Amorim Amorim no seu livro intitulado "Assu da Minha Meninice" , 1982, depõe que aquele automóvel "ao penetrar na cidade, agonizava uma pessoas conhecida por Mascarenhas. Os circunstantes ao ouvirem o ruído do motor abandonaram o velório deixando o pobre morrer sem vela acesa." Informa também o escritor Amorim que naquele mesma data "ao escurecer, outro veículo entrava na cidade. Tratava-se, ao que parece, de uma experiência com a estrada de rodagem que estava sendo construída ligando Assu a Mossoró."
O escritor Francisco Amorim Amorim no seu livro intitulado "Assu da Minha Meninice" , 1982, depõe que aquele automóvel "ao penetrar na cidade, agonizava uma pessoas conhecida por Mascarenhas. Os circunstantes ao ouvirem o ruído do motor abandonaram o velório deixando o pobre morrer sem vela acesa." Informa também o escritor Amorim que naquele mesma data "ao escurecer, outro veículo entrava na cidade. Tratava-se, ao que parece, de uma experiência com a estrada de rodagem que estava sendo construída ligando Assu a Mossoró."
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NATAL
terça-feira, 18 de agosto de 2009
SEBASTIÃO ALVES
Sebastião Alves (Tião) em plena campanha política, em 1976.
Esquerda para direita: Alexandre Martins de Carvalho (Xanduzinho, que era bispo da Igreja Católica Brasileira), Walter de Sá Leitão, dentista Osman Alves e Sebastião Alves Martins.
A fotografia acima registra o momento em que o prefeito Walter de Sá Leitão transmitia em 31 de janeiro de 1977 a prefeitura do Assu para Sebastião Alves. Sebastião se elegeu prefeito do Assu nas eleições de 1976 pelo PDS - Partido Democrático Nacional (com o apoio do deputado Edgard Montenegro e do prefeito Walter), ganhando para o jovem candidato pelo MDB Manoel Montenegro Neto ( Manuca), filho do deputado Olavo Montenegro. Antes, nas eleições de 1972, Sebastia, com o apoio de Olavo teria disputado aquela prefeitura com Elias Moreira - Lico, como seu vice, pelo partido da ARENA (verde) contra Walter e José André de Souza - Zezinho, da ARENA (vermelha), único partido naquela época existente no Brasil. Sebastião também foi dvereador do Assu por várias legislaturas, agropecuarista, industrial no ramo de torrefação (Café Semar) e cerâmica, bem como produtor de cera de carnaúba, produto que beneficiava, comprava e vendia a grandes exportadores do Ceará. O seu filho Heliomar Alves herdou o gosto pela política, chegando a se eleger por três eleições, vereador do Assu, cargo que exerce ainda hoje.
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domingo, 16 de agosto de 2009
PADARIA SANTA CRUZ
Imagens do blog Página R.
A Padaria Santa Cruz era de propriedade dos irmãos Solon e Afonso Wanderley. Nos anos quarenta, cinquenta sessenta e até o começo de setenta, produzia o melhor pão e bolacha da cidade de Assu. Hoje aquela panificadora é de propriedade de João Gregório Junior? A bolacha e biscoito denominado Flor do Açu (em formato de uma flor,) é uma delícia, ainda hoje produzida por outra padaria de propriedade de Toinho Albano. Naquelas décadas era o ponto de encontro amistoso para uma uma boa prosa, dos barões da cera de carnaúba, influentes políticos da região, intelectuais, poetas da cidade. Eram seus assíduos frequentadores frequentadores as figuras como Zequinha Pinheiro, João Turco, Minervino Wanderley, Major Montenegro, Fernando Tavares (Vem-Vem), Luizinho Caldas, além dos irmãos Edgard e Nelson Montenegro, Walter Leitão, Edmílson Caldas, Renato Caldas, Francisco Amorim, dentre outros. Antes dos irmãos Solon e Afonso, aquela padaria pertencia ao Senhor Enéas Dantas, pai do poeta Renato Caldas.
Aquela panificadora fora palco de muitas estórias pitorescas, muitas delas construídas em formas de versos, de rimas. (Esta estória não tem o intuito de denegrir a imagem de politico, apenas tem o sentido humorístico). Pois bem. Certa vez (era época de eleições para governador), Renato Caldas que não perdia a oportunidade para glosar, ao chegar naquele estabelecimento comercial deparou-se com uma fotografia de Frei Damião ladeado por dois candidatos ao cargo de governador e vice governado, Não deixou para depois, escrevendo:
A culpa não compromete
Ao cidadão inocente,
Mas, quando diariamente,
Essa história se repete
Deus é bom e não promete,
Também não tem distinção,
Ele que tem mil razões
Sobradas de se vingar,
Consente Solon botar
Um justo entre dois ladrões.
Fernando Caldas
Fernando Caldas
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
POESIA
JOÃO LINS CALDAS E AS INDAGAÇÕES DO ABSURDO
Que estória é essa de se dizer que o modernismo começou em 1922 com Mário de Andrade?
Que estória é essa de se dizer que Jorge Fernandes foi o primeiro no Rio Grande do Norte a cantar no verso livre, sem rima, sem métrica, desrespeitando as fórmulas tradicionais de se fazer poesia?
Quando a "Paulicéia desvairada" deu à luz? Quando?
Quando Mário de Andrade esteve em Natal não foi em 1927? E "Macunaíma" chegou Quando?
Antes, bem antes de todos eles, João Lins Caldas, em 1917, escrevia anonimamente:
... e ao comprido da rede que se balouça esticada
Uma cabeça, uma cabeleira preta,
Pés que se estiram, mãos alongadas...
Vamos irmãos, eu que estou reparando, de retrato,
esse quadro que se alonga ao longo da parede.
José Luiz Silva
(Jornal O Poti, de Natal, 1988)
Que estória é essa de se dizer que Jorge Fernandes foi o primeiro no Rio Grande do Norte a cantar no verso livre, sem rima, sem métrica, desrespeitando as fórmulas tradicionais de se fazer poesia?
Quando a "Paulicéia desvairada" deu à luz? Quando?
Quando Mário de Andrade esteve em Natal não foi em 1927? E "Macunaíma" chegou Quando?
Antes, bem antes de todos eles, João Lins Caldas, em 1917, escrevia anonimamente:
... e ao comprido da rede que se balouça esticada
Uma cabeça, uma cabeleira preta,
Pés que se estiram, mãos alongadas...
Vamos irmãos, eu que estou reparando, de retrato,
esse quadro que se alonga ao longo da parede.
José Luiz Silva
(Jornal O Poti, de Natal, 1988)
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
OLAVO MONTENEGRO, UM DEPUTADO COMBATIVO
Olavo Lacerda Montenegro (1921-1999), herdou o espólio político de seu pai Manoel Montenegro (Manezinho) que na década de trinta e quarenta, foi prefeito do Assu durante 13 anos consecutivos, nomeado por Getúlio Vargas. Em 1958, Olavo se elegeu deputado estadual, conseguindo se reeleger nas eleições de 1962, 66 e 70.
Tipo baixo, nem gordo, nem magro, amigo intransigente, decidido, tribuno combativo. Olavo não era de recuar, não levava desaforo para casa e não se calava com afronto de ninguém. Reagia na hora as acusações contra a sua pessoa, de se seus correligionários, partidários e amigos, especialmente Aluízio Alves a quem seguiu durante toda a sua vida pública.
Em 1962, Olavo foi ofendido na sua honra, com insinuações feitas pelo seu colega de assembleia e de partido (PSD), deputado Ângelo Varela (filho do ex-governador José Varela), no instante em que fazia um pronunciamento no plenário daquele parlamento estadual. Pois bem, como consequência das ofensas de Ângelo, Olavo não pensou duas vezes, sacou de um revolver calibre 22 (que Varela dizia ser de plástico) e disparou dois tiros, sendo que somente uma bala atingiu a cabeça do seu desafeto. Ângelo teve de ser removido às pressas até a cidade do Recife, para ser cirurgiado, escapando sem sequelas. Coube a Olavo apenas uma prisão durante poucos dias no Quartel da Polícia Militar, em Natal, continuando normalmente o mandato que o povo lhe outorgou. Naquela época a Assembleia Legislativa funcionava na avenida Getúlio Vargas, onde hoje está assentado, salvo engano, o Tribunal de Contas do Estado.
O combativo e atuante deputado Olavo ajudou a fundar e participou ativamente da CODEVA - Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu (órgão consultivo e executivo) presidido por Edgard Montenegro (adversário político de Olavo) e secretariado por Osvaldo Amorim, no começo dos idos sessenta. Com a CODEVA não havia disputas políticas, pois, o que estava em jogo era o desenvolvimento da região varzeana.
Além da sua colaboração na política do seu Estado, em 1959, contribuiu para que fosse fundado em Natal, a ANORC - Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores, instituição que ele chegou a ser um dos seus primeiros presidentes, bem como chefiou a delegacia da CIBRAZEN, com sede em Natal, na década de oitenta, além de ter dado importante contribuição para a fundação da Radio Princesa do Vale, de Assu, fundada em 1979.
Com o seu apoio político (Olavo foi um dos responsáveis pela criação da cruzada da esperança e consequentemente a vitória de Aluízio Alves ao Governo do Rio Grande do Norte, em 1960) elegeu Costa Leitão prefeito do Assu, pelo PSD (tirando o sonho de Edgard Montenegro de retornar pela segunda vez a prefeitura da terra assuense) e seu irmão João Batista Lacerda Montenegro, pela ARENA - Verde, respectivamente. Em 1976 ingressou seu filho Manoel Montenegro Neto (Manuca) na política, como candidato a prefeito da terra asuene, pelo MDB, contra Sebastião Alves, da ARENA, que se elegeu, ainda mais apoiou Arnóbio Abreu como candidato a prefeito do Assu, pelo PMDB, que perdeu para Ronaldo Soares, do PDS, nas eleições de 1982.
Olavo além de ter exercido o mandato de deputado estadual por quatro legislaturas, candidatou Manuca deputado estadual (que depois foi suplente de deputado federal, chegando a assumir a alta câmara do país, durante pouco mais de um mês), no final da década de oitenta.
Afinal, os seus empenhos em favor do Vale do Açu, da agropecuária potiguar, foram valiosas. Portanto, é preciso que ele seja mais lembrado na terra assuense, especialmente no município que ele criou na qualidade de deputado estadual, através do Projeto de Lei n. 2.927, de 18 de setembro de 1963, desmembrando Santa Luzia, do município do Assu, dando foros de cidade que passou a ser denominada Carnaubais, terra da sua Mãe Maria Lacerda, que atualmente é nome de uma das mais importantes avenidas do grande Natal.
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
ALUIZIO ALVES
Se vivo fosse, "o menino de Angicos", aluizio Alves (1921-2006) estaria completando 88 anos de idade. Aluizio que começou a fazer vida pública ainda menino, aos 11 anos de idade, fundou jornais, aos 18 anos publicou o seu livro de história do seu município intitulado "Angicos". Deputado constituinte (1946), governandor do Rio Grande do Norte (eleito em 1960, fazendo um governo inovador), cassado pelo regime militar, deputado federal (na década de 1990), Ministro da Administração (governo Sarney) e da Integração (Governo Itamar Franco).
Aluizio em 1960, candidato ao governo da terra potiguar pelo PSD, contra Djalma Marinho da UDN, derrotou fortes lideranças políticas como Dinarte Mariz, que tornou seu ferrenho inimigo político. Eu era menino de calças curtas e ainda me lembro da marchinha (hino da sua campanha), que diz assim:
Aluizio Alves veio do sertão lá do Cabugi
Pra sanar o sofrimento do seu povo
Sua plataforma eis aqui:
Assistência e cuidado ao agricultor,
Melhores salários pro trabalhador,
Com a energia de Paulo Afonso, industrialização
Para a mocidade potiguar saúde e educação.
O povo oprimido, do aperário ao doutor,
Escolheu seu candidato, Aluizio Alves pra governador.
Fica a homenagem deste blog ao incontestável líder político potiguar que foi Aluizio Alves.
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Aluizio em 1960, candidato ao governo da terra potiguar pelo PSD, contra Djalma Marinho da UDN, derrotou fortes lideranças políticas como Dinarte Mariz, que tornou seu ferrenho inimigo político. Eu era menino de calças curtas e ainda me lembro da marchinha (hino da sua campanha), que diz assim:
Aluizio Alves veio do sertão lá do Cabugi
Pra sanar o sofrimento do seu povo
Sua plataforma eis aqui:
Assistência e cuidado ao agricultor,
Melhores salários pro trabalhador,
Com a energia de Paulo Afonso, industrialização
Para a mocidade potiguar saúde e educação.
O povo oprimido, do aperário ao doutor,
Escolheu seu candidato, Aluizio Alves pra governador.
Fica a homenagem deste blog ao incontestável líder político potiguar que foi Aluizio Alves.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
PORTFÓLIO
ELIAS SOUTO, UM ASSUENSE ILUSTRE
Elias Souto é mais um filho do Assu que engrandece as letras e a história da imprensa do Rio Grande do Norte. Em Assu ele fundou o jornal de oposição intitulado O Sertanejo, que circulou de 1873 a 1876. Depois veio a fundar o Jornal do Assu, que depois passou a denominar-se O Assuense. Souto já estando em Natal, fundou em 1894 a imprensa diária no estado potiguar, fazendo circular o jornal também de oposição intulado Diário do Natal. O professor e poeta Elias Souto chegou até a escerver o Hino da Imprensa Potiguar, publicado no jornal "Diário do Natal", onde em versos brilhantes acentuou a vanguarda das idéias novas trasidas pelo jornalismo (" "Rompendo o caos tenebroso/que as gerações envolvia./O teu verbo fulminante/ No mundo inteiro irradia.")
Ezequiel Fonseca Filho no seu livro sob o título Poetas e Boêmios do Açu, 1984, depõe que Elias Souto "não fulgiu ao desejo de também fazer versos." E um dia escreveu:
Lá, no centro do mar, na imensidão
Pelo sopro dos ventos agitadas,
Vão as ondas, rolando em turbilhão
Desfazeer-se nas rochas escarpadas
Ou se o vento, de súbito, desmaia,
Elas vão o mar liso percorrer,
Em procura da terra, e sobre a praia
Lentamente, estender-se e, após, morrer.
Assim minh'alma. No mar das ilusões
Da vida, no correr da tempestade,
Vaga sempre no mundo aos trambulhões
E, da incerteza, em funda cavidade
Nos abrolhos da túrbidas paixões
Ela somente crê na - Eternidade.
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Ezequiel Fonseca Filho no seu livro sob o título Poetas e Boêmios do Açu, 1984, depõe que Elias Souto "não fulgiu ao desejo de também fazer versos." E um dia escreveu:
Lá, no centro do mar, na imensidão
Pelo sopro dos ventos agitadas,
Vão as ondas, rolando em turbilhão
Desfazeer-se nas rochas escarpadas
Ou se o vento, de súbito, desmaia,
Elas vão o mar liso percorrer,
Em procura da terra, e sobre a praia
Lentamente, estender-se e, após, morrer.
Assim minh'alma. No mar das ilusões
Da vida, no correr da tempestade,
Vaga sempre no mundo aos trambulhões
E, da incerteza, em funda cavidade
Nos abrolhos da túrbidas paixões
Ela somente crê na - Eternidade.
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