domingo, 8 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
"RECEITINHA PRA SER FELIZ!"
"Deus: Sem ele nada podemos fazer...
Família: Nunca deixe faltar...
Desespero: Pra que?
Paciência: O máximo possível...
Lágrimas: Enxugue todas...
Sorrisos: Os mais variados...
Paz: Em grande quantidade...
Perdão: A vontade...
Esperança: Nunca perca jamais...
Coração: Quanto maior melhor...
Amor: Pode abusar...
Carinho: Essencial...
Abraços: O máximo possível..
Modo de preparo:
Reúna sua Família e seus Amigos, esqueça as Mágoas...
Tenha Paciência, Sorriso, Paz, Esperança e o Perdão...
Muito Amor e Carinho no seu Coração!!!
Rendimento:
Uma Vida Maravilhosa e Feliz com Deus!!!"
Família: Nunca deixe faltar...
Desespero: Pra que?
Paciência: O máximo possível...
Lágrimas: Enxugue todas...
Sorrisos: Os mais variados...
Paz: Em grande quantidade...
Perdão: A vontade...
Esperança: Nunca perca jamais...
Coração: Quanto maior melhor...
Amor: Pode abusar...
Carinho: Essencial...
Abraços: O máximo possível..
Modo de preparo:
Reúna sua Família e seus Amigos, esqueça as Mágoas...
Tenha Paciência, Sorriso, Paz, Esperança e o Perdão...
Muito Amor e Carinho no seu Coração!!!
Rendimento:
Uma Vida Maravilhosa e Feliz com Deus!!!"
CADERNOS DE CALIGRAFIA: CALDAS
João Lins Caldas é, foi, um desses poucos poetas potyguares com alguma estofa a mais que o comezinho e usual muito barulho por nada. Nasceu em Goianinha, 1o de agosto de 1888, mas passou a infância, a adolescência e a velhice em Açu, onde morreu, meio pobre, meio esquecido, meio frustrado, como sói acontecer.
Aos 24 anos bateu asas na direção do Sul Maravilha, Rio, Sampa, Geraes.
O escritor José Geraldo Vieira transformou João Lins em personagem do romance Território humano.
A descrição, não-ficcional, de Caldas por Vieira:
Trabalhava como revisor de jornais à noite; vivia na Biblioteca Nacional, de tarde; almoçava e jantava sanduíches de mortadela e caldo de cana, na Galeria Cruzeiro; perpetrava vinte a trinta sonetos por dia em abas de carteiras de cigarros, ou beiradas de jornais. [...] Riscou na vida um triângulo cujos lados eram Dante, Shakespeare e Nietzsche; dentro se encravou como um tigre assanhado contra a estupidez e a corrupção humana. Não admitia emprego público; odiava a política; tinha um caráter sem jaça e uma susceptibilidade incrível. Naquele tempo seria classificado sumariamente como louco.
No início da década de 30, o poeta voltou a Açu, onde comprou um sítio – a “Frutilândia” – e se isolou completamente. Em 1958, por iniciativa de Celso da Silveira, veio a Natal, onde e quando foi saudado, festejado, hosanado pela jovem intelectualidade da época – além de Celso, Berilo Wanderley, Myriam Coeli, Newton Navarro, entre outros.
Oito anos depois de morrer, a Fundação Zé Augusto publica uma antologia poética, livrinho fino mas consistente, e que ainda pode ser comprado na “livraria” da Fundação.
A carta não lida é a que segue. Para ser relida:
A CARTA NÃO LIDA
Estou em que não lerás mais nunca a doçura expressiva dessa minha carta.
Perdoa. A doçura expressiva dessa minha carta.
Estou em que não lerás mais nunca.
Mas lerás sem dúvida uma outra carta.
Uma carta sem nunca a tonalidade da minha doçura.
Uma carta sem nunca a tonalidade expressiva dessa minha carta.
João Lins Caldas
Este texto foi publicado em domingo, 1 de agosto de 2010 às 21h57 e arquivado como Blog. Você pode seguir qualquer comentário deixado neste texto através do feed de RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback de seu site.
Mário Ivo
(Crônica publicada no site MárioIvo, em 1. de agosto de 2010)
Aos 24 anos bateu asas na direção do Sul Maravilha, Rio, Sampa, Geraes.
O escritor José Geraldo Vieira transformou João Lins em personagem do romance Território humano.
A descrição, não-ficcional, de Caldas por Vieira:
Trabalhava como revisor de jornais à noite; vivia na Biblioteca Nacional, de tarde; almoçava e jantava sanduíches de mortadela e caldo de cana, na Galeria Cruzeiro; perpetrava vinte a trinta sonetos por dia em abas de carteiras de cigarros, ou beiradas de jornais. [...] Riscou na vida um triângulo cujos lados eram Dante, Shakespeare e Nietzsche; dentro se encravou como um tigre assanhado contra a estupidez e a corrupção humana. Não admitia emprego público; odiava a política; tinha um caráter sem jaça e uma susceptibilidade incrível. Naquele tempo seria classificado sumariamente como louco.
No início da década de 30, o poeta voltou a Açu, onde comprou um sítio – a “Frutilândia” – e se isolou completamente. Em 1958, por iniciativa de Celso da Silveira, veio a Natal, onde e quando foi saudado, festejado, hosanado pela jovem intelectualidade da época – além de Celso, Berilo Wanderley, Myriam Coeli, Newton Navarro, entre outros.
Oito anos depois de morrer, a Fundação Zé Augusto publica uma antologia poética, livrinho fino mas consistente, e que ainda pode ser comprado na “livraria” da Fundação.
A carta não lida é a que segue. Para ser relida:
A CARTA NÃO LIDA
Estou em que não lerás mais nunca a doçura expressiva dessa minha carta.
Perdoa. A doçura expressiva dessa minha carta.
Estou em que não lerás mais nunca.
Mas lerás sem dúvida uma outra carta.
Uma carta sem nunca a tonalidade da minha doçura.
Uma carta sem nunca a tonalidade expressiva dessa minha carta.
João Lins Caldas
Este texto foi publicado em domingo, 1 de agosto de 2010 às 21h57 e arquivado como Blog. Você pode seguir qualquer comentário deixado neste texto através do feed de RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback de seu site.
Mário Ivo
(Crônica publicada no site MárioIvo, em 1. de agosto de 2010)
À memória de:
Luiz de Galdino
Zé Piolho
Camila Olegário Freire
Absalão Pinheiro Maia
Manoel Antônio da Fonseca
Joaninha de Pipiu
Varzeanos antológicos que respeitavam a pureza e a liberdade do linguajar sem preconceitos, mantendo, apesar da censura, um clima que aceitava o vocabulário do beradeiro tal como se apresentasse.
O autor
APRESENTAÇÃO
O cantador - é bom deixar bem claro - não é cantor, aquele que apenas canta, chamado de intérprete. Há conotações e peculiaridades próprias que identificam o CANTADOR, que, além de cantar, faz de improviso os versos com que trabalha. Canta, compõe, cria e produz. Quando aparece nas recomendações gramaticais, cantador é adjetivo: O pássaro cantador, o carro-de-bois cantador, etc. No caso de poeta repentista, violeiro, se diz CANTADOR e se usa como substantivo - o cantador. É o poeta da viola, o repentista, uma arte que só se concilia com o cantador. E são cantadores todos os poetas violeiros, improvisadores, repentistas, produzidos por este Nordeste que, através deles, viu nascer e morrer cantando as dores e as alegrias suas e de seu povo.
Encontramos em Guerra Junqueiro, um dos mais nobres poetas portugueses, contemporâneo de Camões, no prefácio que fez a um trabalho de um de seus confrades, intitulado O Cantador de Setúbal - uma referência que glorifica esse profissional. Ele diz: "Que título augusto, que nome ideal para um vivente - O Cantador! Que nome ideal para um destino! Cantar o riso, o beijo, o olhar, a dor e a lágrima. Como eu te invejo, cantador!"
Em Orlando Tejo, autor de Zé Limeira - O Poeta do Absurdo, vemos o que constitui a glorificação do poeta improvisador: "Os cantadores constituem imensa legião de homens que cantam, sonham, sofrem e brincam de viver no mundo, pescando estrelas, caçando ilusões, plantando tardes, colhendo manhãs, levando a sua mensagem sutil e profunda, tímida e vigorosa, ao povo ávido de poesia que os ouve embevecido".
Perpetuaram-se, na literatura do Nordeste, como cantadores, nomes que honram a nossa cultura, cantando e escrevendo, como: Fabião das Queimadas, Romano da Mãe Dágua, os irmãos Dimas, Otacílio e Lourival Batista, Zé Pretinho do Piauí, Cego Aderaldo, Oliveira de Panelas, Manoel Calixto, Eliseu Ventania, Chico Traíra, os irmãos João, José e Sebastião Zacarias, Alípio Tavares, José Alves Sobrinho, Inácio da Catingueira, Severino Ferreira, Zé Limeira, Cândio Cambão, e tantos que o tempo levou, mas deixaram sucessores que honram a sua memória. E estão ainda por aí: Ivanildo Vilanova, Antônio Francisco, Crispiniano Neto, Antônio Sobrinho, Joaci Zacarias, Alípio Tavares Filho, Paulo Varela, os mais próximos de nós, e uma legião de outros que transmitem literatura tradicional, consagram a nossa cultura e dão ao Nordeste brasileiro a sua roupagem para acesso aos centros culturais, às academias hoje existentes no Brasil e alhures. Está aí Antônio Francisco, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com muita honra para o Rio Grande do Norte e para o Nordeste brasileiro.
E o ritmo, o estilo não é um só. Há os tipos de conjunto de versos, nomeados de acordo com a técnica, o ritmo, o diapasão, o tema, o número de versos, o número de sílabas, que têm padrões, características e melodias próprias, porém tudo sem fugir ao referencial que é CANTORIA e seus artistas são CANTADORES. Cantador ou cantoria se refere exclusivamente ao produtor e ao produto da improvisação em versos rimados, cantados sob diversas formas: desafios, chamados pelejas, como a do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Piauí, Riachão com o Diabo, na cidade de Açu, epopéias históricas, trágicas ou cômicas, como Os Doze Pares de França; romances e amores locais ou de outros horizontes, como a história do Pavão Misterioso; e uma antologia de louvações ou de críticas ao cotidiano. São apresentados, geralmente, em duplas de cantadores ou em unidades isoladas, que se esmeram no ritmo, na rima, na métrica e no palavreado, um linguajar próprio, tudo dentro dos padrões da cultura local.
O tipo de versos, de acordo com a formação e a melodia é que identificam o sistema que pode ser baião, martelo, galope, quadrão, sextilha, sete-linhas, mourão, mourão-em-sete, você cai, mourão voltado, quadrão em oito, quadrão em dez, quadrão à beira mar, martelo alagoano, gabinete, toada alagoana, oitava rebatida, nove palavras por seis, gemedeira, galope à beira-mar, martelo agalopado e glosa. São as principais formas como se apresenta a cantoria no Nordeste, onde nasceu, e se espalhou hoje pelo Brasil inteiro.
Manoel Bandeira, o grande autor de VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA, certa vez, em Pernambuco, depois de ouvir um festival em que se apresentavam, dentre outros não menos famosos, Dimas e Otacílio Batista, confessou, contrito, a sua incompetência, diante daqueles gênios, e publicou, em 1937:
"Vi cantar Dimas Batista,
Otacílio, seu irmão.
Quer a rima fosse em inha,
Quer a rima fosse em ão,
Caíam rimas do céu,
Saltavam rimas do chão.
Tudo muito bem medido
No galope do sertão.
Saí dali convencido
Que não sou poeta não".
CÂNDIO CAMBÃO - Irreverente, porém poeta
Quem conhece a literatura hoje chamada de cordel sabe que os versos não se limitam a quadras, a sextilhas, ou a alguns outros padrões isolados da poesia universal. O Cantador, como é chamado o poeta repentista, pode fazer seus versos de acordo com as circunstâncias e exigências do momento. O seu universo se restringe ao Nordeste brasileiro. Antigamente, quando se falava em versos ou estilo alexandrino, não havia dúvida. Tratava-se do soneto - aquele poema inconfundível, de 14 versos, alinhados em dois quartetos e dois tercetos. Ainda hoje, quando se fala em trova, todos sabemos que são estrofes de quatro versos, de sete sílabas cada verso e todos os quatro com rimas do primeiro com o terceiro e do segundo com o quarto.
CÂNDIO CAMBÃO, nunca se soube se teve, de batismo ou de registro, outro nome ou sobrenome. Também nunca foi obrigado a exibir documento de identidade. Sua identidade era a viola que representava o grande poeta repentista da Várzea do Açu. Era um tipo especial. Apresentava-se nas funções com uma viola maltratada, porém super afinada. Vestia um paletó, que não tinha mais cor original, mas que, pelas dobras de baixo da gola dava a impressão de haver sido branco. Estava sempre de pés descalços.
Abraçava carinhosamente a sua viola, com veemente apreço, por quem demonstrava raríssima e incondicional afeição. Impunha-se pela personalidade, pela altivez de seus versos, mesmo irreverentes; pela liberalidade de sua poesia; pela intimidade com a população; pela auto-suficiência dos temas e dos motes que glosava num improviso sem titubeios; enfim era um beradeiro autêntico, um poeta sem fronteiras e sem preocupações com os estilos ou com a censura.
Nas memoráveis cantorias que estrelou, sozinho ou acompanhado, tinha por hábito abrir os trabalhos com estes versos:
Eu aqui me chamo Cândio
Por apelido Cambão,
Moradô no Logradô,
Manicípo do Alemão
Se não tem com que me pague
Eu recebo inté feijão.
Sabe-se que tinha dois filhos. Um, chamado Pascoal que às vezes aparecia cantando com ele e um outro, chamado Juvenal, que vivia de fazer recados, e de entregar encomendas a troco de um pão doce que recebia como recompensa. Quando era solicitado para uma empreitada dessas, perguntava ao empreiteiro como queria que fosse: de avião, de motocicleta, de caminhão ou de cavalo. Conforme a preferência do mandante, ele saía de Porto do Mangue para a Redonda, uma distância aproximada de 20 quilômetros, exibindo a posição do transporte em que imaginava estar viajando. Se fosse de avião, ele iria de "asas abertas" desde a origem até o destino. Às vezes, o dono da encomenda perguntava a viajantes que o encontravam no percurso e recebia informações de que o haviam encontrado na mesma posição usada ao iniciar a jornada.
Andarilho, nômade, sem origem e sem destino, pernoitando onde lhe permitissem arranchar-se, Cândio Cambão, tendo por companhia apenas a sua viola, aceitava desafios e convites para cantorias, sem preferência de temas que podiam ser história, geografia, política, religião, as asperezas e as ternuras do varzeano, enrolava tudo no seu linguajar. Às vezes, até debates conhecidos por PELEJAS, em que se discutiam em versos rimados e metrificados, discorrendo sobre a conduta, os atributos e o currículo pessoal, em que os desaforos de parte a parte tinha a preferência da platéia.
Não costumava ser chamado duas vezes para cantar na mesma residência, vez que os padrões de sua linguagem não se conciliavam com as exigências e com os conceitos de moral das famílias da várzea do Açu. A ele pouco interessava se fosse acolhido até o final da função ou se fosse expulso pelos donos da casa. Alguns varzeanos, porém, como Manoel Antônio da Fonseca, faziam questão de reunir familiares e vizinhos que convidava para um festival de poesia, estrelado por Cândio Cambão. Dava imensas risadas e incentivava os assistentes a aplaudir o vate, o gênio, o poeta e seus versos esplendorosos. Quem não concordasse que saísse.
Certa vez, no Guaxinim, uma praia perto de Logradouro e de Porto do Mangue, era época de eleição e os candidatos contrataram o tabelião de Pendências, Absalão Pinheiro Maia, para fazer, de uma só vez, 25 casamentos naquele lugarejo. Reuniram-se, no Grupo Escolar, os noivos, os convidados, as testemunhas, os parentes e os curiosos, sob a liderança de Joaquim Maria, um funcionário graduado da salina Matarazzo, que mantinha considerável liderança no povoado. Presentes também os candidatos, Dr. Limeira, a vereador, no município de Macau, e Dr. Gerôncio Queiroz, a deputado estadual. Não se falava ainda em compra de votos, corrupção eleitoral, nem coisa parecida. O pecado desses eventos com finalidade de angariar sufrágios, se chamava "voto de cabresto" que não era tão grave como querem mostrar os "puristas" de hoje. Não se anulava eleição nem se cassava mandato. O negócio corria mais frouxo.
E os cinqüenta noivos reunidos, seus parentes e os habitantes da comunidade se comprometiam a votar, e votavam mesmo, com os candidatos que patrocinavam eventos dessa natureza.
Dentre os 25 pares de noivos ali reunidos, estava Manteiga, um cidadão que na sua mocidade havia sofrido um castigo de "castração no cepo", por questões de enxerimento com a filha dum fazendeiro, na Várzea do Açu. Como não se perdoavam pecados dessa natureza, a pena imposta ao inditoso Manteiga foi a mutilação de seus testículos no macete, uma cirurgia em que se punham os ovos do condenado sobre um toro de madeira e, com outro, se batia até inutilizar os órgãos reprodutores do infeliz. Assim mesmo. Sem qualquer anestesia, Não há necessidades de se nomear os verdugos de Manteiga, pois em qualquer esquina do universo varzeano se conhece a história e se sabe quais foram os seus autores. É só assobiar.
No ato de celebração das bodas, tomando conhecimento de que dentre os nubentes se encontrava Manteiga, o antológico Absalão chamou-o pelo nome, mandou levantar-se e perguntou à noiva :
- Mulher, tu vais casar com Manteiga, mesmo sabendo que ele foi capado?
Não houve necessidade da resposta da noiva que, se foi dada, não foi ouvida, em virtude da estrondosa gargalhada da platéia. Mesmo assim, não deixou Manteiga de se casar. Só que, acabada a solenidade, por obra e graça de Joaquim Maria, apareceu no recinto, com sua inseparável viola, o poeta da região que não fazia falta em ajuntamentos comunitários. Para abrilhantar a consumação das bodas, foram os presentes convidados a tomar umas talagadas na bodega de Zé de Joaninha, ali na praia, para o que não poderia faltar Cândio Cambão, o mais afamado repentista, o cantador mais liberal, de improvisos mais coerentes com a linguagem dos beradeiros, com os costumes e com os padrões de vida de toda a ribeira do Açu, até as margens do Oceano Atlântico, ou para além se tivessem como divulgar. Que não precisava de concorrente, de companheiro ou de colega para fazer brilhar os seus versos, os seus temas, as suas rimas, os seus galopes, tudo ao sabor da população que o assimilava, embora fosse censurado nas casas de família, onde os costumes, os hábitos, a moral não se conciliavam com a liberalidade irreverente do artista que não se apresentava uma segunda vez, dada a prosaica e peculiar qualidade de seu linguajar e de suas rimas.
Se Zé Limeira, descoberto por Orlando Tejo, lá na Paraíba, foi considerado o Poeta do Absurdo, por tiradas dessa natureza, não era favor nenhum nomear Cândio Cambão O ABSURDO DOS POETAS.
Naquele dia memorável, o tema era o casamento de Manteiga. Acomodaram Cândio Cambão num canto do alpendre, abriram-se as garrafas e tome versos. E tome cachaça. Sem companheiro que não lhe fazia falta, Seu Cândio, trajado tipicamente: chapéu de palha de abas não muito pequenas, calça de mescla azul bem surrada, camisa de peito aberto e paletó igualmente meio envelhecido pelo uso e pela falta de sabão e de quaradô, sem calçados nos pés, desde que não era comum esse uso nas areias da praia, começou e seu vozeirão passou a ser ouvido além da costa, das ondas e dos manguezais, mais ou menos assim:
Eu aqui me chamo Cândio,
Por Apelido Cambão,
Nascido no Logradô,
Manicípio de Alemão
Manteiga casou capado,
Só milagre de eleição.
Já vi milagre de santo,
De Padre Ciço Romão
Mas casá home capado
Na véspa de eleição,
Ou é astuça do demo
Ou coisa de Absalão.
Já vi a Mãe-de-Pantanha
Revirá o meu sertão,
Preto Ruívo de noite
Mascarar um barbatão.
Mas casá home capado,
Só milagre de São João.
Já vi coisa nesse mundo
De cortar meu coração,
Vi couro de lobisome,
Rasto de alma no chão.
Só não tinha visto ainda
Home casá sem cunhão.
Valei-me meu São Francisco
Ou Padre Ciço Romão.
Se me fartá um dos dois
Me serve Frei Damião.
Como vai tirá cabaço
Home qui não tem cunhão?
Ao noivo amigo Manteiga
Eu dou um conselho assim.
Em dia de casamento
Não se pensa em coisa ruim.
Se não tem mastro pra vela
Dê um cheiro no xinim.
Saudando os noivos, na hora da saída, Seu Cândio, em voz alta, disse:
Viva a noiva, viva o noivo
E o seu acumpanhamento,
Viva a boceta da noiva
De noite com o pau dento.
E prosseguia nesse diapasão. Não há necessidade de dizer que a platéia se embriagava mais com os versos do poeta do que com a bebida patrocinada pelos candidatos. Essas bodas foram mais comentadas, na Várzea de Açu e na ribeira de Macau, do que aquelas outras de Caná de que o vate também não se descuida e aborda através de referências ao Novo Testamento.
Embora a sua fidelidade aos padrões de linguagem usados na região, hajam sido mais para os ranchos das salinas, os cortes de palha, os terreiros nas noites de festa de Santa Luzia, do que nos alpendres familiares, Cândio Cambão não deixava de ser convidado para algumas casas de família, cujos chefes aceitavam os padrões de linguagem exibidos, vez que eram os mesmos do cotidiano e da vida dos varzeanos. O resto era falsa moral. Seu Manoel Antônio da Fonseca, já nosso conhecido, mantinha, afastado da casa onde morava com os familiares, um alpendre de um armazém desocupado, que reservava para as apresentações de Cândio Cambão, transformadas em verdadeiros festivais de rimas e de poesia que embalavam as noites e quebrava a rotina da comunidade. Convidava os amigos e quem quisesse assistir, levando ou não os seus familiares. E quase morria de rir com os improvisos, com a maestria das rimas, com a métrica impecável dos versos e especialmente com o padrão de linguagem que não considerava falta de respeito, mas coerência, intimidade com um vocabulário que a hipocrisia batizava de imoral. E nem por isso, Seu Manoel Fonseca deixou de produzir uma das mais nobres e castas famílias que ainda honra a sua procedência.
Os "fracos de espírito", os preconceituosos têm medo do tipo de linguagem de Cândio Cambão, de Zé Limeira, de Moysés Sesyom ou Jorge Amado e chamam de imoral. Por isso são desaconselhados a ler, não apenas este, mas diversos e célebres tratados da literatura universal, como:
- Zé Limeira, o Poeta do Absurdo, de Orlando Tejo;
- Eu conheci Sesyom, de Francisco Amorim;
- Os Capitães da Areia e quase toda a obra de Jorge Amado, ainda não superado, no Brasil, que triunfou na mídia universal com a clarividência de seus relatos, descrevendo, em linguagem nua e crua, as ações de seus personagens;
- Michaut e sua História da Comédia Romana;
- William Falkner, Prêmio Nobel de Literatura que publicou Réquiem para uma Prostituta, Santuário, Enquanto Agonizo e outros trabalhos que o celebrizaram, mesmo considerados, pela fraqueza dos preconceituosos, absurdos e até imorais para a sua época.
Existia, na época, em Porto do Mangue, um comerciante chamado João Abreu, de origem paraibana. Entendia de tudo um pouco, vez que era dado à leitura de tudo quanto fosse escrito que passasse por suas mãos. Há colaboradores deste trabalho que afirmam haver Seu Cândio aprendido alguns lances de história e de geografia, nas conversas mantidas com Seu João Abreu, quando, sem ter o que fazer, sentava-se à calçada da bodega e ficava ouvindo leituras e informações que Seu João divulgava com prazer. Gostava dos versos de Seu Cândio e o acolhia em sua bodega para cantar sem qualquer tipo de censura. E fiava seus produtos aos conhecidos, inclusive a Cândio Cambão que, certa vez, sem ter esperança de faturar qualquer trocado que lhe cortasse a corda do pescoço, apelou para João Abreu, oferecendo-lhe versos como aval de uma cuia de farinha que pagaria depois. Obtendo a concordância do comerciante, Cândio Cambão, que já conduzia afinada a sua viola, mandou a seguinte glosa.
Este é Seu João Abreu
Home de ação e de paz,
Apaga fogo com gás,
Sabe onde Jesus se perdeu..
É como o errante judeu
Parente e mulher sem ter
Dá o cu não tem pra quê,
Empresta grana a ladrão
Vende farinha a Cambão
Pra nunca mais receber.
Numa certa noite, Seu Cândio apareceu em Lagoa de Bestas, acompanhado de um filho, chamado Pascoal, já nosso conhecido, igualmente cantador, que foi apresentado à platéia e, embora fossem pai e filho, não estariam livres de se enfrentar em desafios de versos quentes, apimentados, em que predominassem os ataques pessoais, a linguagem habitualmente utilizada e o padrão de rimas livres, sem censura, e sem limites de conceito, de moral ou de outras "machavelices", como dizia Engrácia de Lula, lá no Alemão.
Depois de farto jantar, refogado com umas birinaites, acomodaram-se os poetas no alpendre de um prédio onde, durante o dia funcionava a escola local, e, sob o prestígio de numerosa e selecionada platéia, iniciarem o debate à boca da noite que se prolongou até o quebrar da barra, em que as gargalhadas e os aplausos ecoavam por entre as carnaubeiras e se perdiam por onde o sabão não lava.
Comentando os disparates do evento, alguns dos assistentes, no dia seguinte, repetiam, nas bodegas e nas estradas, versos assim:
Me chamo Cândio Cambão
Nágua doce e na maré,
Negro da barba de bode,
Pescoço de Jacaré,
Vou passar na tua casa
Vou comer tua mulé.
Respondendo, no mesmo diapasão, o filho cantou:
Deixe de cantar lorota
Que comigo ninguém pode,
Pescoço de jacaré,
Véio da barba de bode,
Vou cortar os teus cunhão,
Cuma é que você fode?
Cândio Cambão, de todos os naturais da Várzea do Açu, foi o que mais se identificou com os costumes, com as paisagens, com a linguagem dos beradeiros, vez que não conheceu outros horizontes. Nunca foi além das cidades de Açu e de Macau, os limites geográficos da várzea que percorria a pé, sem necessidade de outras referências a não ser a sua viola e a sua fama de cantador.
E, se gabando, glosava o seguinte mote:
Minha casa é meu chapéu,
Meu currico é a viola.
Fui falá cum a secretára
No tempo do impaludismo,
Sem entendê dos modismo,
Pra me impregá na malára.
A mulé de dura cara
Me pediu meio gabola:
- Documento, meu pachola?
Respondi no meu cordel:
- Minha casa é meu chapéu
Meu currico é a viola
E, quando era convidado a uma apresentação, sempre aceitava sem se fazer de rogado, consciente de seu talento e de seu poder de versejador, de glosador dos mais variados temas, enfim auto-suficiente como cantador e dono de uma linguagem, por alguns considerada imprópria, censurada, por outros, porém, digna de aplausos e de repetidos comentários nos diversos ajuntamentos comunitários e que hoje, apesar da censura da época, ilustram comentários e narrativas dos mais variados e ilustres autores.
Nos assistentes, havia sempre alguns que davam motes para ser glosados. E não faltava, dentre esses, uns mais inconvenientes que provocavam a irreverência do poeta, só pra ver a confusão. Seu Cândio tinha como lema não deixar pergunta sem resposta e mote sem glosar. Achava que o mote era um desafio a sua capacidade. Mais aguçado do que os outros, brincalhão e debochado, Parrudo, lá em Porto do Mangue, um dos assistentes, escolhia motes para provocar a censura, a confusão e o entusiasmo da maioria. Numa certa noite, deu ao cantador o seguinte mote:
O dono da casa é corno
E a dona foi feme minha.
Cândio Cambão que não deixava mote sem resposta, disparou:
Discurpe o dono da festa
Mas o mote eu vou rimá
Eu conheço o meu lugá
E sei inté quem não presta
Marco no couro da testa
Pra mostrá que a posse eu tinha
Ando uma légua todinha
Pra comê mulé no torno.
O dono da casa é corno
E a dona foi feme minha.
Outras vezes, era solicitado para louvar as moças da platéia e os versos pulavam como pipoca no tacho.
Morena dos ói azul
Dos beiço munto incarnado
Vou fazê o meu reinado.
Lá na cidade do Açu.
Vou comê o teu angu
Nem que precise casá
Mesmo assim eu vou botá
Teu retrato num espeio,
Vou fazê dos teus penteio
Uma corda de laçá.
Tinha, raras vezes, crises de decoro e fazia versos assim:
Na ponta daquele sítio
Tem quatro classe de gente
Qui só anda de magote:
Batata com Catapirra,
Cambão, Pandoca e Timote.
Duravam pouco essas crises.
Na praia de Pedra Grande, perto do Rosado, atual município de Porto do Mangue, cantava na casa de Antônio Carreiro, quando uma lagartixa caiu do teto no meio da sala e, apavorada com o burburinho que criou, correu subiu pelas pernas de uma moça que fez uma zoada medonha, pulando e gritando, sem se livrar da lagartixa que, quanto mais fechava mais prendia a bicha entre as pernas. Seu Cândio aproveitou o momento e o motivo e fez uns versos que terminavam assim:
A Lagatixa caiu
E levantou-se depressa,
Subiu nas pernas da moça.
Quanto mais ela pulava
Mais se escondia na brecha.
Os parentes e amigos da moça ficaram ressentidos e não aceitaram a referência. CândioO Cambão quis correr, mas era tarde. Acabou apanhando, dessa vez.
Cantando, doutra feita, na casa de um novato chamado Antero, recém chegado na Várzea e pouco conhecedor das pessoas, dos hábitos e da conduta de Cândio Cambão, aceitou a proposta de uma cantoria, para o que convidou os vizinhos e a comunidade. Lá para as tantas, já meio "chulado", Cândio Cambão começou a cantar loas aos presentes e se saiu com esta:
No dia qui eu amanheço
Cum três quente e dois queimando,
Cum o cabelo fumaçando,
Os amigo eu discunheço.
Pego do fim pro começo
Desprezo o qui Deus mi deu
Esqueço inté quem sou eu,
Mas vou lhe falá sincero:
Eu como o cu de Antero
E Antero num come o meu.
Foi suficiente para ser decretado o encerramento da cantoria e a expulsão do cantador.
Outra noite, não ficou bem esclarecido se na casa de Manoel Fonseca (hein, Tibúrcio? foi lá?), Cândio Cambão, desinibido, cantava assim:
Eu cantei no Juazeiro
Do Pade Ciço Romão
Me pagaro cum feijão,
Mas cantei um mês inteiro.
Me atraquei cum violeiro
Do cariri, do sertão,
Cantei martelo e quadrão
Cum um tá de Zé Limeiro
Deixei prenha num puteiro
A mulé de Lampião.
Inda sou bom nesse prato,
Me censure quem quisé,
Pra comê uma mulé
Corro, brigo, morro e mato
Topo quarqué desacato,
Enfrento inté bataião.
Eu faço qui nem Adão
Como Eva, a maçã, e a cobra.
Sou pau para toda obra
E tenho munta tesão.
Não se escusava de fazer seus versos sobre qualquer tema e se gabava de haver aprendido história, especialmente a sagrada. Vibrava quando lhe pediam para glosar motes do Novo Testamento, sobre o que discorria com relativa sabedoria adquirida em palestras com Seu João Abreu, um comerciante ali instalado, sem familiares, que lia muito e fazia questão de dividir com o poeta a cultura adquirida. E são a Cândio Cambão atribuídas, por colaboradores de fé, as seguintes produções:
Para ele, Jesus Cristo e os seus pares que citava eram seres humanos como ele, como os demais que conhecia. Usava sua irreverência sem problemas com heresia, com blasfêmia, com sacrilégio, que não constavam de seu vocabulário. E os personagens da história religiosa se apresentavam mais humanizados, sem a auréola de divindade, que ele exibia assim:
Jesus quando veio ao mundo
Foi na Barca de Noé,
Se casou cum Salomé,
Sobrinha de São Raimundo.
Correu o mundo e o fundo
Amuntado num jumento.
Fez um grande movimento,
Tocando uma concertina.
Se arranchou na Palestrina
Diz o Novo Testamento.
Não tendo mais qui fazê
Jesus foi pra Galiléia,
Armuçando na Judéia
Comeu siri cum dendê,
Depois passou a dizê
Suas missa em pé quebrado
Batizô improvisado
São João e Santo Expedito
Assim é que tá escrito
No testamento sagrado.
São José desconfiado
Da gravidez de Maria,
Mandô fazê na Bahia
Exame balanceado.
Não gostou do risultado
Que apareceu no momento
E já menos ciumento
Disse: deixa isso pra lá.
Assumiu sem recramá,
Diz o Novo Testamento
De barro Adão foi formado
E Eva duma costela,
Ele deitado mais ela
Fez o primeiro pecado.
E quando tava escanchado
Qui parecia um jumento,
Cum o pauzão todo dento,
Lembrou-se qui tava nu.
Deu-lhe uma câimbra no cu
Diz o Novo Testamento.
Se a história é verdadeira
E não me falha a memóra,
Adão não contou históra
Passou Eva na madeira
Numa grande bebedeira,
Sem esperá casamento
Tarado qui nem jumento,
Comeu maçã, cobra e tudo.
Quem duvidar fica mudo,
Diz o novo testamento.
Jesus curava ferida
De toda espécie da terra.
Desde a febre berra-berra
A espinhela caída
Ressuscitou e deu vida
A branco, preto e amarelo.
Curou até um sunguelo
Qui tinha mal de travage,
Só não curou a fogage
Qui deu no cu do guachelo.
Tinha também seus rasgos de patriotismo, de amor à terra. Não aceitava que ninguém destratasse as pessoas nem a localidade onde morava. O vigário de Açu, Mons. Júlio Alves Bezerra, se indignou, certa vez, com a negativa dos pescadores locais em contribuir com recursos para recuperação do telhado da capela. Os pescadores alegavam que todo o dinheiro arrecadado em Porto do Mangue, era levado para o Açu. O vigário, ameaçando, disse que o dinheiro dos pescadores, utilizado em bebedeira, jogo e prostituição, em vez de recuperar o telhado da capela, iria servir aos moradores para a compra de medicamento e luto para seus familiares, numa autêntica ameaça de tragédia e de praga rogada para cair sobre a localidade.. Realmente, em seguida a essa premonição, ocorreu a epidemia do impaludismo que matou a maioria dos habitantes do vilarejo..
Cândio Cambão, inconformado e sem outra forma de resistência, divulgou, numa cantoria, os seguintes versos:
Padre Júlio do Açu,
Se veste cumo urubu,
Pra benzer e excomungar
Anda com um ajudante,
De andar mei rebolante,
Seu fresco particular.
São poucos os varzeanos ainda existentes, admiradores da velocidade, da segurança e da espontaneidade das glosas de Cândio Cambão, aliadas a uma criatividade somente nos gênios identificada. Se fosse vivo ainda, poderíamos, com muita justiça, batizá-lo de Sabiá das Carnaubeiras
Não se enfadava. Estava sempre inspirado e, a troco de uma bicada de cana, em qualquer bodega, atendendo aos pedidos dos amigos mais curiosos e desafiadores de seu talento, rimava de improviso loas, críticas ou elogios. Tanto fazia louvar as qualidades quanto descrever os defeitos. Seguem algumas localizadas na memória dos admiradores, sem origem ou identificação:
Foi poucas vezes à cidade de Macau. Numa delas, lhe mostraram um rapaz alegre, desses que hoje chamam boiola, e Seu Cândio, sem gaguejar, emendou:
Os frescos de hoje em dia
Têm mania de Polu(*)
De coçar a própria tripa
Quando a coceira é no cu.
(*) Polu era um veado velho, seu conhecido.
E não lhe faltava inspiração. Estava pronto e fazia, de improviso, com ou sem censura, versos críticos ou elogiosos. Suas loas saíam bem rimadas, rigorosamente metrificadas, sem obediência a métodos, estilos, ética ou moral. As rimas lhe saltavam da mente, sobre qualquer assunto, sem obrigação de escolher outro linguajar que não fosse o seu habitual.
Vejo mocinhas bacana
Procurá lugá escuro
Com os noivo em toda festa
Agarrada no pau duro,
Diz arriando a calcinha:
- Bote essa porra todinha,
Encoste testa com testa.
Pressas mocinhas vadias
Que andam de corpo nu
Eu queria ter a pomba
Do tamanho de um muçu,
Pra empurrá na buceta
E sair atrás do cu.
Indo de Açu pra Macau
E de Macau para o Açu,
Eu tanto como buceta
Cumo também como cu.
Já diz um ditado nobre.
Toda roupa serve um nu.
Não, mas você de colete
E de gravata não cobre
A cabeça do cacete
Nem a regada do cu.
Eu gosto munto de vinho
Mas só me dão aguardente
Mesmo assim desce macia
Cumo pica em cu de gente.
Eu já fui e já vortei
E agora não vorto mais
Qui eu num sou coro de pica
Pra tá pra frente e pra trás.
Glosas
Já tive pica afiada
Mais dura do que macete,
Às vezes era um cacete
De quebrar castanha assada
Hoje não vale mais nada
Não há força que descole,
Se a boceta for um fole,
Eu empurro com o dedo.
Já fodi de fazer medo
Hoje tô de pica mole.
Já fudi uma tabaca
Cum mei palmo de pinguelo
Fiquei azul, amarelo,
Cum a catinga de suvaca.
Fazendo vez de macaca
Me encosntei num pé de muro.
Era uma noite de escuro.
Chegou uma mulé preta,
Fudi cu, fudi boceta
Inda saí de pau duro.
(*) Agradecendo a valiosíssima colaboração de Álvaro Fernandes Freire, Nelson Borges, José Lopes, Francisco Almeida, Tibúrcio Fonseca, o autor reconhece que não seria possível o resgate e o registro das facetas poéticas de Cândio Cambão, sem o incentivo e sem as informações aqui catalogadas.
CULTURA REGIONAL
CÂNDIO CAMBÃO
Resgate de Valores Culturais
GILBERTO FREIRE DE MELO
CULTURA REGIONAL
Postado por Falando de Saberes
Se eleito deputado estadual vou apoiar intransigentemente a cultura popular potiguar!
Fernando Caldas
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
DO AMOR QUE PASSA
Por Bartolomeu Correia de Melo
(Transcrito do blog de Gibson Machado)
Receba, nesta flor, minha proposta
que, parecendo tímida, é insistente.
Daquelas fantasias que mais gosta,
pretendo partilhar, discretamente...
Mais que sorriso, espero por resposta,
aquele suspirar que, então, pressente
cada arrepio, quando alguém lhe encosta,
na morna flor do corpo, um beijo ardente.
Mas, além da paixão, não queira laços
de saudade ou remorso e, sem dilema,
esqueça a flor, os versos, os abraços...
E aceite, assim sem juras, este amor
que apenas dura, intenso qual poema,
enquanto passa, frágil como flor.
(Transcrito do blog de Gibson Machado)
Receba, nesta flor, minha proposta
que, parecendo tímida, é insistente.
Daquelas fantasias que mais gosta,
pretendo partilhar, discretamente...
Mais que sorriso, espero por resposta,
aquele suspirar que, então, pressente
cada arrepio, quando alguém lhe encosta,
na morna flor do corpo, um beijo ardente.
Mas, além da paixão, não queira laços
de saudade ou remorso e, sem dilema,
esqueça a flor, os versos, os abraços...
E aceite, assim sem juras, este amor
que apenas dura, intenso qual poema,
enquanto passa, frágil como flor.
RICA GEO HISTÓRIA DO VALE DO AÇU - BRASIL COLONIAL
Por Eugênio Fonseca Pimentel, historiador, pesquisador, geólogo potiguar do Açu
.1 - HISTÓRICO DA REOCUPAÇÃO DO VALE DO AÇU – RN (1ª parte - Em andamento).
Os verdadeiros donos da terra
As glebas de terras que hoje compõem os municípios do Vale do Açu, no início da colonização do Brasil, eram habitadas por índios da tribo Janduís, nome derivado do grande chefe Janduí, que de um modo natural e por tradição, também, se estendeu à tribo.
Os índios Janduís eram nômades e pertenciam à grande nação dos Tapuias, também, chamada de Cariri. O nome Cariri ou Kiriri, segundo o etnógrafo Luis da Câmara Cascudo1, provinha de um apelido dado pelos indígenas da tribo Potiguar vizinha pertencente à grande nação Tupi e significava calado, silencioso e taciturno. Quando falavam, articulavam mal as palavras, sendo, por isso chamado de Gentios da Língua Travada ou genericamente de Bárbaros.
A palavra Tapuia segundo explica o jesuíta Simão de Vasconcelos1 no livro do pesquisador Abdias Moura2 não corresponde a uma designação dada a si próprio pelos índios refugiados no sertão. Trata-se de uma expressão pejorativa, a eles atribuída pelos que viviam no litoral e falavam a língua tupi. O historiador Varnhagen3 haveria de insistir na inexistência de uma nação tapuia. Escreve, todavia, que esta palavra quer dizer contrario e os indígenas a aplicavam até aos franceses, contrario dos nossos, chamando-lhes de tapuy-tinga, isto é tapuia branco.
O nome Janduí ou Nhandui quer dizer na língua tupi ema pequena. Corresponde a uma ave de pequeno porte, de pernas longas e corredeira, muito comum nos largos campos cheio de lagoas e olhos d’água do atual estado do Rio Grande do Norte.
Viviam na ribeira do Açu e outras regiões do interior do nordeste setentrional do Brasil, em plena harmonia com o meio ambiente, só retirando da natureza aquilo necessário para a sua sobrevivência. Alimentava-se da caça, da pesca e da coleta de frutos, raízes, ervas e mel silvestre. Cultivavam a lavoura de subsistência, onde plantavam principalmente o milho, o jerimum e a mandioca.
O grande chefe Janduí, segundo antigos cronistas europeus viveu nesta região por mais de cem anos. Ele, juntamente com seu irmão Caracará, e três de seus filhos, o Canindé, Oquenaçu, Taya Açu e o cruel Jerereca foram importantes ícones da civilização indígena brasileira, na época da colonização do Brasil e Guerra dos Bárbaros ou Guerra do Açu, de uma maneira não correta conhecida nacionalmente como Confederação dos Cariris.
O historiador potiguar Olavo de Medeiros Filho com base em relatos de cronistas flamengos, da região de Flandres, norte da Europa, discorda da concepção de que a tribo Janduís pertencia à nação Cariri. Defende que os índios tapuias Janduís pertenceram à nação dos Tairurús (Janduís e Aparentados) na qual habitavam principalmente as ribeiras do Açu e Mossoró. Advoga, inclusive que na Guerra dos Bárbaros ou Levante dos Gentios Tapuias, que na época recebeu por parte de escritores mais românticos, a denominação de Confederação dos Cariris, que os índios Cariris, em grande número, foram inclusive utilizados como combatentes, na repressão ao levante dos Gentios Tapuias, em que tinha predominância do elemento Tairurús, cuja tribo mais famosa e temida do Brasil colonial era a tribo dos Janduís.
Contudo, o que é de consenso entre os diversos historiadores da civilização indígena do Brasil, seja os mais antigos, seja os historiadores contemporâneos é que os índios da tribo Janduís habitavam o território em que hoje corresponde a bacia hidrográfica do rio Açu. Tal fato pode ser confirmado inclusive por experientes cientistas europeus que por aqui estiveram.
Jorge Marcgrave, famoso naturalista e astrônomo alemão, que veio ao Brasil em 1638 em missão científica a convite do conde holandês Mauricio de Nassau, com a colaboração de Guilherme Piso produziram a importante obra Historia Natural do Brasil, Amsterdã 1648, na qual teceu considerações importantes sobre os costumes e habitat dos Janduís. Confeccionou o mais antigo desenho da nossa carnaubeira, palmeira nativa, genuinamente brasileira e abundante nos municípios do Vale do Açu. Neste importante documento histórico e geográfico Marcgrave escreveu este aspecto curioso e interessante a respeito desta decente e histórica região brasileira:
“Este rio também chamado de Otshunogh, penetra, no continente , em direção ao Austro numa distância de mais de 100 milhas. A uma distancia de mais de vinte e cinco milhas do litoral, acha-se o grande lago Bajatagh, com grande quantidade de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado de Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa dos peixes que mordem e são muito inimigos dos homem. A este fica adjacente ao vale Kuniangeya, tendo comprimento de 20 milhas e a largura de duas. Atravessa-o rio Otshunogh, abundante de peixes: aí se encontra grande abundancia de animais silvestre.”
Correlacionando com a geografia da região podemos concluir que o vale Kuniangeya mencionada pelo cronista flamengo corresponde ao atual Vale do Açu. O rio Otshunogh é o rio Açu ou Piranhas-Açu. O grande lago Bajatagh é a lagoa do Piató no município do Assu. O outro lago Igtu é a Lagoa Ponta Grande no município de Ipanguaçu no Rio Grande do Norte. Os peixes que mordem e são inimigos do homem é a espécie Piranha que com certeza influenciou na denominação do grande rio Piranhas ou Açu.
Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
.1 - HISTÓRICO DA REOCUPAÇÃO DO VALE DO AÇU – RN (1ª parte - Em andamento).
Os verdadeiros donos da terra
As glebas de terras que hoje compõem os municípios do Vale do Açu, no início da colonização do Brasil, eram habitadas por índios da tribo Janduís, nome derivado do grande chefe Janduí, que de um modo natural e por tradição, também, se estendeu à tribo.
Os índios Janduís eram nômades e pertenciam à grande nação dos Tapuias, também, chamada de Cariri. O nome Cariri ou Kiriri, segundo o etnógrafo Luis da Câmara Cascudo1, provinha de um apelido dado pelos indígenas da tribo Potiguar vizinha pertencente à grande nação Tupi e significava calado, silencioso e taciturno. Quando falavam, articulavam mal as palavras, sendo, por isso chamado de Gentios da Língua Travada ou genericamente de Bárbaros.
A palavra Tapuia segundo explica o jesuíta Simão de Vasconcelos1 no livro do pesquisador Abdias Moura2 não corresponde a uma designação dada a si próprio pelos índios refugiados no sertão. Trata-se de uma expressão pejorativa, a eles atribuída pelos que viviam no litoral e falavam a língua tupi. O historiador Varnhagen3 haveria de insistir na inexistência de uma nação tapuia. Escreve, todavia, que esta palavra quer dizer contrario e os indígenas a aplicavam até aos franceses, contrario dos nossos, chamando-lhes de tapuy-tinga, isto é tapuia branco.
O nome Janduí ou Nhandui quer dizer na língua tupi ema pequena. Corresponde a uma ave de pequeno porte, de pernas longas e corredeira, muito comum nos largos campos cheio de lagoas e olhos d’água do atual estado do Rio Grande do Norte.
Viviam na ribeira do Açu e outras regiões do interior do nordeste setentrional do Brasil, em plena harmonia com o meio ambiente, só retirando da natureza aquilo necessário para a sua sobrevivência. Alimentava-se da caça, da pesca e da coleta de frutos, raízes, ervas e mel silvestre. Cultivavam a lavoura de subsistência, onde plantavam principalmente o milho, o jerimum e a mandioca.
O grande chefe Janduí, segundo antigos cronistas europeus viveu nesta região por mais de cem anos. Ele, juntamente com seu irmão Caracará, e três de seus filhos, o Canindé, Oquenaçu, Taya Açu e o cruel Jerereca foram importantes ícones da civilização indígena brasileira, na época da colonização do Brasil e Guerra dos Bárbaros ou Guerra do Açu, de uma maneira não correta conhecida nacionalmente como Confederação dos Cariris.
O historiador potiguar Olavo de Medeiros Filho com base em relatos de cronistas flamengos, da região de Flandres, norte da Europa, discorda da concepção de que a tribo Janduís pertencia à nação Cariri. Defende que os índios tapuias Janduís pertenceram à nação dos Tairurús (Janduís e Aparentados) na qual habitavam principalmente as ribeiras do Açu e Mossoró. Advoga, inclusive que na Guerra dos Bárbaros ou Levante dos Gentios Tapuias, que na época recebeu por parte de escritores mais românticos, a denominação de Confederação dos Cariris, que os índios Cariris, em grande número, foram inclusive utilizados como combatentes, na repressão ao levante dos Gentios Tapuias, em que tinha predominância do elemento Tairurús, cuja tribo mais famosa e temida do Brasil colonial era a tribo dos Janduís.
Contudo, o que é de consenso entre os diversos historiadores da civilização indígena do Brasil, seja os mais antigos, seja os historiadores contemporâneos é que os índios da tribo Janduís habitavam o território em que hoje corresponde a bacia hidrográfica do rio Açu. Tal fato pode ser confirmado inclusive por experientes cientistas europeus que por aqui estiveram.
Jorge Marcgrave, famoso naturalista e astrônomo alemão, que veio ao Brasil em 1638 em missão científica a convite do conde holandês Mauricio de Nassau, com a colaboração de Guilherme Piso produziram a importante obra Historia Natural do Brasil, Amsterdã 1648, na qual teceu considerações importantes sobre os costumes e habitat dos Janduís. Confeccionou o mais antigo desenho da nossa carnaubeira, palmeira nativa, genuinamente brasileira e abundante nos municípios do Vale do Açu. Neste importante documento histórico e geográfico Marcgrave escreveu este aspecto curioso e interessante a respeito desta decente e histórica região brasileira:
“Este rio também chamado de Otshunogh, penetra, no continente , em direção ao Austro numa distância de mais de 100 milhas. A uma distancia de mais de vinte e cinco milhas do litoral, acha-se o grande lago Bajatagh, com grande quantidade de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado de Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa dos peixes que mordem e são muito inimigos dos homem. A este fica adjacente ao vale Kuniangeya, tendo comprimento de 20 milhas e a largura de duas. Atravessa-o rio Otshunogh, abundante de peixes: aí se encontra grande abundancia de animais silvestre.”
Correlacionando com a geografia da região podemos concluir que o vale Kuniangeya mencionada pelo cronista flamengo corresponde ao atual Vale do Açu. O rio Otshunogh é o rio Açu ou Piranhas-Açu. O grande lago Bajatagh é a lagoa do Piató no município do Assu. O outro lago Igtu é a Lagoa Ponta Grande no município de Ipanguaçu no Rio Grande do Norte. Os peixes que mordem e são inimigos do homem é a espécie Piranha que com certeza influenciou na denominação do grande rio Piranhas ou Açu.
Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
PERFIL DE VALÉRIO MESQUITA
Querido(a)s amigo(a)s:
Falar de Valério é uma empreitada difícil, não porque ele seja complexo, mas porque é multifacetado.
Homem versátil, esbanja talento e competência em tudo que faz. Atualmente, é Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Mas já foi Prefeito de Macaíba, Deputado Estadual em muitas legislaturas, Presidente da Fundação José Augusto. Integra os quadros da Academia Norte-Riograndense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da União Brasileira de Escritores. É advogado e ex-aluno Marista, condições que nos fixaram no tempo como amigos.
Sei que alguns poucos poderão julgar exageradas as minhas exortações em favor do amigo, mas são justas e merecidas. Os perfis que elaboro não pretendem ser imparciais, porque as minhas opiniões sobre os perfilados não mantêm a equidistância ensaística, nem a avaliação crítica isenta. São relatos emocionais que se mantêm fiéis à minha valoração pessoal, à minha ótica pessoal.
Assim entendido, espero que vocês possam ter acesso à personalidade desse extraordinário norte-rio-grandense e valorosíssimo amigo.
Gostaria de receber comentários e opiniões sobre o perfilado, por ciência própria ou do que foi dado a conhecer nesta crônica.
Um bom fim de semana.
Abraços fraternos
Pedro Simões
Postado por FERNANDO CALDAS DEPUTADO ESTADUAL 23456
Falar de Valério é uma empreitada difícil, não porque ele seja complexo, mas porque é multifacetado.
Homem versátil, esbanja talento e competência em tudo que faz. Atualmente, é Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Mas já foi Prefeito de Macaíba, Deputado Estadual em muitas legislaturas, Presidente da Fundação José Augusto. Integra os quadros da Academia Norte-Riograndense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da União Brasileira de Escritores. É advogado e ex-aluno Marista, condições que nos fixaram no tempo como amigos.
Sei que alguns poucos poderão julgar exageradas as minhas exortações em favor do amigo, mas são justas e merecidas. Os perfis que elaboro não pretendem ser imparciais, porque as minhas opiniões sobre os perfilados não mantêm a equidistância ensaística, nem a avaliação crítica isenta. São relatos emocionais que se mantêm fiéis à minha valoração pessoal, à minha ótica pessoal.
Assim entendido, espero que vocês possam ter acesso à personalidade desse extraordinário norte-rio-grandense e valorosíssimo amigo.
Gostaria de receber comentários e opiniões sobre o perfilado, por ciência própria ou do que foi dado a conhecer nesta crônica.
Um bom fim de semana.
Abraços fraternos
Pedro Simões
Postado por FERNANDO CALDAS DEPUTADO ESTADUAL 23456
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
AGRONEGÓCIOS
Sistema Faern/Senar na Festa do Bode 2010
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró
O presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, juntamente com o Gerente de Aprendizagem Rural do Senar, Ubirajara de Araújo, participam nesta quinta-feira (05), da abertura da 12ª edição da Festa do Bode, na cidade de Mossoró, na região Oeste do estado.
O evento é promovido pela Prefeitura de Mossoró em parceria com o Governo do Estado, Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), a Associação dos Criadores de Caprinos de Mossoró (Asscom) e a Associação Nacional dos Criadores de Caprinos (Ancoc).
Durante os três dias da Festa do Bode, os organizadores esperam atrair um público diversificado, desde o visitante comum a criadores interessados em ampliar seus rebanhos.
Seminários
Os seminários tecnológicos realizados pela prefeitura, em parceria com a Ufersa e associações de criadores, repassará aos participantes informações sobre melhoria genética dos rebanhos, novos métodos de criação, inseminação artificial, entre outras orientações.
“A Festa do Bode é um evento consolidado para o agronegócio potiguar. Uma oportunidade de se fazer bons contatos e ampliar a técnica de nossos produtores rurais”, disse o presidente do Sistema Faern/Senar, José Vieira.
A Festa do Bode 2010 terá ainda cursos técnicos, festival de gastronomia, leilão de equinos e shows artístico-culturais, valorizando, sobretudo, o artista da terra.
Força do agronegócio
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró e integra o roteiro de feiras de animais da região Nordeste. “Essas feiras agropecuárias são uma mostra da força dos produtores do estado. Uma força que impulsiona muito a economia do Rio Grande do Norte. E uma força que deseja a parceria dos governantes para continuar crescendo e gerando emprego e renda”, finalizou Vieira.
Paulo Correia
Eco Imprensa
Leonardo Sodré
9986-2453
João Maria Medeiros
9144-6632
www.ecoimprensanatal.blogspot.com
ecoimprensamarketing@gmail.com
Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró
O presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, juntamente com o Gerente de Aprendizagem Rural do Senar, Ubirajara de Araújo, participam nesta quinta-feira (05), da abertura da 12ª edição da Festa do Bode, na cidade de Mossoró, na região Oeste do estado.
O evento é promovido pela Prefeitura de Mossoró em parceria com o Governo do Estado, Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), a Associação dos Criadores de Caprinos de Mossoró (Asscom) e a Associação Nacional dos Criadores de Caprinos (Ancoc).
Durante os três dias da Festa do Bode, os organizadores esperam atrair um público diversificado, desde o visitante comum a criadores interessados em ampliar seus rebanhos.
Seminários
Os seminários tecnológicos realizados pela prefeitura, em parceria com a Ufersa e associações de criadores, repassará aos participantes informações sobre melhoria genética dos rebanhos, novos métodos de criação, inseminação artificial, entre outras orientações.
“A Festa do Bode é um evento consolidado para o agronegócio potiguar. Uma oportunidade de se fazer bons contatos e ampliar a técnica de nossos produtores rurais”, disse o presidente do Sistema Faern/Senar, José Vieira.
A Festa do Bode 2010 terá ainda cursos técnicos, festival de gastronomia, leilão de equinos e shows artístico-culturais, valorizando, sobretudo, o artista da terra.
Força do agronegócio
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró e integra o roteiro de feiras de animais da região Nordeste. “Essas feiras agropecuárias são uma mostra da força dos produtores do estado. Uma força que impulsiona muito a economia do Rio Grande do Norte. E uma força que deseja a parceria dos governantes para continuar crescendo e gerando emprego e renda”, finalizou Vieira.
Paulo Correia
Eco Imprensa
Leonardo Sodré
9986-2453
João Maria Medeiros
9144-6632
www.ecoimprensanatal.blogspot.com
ecoimprensamarketing@gmail.com
Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
domingo, 1 de agosto de 2010
UM RIO FEDERAL
Zelito Coringa (*)
Ele nasce na serra do Bongá divisa da Paraíba com o Ceará, percorre grande parte do torrão paraibano, sendo conhecido por Piranhas-Açu. Porém, quando atravessa o Estado Potiguar, passa a ser chamado simplesmente de Rio Açu. Após a construção da "Barragem Armando Ribeiro Gonçalves" - Inaugurada oficialmente em 1984, tornou-se totalmente perene. Ouviu-se de olhos apitombados as promessas fabulosas do desenvolvimento que chegaria a esta região riquissima. Dado pelo corte da fita inaugural das autoridades e estudiosos proféticos da época. Sob o controle das sangrias haveria financiamentos: Eletrificação com baixos custos, implementos agrícolas, capacitação e direito a muita pabulagem nas pontas de calçadas do puxaquismo, e até amedrontamentos de baleias destruidoras de altares. Fui menino que pinotava de barreira à barreira no leito do rio Olho D'água, mergulhava feito piaba tonta, este um de seus afluentes. Naquela meninice não imaginava que as águas ficassem presas por comportas gigantes e acabasse a diversão dos pobres inocentes como eu. O vírus causador da sua morte lenta, pode ser batizado pelo povo de apoderamento do que é nosso, que migra de terra em terra, principalmente se o solo for rico em nutrientes e as leis ambientais forem dissimuladas. Configura-se nocivo aos que forem defensores desta causa. Num tempo não muito distante atribuiam-se toda a maldade aos justiceiros, bandoleiros e aos cidadãos conscientes. Agora parece tudo invisível aos olhos de muitas autoridades. Não há mais Manoel Torquato com seu sindicato do Garranho, Lampião com o seu bando de saquedores, nem fanatismo, tabus e pudores, nem a ilusão ou razão de nem um idealismo. Tudo é questão de sobrevivência e solidariedade aos que já quebraram seus potes de água ao beberem seus agrotóxicos. E quem daqui pra frente pagará a conta do consumo potável das irrigações gigantes? Será que é somente a população ao escovar os dentes na pia? De quem é o dever de cuidar das nossas fontes? O presidente, o governador, o prefeito, o vereador do povo, o deputado doido, o senador afoito, e os mais defensores do povo? E os meninotes do presente que lavam suas motos e carros no leito do rio, mijando o álcool do último porre? - Não digam que é inverdade, nem atirem a primeira pedra. Isso tudo quem disse foi um cabra metido a doido das bandas dos carnaubais, e eu na escutação da conversa esqueci de gravar seu nome. Façamos valer um novo gesto educativo, reafirmando que somos varzeanos da mesma nascente.
O autor é músico e poeta, natural da Cidade de Carnaubais-RN.
Postado por Gilberto Freire de Melo
Ele nasce na serra do Bongá divisa da Paraíba com o Ceará, percorre grande parte do torrão paraibano, sendo conhecido por Piranhas-Açu. Porém, quando atravessa o Estado Potiguar, passa a ser chamado simplesmente de Rio Açu. Após a construção da "Barragem Armando Ribeiro Gonçalves" - Inaugurada oficialmente em 1984, tornou-se totalmente perene. Ouviu-se de olhos apitombados as promessas fabulosas do desenvolvimento que chegaria a esta região riquissima. Dado pelo corte da fita inaugural das autoridades e estudiosos proféticos da época. Sob o controle das sangrias haveria financiamentos: Eletrificação com baixos custos, implementos agrícolas, capacitação e direito a muita pabulagem nas pontas de calçadas do puxaquismo, e até amedrontamentos de baleias destruidoras de altares. Fui menino que pinotava de barreira à barreira no leito do rio Olho D'água, mergulhava feito piaba tonta, este um de seus afluentes. Naquela meninice não imaginava que as águas ficassem presas por comportas gigantes e acabasse a diversão dos pobres inocentes como eu. O vírus causador da sua morte lenta, pode ser batizado pelo povo de apoderamento do que é nosso, que migra de terra em terra, principalmente se o solo for rico em nutrientes e as leis ambientais forem dissimuladas. Configura-se nocivo aos que forem defensores desta causa. Num tempo não muito distante atribuiam-se toda a maldade aos justiceiros, bandoleiros e aos cidadãos conscientes. Agora parece tudo invisível aos olhos de muitas autoridades. Não há mais Manoel Torquato com seu sindicato do Garranho, Lampião com o seu bando de saquedores, nem fanatismo, tabus e pudores, nem a ilusão ou razão de nem um idealismo. Tudo é questão de sobrevivência e solidariedade aos que já quebraram seus potes de água ao beberem seus agrotóxicos. E quem daqui pra frente pagará a conta do consumo potável das irrigações gigantes? Será que é somente a população ao escovar os dentes na pia? De quem é o dever de cuidar das nossas fontes? O presidente, o governador, o prefeito, o vereador do povo, o deputado doido, o senador afoito, e os mais defensores do povo? E os meninotes do presente que lavam suas motos e carros no leito do rio, mijando o álcool do último porre? - Não digam que é inverdade, nem atirem a primeira pedra. Isso tudo quem disse foi um cabra metido a doido das bandas dos carnaubais, e eu na escutação da conversa esqueci de gravar seu nome. Façamos valer um novo gesto educativo, reafirmando que somos varzeanos da mesma nascente.
O autor é músico e poeta, natural da Cidade de Carnaubais-RN.
Postado por Gilberto Freire de Melo
PRINCIPAIS ATRAÇÕES DE ASSU
Prédio da Igreja Matriz: É o mais imponente da cidade. Não é um templo rico, mas nem por isso deixa de inspirar confiança e fé no assuense e em milhares de pessoas que todos os anos, durante o mês de junho, chegam para visitar parentes e comemorar o nascimento do Santo Padroeiro, São João Batista.
Barragem Armando Ribeiro Gonçalves: A Barragem do Assu, como também é conhecida na Região, tem capacidade de armazenamento de 2 bilhões e 400 milhões de metros cúbicos de água. Banha parte dos territórios dos municípios de Assu, Itajá, São Rafael e Jucurutu. O melhor acesso é por Itajá. Às margens da Barragem, no Município de Itajá, existe um pequeno povoado habitado por pescadores, onde encontram-se casas rústicas, ao lado de verdadeiras mansões e também dois balneários e um restaurante. A gastronomia local é variada, porém o prato principal é o peixe, especialmente o tucunaré frito e cozido. Do lado oeste, já no Município de Assu, está localizado o sangradouro, algumas ilhas e duas pequenas comunidades, onde estão construídas algumas casas de camping que são verdadeiros paraísos.
Rio Assu: Razão maior da existência do Município, possuindo 405 km de extensão. Nasce na Serra da Borborema, na cidade de Bonito de Santa Fé (Estado da Paraíba), com a denominação de Rio Piancó. À sua margem esquerda no Município existem diversas barracas de comercialização de bebidas e comidas, local onde se concentra o maior número de foliões no carnaval, conhecido popularmente por Carnaval do Rio Assu.
Açude do Mendubim: Está localizado no Rio Paraú, afluente à margem esquerda do Rio Piranhas ou Assu. Localiza-se a 11km do centro da cidade. O Açude do Mendubim possui uma das mais belas vistas da Região, sobretudo quando está sangrando.
Lagoa do Piató: Considerada o maior reservatório de água do Estado, com capacidade para armazenar 96 bilhões de metros cúbicos de água. Possui uma extensão de 18 km de comprimento por 2,5 de largura. O seu entorno é propício para a realização de trilhas ecológicas e para a prática de espeleologia nas cavernas existentes às margens da lagoa. No anel da Lagoa de Piató, pode-se visitar diversos baobás, árvore rara no Brasil e de extraordinária beleza. Esses atrativos fazem da Lagoa de Piató uma das maiores referências turísticas da Região.
Gruta dos Pingos: Localiza-se aproximadamente a 14 km do centro do Assu, na localidade denominada de Pingos. Esta caverna tem aproximadamente 22 m de largura por 8 m de altura. Do teto da gruta, pingam gotas de água incessantemente durante todas as estações do ano. Visitar a gruta é uma aventura repleta de emoções.
Casarios Antigos: Resquícios das primeiras edificações da cidade de Assu, onde foram instalados o primeiro hotel, a farmácia, os primeiros salões de festas, a primeira agência dos correios e telégrafos, a casa paroquial, a Casa da Baronesa, o mercado, a primeira panificadora, entre outros.
Postado por Jota Maria
FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
Barragem Armando Ribeiro Gonçalves: A Barragem do Assu, como também é conhecida na Região, tem capacidade de armazenamento de 2 bilhões e 400 milhões de metros cúbicos de água. Banha parte dos territórios dos municípios de Assu, Itajá, São Rafael e Jucurutu. O melhor acesso é por Itajá. Às margens da Barragem, no Município de Itajá, existe um pequeno povoado habitado por pescadores, onde encontram-se casas rústicas, ao lado de verdadeiras mansões e também dois balneários e um restaurante. A gastronomia local é variada, porém o prato principal é o peixe, especialmente o tucunaré frito e cozido. Do lado oeste, já no Município de Assu, está localizado o sangradouro, algumas ilhas e duas pequenas comunidades, onde estão construídas algumas casas de camping que são verdadeiros paraísos.
Rio Assu: Razão maior da existência do Município, possuindo 405 km de extensão. Nasce na Serra da Borborema, na cidade de Bonito de Santa Fé (Estado da Paraíba), com a denominação de Rio Piancó. À sua margem esquerda no Município existem diversas barracas de comercialização de bebidas e comidas, local onde se concentra o maior número de foliões no carnaval, conhecido popularmente por Carnaval do Rio Assu.
Açude do Mendubim: Está localizado no Rio Paraú, afluente à margem esquerda do Rio Piranhas ou Assu. Localiza-se a 11km do centro da cidade. O Açude do Mendubim possui uma das mais belas vistas da Região, sobretudo quando está sangrando.
Lagoa do Piató: Considerada o maior reservatório de água do Estado, com capacidade para armazenar 96 bilhões de metros cúbicos de água. Possui uma extensão de 18 km de comprimento por 2,5 de largura. O seu entorno é propício para a realização de trilhas ecológicas e para a prática de espeleologia nas cavernas existentes às margens da lagoa. No anel da Lagoa de Piató, pode-se visitar diversos baobás, árvore rara no Brasil e de extraordinária beleza. Esses atrativos fazem da Lagoa de Piató uma das maiores referências turísticas da Região.
Gruta dos Pingos: Localiza-se aproximadamente a 14 km do centro do Assu, na localidade denominada de Pingos. Esta caverna tem aproximadamente 22 m de largura por 8 m de altura. Do teto da gruta, pingam gotas de água incessantemente durante todas as estações do ano. Visitar a gruta é uma aventura repleta de emoções.
Casarios Antigos: Resquícios das primeiras edificações da cidade de Assu, onde foram instalados o primeiro hotel, a farmácia, os primeiros salões de festas, a primeira agência dos correios e telégrafos, a casa paroquial, a Casa da Baronesa, o mercado, a primeira panificadora, entre outros.
Postado por Jota Maria
FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
AS POTENCIALIDADES DO RN
O que o Rio Grande do Norte teve, tem e pode continuar tendo de riquezas. Elas estão espalhadas por todo o Estado.
No livro “Evolução Econômica do Rio Grande do Norte”, do professor Paulo Pereira dos Santos, o autor detalha todas as potencialidades de um Estado rico, porém de povo pobre.
Com o objetivo de passar adiante essas riquezas e potencialidades para o conhecimento dos leitores, inclusive da classe política (quem conhece coloca uma venda no rosto e não faz um bom projeto para aproveitar ou reaproveitar estas potencialidaeds), este Blog faz um pequeno “apanhado” do que consta no livro, escrito em 2001. A postagem pode parecer longa para leitura, mas é de importância fundamental para seu conhecimento.
ALGODÃO – A principal atividade econômica do RN era a cotonicultura. O Estado assumia o 2º lugar como produtor regional e o 5º do Brasil. Era explorado em quase todo território estadual, em 81 municípios, mais precisamente, nas zonas Oeste e das regiões do Seridó e Centro-oeste. Sob o aspecto qualitativo, o algodão do RN apresentava a grande força de competição com similares das melhores regiões do mundo.
CANA-DE-AÇÚCAR – A cultura canavieira se concentrava na região litorânea próxima a Natal e compreendia 87% da produção estadual. Seu cultivo se dava em vale úmidos dos rios Oriental, Jacu, Curimataú, Trairí e Ceará Mirim. Em 1975 o Estado produziu 798 mil toneladas de cana-de-açúcar.
MANDIOCA – A mandioca representava um papel muito significativo, tanto pelo seu valor na alimentação, quando do rurícola, bem como dando suporte forrageiro para a bovinocultura.
SISAL – Tinha grande importância econômica em 1977. Contribuía com divisa para o país e podia ser colhido praticamente em qualquer época do ano e aproveitada a mão-de-obra abundante na fase de colheita. O Estado ocupava a terceira posição como produtor de sisal do país, e esta era quase toda destinada ao mercado externo.
CERA DE CARNAÚBA – Era a principal atividade de produção extrativa vegetal na época. Sua produção era concentrada em alguns municípios das várzeas de Apodi e Assu, e sua produção era direcionada ao mercado mundial.
CAJU – Os projetos, Mossoró Agroindustrial S/A – Maisa e Serra do Mel estavam dinamizando a produção do caju no Estado. O primeiro, em 1976, tinha produção de 15 mil toneladas de frutos, extraindo 5 mil toneladas de suco. O segundo, administrado pela CIMPARN, empresa do Governo do Estado, tinha 17.900 hectares plantadas com cajueiro, o que corresponde a 2 milhões e 17 mil pés de caju. Em 1992 a Maisa era uma empresa bem sucedida e exportava sua produção para o Sul do país e para o mercado externo
MAMONA – Em 1973, havia uma produção de mamona de 1.343 toneladas. Era uma produção bastante moderna e apresentava grandes potencialidades de ser uma cultura de representatividade na economia do Estado. A empresa Salha S/A foi a pioneira no Estado da industrialização de mamona. Em 1979, ela exportava o óleo da conhecida carrapateira para os Estados Unidos, Canadá, França, Suíça, Alemanha, China e outros países.
SCHEELITA – A participação da scheelita do RN, na produção brasileira, era de 95% em 1975 e correspondia a 384.042 toneladas de scheelita bruta e 1.644 toneladas beneficiadas. As áreas scheelitíferas do RN encontram-se nos municípios de Currais Novos, Caicó, Jucurutu, Santa Luzia e São Tomé.
MÁRMORE – O mármore do RN era tido como o melhor do Brasil, podendo ser comparado ao italiano. O negro era produzido no município de Paraú e o rosa em São Tomé, este chegando às vezes, a ser avermelhado. O listrado em cinza e cinza escura eram encontrados em Parelhas. Na cidade de Assu existia a maioria serraria de mármore do norte-nordeste, a Sinwal S/A Indústria de Mármores e Granitos. Os municípios de São Rafael, São João do Sabugi, Caicó, Almino Afonso, Paraú e Parelhas são onde existiam as maiores reservas de mármore. A cidade de São Rafael detinha a maior mina de mármore do RN, na propriedade de Florizanto Barros da Câmara. A maior ficou submersa com as águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
CALCÁRIO – Eram de 106 milhões de toneladas de calcário as reservas quantificadas em 1975. Na época, era empregado na agricultura para a correção de acidez dos solos e na fabricação de cimento pela a Itapetinga S/A. Havia grandes perspectivas de sua demanda crescer, em face da prevista necessidade da Alcanorte para o ano de 1979. Oportuno salientar que em 2000 o projeto da Alcanorte não foi à frente. Detalhes: o consumo de energia da Itapetinga, quando esta se instalou, era maior do que toda cidade de Mossoró. Está na cidade de Lajes o maior número de reserva calcário.
DIATOMITA – É um mineral muito leve que é utilizado na fabricação de armas. Em 1977 o RN era o maior produtor de diatomita no Brasil. As principais ocorrências de diatomita do Nordeste estavam as de Ceará-Mirim e Macaíba, estimadas em 111 mil toneladas conforme informações do Departamento Nacional de Produção Mineral.
CAULIM – Produto solicitado para a produção de tinta. Os municípios de Canaúba dos Dantas e Equador apresentavam ocorrência de caulim de melhor qualidade. Suas reservas calculadas até 1975 indicavam mais de 1 milhão de toneladas medidas e 720 mil toneladas indicadas. O caulim do RN, depois de refinado, poderia ser empregado na fabricação de esmalte a cores e cerâmica.
SAL MARINHO – Em 1975, o RN produzia 1,6 milhões de toneladas de sal. Estava produção abrangia os municípios de Macau, Mossoró e Areia Branca. Mais uma vez, se o projeto da Alcanorte estivesse pronto, a demanda do sal poderia crescer, tendo em vista que, inicialmente, a Alcanorte consumiria 300 mil toneladas de sal em forma de salmoura. A primeira empresa a exportar sal granulado foi a Socel. A empresa F. Souto é a primeira empresa em produtividade do Nordeste e a terceira no mercado mundial.
PETRÓLEO – Desde os anos 40 que existe a expectativa de petróleo em Mossoró. O primeiro local a jorrar petróleo foi onde hoje funciona o Hotel Thermas, em 1979. Os jornais de 1974 afirmam que em março de 1956, chegava a Macau a primeira equipe técnica da Petrobras que faria sondagem sobre a existência de petróleo. Dizem que as populações de Barreiros e Digo Lopes avistavam, à noite, a torre e observavam um fogaréu em torno da plataforma. Depois, as descobertas aconteciam em maiores números em Mossoró, Fazenda Belém, Alto do Rodrigues, Canto do Amaro, Rio Panon, Fazenda Pocinho, Guamaré, Redondo, Macau, Palmeira e Livramento.
PRODUÇÃO DE GÁS – É produzido em maior escala no RN, porém, não é bem aproveitado. O gás produzido nos campos da bacia do RN é bombeado para a Unidade de Processamento de Gás Natural [UPGN] de Guamaré, e foi instalada para processar a cerca de 2 mil metros cúbicos por dia de gás natural, do qual é extraído o GLP, o famoso gás de cozinha e a gasolina natural. O RN não usufrui financeiramente e economicamente de sua gigantesca produção de petróleo, recebendo apenas “migalhas” de royalties, que, comparando com os milhões de dólares de sua produção anual, não tem quase significação para a economia local.
ATIVIDADE PESQUEIRA – Duas atividades de bastante representatividade, através da pesquisa industrial e artesanal. Esta última, por exemplo, no ano de 1976, sua produção alcançou quase 3 mil toneladas, representando 70% do total da produção do Estado. Atualmente, a maior produtividade é de cativeiro e o maior produtor em Mossoró é Bastos, que tinha uma rede de supermercado Pague Menos.
ECONOMIA MERCADO EXTERNO – O Estado apresentava uma balança comercial com características de uma região importadora, pelo fato de sua pouca capacidade de produzir excedente para a exportação e da maior necessidade de importação. O Estado destinava seus produtos ao mercado mundial, sua maior parte pelos portos dos Estados vizinhos, o que constituía certamente, um dos fatores de estrangulamento para o incremento das exportações. A inexistência de infra-estrutura portuária adequada ao atendimento de maior fluxo de produtos canalizados para o mercado externo, inibia a ação empresarial do Estado. O Estado tem fruticultura forte, no entanto, precisa de incentivo. O RN tem o segundo melhor clima do país, que o na cidade de Natal, perdendo para uma cidade na Holanda.
Fogo Cruzado
Postado por Afonso Diligori Mendes
(Do Blog: Sociedade Alternativa de São Rafael/RN)
FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
No livro “Evolução Econômica do Rio Grande do Norte”, do professor Paulo Pereira dos Santos, o autor detalha todas as potencialidades de um Estado rico, porém de povo pobre.
Com o objetivo de passar adiante essas riquezas e potencialidades para o conhecimento dos leitores, inclusive da classe política (quem conhece coloca uma venda no rosto e não faz um bom projeto para aproveitar ou reaproveitar estas potencialidaeds), este Blog faz um pequeno “apanhado” do que consta no livro, escrito em 2001. A postagem pode parecer longa para leitura, mas é de importância fundamental para seu conhecimento.
ALGODÃO – A principal atividade econômica do RN era a cotonicultura. O Estado assumia o 2º lugar como produtor regional e o 5º do Brasil. Era explorado em quase todo território estadual, em 81 municípios, mais precisamente, nas zonas Oeste e das regiões do Seridó e Centro-oeste. Sob o aspecto qualitativo, o algodão do RN apresentava a grande força de competição com similares das melhores regiões do mundo.
CANA-DE-AÇÚCAR – A cultura canavieira se concentrava na região litorânea próxima a Natal e compreendia 87% da produção estadual. Seu cultivo se dava em vale úmidos dos rios Oriental, Jacu, Curimataú, Trairí e Ceará Mirim. Em 1975 o Estado produziu 798 mil toneladas de cana-de-açúcar.
MANDIOCA – A mandioca representava um papel muito significativo, tanto pelo seu valor na alimentação, quando do rurícola, bem como dando suporte forrageiro para a bovinocultura.
SISAL – Tinha grande importância econômica em 1977. Contribuía com divisa para o país e podia ser colhido praticamente em qualquer época do ano e aproveitada a mão-de-obra abundante na fase de colheita. O Estado ocupava a terceira posição como produtor de sisal do país, e esta era quase toda destinada ao mercado externo.
CERA DE CARNAÚBA – Era a principal atividade de produção extrativa vegetal na época. Sua produção era concentrada em alguns municípios das várzeas de Apodi e Assu, e sua produção era direcionada ao mercado mundial.
CAJU – Os projetos, Mossoró Agroindustrial S/A – Maisa e Serra do Mel estavam dinamizando a produção do caju no Estado. O primeiro, em 1976, tinha produção de 15 mil toneladas de frutos, extraindo 5 mil toneladas de suco. O segundo, administrado pela CIMPARN, empresa do Governo do Estado, tinha 17.900 hectares plantadas com cajueiro, o que corresponde a 2 milhões e 17 mil pés de caju. Em 1992 a Maisa era uma empresa bem sucedida e exportava sua produção para o Sul do país e para o mercado externo
MAMONA – Em 1973, havia uma produção de mamona de 1.343 toneladas. Era uma produção bastante moderna e apresentava grandes potencialidades de ser uma cultura de representatividade na economia do Estado. A empresa Salha S/A foi a pioneira no Estado da industrialização de mamona. Em 1979, ela exportava o óleo da conhecida carrapateira para os Estados Unidos, Canadá, França, Suíça, Alemanha, China e outros países.
SCHEELITA – A participação da scheelita do RN, na produção brasileira, era de 95% em 1975 e correspondia a 384.042 toneladas de scheelita bruta e 1.644 toneladas beneficiadas. As áreas scheelitíferas do RN encontram-se nos municípios de Currais Novos, Caicó, Jucurutu, Santa Luzia e São Tomé.
MÁRMORE – O mármore do RN era tido como o melhor do Brasil, podendo ser comparado ao italiano. O negro era produzido no município de Paraú e o rosa em São Tomé, este chegando às vezes, a ser avermelhado. O listrado em cinza e cinza escura eram encontrados em Parelhas. Na cidade de Assu existia a maioria serraria de mármore do norte-nordeste, a Sinwal S/A Indústria de Mármores e Granitos. Os municípios de São Rafael, São João do Sabugi, Caicó, Almino Afonso, Paraú e Parelhas são onde existiam as maiores reservas de mármore. A cidade de São Rafael detinha a maior mina de mármore do RN, na propriedade de Florizanto Barros da Câmara. A maior ficou submersa com as águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
CALCÁRIO – Eram de 106 milhões de toneladas de calcário as reservas quantificadas em 1975. Na época, era empregado na agricultura para a correção de acidez dos solos e na fabricação de cimento pela a Itapetinga S/A. Havia grandes perspectivas de sua demanda crescer, em face da prevista necessidade da Alcanorte para o ano de 1979. Oportuno salientar que em 2000 o projeto da Alcanorte não foi à frente. Detalhes: o consumo de energia da Itapetinga, quando esta se instalou, era maior do que toda cidade de Mossoró. Está na cidade de Lajes o maior número de reserva calcário.
DIATOMITA – É um mineral muito leve que é utilizado na fabricação de armas. Em 1977 o RN era o maior produtor de diatomita no Brasil. As principais ocorrências de diatomita do Nordeste estavam as de Ceará-Mirim e Macaíba, estimadas em 111 mil toneladas conforme informações do Departamento Nacional de Produção Mineral.
CAULIM – Produto solicitado para a produção de tinta. Os municípios de Canaúba dos Dantas e Equador apresentavam ocorrência de caulim de melhor qualidade. Suas reservas calculadas até 1975 indicavam mais de 1 milhão de toneladas medidas e 720 mil toneladas indicadas. O caulim do RN, depois de refinado, poderia ser empregado na fabricação de esmalte a cores e cerâmica.
SAL MARINHO – Em 1975, o RN produzia 1,6 milhões de toneladas de sal. Estava produção abrangia os municípios de Macau, Mossoró e Areia Branca. Mais uma vez, se o projeto da Alcanorte estivesse pronto, a demanda do sal poderia crescer, tendo em vista que, inicialmente, a Alcanorte consumiria 300 mil toneladas de sal em forma de salmoura. A primeira empresa a exportar sal granulado foi a Socel. A empresa F. Souto é a primeira empresa em produtividade do Nordeste e a terceira no mercado mundial.
PETRÓLEO – Desde os anos 40 que existe a expectativa de petróleo em Mossoró. O primeiro local a jorrar petróleo foi onde hoje funciona o Hotel Thermas, em 1979. Os jornais de 1974 afirmam que em março de 1956, chegava a Macau a primeira equipe técnica da Petrobras que faria sondagem sobre a existência de petróleo. Dizem que as populações de Barreiros e Digo Lopes avistavam, à noite, a torre e observavam um fogaréu em torno da plataforma. Depois, as descobertas aconteciam em maiores números em Mossoró, Fazenda Belém, Alto do Rodrigues, Canto do Amaro, Rio Panon, Fazenda Pocinho, Guamaré, Redondo, Macau, Palmeira e Livramento.
PRODUÇÃO DE GÁS – É produzido em maior escala no RN, porém, não é bem aproveitado. O gás produzido nos campos da bacia do RN é bombeado para a Unidade de Processamento de Gás Natural [UPGN] de Guamaré, e foi instalada para processar a cerca de 2 mil metros cúbicos por dia de gás natural, do qual é extraído o GLP, o famoso gás de cozinha e a gasolina natural. O RN não usufrui financeiramente e economicamente de sua gigantesca produção de petróleo, recebendo apenas “migalhas” de royalties, que, comparando com os milhões de dólares de sua produção anual, não tem quase significação para a economia local.
ATIVIDADE PESQUEIRA – Duas atividades de bastante representatividade, através da pesquisa industrial e artesanal. Esta última, por exemplo, no ano de 1976, sua produção alcançou quase 3 mil toneladas, representando 70% do total da produção do Estado. Atualmente, a maior produtividade é de cativeiro e o maior produtor em Mossoró é Bastos, que tinha uma rede de supermercado Pague Menos.
ECONOMIA MERCADO EXTERNO – O Estado apresentava uma balança comercial com características de uma região importadora, pelo fato de sua pouca capacidade de produzir excedente para a exportação e da maior necessidade de importação. O Estado destinava seus produtos ao mercado mundial, sua maior parte pelos portos dos Estados vizinhos, o que constituía certamente, um dos fatores de estrangulamento para o incremento das exportações. A inexistência de infra-estrutura portuária adequada ao atendimento de maior fluxo de produtos canalizados para o mercado externo, inibia a ação empresarial do Estado. O Estado tem fruticultura forte, no entanto, precisa de incentivo. O RN tem o segundo melhor clima do país, que o na cidade de Natal, perdendo para uma cidade na Holanda.
Fogo Cruzado
Postado por Afonso Diligori Mendes
(Do Blog: Sociedade Alternativa de São Rafael/RN)
FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
sábado, 31 de julho de 2010
PROJETO MAPEIA CULTURA NOS BAIRROS
Rastreando riquezas Projeto que tem mapeado o patrimônio cultural de Natal espera atingir, até o fim do ano, 36 bairros
Sérgio Vilar // sergiovilar.rn@dabr.com.br
A cultura natalense está sob a mira de olhares atentos e interessados em catalogar e quantificar o patrimônio cultural da cidade. Desde o início do ano um projeto de mapeamento cultural está em andamento. De forma sigilosa, uma equipe multifuncional formada por antropólogos, poetas e pesquisadores tem vasculhado os bens imateriais nos 36 bairros da cidade. O levantamento dos principais saberes, celebrações e expressões mais relevantes de cada localidade estarão reunidos em um inventário publicado em novembro e disponibilizado gratuitamente na internet.
O boi de reis de Felipe Camarão é uma das tradições imateriais que farão parte do inventário, cuja publicação deve se dar em novembro Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
O poeta, artista plástico e agitador cultural Eduardo Alexandre está responsável pela escrita de crônicas de cada bairro, a partir de uma linguagem poética aliada à pesquisa bibliográfica e de campo. Em agosto, Eduardo Alexandre descansa seu olhar sobre a geografia da Redinha, chamada por Cascudo de "praia bonita". As crônicas de Eduardo Alexandre deverão abrir a publicação. O padrão ainda será definido após reunião compublicitários, segundo explica o gestor de cultura do Sebrae/RN, Eduardo Viana.
"Nossa intenção, além de catalogar os saberes e práticas culturais, é nortear as políticas culturais a partir da riqueza e diversidade cultural de cada bairro", adiantou Eduardo Viana. Outro propósito é de que o inventário seja referência para outras publicações e possa despertar o interesse pela estadualização do catálogo, com o mapeamento cultural dos municípios potiguares. O projeto é uma parceria entre Sebrae/RN, Banco do Nordeste e Fundação Capitania das Artes.
O mapeamento imaterial de Natal levará em consideração durante a pesquisa a sistemática utilizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), referentes a preservação do patrimônio imaterial como os Saberes, as Celebrações, Formas de Expressão e Lugares. Manifestações culturais mantidas nas localidades serão abordadas na pesquisa. A intenção é identificar bens da cultura imaterial como ofício de rezadeira, pescador artesanal, mangaeiro, artistas, festas de padroeiros, carnavais, grupos de danças, folguedos, santuários populares, etc.
Fases
Na primeira fase de execução do projeto foram rastreados os bairros de Nova Descoberta, Ponta Negra, Redinha, Santos Reis, Rocas, Praia do Meio, Bairro Nordeste, Quintas, Bom Pastor, Nossa Sra. de Nazaré, Cidade da Esperança, Nova Cidade, Cidade Alta, Planalto, Guarapes, Alecrim, Felipe Camarão, Praia do Meio. A segunda fase está prevista para iniciar no mês de agosto e contemplará os bairros de Lagoa Azul, Pajuçara, Potengi, N. Sra. Apresentação, Igapó, Salinas, Ribeira, Petrópolis, Areia Preta, Mãe Luiza, Tirol, Barro Vermelho, Lagoa Seca, Lagoa Nova, Candelária, Pitimbu, Capim Macio e Neópolis.
Eduardo Viana ressalta a importância da participação popular na fase de coleta de dados. "A partir de indicações e entrevistas com lideranças comunitárias, agentes de saúde, associações comunitárias, professores, agentes culturais são localizados os possíveis bens culturais existentes nos bairros". E completa: "Com aelaboração do mapeamento cultural imaterial da cidade será possível conhecer a realidade atual das práticas socioculturais, possibilitando a criação de políticas públicas de fomento destinadas às atividades culturais locais".
Serviço
Para entrar em contato com Eduardo Alexandre, o endereço eletrônico é mapeamentonatal@gmail.com.
(Fonte: Caderno Muito, Diário de Natal)
(Transcrito por FERNANDO CALDAS DEPUTADO ESTADUAL 23456)
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Sérgio Vilar // sergiovilar.rn@dabr.com.br
A cultura natalense está sob a mira de olhares atentos e interessados em catalogar e quantificar o patrimônio cultural da cidade. Desde o início do ano um projeto de mapeamento cultural está em andamento. De forma sigilosa, uma equipe multifuncional formada por antropólogos, poetas e pesquisadores tem vasculhado os bens imateriais nos 36 bairros da cidade. O levantamento dos principais saberes, celebrações e expressões mais relevantes de cada localidade estarão reunidos em um inventário publicado em novembro e disponibilizado gratuitamente na internet.
O boi de reis de Felipe Camarão é uma das tradições imateriais que farão parte do inventário, cuja publicação deve se dar em novembro Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
O poeta, artista plástico e agitador cultural Eduardo Alexandre está responsável pela escrita de crônicas de cada bairro, a partir de uma linguagem poética aliada à pesquisa bibliográfica e de campo. Em agosto, Eduardo Alexandre descansa seu olhar sobre a geografia da Redinha, chamada por Cascudo de "praia bonita". As crônicas de Eduardo Alexandre deverão abrir a publicação. O padrão ainda será definido após reunião compublicitários, segundo explica o gestor de cultura do Sebrae/RN, Eduardo Viana.
"Nossa intenção, além de catalogar os saberes e práticas culturais, é nortear as políticas culturais a partir da riqueza e diversidade cultural de cada bairro", adiantou Eduardo Viana. Outro propósito é de que o inventário seja referência para outras publicações e possa despertar o interesse pela estadualização do catálogo, com o mapeamento cultural dos municípios potiguares. O projeto é uma parceria entre Sebrae/RN, Banco do Nordeste e Fundação Capitania das Artes.
O mapeamento imaterial de Natal levará em consideração durante a pesquisa a sistemática utilizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), referentes a preservação do patrimônio imaterial como os Saberes, as Celebrações, Formas de Expressão e Lugares. Manifestações culturais mantidas nas localidades serão abordadas na pesquisa. A intenção é identificar bens da cultura imaterial como ofício de rezadeira, pescador artesanal, mangaeiro, artistas, festas de padroeiros, carnavais, grupos de danças, folguedos, santuários populares, etc.
Fases
Na primeira fase de execução do projeto foram rastreados os bairros de Nova Descoberta, Ponta Negra, Redinha, Santos Reis, Rocas, Praia do Meio, Bairro Nordeste, Quintas, Bom Pastor, Nossa Sra. de Nazaré, Cidade da Esperança, Nova Cidade, Cidade Alta, Planalto, Guarapes, Alecrim, Felipe Camarão, Praia do Meio. A segunda fase está prevista para iniciar no mês de agosto e contemplará os bairros de Lagoa Azul, Pajuçara, Potengi, N. Sra. Apresentação, Igapó, Salinas, Ribeira, Petrópolis, Areia Preta, Mãe Luiza, Tirol, Barro Vermelho, Lagoa Seca, Lagoa Nova, Candelária, Pitimbu, Capim Macio e Neópolis.
Eduardo Viana ressalta a importância da participação popular na fase de coleta de dados. "A partir de indicações e entrevistas com lideranças comunitárias, agentes de saúde, associações comunitárias, professores, agentes culturais são localizados os possíveis bens culturais existentes nos bairros". E completa: "Com aelaboração do mapeamento cultural imaterial da cidade será possível conhecer a realidade atual das práticas socioculturais, possibilitando a criação de políticas públicas de fomento destinadas às atividades culturais locais".
Serviço
Para entrar em contato com Eduardo Alexandre, o endereço eletrônico é mapeamentonatal@gmail.com.
(Fonte: Caderno Muito, Diário de Natal)
(Transcrito por FERNANDO CALDAS DEPUTADO ESTADUAL 23456)
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sexta-feira, 30 de julho de 2010
AABB DE AÇU
Antiga carteira da AABB - Associação Atlética Banco do Brasil, de Açu, data de 1966, no tempo em que aquela associação começou a funcionar na casa de propriedade de José André de Souza - Zezinho André, na avenida Senador João Câmara. Fica o registro daquela associação que ainda muito contribui para os eventos e festa dançantes, a sociedade festeira do Assu. A carteira pertence ao senhor Edmilson Lins Caldas, pai do autor deste blog.
Postado por Fernando Caldas Fanfa - DEPUTADO ESTADUAL 23456
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O VALE
O Vale era um jornal editado pelo DNOCS sobre a responsabilidade de Padre Zé Luiz que começou a circular em finais junho de 1999, que tinha o objetivo de conscientizar os povo daquela região a construção da Barrage Armando Ribeiro Gonçalve (BArragem do Açu). Na fotogragia um movimento religioso.
Postado por Fernando Caldas Fanfa - DEPUTADO ESTADUAL 23456
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