Moreninha quando vejo
Essa roupa na janela
Acorda em mim o desejo
Lembrando você sem ela.
Renato Caldas
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
CARNAVAL DE TODOS - ASSU
O "Carnaval de Todos", de Assu é uma organização do Grupo Diniz (Wilde Diniz). Ocorreu sábado naquela terra festeira com a prsença de um grande número de políticos do Estao como A senadora Rosalba Ciarline, Senador José Agripino, deputado estadual José Adécio, deputado fedeal Felipe maia, o jovem e dinâmico prefeito do Assu Ivan Junior, Fátima Moais, além dos pré-candidatos a deputados estaduais como George Soares, Juscelino Frrança e o pré-candidato a deputado federal pelo PPS o ex-vereado o Assu Fernando "Fanfa" Caldas. Parabéns ao Grupo Diniz pela grande festa.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
ANTIGA CARTEIRA DE MOTORISTA - RN
Antiga Carteira Nacional de Habilitação pertencente a senhora Gelza Tavares (mãe do autor deste blog, atualmente com 83 anos de idade). Se ela, Gelsa, não é a primeira motorista do Rio Grande do Norte, é pelo menos uma das primeiras. A habilitação ainda é do tempo em que o departamento de trânsito do Estado potiguar denominava-se Inspetoria Estadual do Trânsito. Até porque em pesquisa no Detran (RN) e na internet não há, portanto, nenhum registro de outra pessoa. A carteira é datada de 3 de dezembro de 1952. Fora tirada na cidade de Assu naquele ano. O veículo com que ela habilitou-se era um Plymouth, da Khysler, industria de autoveis norte-americana. O veículo referido era idêntico o da fotografia, ano de fabricação 1948, que ela heara e seus pais que faleceram no desatre aviatório do Rio do Sal em 1951.
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"O GRANDE HOMEM"
Por José Luiz Silva
"O grande homem não ama. E não desama. Tem mulher para casa e amante paa exibições mundanas. As duas, presas à sua condição de grande homem.
O grande homem tem emoções, masm as controla através de um compuador miniaturizado que carrega no ventre próspero. Tem coração, mas as suas pulsações são controladas pelo marca-passo. Tudo nele é funcional. O riso e o sorriso, a cara fechada, as piscadelas, o suor na fronte, a untuosidade das mãos, os dedos grossos, as unhas curtas e enceradas. Até o pigarro é motivo para desfraldar o lenço branco e atrás esconder o seu enfado.
O grande homem não trai. Faz política. Tem jogo de cintura. Traidores são os que divergem de suas opiniões pendulares, de sua verdade granítica, os que enfarados o abandonam.
O grande homem não rouba. É negociante. Ladino. Comércio é isso desde que o mundo é mundo. Desde que surgiu na terra o primeiro grande homem. Ladrão é pequeno e desonesto, ousou o primeiro avanço, quis imitá-lo, repetindo no varejo o que só no atacado conquista imunidades.
O grande homem não mente. Fala com a verdade. Exagera. É otimista. Ilude-se com as aparências. É traído pelas perpectivas. A sua palavra é lei. A sua verdade também. Camando a legislar, não se enquadra nos mandamentos legais, que cria para disciplinar o vulgo.
O grande homem entende que as pessoas existem em sua função. A seu serviço. Para ele, quando não servem são descartadas. Enquanto ele não tem contas a prestar. Às vezes na sua intuição (o grande homem é intuitivo) vende o servidor que há não lhe interessa. Negócio é negócio.
O grande homem criou, numa de suas iluminações interiores (ele é um iluminado) um código de ética a seu seviço. E outro para limitar os outros. Pelo seu código, "amigos. amigos, negócios à parte". No código alheio, um descuido é traição ou dureza de coração.
O grande homem não se prende à lealdade. Leais devem ser os servos. Ele paira acima as contingências.
o Grande homem não houve ninguém, fora do círculo próprio dos grandes homens. Decide. E exige obediência, coerência. Daí porque é líder. E nele descobrem veios de carisma.
O grande homem pode comercializar, negociar, instrumentalizar atendendo aos seus interesses. O homem comum, não. Quem nada tem, deve ter vergonha na cara.
Diante de outros grandes homens, o grande homem é humilde e manso de coração. Pede. Suplica. Requer. Espera deferimento. Oferece. Dá. Diante do homem comum, é impetuoso, valente, intransigente, moralista. A humandade, ele a olha de cima para baixo, se possível e quando, em gesto de compunção.
O grande homem vive dos outros, dos favores, conceções, condescendência, credulidade, trocas, arreglos. advocacia administrativa, conlúios, mordomias, ociosidade (se possível com dignidade), grandes frases, grandes discursos, grandes patriotismos. O homem comum pede pouco, o sobejo da mesa, o mínimo sem o qual (SantoTomaz de Aquino) a própria virtude não é exigível. É um impertinente, importuno, postulante, chato.
(Artigo publicado em a Tribuna do Norte 18.4.1982).
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O COMEÇO DA ELETRIFICAÇÃO RURAL NO VALE DO ASSU
Direita para esqueda: ex-prefeito escritor Francsico Amorim (Chisquito), prefeito do Assu João Batista Montenegro, Presidente do INDA (hoje INCRA) Dix-zuit Rosado, Dom Eliseu e o ex-prefeito do Assu Costa Leitão. Ali foi dado os primeiros passos para eletrificar o Baixo Assu.
DOM ELISEU VISTANDO OSVALDO AMORIM
O jornalista e gigante Osvaldo Amorim sendo visitado em 1969 por Dom Eliseu Simões Mendes ("O Bispo dos Vales Úmidos") na sua casa em Assu. Dom Eliseu foi um dos pioneiros do Baixo Assu.Na fotografia vejamos direta para esquerda, Adonias Bezerra de Araújo, Osvaldinho como era mais conhecido, a estudante Livanete Barreto?, e Dom Eliseu, dr Tarcísio Amorim. Adonias naquele tempo era Coletor da Fazenda Estadual e Diretor do Ginásio Pedro Amorim da CNEG e secretariou Dom Eliseu durante a sua permanência naquela região varziana no início da década de sessenta. Uma coisa eu tenho certeza. Ali, se descutia o vale e seus problemas.
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PRAÇA DO SAL
Praça Conde Matarazzo (início dos anos setenta) também chamada de Praça o Sal, como é mais conhecida. Depois como ainda é atualmente denomina de Praça do Sesquicentenário, uma homenagem do povo assuense e do prefeito Lourinaldo Soares pela passagem do sesquicentenário do muinicípio do Assu. Fora construída na administração da prefeita Maria Olimpia Neves de Oliveira e inaugurada, salvo engano, em 1966 ou 67. Naquela praça ainda existe o busto do conde que tinha salinas no município de Macau (RN). Aquela idéia de construir aquela praça fora do ex-prefeito Costa Leitão.
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sábado, 6 de fevereiro de 2010
GEMIDOS
Com pedaços de gemidos
E o que sobra dos meus beijos,
Vou fazer uma casinha
Bem da cor dos teus desejos...
Tu verás jardins floridos
E tu´alma, que hoje é minha,
Há de errar pela casinha
Com pedaços de gemidos...
João Lins Caldas
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E o que sobra dos meus beijos,
Vou fazer uma casinha
Bem da cor dos teus desejos...
Tu verás jardins floridos
E tu´alma, que hoje é minha,
Há de errar pela casinha
Com pedaços de gemidos...
João Lins Caldas
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UMA ESTÓRIA QUE ACONTECEU EM PAU BRANCO
Pau Branco, se não me engano, é uma localidade pertencente ao município potiguar de São Rafael ou Upanema. Pois bem, tempos atrás naquele lugar realizava-se um forró pé de serra. A 'cana' dava na canela e a poeira subia no salão de barro batido. Certo rapaz já muito embriagado fora tirar uma certa moça pra dançar que ao levar um fora dela recebeu a frase adiante: "Eu só danço com gente de pau branco". Aquele moço saiu meio encabulado e logo convidou outra jovem que também se desculpou da mesma forma da primeira. A terceira mulher que ele se dirigiu era uma ' negona' que também saiu-se da mesma forma: "Eu só danço com gente de pau branco". Aquele jovem já puto da vida deu uma saidinha e, de frente a casa onde se realizava a festança, deparou-se com uma ruma de cal virgem. Pegou um bocado daquele produto, misturou com água, pintou o 'pinto' e, ao chegar perto daquela negona botou a genitália pra fora da calça e balançou dizendo assim: "E agora minha filha, dança ou não dança comigo?" É que neste sofrido sertão os causos chistosos também acontece.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
MOISÉS SESIÓM, O BOCAGE RIO GRANDENSE
"Perdoem-me as nove musas em particular e Menemosine no geral, dar ao poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage as glórias da posia fescenina não há fama mais injusta e renome menos merecido. Bocage é altíssimo poeta sem produção sotádica "quinto livro". Mas, na acepção tradicional, dizer-se "versos de Bocage" é anunciar rimas que arrepíam os nervos pudicos.
Moisés Lopes Sesióm, Moisés Sesióm, falecido no Assu a 6 de março de 1932, é um poeta sem as honras do prelo. Possui, superior a esse título, sua podução inteiramente impressa na memória coletiva de uma região.
Raro será o rapaz, ou cidadão sizudo nas horas confidenciais de reminescências literárias ignorando uma ou algumas das "décimas" irresistíveis do poeta querido, de vida atribulada, de existência dura, de morte cruel.
Vezes, horas e horas, ouvi recitar versos e Sesióm, recordando sua boêmia, vivendo o anedotário, rico de episódios chistosos.
Mas, a parte característica na verve de Sesióm, a mais alta percetagem de versos, as respostas imprevistas e saborosas, exigem um ambiente mais restrito, uma atmosfera mais íntima que o horizonte amplíssimo dos j ornais.
Moisés Lopes, Sesióm é Miosés às avessas, nasceu no Caicó em 1884. Em 1907 fixou-se no Assu. E viveu por alí, pequeno bodegueiro, empregado no comércio e, por fim, soldado do Batalhão Policial.
Há que passe a vida escrevendo versos e morra sem ser poeta. Sesióm, sem saber, era poeta verdadeiro, espontâneo, inexgotável, imaginoso, original. Sua versalhada, satíica em proporção decisiva, não receia confronto com Laurindo Rabelo, o irrequieto Poeta Lagartixa. Apenas Laurindo Rabelo era um médico, tendo livros e amigos ilustres, Sesióm era quase analfabeto, desprotegido e paupérrimo.
Nem por isso desmerecerá para o fututo. Suas "décimas" entusiantes deviam ser reunidas em volume. Um volume fora dos mercados livrescos, mandado editar por um grupo de bibliófilos. Usa-se muito essas edições limitadas, hors commerce, defendendo do esquecimento um esforço humano digno de maior duração no tempo.
Sei muito bem que os versos de Sesióm estão mais seguros na retentiva popular do que nas páginas de um folheto. Mas essa impressão garantiria a pureza da produção humilde. impossibilitando as deturpações vindouras, instaladas no texto como letra integral.
Se o "Quinto Livro" de Bocage, e vinte volumes de alta pornografia sapientíssima estão editadas luxuosamente, custando caro, escondidos no "inferno" das bibliotecas eruditas, ciosas desses tomos de tiragens numecas, porque não estender a Moisés Sesióm o direito lógico e figurar ao lado, e muito justamente, dos seus colegas imponentes que não fizeram de melhor e de mais alegre?
A poética sensual e o hilaredo são atributos da Civilização. Os povos primitivos ou em estado de desenvolvimento inicial, não tem versos como os de Sesióm. Esses, além do mais, dariam testemunho de um engenho curioso e vibrante, diluído, apagado, improfícuo, anulado, no ciclo fechado das vidas pequeninas e melancólicas.
Aqui está um mote que lhe deram, glosado imediatamente, tal qual no Outeiros aristocráticos do século XVIII.
Bebo, fumo, jogo e danço,
Sou perdido por mulher!
Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer,
Mas, enquanto não morrer
- Bebo fumo jogo e danço!
Brinco, farreio, não canço,
Me censusre quem quizer...
Enquanto eu vida tiver
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
- Sou perdido por mulher!...
Luiz da Câmara Cascudo
(Do livro intitulado de "O Livro das Velhas Figuras", 1978, IHGRN)
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Moisés Lopes Sesióm, Moisés Sesióm, falecido no Assu a 6 de março de 1932, é um poeta sem as honras do prelo. Possui, superior a esse título, sua podução inteiramente impressa na memória coletiva de uma região.
Raro será o rapaz, ou cidadão sizudo nas horas confidenciais de reminescências literárias ignorando uma ou algumas das "décimas" irresistíveis do poeta querido, de vida atribulada, de existência dura, de morte cruel.
Vezes, horas e horas, ouvi recitar versos e Sesióm, recordando sua boêmia, vivendo o anedotário, rico de episódios chistosos.
Mas, a parte característica na verve de Sesióm, a mais alta percetagem de versos, as respostas imprevistas e saborosas, exigem um ambiente mais restrito, uma atmosfera mais íntima que o horizonte amplíssimo dos j ornais.
Moisés Lopes, Sesióm é Miosés às avessas, nasceu no Caicó em 1884. Em 1907 fixou-se no Assu. E viveu por alí, pequeno bodegueiro, empregado no comércio e, por fim, soldado do Batalhão Policial.
Há que passe a vida escrevendo versos e morra sem ser poeta. Sesióm, sem saber, era poeta verdadeiro, espontâneo, inexgotável, imaginoso, original. Sua versalhada, satíica em proporção decisiva, não receia confronto com Laurindo Rabelo, o irrequieto Poeta Lagartixa. Apenas Laurindo Rabelo era um médico, tendo livros e amigos ilustres, Sesióm era quase analfabeto, desprotegido e paupérrimo.
Nem por isso desmerecerá para o fututo. Suas "décimas" entusiantes deviam ser reunidas em volume. Um volume fora dos mercados livrescos, mandado editar por um grupo de bibliófilos. Usa-se muito essas edições limitadas, hors commerce, defendendo do esquecimento um esforço humano digno de maior duração no tempo.
Sei muito bem que os versos de Sesióm estão mais seguros na retentiva popular do que nas páginas de um folheto. Mas essa impressão garantiria a pureza da produção humilde. impossibilitando as deturpações vindouras, instaladas no texto como letra integral.
Se o "Quinto Livro" de Bocage, e vinte volumes de alta pornografia sapientíssima estão editadas luxuosamente, custando caro, escondidos no "inferno" das bibliotecas eruditas, ciosas desses tomos de tiragens numecas, porque não estender a Moisés Sesióm o direito lógico e figurar ao lado, e muito justamente, dos seus colegas imponentes que não fizeram de melhor e de mais alegre?
A poética sensual e o hilaredo são atributos da Civilização. Os povos primitivos ou em estado de desenvolvimento inicial, não tem versos como os de Sesióm. Esses, além do mais, dariam testemunho de um engenho curioso e vibrante, diluído, apagado, improfícuo, anulado, no ciclo fechado das vidas pequeninas e melancólicas.
Aqui está um mote que lhe deram, glosado imediatamente, tal qual no Outeiros aristocráticos do século XVIII.
Bebo, fumo, jogo e danço,
Sou perdido por mulher!
Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer,
Mas, enquanto não morrer
- Bebo fumo jogo e danço!
Brinco, farreio, não canço,
Me censusre quem quizer...
Enquanto eu vida tiver
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
- Sou perdido por mulher!...
Luiz da Câmara Cascudo
(Do livro intitulado de "O Livro das Velhas Figuras", 1978, IHGRN)
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
POESIA
Por João Lins Caldas
A mirar-se nas águas se banhava
Nua, de pé, desenrolada a trança,
Olhava o seio, a coxa lisa olhava,
A rever tudo o que do olhar se alcança...
E a si, mansa e tímida, segredava,
Num frenesi de gozo e de bonança,
Que, formosa, mais bela se ostentava,
Meiga, na timidez de uma criança.
Revê o tronco, a curvatura branca,
E cora, e pasma e, mais ligeiramente,
Aperta as formas, o cabelo arranca...
E, aos raios da serena lua,
Revê nas águas, a corar, tremente,
A estátua branca da beleza nua.
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A mirar-se nas águas se banhava
Nua, de pé, desenrolada a trança,
Olhava o seio, a coxa lisa olhava,
A rever tudo o que do olhar se alcança...
E a si, mansa e tímida, segredava,
Num frenesi de gozo e de bonança,
Que, formosa, mais bela se ostentava,
Meiga, na timidez de uma criança.
Revê o tronco, a curvatura branca,
E cora, e pasma e, mais ligeiramente,
Aperta as formas, o cabelo arranca...
E, aos raios da serena lua,
Revê nas águas, a corar, tremente,
A estátua branca da beleza nua.
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
POESIA
LOUCO
Por João Lins Caldas
"Há um louco feliz entre os mais loucos"
- Eleitos da ventura dizem todos.
E o louco diz achando os outros poucos
Naufragam como eu no mar dos lodos...
A multidão que se, ouvidos ocos
Dai-lhe riso p´ra rir em vez de agrados...
E, invejando, e só por todos modos...
Louco infeliz no seu caminho erguido
Segue invejado a invejar as flores
O louco sem descanso e sem cuidado.
Leva consigo pelo olhar tristonho
Os desprazeres das primeiras cores
E os desprazeres dos primeiros sonhos.
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Por João Lins Caldas
"Há um louco feliz entre os mais loucos"
- Eleitos da ventura dizem todos.
E o louco diz achando os outros poucos
Naufragam como eu no mar dos lodos...
A multidão que se, ouvidos ocos
Dai-lhe riso p´ra rir em vez de agrados...
E, invejando, e só por todos modos...
Louco infeliz no seu caminho erguido
Segue invejado a invejar as flores
O louco sem descanso e sem cuidado.
Leva consigo pelo olhar tristonho
Os desprazeres das primeiras cores
E os desprazeres dos primeiros sonhos.
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
POESIA
Ione Medeiros Santana de Moura é assuense por adoção. Se enquadra entre os poetas da nova geração do Assu. Do livro intitulado de "Vertentes", 2002, Coleção Assuense, transcrevo o poema sob o título de "Amor Proibido". Vejamos:
Amor proibido, foi tão lindo
Que ouve entre nós. Você veio para
Mim como um vento veloz, tão
Veloz que não percebia, quando
Deu conta, em seus braços me
Perdia, nos seus braços me perdia
Apaixonada e para você me
Entregava. Era como um sonho
O que faço sem você
Você finge que não
liga pra mim
e me deixa sofrer
Esse amor bonito
Cheio de pecado e
prazer.
De amor e de pecado, de pecado fui
Aprendendo e descobrindo o
Prazer. O que eu sentia era tão
forte que não sabia o que fazer.
Amor proibido.
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Amor proibido, foi tão lindo
Que ouve entre nós. Você veio para
Mim como um vento veloz, tão
Veloz que não percebia, quando
Deu conta, em seus braços me
Perdia, nos seus braços me perdia
Apaixonada e para você me
Entregava. Era como um sonho
O que faço sem você
Você finge que não
liga pra mim
e me deixa sofrer
Esse amor bonito
Cheio de pecado e
prazer.
De amor e de pecado, de pecado fui
Aprendendo e descobrindo o
Prazer. O que eu sentia era tão
forte que não sabia o que fazer.
Amor proibido.
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domingo, 31 de janeiro de 2010
PROPAGANDA DA POLÍTICA ASSUENSE
Para registrar. "Santinho" quando Fernando "Fanfa" Caldas candidatou-se pela terceira vez a vereador do Assu-RN nas eleições de 2000 pelo PPS, cujo partido ajudou a fundar naquele ano, na terra assuense. Fanfa antes já terido sido vereador e presidiu a Câmara Municipal daquele importante município potiguar e, porque não dizer, brasileiro?.
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sábado, 30 de janeiro de 2010
LEMBRANDO IRMÃ JUSIFINA
Lembro-me muito bem dela, Irmã Jusifina Gallas. Eu era ainda menino estudante do curso primário do Colégio Nossa Senhora das Vitórias (de onde guardo boas recordações) Ela era um amor de pessoa, humanitária, emprendededora, foi ela que reconstruiu a capela daquele educandário, ou melhor remudelou. Irmã Jusifina é a primeira Filha do Amor Divino, brasileira. "Estreou no Convento do Cerro-RS em 1920. No colégio de Assu ela foi além de professora, Madre Superiora, se não me engano, entre a década de cinquenta e sessenta."Foi a primeira mestra de noviças, de 1928 a 1950, quando o noviciado era em Assu", faleceu em Natal em 1983 aos 80 anos de idade, no convento de Emaús, e esta enterrada no Cemitério Público de Assu terra que ela tanto amou e foi muito querida por todos.
Fica, portanto, a homenagem do seu ex-aluno, dizendo que a sua alma "há de brilhar e florescer como talvez nenhuma outra alma no mundo".
Fica, portanto, a homenagem do seu ex-aluno, dizendo que a sua alma "há de brilhar e florescer como talvez nenhuma outra alma no mundo".
Fernando Caldas
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CARNAVAL DE TODOS EM ASSU
Clique na imagem para visualizar melhor o convite.
Carnaval de todos em Assu é uma organização de Wilde Diniz que "há cinco anos vem festejando a amizade". O Assu é assim, feiteira, acolhedora e amiga de todos.
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Fernando "Fanfa" Caldas
Carnaval de todos em Assu é uma organização de Wilde Diniz que "há cinco anos vem festejando a amizade". O Assu é assim, feiteira, acolhedora e amiga de todos.
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Fernando "Fanfa" Caldas
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
DA POLÍTICA ASSUENSE
No passado não muito distante, a política do Assu era explorada através dos versos dos seus poetas populares que eram muitos. Manoel Calisto Dantas mais conhecido como Manoel do Lanche era um deles. Certa eleição nos idos de cinquenta candidatou-se a vereador pelo então MDB, de Olavca e João Batista Montenegro. Ele tinha um box no Mercado Público da cidade onde vendia miudezas (faleu há mais de dez anos atrás). Pois bem, para ele mesmo produziu o seu marketing político, dizendo assim:
Negue o soldado ao tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue o remédio ao doente
Negue o major a patente,
Negue o direiro ao patrão,
Negue tudo isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.
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Negue o soldado ao tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue o remédio ao doente
Negue o major a patente,
Negue o direiro ao patrão,
Negue tudo isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
CYRNE LIMA EM IPANGUAÇU
O simpático ministro da agricultura Cyrne Lima, no governo Médice, esteve em Ipanguaçu em 1969. Esquerda para direita: Cyrne Lima, o jornalista assuense Osvaldo Amorim, Marriinha Amorim (esposa de Osvaldo), escritora Maria Eugênia e Dix-zuit Rosado que naquela época era o presidente nacional do INDA, atual INCRA). A fotografia acima fora tirada na Fazenda Picada/Itu, naquele município. Mais história a contar em breve sobre a vinda daquele ministro a cidade ipanguaçuense.
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AOS ASSUENSES
Por Chico Traira, poeta cordelista, cantador de viola.
Tenho orgulho em chamá-los
De Assuenses geniais,
Esses ricos imortais
Não tinham prata nem ouro.
Foram uns heróis sem medalhas
Foram monarcas sem tronos
Porém verdadeiros donos
De um prestimoso tesouro.
O dom, a inteligência,
Também pertence aos plebeus
É um presente de Deus
Entrega a quem é eleito,
Mas, a inveja, a maldade,
Da força de Deus se esquece,
Negar a quem tem direito.
Eles foram, enquanto vivos,
Admirados, queridos,
Depois ficaram esquecidos
Da mesma sociedade.
Quero nestes pobres versos
Tirá-los do esquecimento,
Filósofos de nascimento
Sem ambição, sem maldade.
Foram verdadeiros mestres
De um gigantesco saber
Pois ninguém pode apreender
Aquilo que eles souberam,
Pois só eles possuiam
Essa original cultura
O que do berço trouxeram.
Não convém possuir ouro,
Ter título, ser potentado,
Com o espírito atribulado
Não há riquesa, há miséria.
É muito infeliz quem é
Ganacioso, avarento,
E o remorso violento
Lhe corroendo a matéria.
Possuia cada um
Alta criatividade,
Talento, espontaneidade,
Inspiração do além.
Com orgulho essa riqueza
Nós devemos preservar,
Pois ninguém deve ocultar
Aquilo que os outros têm.
Foram mesmos admiráveis
Esses Assuenses nobres
Homens que morreram pobres
Cheio de tanta riqueza,
Não frequentando escolas
Porque nasceram formados,
Foram alunos aplicados
Da mestra mãe natureza.
Sabemos que a inteligência
Ninguém dá, ninguém ensina,
É uma dádiva divina,
Se sente, mas não se ver,
Pois é um fluído sagrado
Esse tão belo troféu
É um presente do céu,
É feliz quem receber.
Portanto bons Assuenses
Nâo esqueçamos jamais
Esses vultos imortais
Que nossa terra criou.
De nós já se despediram,
Findaram os mandatos seus,
Foram agradecer a Deus
O que Deus lhes ofertou.
Feliz quem vive em proeza
Que a vida é passageira,
Jogo, dança, bebedeira,
Paixão, vaidade, riqueza,
Posto, brazão, fidalguia,
Orgulho, pouca grandeza,
Tudo é mera fantasia
Aqui no globo terrestre,
Assim disse o grande mestre
Jesus, filho de Maria.
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Tenho orgulho em chamá-los
De Assuenses geniais,
Esses ricos imortais
Não tinham prata nem ouro.
Foram uns heróis sem medalhas
Foram monarcas sem tronos
Porém verdadeiros donos
De um prestimoso tesouro.
O dom, a inteligência,
Também pertence aos plebeus
É um presente de Deus
Entrega a quem é eleito,
Mas, a inveja, a maldade,
Da força de Deus se esquece,
Negar a quem tem direito.
Eles foram, enquanto vivos,
Admirados, queridos,
Depois ficaram esquecidos
Da mesma sociedade.
Quero nestes pobres versos
Tirá-los do esquecimento,
Filósofos de nascimento
Sem ambição, sem maldade.
Foram verdadeiros mestres
De um gigantesco saber
Pois ninguém pode apreender
Aquilo que eles souberam,
Pois só eles possuiam
Essa original cultura
O que do berço trouxeram.
Não convém possuir ouro,
Ter título, ser potentado,
Com o espírito atribulado
Não há riquesa, há miséria.
É muito infeliz quem é
Ganacioso, avarento,
E o remorso violento
Lhe corroendo a matéria.
Possuia cada um
Alta criatividade,
Talento, espontaneidade,
Inspiração do além.
Com orgulho essa riqueza
Nós devemos preservar,
Pois ninguém deve ocultar
Aquilo que os outros têm.
Foram mesmos admiráveis
Esses Assuenses nobres
Homens que morreram pobres
Cheio de tanta riqueza,
Não frequentando escolas
Porque nasceram formados,
Foram alunos aplicados
Da mestra mãe natureza.
Sabemos que a inteligência
Ninguém dá, ninguém ensina,
É uma dádiva divina,
Se sente, mas não se ver,
Pois é um fluído sagrado
Esse tão belo troféu
É um presente do céu,
É feliz quem receber.
Portanto bons Assuenses
Nâo esqueçamos jamais
Esses vultos imortais
Que nossa terra criou.
De nós já se despediram,
Findaram os mandatos seus,
Foram agradecer a Deus
O que Deus lhes ofertou.
Feliz quem vive em proeza
Que a vida é passageira,
Jogo, dança, bebedeira,
Paixão, vaidade, riqueza,
Posto, brazão, fidalguia,
Orgulho, pouca grandeza,
Tudo é mera fantasia
Aqui no globo terrestre,
Assim disse o grande mestre
Jesus, filho de Maria.
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