E que não conheceu e frequentou a casa noturna ou melhor dizendo, o cabaré da paraibana de Natal chamada Maria Oliveira de Barros por apelio "Maria Boa"? Esta alcuno deu o nome a sua casa noturna que se tornou famosa no Brasil e até no exterior. Eu, Fernando Caldas (organizador deste blog) fui um dos seus frequentadores assíduos junto com os meus conterrâneos Cristóvão Ramalho, Barão (meu tio), Antônio Galliza, Astécio Tinôco, Réges de Souza (atualmente apresentador do programa Registrando da Rádio Princesa do Vale, do Assu). Ah, velho tempo bom aquele de estudante e juventude em Natal (anos setenta e começo de oitenta). Quando alguém chegava naquela casa noturna logo se aproximava uma jovem, sentava no colo do freguês com aquela frase inevitável: "Filho, peça um drinque pra mim! Vamos pro quarto fazer amor, bem!"
Conta-se que Maria Boa chegou a Natal na década de quarenta fugida de Campina Grande por ter se envolvido amorosamente com certo político influente daquela terra campinense e, ao se estabeler com um bordel em Natal ganhou muito dinheiro dos americanos que se aportaram em Nataral (época da segunda grande guerra) além dos ilustres natalenses e potiguares. Foi lá onde eu conheci figuras de nome nacional no humorismo, nas artes e até da política brasileira.
Pena que ela, Maria Boa, que eu cheguei a conhecê-la apesentada por Antônio Galliza que já a conhecia (ela era reservadíssima e não se apresentava no salão daquela boat de geito nenhum) veio a falecer no dia 22 de julho de 1997, em Natal. Com a sua morte Cassiano Arruda diz que "certamente não vai matar a fama de Maria Boa, cuja lenda está nas telas do cinema. No filme "For All - O tampolim da Vitória", a personagem central, muito à propósito é chamaa de Maria Boa."
Afinal, aquele bordel funcionou, se não me engano, até os anos oitenta.
blogofernandocaldas.blogspot.com