Neste meu pequeno verso
Narro um fato colossal,
Um caso recém passado
Numa grande capital
Pois Bin Laden na noitada
Achou uma namorada
Lá pras bandas de Natal.
Pois ele entrou num site
Cá do ocidente oriundo,
Na sala de bate-papo,
Teclando c' um tal Raimundo
E também com Marinete,
"uma gata na Internet"
Perdição de todo mundo,
Essa gata Marinete,
Raimundo lhe apresentou,
Bin Laden abestalhado
Por ela se interessou
O grande mal do Ocidente
Que corrompe lentamente
Ao terrorista atacou.
Bin Laden conectado
Com Nete ficou teclando
Passando noites no Messenger
Por ela se declarando.
Bom! Gosto não se discute,
Mas num é que pelo Orkut
Um romance foi rolando.
Neste mandou várias fotos
Dela na Praia do Meio,
Lindas fotos sensuais
"Do sorvete e do recheio"
Deixando apaixonado
O Árabe véi tarado
Qu entrou em aperreio.
Ela mandou outras fotos
Lá do Morro do Careca,
E do grande cajueiro,
Com ela toda sapeca
E fotos dela no Forte
O Rio Grande do Norte,
Lhe apresentou a moleca.
Nete dizia pro velho:
- Quero ser o seu tesão,
Estou cheia de vigor,
Pra matá-lo de paixão,
Meu gostoso barbudinho
Quero te dá meu carinho
Vem curtir nosso verão.
Bin Laden apaixonado,
Quis ir logo pra Natal,
Seus assessores disseram:
- Não vá, pode ser fatal.
- Quero jogar futebol,
Na bela Terra do Sol,
Respondeu o maioral.
Osama arrumou as malas,
Um jato, logo fretou.
Direto do Caribe
Pra Natal ele acunhou.
Veio vê nossa colônia,
Entrando pela Amazônia,
E em Natal logo chegou.
Levou consigo uns capangas,
Com armas e munições,
Umas três metralhadoras,
Seis fuzis e dois canhões,
No meio dessas morombas
Levou quinze homens bombas,
Pra arrasas os corações.
Chegando lá em Natal,
Esse bando tenebroso,
Hospedou-se num hotel,
O mais caro e luxuoso,
Perto da Via costeira.
Um frango com macacheira,
Bin Jantou apetitoso.
Antes e ligar pra Nete,
Aquela loura paixão,
Bin foi pra um forrobodó,
E gostou da animação,
Curtiu com uma rapariga,
Caindo bêbo no chão.
No outro dia, ressacado,
Com seu bem ele teclou
Dizendo: - Tô em Natal.
Aí Nete estuporou
Ela ficou com a gota,
Bin disse: - O que foi garota
Não diga que amarelou?
As fotos que ela mandava
Eram duma amiga sua,
Uma mulher bem vistosa,
Dessas que encantam a lua,
Mas essa talMarinete,
Era um caboclo gilete,
A bicha era uma perua.
Ela era um travesti
Desses que roda a bolsinha
Na estrada de Ponta Negra
Ou às vezes de odalisca
Marinete, essa bisca
Era um marmanjo flozinha.
Nete desconectou-se
Fechando logo o e-mail,
Porém Bin localizou-a
Com um contato do correio;
Indo lá na casa dela,
Quando viu quem era ela,
O cacete comeu feio.
Pois Bin descobriu que Nete
Era o Raimundo também,
Horrorizado pensou:
- Isso na àrabia não tem.
Bem longe do seu redil
Osama cá no Brasil
Se lascou, não se deu bem.
Nisso Bin se retirou,
Com ódio da capital
Indo à praia de Pipa
E naquele litoral;
Pegou ele uns baseados
Por sinal muito pesados
Com seus capangas do mal.
Bin virou rei das baladas,
Piolho de cabaré,
Mas numa dessas noitadas,
Ele bêbo nem deu fé
Sendo de novo enrolado,
Dormindo com um viado,
Entrando na marcha-ré.
Quando Osma descobriu
Que ele estava lascado,
Disse: - Eita gota jabá!
Só com gay tenho topado,
Veja só que desengano,
Vou executar um plano
Pra acabar com esse estado.
Regressando pra Natal
Com seus homens endiabrados
Quis Bin Laden tocar fogo
No bosque dos namorados
Vendo a impossibilidade
Rodou por toda cidade
Vendo pontos variados.
Foi à Estrela de Natal,
Já perturbado da mente
Foi ao Forte dos Reis Magos,
Mas era mui resistente,
Procurou pela Ribeira,
No Alecrin pensou na feira,
Porque dava muita gente.
Viu Machadão lotado,
Disse: - Esse boto no chão,
Quando se aproximou
Avistou o vermelhão,
E vendo os americanos,
Ele adiou os seus planos,
Temendo retaliação.
Bin bolou um plano e foi
Num táxi com a cambada
Pra Ponta Negra Pegando
Lá na beira da estrada,
Um garoto de programa,
E olha só o que fez Osama,
Com aquele camarada:
O amarrou num cinto bomba,
E pra um shopping o levou
Estando o prédio lotado
Bin Laden assim pensou:
Vamos explodí-lo ali
Porém esse travesti
Daquele carro pulou,
Correndo se requebrando,
Entrou no mato e sumiu
Naquele cinto amarrado
O traveco escapuliu,
E quando os cabras apertaram
O botão e detonaram
Ben longe ele explodiu,
O gay foi pro paraíso,
Pra ele foi grande vitória,
Morrendo pela fé árabe,
Essa morte lhe deu glória,
E talvez o derradeiro,
Viado-bomba da história.
Isso causou forte impactp
E a polícia ali chegou,
Mas o bando das Arábias,
Do local se evaporou.
E naquela mesma hora,
Da capital foi embora,
E pro Sertão se danou.
Foram lá pro Seridó,
Passaram por Currais Novos,
E acunharam pra Caicó.
Noutro verso irei contar
O que foram aprontar
Nas terras de Mossoró.
Aqui eu findo a história
Que parece ficção,
Mas tudo isso foi verídico,
Testemunhas de montão
Viram tudo das janelas
Meu avô é uma delas
Finado Manel Romão.
Além do meu velho avô,
Importante testemunhas,
Cinco loucos também viram
E o finado Chico Cunha,
Também o cego Tião
Me contou sua versão
Sem aumentar uma unha.
Postado por Fernando Caldas
sábado, 25 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
UMA TROVINHA DE NATAL
Dos Natais da minha infância,
é doce a recordação;
mesmo tão grande a distância,
alegra meu coração.
Aldemar Tavares
é doce a recordação;
mesmo tão grande a distância,
alegra meu coração.
Aldemar Tavares
AQUELE
O filho de Deus tinha tudo de todas as plenitudes.
Fazia suavemente os milagres todos de Sua graça.
Viam os cegos, os mortos ressiscitavam, curavam-se todos os emfermos.
E os passos sobre as aguas, a Sua voz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades.
Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas.
Mas o filho do homem nao tinha onde repousar a cabeça.
João Lins Caldas, poeta potiguar
Feliz Natal!
Fernando Caldas
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
MARINHO CHAGAS SE RECUPERA EM SAO PAULO
O grande ídolo do ABC e melhor lateral-esquerdo da Copa do Mundo de 1974, Marinho Chagas, segue hospitalizado na cidade de São Paulo (SP), onde foi submetido a uma série de exames no hospital da USP para se tratar de uma hepatite. As últimas notícias sobre sua recuperação são animadoras.
Segundo o publicitário Tertuliano Pinheiro, conselheiro do alvinegro, responsável pela articulação com o jornalista Milton Neves, a Prefeitura de Natal e o ABC para levar Marinho à capital paulista, "ele recupera-se bem, não pára de falar no ABC e já ganhou inclusive 4 quilos".
A equipe da USP que acompanha o ídolo abecedista é coordenada pelo renomado Dr. José Osmar Medina, que aparece abraçado com Marinho nas fotos ao lado. O tratamento vem sendo tão positivo, que já existe a possibilidade de não ser necessária nenhuma intervenção cirúrgica.
Com informações do site do ABC
(Fonte: Natalpress.com)
Segundo o publicitário Tertuliano Pinheiro, conselheiro do alvinegro, responsável pela articulação com o jornalista Milton Neves, a Prefeitura de Natal e o ABC para levar Marinho à capital paulista, "ele recupera-se bem, não pára de falar no ABC e já ganhou inclusive 4 quilos".
A equipe da USP que acompanha o ídolo abecedista é coordenada pelo renomado Dr. José Osmar Medina, que aparece abraçado com Marinho nas fotos ao lado. O tratamento vem sendo tão positivo, que já existe a possibilidade de não ser necessária nenhuma intervenção cirúrgica.
Com informações do site do ABC
(Fonte: Natalpress.com)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
NINGUÉM COMO ELE
Ilustração do blog: Jesus meditando na montanha.
Ninguém NASCEU como Ele...
Seu nascimento há centenas de anos foi fartamente anunciado
Pois o Espírito de Deus a homens santos inspirados
Anunciou local, condições, ascendência, nomes e sua missão
Sem falhas ou mesmo erros, mas com fantástica exatidão.
Ninguém VIVEU como Ele...
Nada tendo como seu
No entanto, para servir aos outros Ele viveu.
Embora de humilde ofício de sua carpintaria
Para multidões que a Ele acorreram discursaria
Nos caminhos e cidades da Judéia
Ou mesmo por montes e mares da Galiléia
Não foram poucos os que queriam ao menos vê-Lo
E ouvi-Lo falar do Pai com tanto zelo.
E o evangelista relatando descrevia
Somente “Fazendo o bem, ele vivia”.
Ninguém AMOU como Ele...
Cercado por discípulos, crianças, jovens e anciãos
Pessoas ricas, pobres, doentes e também os sãos
A todos igualmente Ele tratava
Declarando a quem quer que O procurava
Com autoridade de que domina a situação
Sua identidade, seu propósito, sua missão.
Sendo de Deus, o Enviado
O Amor encarnado
Jamais limitou do sentimento a extensão
Amando sem medidas, foi assim
Que os discípulos “amou-os até o fim”.
Ninguém MORREU como Ele...
De seus trinta e três anos de vida que aqui se registrou
Em pouco mais de três seu ministério concretizou
Não lhe esperava, no entanto, uma morte honrosa
Para cumprir a profecia e salvar o homem
Estava destinado a si a cruz ignominiosa.
Sofreu a dor da rejeição, do escárnio e do desprezo
Nada alegou e não reagiu quando foi preso.
De seus discípulos, outrora inseparáveis do meigo e bom Pastor,
Exceto João, se foram todos, vendo de longe padecer o Salvador.
Expirou com um brado de vitória
Suportando os pecados da humanidade
Ao Pai Seu espírito entregou
Respondendo aos algozes Ele provou
Com Sua Vida, o sentido da Verdade.
Ninguém RESSUSCITOU como Ele...
Foi no alvorecer do terceiro dia
Que o maior milagre de toda história se realizou
As três Marias, indo ao túmulo, entristecidas
Estupefatas, descobriram que a pedra alguém rolou.
Não tinha sido o jardineiro
E muito menos a escolta do poder romano
Certamente o que ali se passara
Acima estava do entender do ser humano.
Entre lágrimas de singela dor e de saudade
Foi do anjo que ouviram a novidade:
“Não está mais aqui Aquele
Que a morte venceu e a profecia cumpriu.
Anunciai a todo mundo que o Rei dos Reis,
Príncipe da Paz, Conselheiro,
Pai da Eternidade, Maravilhoso, ressurgiu!”
Ninguém VIRÁ como Ele...
Quase dois mil anos se passaram
Desde aquela manhã tão gloriosa.
Decorreram vinte séculos que neste mundo
A presença do Santo Espírito o homem goza
Mas o tempo do fim não tarda a se cumprir
E ao homem pouco tempo lhe resta prá se decidir
Eis que vindo o Filho do Homem lá nas nuvens
Como havia antes sido profetizado
Da Salvação a porta será fechada
E da decisão a oportunidade estará encerrada.
É sua hoje a escolha, leitor amigo
Não desprezes nem rejeites este convite
Salve sua vida e viva seus dias descansado
Tenha certeza de que Ele nunca o deixará
Suas promessas fielmente cumprirá
E para sempre ao seu lado Ele estará!
Ninguém É como Ele...
Nosso amado Redentor Onipotente
Nosso Salvador suficiente
Supremo Pastor, Sol da Justiça, SENHOR JESUS!!!
Clênio Falcão Lins Caldas
[Nota do blog: Clênio Lins Caldas é filho do açuense João Moacir Lins Caldas e sobrinho do grande bardo das letras brasileiras chamado João Lins Caldas. Nesta oportunidade dedico o texto acima a todos os meus familiares, amigos, amigos em Orkut, Facebook e outros sites de relacionamentos, bem como a todos os meus seguidore e leitores deste blog, votos de Boas Festas].
Fernando Caldas
O PRIMEIRO BARDO POTIGUAR
O natalense Joaquim Edivirges de Melo Açucena, Lourival Açucena, ou Lorênio - [1827-1907] é o primeiro poeta Norte-riograndense. Ator, seresteiro, "cantador de modinhas", no dizer de Câmara Cascudo. Conta-se que o nome Lourival se deu após ele representar o papel do Capitão Lourival, na peça "O Desertor Francês [1846], de Antônio Xavier Ferreira de Azevedo.
Lourival foi funcionário público, delegado de polícia, amigo de influentes políticos de sua época, chegando a exercer o cargo de chefe de gabinete do presidente da província. Primeiramente colaborou com seus escritos literarios em "O Recreio", 1861, de Natal, dentre outros daquela capital potiguar. Pena que não se organizou para publicar-se. Cascudo no seu livro intitulado de "Versos", 1927, reúne grande parte da poética açuceniana, bem como seus amigos publicaram postumamente uma antologia intitulada de "Poliantéia", que reúne tudo ou quase tudo daquele lírico potiguar. O referenciado livro de Cascudo a UFRN reeditou em 1987.
Açucena está na primeira antologia dos poetas potiguares sob o título de "Poetas do Rio Grande do Norte", 1922, de Ezequiel Wanderley. Ele é patrono da cadeira número 4, da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Algumas modinhas de sua autoria estão no livro de Cláudio Galvão intulado de "A Modinha Norte-Rio-grandense", bem como está na antologia de Rômulo Wanderley sob o título de "Panorama da Poesia Norte-Rio-Grandense", 1965, entre outras como "Informações da Literatura Potiguar", 2001, de Tarcísio Gurgel. Na antologia de Rômulo está transcrito o poema daquele boêmio e romântico poeta clássico, conforme transcrito adiante:
Eu não sei pintar o amor
Amor é brando é zangado
É faceiro e vive nu,
Tem vistas de cururu,
E vive sempre vendado:
É sincero, é refolhado,
Causa prazer; causa dor.
Tem carinhos, tem rigor,
Amor... pinte-o quem quiser,
Eu não sei pintar o amor.
Amor é loquaz, é mudo.
É moderado, é garrido,
É covarde, é destemido,
É vida, é morte de tudo,
É brioso, é sem pudor.
Traz doçura, dá travor,
Amor... pinte-o quem quiser,
Retrate o amor quem souber,
Eu não sei pintar o amor.
Amor é grave, é truão,
É furacão, é galerno,
É paraíso, é inferno,
É cordeirinho, é leão;
É anjo, é Nume, é dragão,
Tem asas, tem passador,
Dá esforços, traz tremor.
Enfim, pinte-o quem quiser.
Retrate o amor quem souber,
Eu não sei pintar o amor.
Afinal, a propósito da morte de Lourival Açucena, o igualmente poeta Ferreira Itajubá escreveu:
No campo santo
[...]
Morreste e não soubeste, ó grande veterano,
Que, quando, por Natal, a rosa todo ano
Floresce alegremente, entre as demais roseiras,
O prado embalsamando, ao lado das primeiras,
esta alma não rebenta em rosas de ilusão
Como quando cantaste ao som do violão.
[...]
Fernando Caldas
Lourival foi funcionário público, delegado de polícia, amigo de influentes políticos de sua época, chegando a exercer o cargo de chefe de gabinete do presidente da província. Primeiramente colaborou com seus escritos literarios em "O Recreio", 1861, de Natal, dentre outros daquela capital potiguar. Pena que não se organizou para publicar-se. Cascudo no seu livro intitulado de "Versos", 1927, reúne grande parte da poética açuceniana, bem como seus amigos publicaram postumamente uma antologia intitulada de "Poliantéia", que reúne tudo ou quase tudo daquele lírico potiguar. O referenciado livro de Cascudo a UFRN reeditou em 1987.
Açucena está na primeira antologia dos poetas potiguares sob o título de "Poetas do Rio Grande do Norte", 1922, de Ezequiel Wanderley. Ele é patrono da cadeira número 4, da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Algumas modinhas de sua autoria estão no livro de Cláudio Galvão intulado de "A Modinha Norte-Rio-grandense", bem como está na antologia de Rômulo Wanderley sob o título de "Panorama da Poesia Norte-Rio-Grandense", 1965, entre outras como "Informações da Literatura Potiguar", 2001, de Tarcísio Gurgel. Na antologia de Rômulo está transcrito o poema daquele boêmio e romântico poeta clássico, conforme transcrito adiante:
Eu não sei pintar o amor
Amor é brando é zangado
É faceiro e vive nu,
Tem vistas de cururu,
E vive sempre vendado:
É sincero, é refolhado,
Causa prazer; causa dor.
Tem carinhos, tem rigor,
Amor... pinte-o quem quiser,
Eu não sei pintar o amor.
Amor é loquaz, é mudo.
É moderado, é garrido,
É covarde, é destemido,
É vida, é morte de tudo,
É brioso, é sem pudor.
Traz doçura, dá travor,
Amor... pinte-o quem quiser,
Retrate o amor quem souber,
Eu não sei pintar o amor.
Amor é grave, é truão,
É furacão, é galerno,
É paraíso, é inferno,
É cordeirinho, é leão;
É anjo, é Nume, é dragão,
Tem asas, tem passador,
Dá esforços, traz tremor.
Enfim, pinte-o quem quiser.
Retrate o amor quem souber,
Eu não sei pintar o amor.
Afinal, a propósito da morte de Lourival Açucena, o igualmente poeta Ferreira Itajubá escreveu:
No campo santo
[...]
Morreste e não soubeste, ó grande veterano,
Que, quando, por Natal, a rosa todo ano
Floresce alegremente, entre as demais roseiras,
O prado embalsamando, ao lado das primeiras,
esta alma não rebenta em rosas de ilusão
Como quando cantaste ao som do violão.
[...]
Fernando Caldas
LUAR
Chagas Lourenço
A lua surgiu imensa
Cor de fogo
Longínqua, arredia
Temerosa e bela.
O amor apareceu
Ardente e forte
Queimando como fogo
Corajoso e belo.
A beleza do luar
O calor do amor
O medo
De tudo acabar.
Por Alma do Beco
Posrado por Fernando Caldas
SE LAMPIÃO FOSSE VIVO...
Minervino Wanderley*
Folheando a revista IstoÉ, de 10.11.2010, p. 72, uma matéria chamou-me a atenção. Assinada por Wilson Aquino, tem o seguinte título: “A influência estética de Lampião”. No texto, Aquino quase que chega chamar Capitão Virgulino de gay. Vejamos alguns trechos:
l “Mas quando não estava praticando crimes, o cangaceiro se atracava com agulhas e linhas para costurar e bordar, lindamente, roupas e lenços que usava ao estilo Jacques Leclair.”
l “Ele não era apenas o executor do bordado. Era também um estilista.”
l “FRESCURAS NO CANGAÇO. O lenço dos cangaceiros era feito de seda inglesa ou de tafetá francês. A jabiraca de Lampião era em seda vermelha e contava com 30 alianças de ouro.”
l “Se tivesse escolhido a profissão de costureiro, Lampião (até hoje constantemente revisitado pela indústria fashion) certamente teria tido uma carreira brilhante.”
Durma-se com um barulho desses. Esse camarada não sabe que Lampião era tão hábil com a espingarda que conseguia dar tantos tiros consecutivos que clareavam a noite. Por isso, Lampião.
Se essa figura dissesse essas coisas há 80 anos ele iria ver que o Capitão Virgulino costurava mesmo era com uma 44 Papo Amarelo.
Aquino com certeza não conhece a história da quadrilha junina que o Capitão organizou numa fazenda e que seu bisavô (De Aquino) participou. Só que esse fuzuê, além de ter Lampião como marcador, era diferente num aspecto: todo mundo nuzinho. Agora, quem conta a história é um dos participantes dessa “festa”:
- O Capitão mandou fazer as fileiras e mandou todo mundo tirar a roupa. Ordem rapidamente obedecida. No meio da quadrilha, Lampião gritou:
- Todo mundo com um dedo na boca e outro “lá” (vocês sabem aonde). Ordem imediatamente obedecida. - Daqui a pouco ele disse:
- Trocar de dedo! O dedo que tava na boca vai pra “lá” e o outro vai pra boca.
Foi aí que o bisavô de Aquino caiu na besteira de dizer:
- Mas isso, Capitão?
O Capitão deu um olhar de matar cobra venenosa e gritou:
- Isso o quê, cabra?
O camarada afroxou e, gemendo, disse:
- Isso é bom demais, Capitão!
Esse recado é pra você, Wilson Aquino.
*Jornalista
(Do blog de Leonardo Sodré)
Folheando a revista IstoÉ, de 10.11.2010, p. 72, uma matéria chamou-me a atenção. Assinada por Wilson Aquino, tem o seguinte título: “A influência estética de Lampião”. No texto, Aquino quase que chega chamar Capitão Virgulino de gay. Vejamos alguns trechos:
l “Mas quando não estava praticando crimes, o cangaceiro se atracava com agulhas e linhas para costurar e bordar, lindamente, roupas e lenços que usava ao estilo Jacques Leclair.”
l “Ele não era apenas o executor do bordado. Era também um estilista.”
l “FRESCURAS NO CANGAÇO. O lenço dos cangaceiros era feito de seda inglesa ou de tafetá francês. A jabiraca de Lampião era em seda vermelha e contava com 30 alianças de ouro.”
l “Se tivesse escolhido a profissão de costureiro, Lampião (até hoje constantemente revisitado pela indústria fashion) certamente teria tido uma carreira brilhante.”
Durma-se com um barulho desses. Esse camarada não sabe que Lampião era tão hábil com a espingarda que conseguia dar tantos tiros consecutivos que clareavam a noite. Por isso, Lampião.
Se essa figura dissesse essas coisas há 80 anos ele iria ver que o Capitão Virgulino costurava mesmo era com uma 44 Papo Amarelo.
Aquino com certeza não conhece a história da quadrilha junina que o Capitão organizou numa fazenda e que seu bisavô (De Aquino) participou. Só que esse fuzuê, além de ter Lampião como marcador, era diferente num aspecto: todo mundo nuzinho. Agora, quem conta a história é um dos participantes dessa “festa”:
- O Capitão mandou fazer as fileiras e mandou todo mundo tirar a roupa. Ordem rapidamente obedecida. No meio da quadrilha, Lampião gritou:
- Todo mundo com um dedo na boca e outro “lá” (vocês sabem aonde). Ordem imediatamente obedecida. - Daqui a pouco ele disse:
- Trocar de dedo! O dedo que tava na boca vai pra “lá” e o outro vai pra boca.
Foi aí que o bisavô de Aquino caiu na besteira de dizer:
- Mas isso, Capitão?
O Capitão deu um olhar de matar cobra venenosa e gritou:
- Isso o quê, cabra?
O camarada afroxou e, gemendo, disse:
- Isso é bom demais, Capitão!
Esse recado é pra você, Wilson Aquino.
*Jornalista
(Do blog de Leonardo Sodré)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
SER TÉCNICO, SER POLÍTICO OU SER HUMANO?
Públio José – jornalista
(publiojose@gmail.com)
Temos lido e ouvido muitas besteiras atualmente. Uma delas expõe ocupantes de cargos públicos a uma classificação entre técnicos e políticos. Por esse raciocínio, o agente público só pode ser ou uma coisa ou outra. Para mim, além de pobre, esse conceito é um desrespeito à capacidade intelectual dos homens públicos. Fico também perplexo como uma mera análise feita por certos “expert’s” a respeito do desempenho, da aptidão do homem público de administrar segundo um modo duro, retilíneo, científico ou maleável, flexível, termina como obra acabada, irrespondível. Cataloga-se um (o técnico), como insensível, capaz de cometer verdadeiras aberrações contra o social, enquanto o outro é bonachão, tem experiência no contato com o povo ou é irresponsável demais no gastar para atender os reclamos dos mais necessitados.
O primeiro administra seguindo uma rígida linha orçamentária, enquanto o segundo tem uma capacidade maior de improvisação, de “jogo de cintura” para cometer deslizes que justifiquem a defesa do social. Isso tudo é uma arrematada tolice. Aliás, no mundo político, tem coisas distorcidas colocadas como retas, assuntos discutíveis postos como incontestáveis – e grandes besteiras aceitas como fato consumado. Essa história de ocupante de cargo público ser técnico ou político é uma delas. Primeiramente, porque conhecemos muitos homens de grande conhecimento técnico se havendo muito bem como políticos, enquanto grandes políticos se transformaram em verdadeiras enciclopédias de conhecimentos técnicos, dignos, portanto, de causar inveja tanto a uns quanto a outros.
O interessante é ter de se assistir, diante dessa realidade de coisa imposta, o clamor, o brado, a exigência de boa parcela da mídia, de correligionários, de gente com interesses contrariados, pressionando o administrador público a fazer mudanças urgentes em sua equipe, “pois o ministério (ou o secretariado) está excessivamente técnico ou excessivamente político”. Desconhece-se, assim, a capacidade de adaptação desses profissionais, muitos deles experientes, lastreados, perfeitamente capacitados a exercer cargo público e a se amoldar a circunstâncias adversas. Dessa maneira, pessoas sérias, bem intencionadas são dadas como duronas, insensíveis, enquanto políticos com boa carga de conhecimentos são tidos como irresponsáveis a sangrar o orçamento público.
Na verdade existem outros interesses por trás disso tudo. E nesse afã, nessa ânsia de levar vantagem, pessoas são envolvidas e manipuladas para que, através da veiculação de conceitos enganosos, grupos e blocos políticos possam concretizar desejos às vezes escusos, que nem podem ser publicamente expostos. Quando um profissional é catalogado como técnico é porque maquinações outras querem expô-lo publicamente dessa forma, com o intuito de enfraquecê-lo e cuspi-lo do poder. Para que? Para abrir o cofre e promover ações lastreadas por verbas que, com toda certeza, vão beneficiar o bolso de alguém. Da mesma forma, quando se exige um técnico para um cargo, em detrimento de um político, é com o desejo de fechar a torneira que está forrando o bolso de um concorrente.
E qual a saída? Se este conceito é furado, enganoso, qual o verdadeiro? Lembro-me agora que Lula, no início do período de transição, declarou querer ministros e auxiliares que não fossem homens voltados simplesmente para enxergar números. Ressaltou que queria “ministros com sentimentos”. Lula não usou a palavra correta para definir o perfil de seus auxiliares, talvez até por falta de costume. Na verdade, o que ele queria dizer é que no seu governo esperava ter ao seu lado homens humanos, feitos de carne, pessoas dotadas da capacidade de sentir o clamor, o odor, o cheiro, as aspirações das massas. Lembra-se de Figueiredo quando disse que preferia o “cheiro de cavalo ao cheiro de povo?”. Aí está a grande questão. O Brasil – e por extensão todas as unidades da federação – está precisando de homens, sejam técnicos ou políticos, com ideais, visão e anseios emanados do povo.
O que o povo quer? O que o povo deseja? Ponha-se isso na máquina de pesquisa, planejamento e execução do governo que a resposta será diferente. Entretanto, anos, décadas e séculos se passam e os nossos governantes estão sempre na contramão das aspirações do povo. O que se quer, na verdade, são pessoas que não se desgarrem do “modus operandi” das ruas, das fábricas, das casas mais humildes, dos bairros mais pobres, dos rincões mais distantes. Agentes públicos que não percam o contato com o pedido de socorro dos violentados, dos desempregados, dos desdentados, dos que não têm mais a quem apelar. Ficar apontando se este ou aquele é técnico ou político é uma questão de somenos importância, além de deixar o debate num plano muito superficial. Ser humano, ter sentimentos, sofrer, chorar, se contaminar, se contagiar com as dores dos mais humildes – eis a questão. Vamos mudar de conceito?
(publiojose@gmail.com)
Temos lido e ouvido muitas besteiras atualmente. Uma delas expõe ocupantes de cargos públicos a uma classificação entre técnicos e políticos. Por esse raciocínio, o agente público só pode ser ou uma coisa ou outra. Para mim, além de pobre, esse conceito é um desrespeito à capacidade intelectual dos homens públicos. Fico também perplexo como uma mera análise feita por certos “expert’s” a respeito do desempenho, da aptidão do homem público de administrar segundo um modo duro, retilíneo, científico ou maleável, flexível, termina como obra acabada, irrespondível. Cataloga-se um (o técnico), como insensível, capaz de cometer verdadeiras aberrações contra o social, enquanto o outro é bonachão, tem experiência no contato com o povo ou é irresponsável demais no gastar para atender os reclamos dos mais necessitados.
O primeiro administra seguindo uma rígida linha orçamentária, enquanto o segundo tem uma capacidade maior de improvisação, de “jogo de cintura” para cometer deslizes que justifiquem a defesa do social. Isso tudo é uma arrematada tolice. Aliás, no mundo político, tem coisas distorcidas colocadas como retas, assuntos discutíveis postos como incontestáveis – e grandes besteiras aceitas como fato consumado. Essa história de ocupante de cargo público ser técnico ou político é uma delas. Primeiramente, porque conhecemos muitos homens de grande conhecimento técnico se havendo muito bem como políticos, enquanto grandes políticos se transformaram em verdadeiras enciclopédias de conhecimentos técnicos, dignos, portanto, de causar inveja tanto a uns quanto a outros.
O interessante é ter de se assistir, diante dessa realidade de coisa imposta, o clamor, o brado, a exigência de boa parcela da mídia, de correligionários, de gente com interesses contrariados, pressionando o administrador público a fazer mudanças urgentes em sua equipe, “pois o ministério (ou o secretariado) está excessivamente técnico ou excessivamente político”. Desconhece-se, assim, a capacidade de adaptação desses profissionais, muitos deles experientes, lastreados, perfeitamente capacitados a exercer cargo público e a se amoldar a circunstâncias adversas. Dessa maneira, pessoas sérias, bem intencionadas são dadas como duronas, insensíveis, enquanto políticos com boa carga de conhecimentos são tidos como irresponsáveis a sangrar o orçamento público.
Na verdade existem outros interesses por trás disso tudo. E nesse afã, nessa ânsia de levar vantagem, pessoas são envolvidas e manipuladas para que, através da veiculação de conceitos enganosos, grupos e blocos políticos possam concretizar desejos às vezes escusos, que nem podem ser publicamente expostos. Quando um profissional é catalogado como técnico é porque maquinações outras querem expô-lo publicamente dessa forma, com o intuito de enfraquecê-lo e cuspi-lo do poder. Para que? Para abrir o cofre e promover ações lastreadas por verbas que, com toda certeza, vão beneficiar o bolso de alguém. Da mesma forma, quando se exige um técnico para um cargo, em detrimento de um político, é com o desejo de fechar a torneira que está forrando o bolso de um concorrente.
E qual a saída? Se este conceito é furado, enganoso, qual o verdadeiro? Lembro-me agora que Lula, no início do período de transição, declarou querer ministros e auxiliares que não fossem homens voltados simplesmente para enxergar números. Ressaltou que queria “ministros com sentimentos”. Lula não usou a palavra correta para definir o perfil de seus auxiliares, talvez até por falta de costume. Na verdade, o que ele queria dizer é que no seu governo esperava ter ao seu lado homens humanos, feitos de carne, pessoas dotadas da capacidade de sentir o clamor, o odor, o cheiro, as aspirações das massas. Lembra-se de Figueiredo quando disse que preferia o “cheiro de cavalo ao cheiro de povo?”. Aí está a grande questão. O Brasil – e por extensão todas as unidades da federação – está precisando de homens, sejam técnicos ou políticos, com ideais, visão e anseios emanados do povo.
O que o povo quer? O que o povo deseja? Ponha-se isso na máquina de pesquisa, planejamento e execução do governo que a resposta será diferente. Entretanto, anos, décadas e séculos se passam e os nossos governantes estão sempre na contramão das aspirações do povo. O que se quer, na verdade, são pessoas que não se desgarrem do “modus operandi” das ruas, das fábricas, das casas mais humildes, dos bairros mais pobres, dos rincões mais distantes. Agentes públicos que não percam o contato com o pedido de socorro dos violentados, dos desempregados, dos desdentados, dos que não têm mais a quem apelar. Ficar apontando se este ou aquele é técnico ou político é uma questão de somenos importância, além de deixar o debate num plano muito superficial. Ser humano, ter sentimentos, sofrer, chorar, se contaminar, se contagiar com as dores dos mais humildes – eis a questão. Vamos mudar de conceito?
QUANDO O NATAL ACONTECE...
*Por Rômulo Gomes
É natal quando duas mãos se tocam sinceramente.
É natal quando respeitamos os limites do outro.
É natal quando agradecemos por nossa existência.
É natal quando deitamos a cabeça no travesseiro e dormimos em paz.
É natal quando acreditamos que podemos vencer.
É natal quando abraçamos nossos pais, pedimos a bênção a nossos avós.
É natal quando uma criança sorri pela primeira vez.
É natal quando soltamos pipa e pulamos amarelinha no quintal.
É natal quando perdoamos e pedimos desculpas.
É natal quando fazemos o bem, seja a quem for.
É natal quando nos colocamos no lugar do outro.
É natal quando os preconceitos são derrubados.
É natal quando enfrentamos nossos medos.
É natal quando levantamos da queda.
É natal quando caminhamos na praia, mesmo que de sapato.
É natal quando amamos e somos amados verdadeiramente.
É natal quando celebramos a vida, seja com um bolo ou com uma gargalhada descompromissada.
O natal acontece em nós, e não para nós.
*Rômulo Gomes é poeta, estudante universitário da UERN
É natal quando duas mãos se tocam sinceramente.
É natal quando respeitamos os limites do outro.
É natal quando agradecemos por nossa existência.
É natal quando deitamos a cabeça no travesseiro e dormimos em paz.
É natal quando acreditamos que podemos vencer.
É natal quando abraçamos nossos pais, pedimos a bênção a nossos avós.
É natal quando uma criança sorri pela primeira vez.
É natal quando soltamos pipa e pulamos amarelinha no quintal.
É natal quando perdoamos e pedimos desculpas.
É natal quando fazemos o bem, seja a quem for.
É natal quando nos colocamos no lugar do outro.
É natal quando os preconceitos são derrubados.
É natal quando enfrentamos nossos medos.
É natal quando levantamos da queda.
É natal quando caminhamos na praia, mesmo que de sapato.
É natal quando amamos e somos amados verdadeiramente.
É natal quando celebramos a vida, seja com um bolo ou com uma gargalhada descompromissada.
O natal acontece em nós, e não para nós.
*Rômulo Gomes é poeta, estudante universitário da UERN
PROGRAMA NEGÓCIO CERTO RURAL É ENCERRADO COM SUCESSO EM LAGES
No último sábado (18) a cidade de Lajes, localizada na Região Central do estado, observou os bons números obtidos da parceria formada pela prefeitura, Sebrae, Sistema Faern/Senar e Sindicato Rural na condução do Programa Negócio Certo Rural, que capacitou no município cerca de 30 pessoas de 25 propriedades rurais. A turma formada no programa teve aulas ministradas pelos educadores do Senar, Canindé e Teresa Marcelina e finalizaram seus trabalhos na Escola Municipal Monsenhor Vicente de Paula.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Lajes, César Militão, a idéia do programa é apresentar conteúdos básicos que auxiliarão os alunos na melhoria de negócios já existentes ou abertura de novos projetos. “Com uma carga horária de 36 horas, o Programa Negócio Certo Rural ajudou ao pequeno produtor a realizar o diagnóstico de sua propriedade, discutindo e viabilizando idéias de futuros negócios. Tudo isso, implementando ações logísticas”, ressaltou Militão.
O evento contou com a presença do prefeito de Lajes, Benes Leocádio e os vereadores Clóvis Vale e Gilson Nunes. Na oportunidade, o prefeito parabenizou todos os participantes do curso e o Sindicato Rural pelo excelente trabalho.
Turmas
As turmas do Negócio Certo Rural são formadas por produtores rurais e filhos de agricultores familiares com idade de 16 a 35 anos que cumprem as cinco etapas do programa, que são: encontrar uma idéia de negócio, verificar sua viabilidade, formalizá-lo, organizá-lo e administrá-lo e promover o relacionamento com o mercado. Tudo isso, contando com todas as orientações dos educadores do Senar.
De acordo com o presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, o Programa Negócio Certo Rural é uma forma de ampliar o horizonte desses produtores no que toca as questões de mercado. “Faltava um meio de motivar os pequenos produtores para revitalizar suas propriedades rurais ou descobrir os empreendimentos viáveis que estão ao seu alcance. Com o projeto, essas novas portas serão abertas”, finalizou Vieira.
Com reportagem de Paulo Correia
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9986-2453 9144-6632
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Postado por Fernando Caldas
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Lajes, César Militão, a idéia do programa é apresentar conteúdos básicos que auxiliarão os alunos na melhoria de negócios já existentes ou abertura de novos projetos. “Com uma carga horária de 36 horas, o Programa Negócio Certo Rural ajudou ao pequeno produtor a realizar o diagnóstico de sua propriedade, discutindo e viabilizando idéias de futuros negócios. Tudo isso, implementando ações logísticas”, ressaltou Militão.
O evento contou com a presença do prefeito de Lajes, Benes Leocádio e os vereadores Clóvis Vale e Gilson Nunes. Na oportunidade, o prefeito parabenizou todos os participantes do curso e o Sindicato Rural pelo excelente trabalho.
Turmas
As turmas do Negócio Certo Rural são formadas por produtores rurais e filhos de agricultores familiares com idade de 16 a 35 anos que cumprem as cinco etapas do programa, que são: encontrar uma idéia de negócio, verificar sua viabilidade, formalizá-lo, organizá-lo e administrá-lo e promover o relacionamento com o mercado. Tudo isso, contando com todas as orientações dos educadores do Senar.
De acordo com o presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, o Programa Negócio Certo Rural é uma forma de ampliar o horizonte desses produtores no que toca as questões de mercado. “Faltava um meio de motivar os pequenos produtores para revitalizar suas propriedades rurais ou descobrir os empreendimentos viáveis que estão ao seu alcance. Com o projeto, essas novas portas serão abertas”, finalizou Vieira.
Com reportagem de Paulo Correia
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NATAIS EM NATAL
marcelo barroso
Tem presente pra todo mundo em 2010. Pelo menos quando o assunto é entretenimento cultural gratuito no Natal da capital potiguar. Programações de diversos estilos e atrações já ganharam as ruas desde o começo do mês, adicionando música e arte às luzes da cidade.
marcelo barroso
Tracional Auto do Natal estreia terça-feira, desta vez com direção de Diana FontesO Natal em Natal, projeto da prefeitura municipal e Capitania das Artes, divide suas programações entre Mirassol e Panatis, culminando em breve com o Auto e o Cortejo de Natal, repleto de cores e shows; em paralelo, surgiu este ano o Baixo de Natal, iniciativa de artistas, escritores e jornalistas que apresentam novas opções para o circuito natalino. O Baixo de Natal estrou quarta-feira e segue durante todo o fim de semana. A caixa do presente está convidativa; basta abrir.
A programação do Natal em Natal, bastante tradicional na cidade, está das mais ecléticas – seja aos pés da nova árvore de Natal, em Mirassol, ou na área de lazer do Panatis. Respeito à diversidade é o mote do “Cantos de Natal”. “A gente quer que todo mundo tenha espaço e as coisas aconteçam. Juntamos tudo, sem preconceito: brega, MPB, corais, jazz, gospel, regional, pop, rock e reggae. Coisas diferentes não precisam se anular”, explica Marcílio Amorim, um dos coordenadores da programação.
Jesus in Concert
O destaque do “Cantos de Natal” em Mirassol é o festival “Jesus in Concert”, que vai apresentar artistas do circuito gospel sexta e sábado, a partir das 18h. Hoje, tem atrações como Banda Rios, Bálsamo de Gileade, Pequeno Planeta, Cleide Bez e banda, e grupos de teatro; no sábado, o destaque será a banda americana Christafari: criada em 1990 pelo músico e ministro religioso Mark Mohr, o grupo difunde a mensagem cristã através da música dos rastafaris, pondo o gospel na levada reggae. O show será às 20h30. No domingo, terá mamulengo (Genildo Mateus), Lanu Mello e Banda Liberdade, e contação de histórias com Nara Kelly.
Na zona norte, os cantos natalinos vão do regional ao rap, sem perder o ritmo. Na sexta, tem carimbó de Felipe Camarão, Carlos Zens, e os grupos de hip hop Rimas Classe A lado B e Snoop Soul; no sábado, terá Orquestra Talento Petrobras, Mariângela Figueiredo, e a banda Pedu Breu. No domingo a programação é da criançada, com Trem Fantasma, Nosso Choro e Pedrinho e Cia. Destaque para o dia 26, com o cantor sertanejo Daniel. Cinco mil ingressos gratuitos estarão à disposição, em troca de uma lata de leite.
Auto de Natal começa dia 21
Os espetáculos natalinos aliados aos shows são a parte mais aguardada da programação do Natal em Natal. O Auto de Natal ocorrerá nos próximos dias 21, 22, 23 e 25, no Machadão, com o espetáculo “Maria, José e o Menino Deus” sob a direção de Diana Fontes. O texto, de Edson Soares, é baseado no evangelho de Thiago, que retrata os acontecimentos anteriores a Cristo e detalhes de sua infância. O palco terá estrutura móvel, dando mais vivacidade à encenação. Ao todo, 200 pessoas, entre elenco principal e figurantes.
O Auto de Natal sempre abre com o espetáculo, e logo a seguir, os já tradicionais shows musicais. Para este ano, a programação é a seguinte: no dia 21, Padre Antônio Maria e Coral da Petrobras; dia 22, o cantor Fagner e a Banda Sinfônica; dia 23, a cantora gospel Aline Barros, e no dia 25, uma celebração ao aniversário da capital ao som de Roberta Sá, Khrystal, Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz. Os portões abrem às 18h.
O clima de celebração continua com o também tradicional “Cortejo do Natal”, a parada natalina que será realizada de 25 a 30 de dezembro, na Praça Cívica, coração de Petrópolis. Sob a direção geral de Véscio Lisboa, coreografia de Dimas Carlos e cenografia de Carlos Sérgio Borges, o Cortejo de 2010 terá o folclore potiguar como foco. O folclorista estudioso Deífilo Gurgel contribuiu no roteiro. Cada passagem cristã será relacionada a elementos regionais, entre Cheganças, Caboclinhos, blocos de índios, Galantes, Boi de Reis, o Nascimento de Jesus numa Lapinha, e até uma chegada do Papai Noel ao melhor estilo potiguar. O evento começará sempre às 20h.
Baixo de Natal mostra suas armas
Uma brincadeira de cunho irônico iniciada no Twitter, logo ganhou corpo e ganhou as ruas para entreter e passar uma mensagem. Assim é o Baixo de Natal, que animará o circuito natalino até domingo que vem, com espetáculos e shows. “A intenção é mostrar que fazemos arte o ano todo, e não apenas no Natal. Mais do que uma crítica, queremos propôr ideias”, explica a atriz Quitéria Kelly, uma das idealizadoras.
A programação do Baixo nesta sexta a peça “RecCiclus, às 17h30, no Circo Tropa Trupe (UFRN), exposição no Bardallos, às 19h, e filmes em Nalva Melo (Ribeira), às 0h. No sábado, às 17h, terá apresentação da peça “The Baixo de Natal”, escrita por Carlos Fialho e Patrício Jr.; serão sete atos entre a Cidade Alta e Ribeira, percorrendo as ruas para contar a histórias dos artistas que saem de Natal pelo menosprezo às artes praticado pelas autoridades.
Às 22h, no DoSol (Ribeira), terá Festival Baixo de Música, com as bandas Evol, Curta Metragem, Calistoga, Dessituados e Holandês Voador. O Baixo segue no domingo, com três espetáculos: “Cleansed’, às 16h, no Depto de Artes da UFRN; “Achado não é roubado”, da Tropa Trupe Cia de Arte, às 17h, na UFRN; e “Serálice?”, às 18h, no Tecesol (Rua Governador Valadares, conjunto Pirangi).
Natal no Beco
E Papai Noel, quem diria, foi parar no Beco da Lama. O centro também tem a sua programação. Na sexta, tem o último Beco do Reggae, às 19h, com as bandas Nade 1, Faces Negras, Allan Negão (do Rastafeeling) e Bob Marlon; no sábado, Geraldo Carvalho toca Lá Na Carioca, a partir das 15h, com direito a feijoada; e continua às 20h no Bardallos com show da banda Lunares, e baile black do DJ Samir.
Fonte: Tribuna do Norte
Publicação: 17 de Dezembro de 2010 às 00:00imprimircomentarenviar por e-emailreportar erroscompartilhartamanho do texto A+ A-
Tem presente pra todo mundo em 2010. Pelo menos quando o assunto é entretenimento cultural gratuito no Natal da capital potiguar. Programações de diversos estilos e atrações já ganharam as ruas desde o começo do mês, adicionando música e arte às luzes da cidade.
marcelo barroso
Tracional Auto do Natal estreia terça-feira, desta vez com direção de Diana FontesO Natal em Natal, projeto da prefeitura municipal e Capitania das Artes, divide suas programações entre Mirassol e Panatis, culminando em breve com o Auto e o Cortejo de Natal, repleto de cores e shows; em paralelo, surgiu este ano o Baixo de Natal, iniciativa de artistas, escritores e jornalistas que apresentam novas opções para o circuito natalino. O Baixo de Natal estrou quarta-feira e segue durante todo o fim de semana. A caixa do presente está convidativa; basta abrir.
A programação do Natal em Natal, bastante tradicional na cidade, está das mais ecléticas – seja aos pés da nova árvore de Natal, em Mirassol, ou na área de lazer do Panatis. Respeito à diversidade é o mote do “Cantos de Natal”. “A gente quer que todo mundo tenha espaço e as coisas aconteçam. Juntamos tudo, sem preconceito: brega, MPB, corais, jazz, gospel, regional, pop, rock e reggae. Coisas diferentes não precisam se anular”, explica Marcílio Amorim, um dos coordenadores da programação.
Jesus in Concert
O destaque do “Cantos de Natal” em Mirassol é o festival “Jesus in Concert”, que vai apresentar artistas do circuito gospel sexta e sábado, a partir das 18h. Hoje, tem atrações como Banda Rios, Bálsamo de Gileade, Pequeno Planeta, Cleide Bez e banda, e grupos de teatro; no sábado, o destaque será a banda americana Christafari: criada em 1990 pelo músico e ministro religioso Mark Mohr, o grupo difunde a mensagem cristã através da música dos rastafaris, pondo o gospel na levada reggae. O show será às 20h30. No domingo, terá mamulengo (Genildo Mateus), Lanu Mello e Banda Liberdade, e contação de histórias com Nara Kelly.
Na zona norte, os cantos natalinos vão do regional ao rap, sem perder o ritmo. Na sexta, tem carimbó de Felipe Camarão, Carlos Zens, e os grupos de hip hop Rimas Classe A lado B e Snoop Soul; no sábado, terá Orquestra Talento Petrobras, Mariângela Figueiredo, e a banda Pedu Breu. No domingo a programação é da criançada, com Trem Fantasma, Nosso Choro e Pedrinho e Cia. Destaque para o dia 26, com o cantor sertanejo Daniel. Cinco mil ingressos gratuitos estarão à disposição, em troca de uma lata de leite.
Auto de Natal começa dia 21
Os espetáculos natalinos aliados aos shows são a parte mais aguardada da programação do Natal em Natal. O Auto de Natal ocorrerá nos próximos dias 21, 22, 23 e 25, no Machadão, com o espetáculo “Maria, José e o Menino Deus” sob a direção de Diana Fontes. O texto, de Edson Soares, é baseado no evangelho de Thiago, que retrata os acontecimentos anteriores a Cristo e detalhes de sua infância. O palco terá estrutura móvel, dando mais vivacidade à encenação. Ao todo, 200 pessoas, entre elenco principal e figurantes.
O Auto de Natal sempre abre com o espetáculo, e logo a seguir, os já tradicionais shows musicais. Para este ano, a programação é a seguinte: no dia 21, Padre Antônio Maria e Coral da Petrobras; dia 22, o cantor Fagner e a Banda Sinfônica; dia 23, a cantora gospel Aline Barros, e no dia 25, uma celebração ao aniversário da capital ao som de Roberta Sá, Khrystal, Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz. Os portões abrem às 18h.
O clima de celebração continua com o também tradicional “Cortejo do Natal”, a parada natalina que será realizada de 25 a 30 de dezembro, na Praça Cívica, coração de Petrópolis. Sob a direção geral de Véscio Lisboa, coreografia de Dimas Carlos e cenografia de Carlos Sérgio Borges, o Cortejo de 2010 terá o folclore potiguar como foco. O folclorista estudioso Deífilo Gurgel contribuiu no roteiro. Cada passagem cristã será relacionada a elementos regionais, entre Cheganças, Caboclinhos, blocos de índios, Galantes, Boi de Reis, o Nascimento de Jesus numa Lapinha, e até uma chegada do Papai Noel ao melhor estilo potiguar. O evento começará sempre às 20h.
Baixo de Natal mostra suas armas
Uma brincadeira de cunho irônico iniciada no Twitter, logo ganhou corpo e ganhou as ruas para entreter e passar uma mensagem. Assim é o Baixo de Natal, que animará o circuito natalino até domingo que vem, com espetáculos e shows. “A intenção é mostrar que fazemos arte o ano todo, e não apenas no Natal. Mais do que uma crítica, queremos propôr ideias”, explica a atriz Quitéria Kelly, uma das idealizadoras.
A programação do Baixo nesta sexta a peça “RecCiclus, às 17h30, no Circo Tropa Trupe (UFRN), exposição no Bardallos, às 19h, e filmes em Nalva Melo (Ribeira), às 0h. No sábado, às 17h, terá apresentação da peça “The Baixo de Natal”, escrita por Carlos Fialho e Patrício Jr.; serão sete atos entre a Cidade Alta e Ribeira, percorrendo as ruas para contar a histórias dos artistas que saem de Natal pelo menosprezo às artes praticado pelas autoridades.
Às 22h, no DoSol (Ribeira), terá Festival Baixo de Música, com as bandas Evol, Curta Metragem, Calistoga, Dessituados e Holandês Voador. O Baixo segue no domingo, com três espetáculos: “Cleansed’, às 16h, no Depto de Artes da UFRN; “Achado não é roubado”, da Tropa Trupe Cia de Arte, às 17h, na UFRN; e “Serálice?”, às 18h, no Tecesol (Rua Governador Valadares, conjunto Pirangi).
Natal no Beco
E Papai Noel, quem diria, foi parar no Beco da Lama. O centro também tem a sua programação. Na sexta, tem o último Beco do Reggae, às 19h, com as bandas Nade 1, Faces Negras, Allan Negão (do Rastafeeling) e Bob Marlon; no sábado, Geraldo Carvalho toca Lá Na Carioca, a partir das 15h, com direito a feijoada; e continua às 20h no Bardallos com show da banda Lunares, e baile black do DJ Samir.
Fonte: Tribuna do Norte
sábado, 18 de dezembro de 2010
Católicos de São José de Mipibu protestam contra invasão da Igreja Matriz por membros de passeata gay
Católicos de São José de Mipibu realizarão o Ato de Desagravo ao padre Matias, pároco da paróquia de Santana e São Joaquim, na próxima segunda-feira, 20, às 18h30, com concentração na Praça da Saudade, com a presença do Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo. Membros das igrejas evangélicas da região também estarão presentes.
No último sábado, 11, pessoas que participavam de uma passeata gay, promovida pela ONG mipibuense Terra Viva, invadiram a Matriz de Santana e São Joaquim no momento em que era realizado o “Terço das Mulheres” para protestar contra um artigo escrito sobre o assunto pelo padre Matias. “A invasão ocorreu por volta das 19h. Vários homens seminus e bêbados invadiram a igreja gritando palavras de baixo calão e acusando padre Matias de homofobia”, revelou uma fonte, morador da cidade.
A Polícia Militar precisou deslocar oito viaturas para conter a fúria dos participantes da passeata e vários blogs mipibuenses divulgaram fotos do incidente. “Existem também várias filmagens do momento em que aqueles homens invadiram a igreja”, acrescentou a fonte, informando também que os invasores acusavam generalizadamente os católicos presentes de serem pedófilos.
Interesses
Alguns católicos da cidade desconfiam que a invasão não foi um ato isolado de alguns, mas uma atitude incentivada diante de interesses frustrados, previamente divulgados pela ONG Terra Viva, organizadora do evento, por meio de um programa de rádio, de acordo com análises de vários blogueiros de São José do Mipibu, que divulgaram amplamente o fato pela Internet, entre eles a decisão da prefeitura de não permitir eventos de grande porte no largo da Igreja Matriz. (LS).
Foto: Padre Matias
Crédito: Isabel Cristina
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9986-2453 9144-6632
Nosso blog
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Nosso e-mail
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No último sábado, 11, pessoas que participavam de uma passeata gay, promovida pela ONG mipibuense Terra Viva, invadiram a Matriz de Santana e São Joaquim no momento em que era realizado o “Terço das Mulheres” para protestar contra um artigo escrito sobre o assunto pelo padre Matias. “A invasão ocorreu por volta das 19h. Vários homens seminus e bêbados invadiram a igreja gritando palavras de baixo calão e acusando padre Matias de homofobia”, revelou uma fonte, morador da cidade.
A Polícia Militar precisou deslocar oito viaturas para conter a fúria dos participantes da passeata e vários blogs mipibuenses divulgaram fotos do incidente. “Existem também várias filmagens do momento em que aqueles homens invadiram a igreja”, acrescentou a fonte, informando também que os invasores acusavam generalizadamente os católicos presentes de serem pedófilos.
Interesses
Alguns católicos da cidade desconfiam que a invasão não foi um ato isolado de alguns, mas uma atitude incentivada diante de interesses frustrados, previamente divulgados pela ONG Terra Viva, organizadora do evento, por meio de um programa de rádio, de acordo com análises de vários blogueiros de São José do Mipibu, que divulgaram amplamente o fato pela Internet, entre eles a decisão da prefeitura de não permitir eventos de grande porte no largo da Igreja Matriz. (LS).
Foto: Padre Matias
Crédito: Isabel Cristina
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Livro "O Rei do Baião" reforça a importância de Luiz Gonzaga
Por José Nêumanne*
Saiba que lá pelos anos 60 do século passado a Música Popular Brasileira, dita MPB, vivia à mercê da guerra da turma do tamborim contra a patota da guitarra elétrica Então, o pernambucano Luiz Gonzaga (homônimo do santo) do Nascimento (sobrenome inventado para comemorar a proximidade do aniversário dele com o Natal) foi despejado para o ostracismo total. Aí, emergiu das sombras a ruidosa figura do roqueiro capixaba Carlos Imperial e propagou a boa nova: "Os Beatles gravaram Asa Branca." Era mentira. Mas o ‘gordo da Corte’ havia proferido uma sacada genial: o mulato da Chapada do Araripe não era um compositor e cantor à altura de John Lennon e Paul McCartney. Mas, como os fabulosos garotos de Liverpool, ele tinha fundado uma estética, inaugurado uma cultura. Os quatro cavaleiros do Império Britânico foram muito além do universo dos rouxinóis e viraram o Ocidente de pernas para o ar. E o sanfoneiro do Exu inventou a cultura regional nordestina.
Para esta constatação chama a atenção um livro que reúne ensaios em prosa, fotos e xilogravuras encomendados, reunidos e coletados pelo artista plástico, poeta, compositor e curador de exposições paraense Bené Fonteles: "O Rei e o Baião". No luxuoso e belíssimo volume editado pela Fundação Athos Bulcão, de Brasília, e financiado pelo Ministério da Cultura, não faltam excelentes textos de autores do naipe do compositor e cantor baiano Gilberto Gil, da professora cearense Elba Braga Ramalho, do poeta baiano Antônio Risério. Mas o que há de mais notável é a parte visual, a cargo do fotógrafo Gustavo Moura e dos xilogravadores João Pedro do Juazeiro, José Lourenço e Francorli & Carmem.
Todos eles contribuíram para uma visão multidisciplinar completa do Rei do Baião, que, morto há 21 anos, ainda é venerado como o símbolo vivo da diáspora nordestina. Seu cetro se explica de certa forma pela frase-síntese do maior folclorista brasileiro, o potiguar Luís da Câmara Cascudo: "O sertão é ele." Mas isto é só o ponto de partida.
A entronização de Lua se deve ao fato de ele ter incorporado a cultura rural sertaneja à indústria cultural urbana. Por isso, dele só se aproxima em importância na história de nosso cancioneiro a geração de sambistas cariocas dos anos 30, aos quais se juntou o mineiro Ary Barroso. Como os precursores do maior espetáculo do mundo - o desfile das escolas de samba do Rio -, Gonzagão inspirou as festas de São João: ao criar o primeiro trio com sanfona, zabumba e triângulo, ele instaurou a música regional nordestina, introduziu ao mercado a atividade de instrumentista e intérprete oriundo do sertão e interferiu na indústria cultural com nova modalidade.
Quem folheia o livro compreenderá, pela visão do conjunto da obra, que Gonzaga não virou rei pelas canções que compôs. Aliás, o uso deste verbo é controverso, pois, na verdade, mais do que compor ele adaptou temas ouvidos nas brenhas de origem ou atravessou em parcerias com autores interessados em obter seu aval de sucesso garantido. Mas, sim, por mercê da sintonia mágica com seus dois talentosos parceiros iniciais, o advogado cearense Humberto Teixeira e o folclorista pernambucano Zé Dantas, e da indumentária típica que inventou para se apresentar: gibão de vaqueiro e chapéu de cangaceiro. E mais ainda pela intuição genial que demonstrou ao transformar a fortuna melódica do cancioneiro dos cafundós sertanejos em gêneros musicais e ritmos de dança que, só por causa dele, encantam e mobilizam o público, além de produzir sucesso e fortuna para compositores e intérpretes no rádio, depois na televisão e nos salões de festa. Jackson do Pandeiro, Marinês, Antônio Barros e Cecéu, Genival Lacerda, Flávio José, Santanna Cantador e outros grandes autores e cantores não teriam exercido seu talento nem viveriam dos frutos dele se o filho de Januário não houvesse tirado dos baixos de sua sanfona o baião, o forró, o arrasta-pé.
O livro deixa isso claro. Pena que tenham sido omitidas informações sobre os autores de textos, xilogravuras e fotos. O leitor merecia saber quem constatou que Luiz Gonzaga foi o semideus que criou o Nordeste Musical Brasileiro.
JOSÉ NÊUMANNE É ESCRITOR, EDITORIALISTA DO JORNAL DA TARDE E CURADOR LITERÁRIO DO INSTITUTO DO IMAGINÁRIO DO POVO BRASILEIRO
Fonte: Tribuna do Norte, 18.12.010
Saiba que lá pelos anos 60 do século passado a Música Popular Brasileira, dita MPB, vivia à mercê da guerra da turma do tamborim contra a patota da guitarra elétrica Então, o pernambucano Luiz Gonzaga (homônimo do santo) do Nascimento (sobrenome inventado para comemorar a proximidade do aniversário dele com o Natal) foi despejado para o ostracismo total. Aí, emergiu das sombras a ruidosa figura do roqueiro capixaba Carlos Imperial e propagou a boa nova: "Os Beatles gravaram Asa Branca." Era mentira. Mas o ‘gordo da Corte’ havia proferido uma sacada genial: o mulato da Chapada do Araripe não era um compositor e cantor à altura de John Lennon e Paul McCartney. Mas, como os fabulosos garotos de Liverpool, ele tinha fundado uma estética, inaugurado uma cultura. Os quatro cavaleiros do Império Britânico foram muito além do universo dos rouxinóis e viraram o Ocidente de pernas para o ar. E o sanfoneiro do Exu inventou a cultura regional nordestina.
Para esta constatação chama a atenção um livro que reúne ensaios em prosa, fotos e xilogravuras encomendados, reunidos e coletados pelo artista plástico, poeta, compositor e curador de exposições paraense Bené Fonteles: "O Rei e o Baião". No luxuoso e belíssimo volume editado pela Fundação Athos Bulcão, de Brasília, e financiado pelo Ministério da Cultura, não faltam excelentes textos de autores do naipe do compositor e cantor baiano Gilberto Gil, da professora cearense Elba Braga Ramalho, do poeta baiano Antônio Risério. Mas o que há de mais notável é a parte visual, a cargo do fotógrafo Gustavo Moura e dos xilogravadores João Pedro do Juazeiro, José Lourenço e Francorli & Carmem.
Todos eles contribuíram para uma visão multidisciplinar completa do Rei do Baião, que, morto há 21 anos, ainda é venerado como o símbolo vivo da diáspora nordestina. Seu cetro se explica de certa forma pela frase-síntese do maior folclorista brasileiro, o potiguar Luís da Câmara Cascudo: "O sertão é ele." Mas isto é só o ponto de partida.
A entronização de Lua se deve ao fato de ele ter incorporado a cultura rural sertaneja à indústria cultural urbana. Por isso, dele só se aproxima em importância na história de nosso cancioneiro a geração de sambistas cariocas dos anos 30, aos quais se juntou o mineiro Ary Barroso. Como os precursores do maior espetáculo do mundo - o desfile das escolas de samba do Rio -, Gonzagão inspirou as festas de São João: ao criar o primeiro trio com sanfona, zabumba e triângulo, ele instaurou a música regional nordestina, introduziu ao mercado a atividade de instrumentista e intérprete oriundo do sertão e interferiu na indústria cultural com nova modalidade.
Quem folheia o livro compreenderá, pela visão do conjunto da obra, que Gonzaga não virou rei pelas canções que compôs. Aliás, o uso deste verbo é controverso, pois, na verdade, mais do que compor ele adaptou temas ouvidos nas brenhas de origem ou atravessou em parcerias com autores interessados em obter seu aval de sucesso garantido. Mas, sim, por mercê da sintonia mágica com seus dois talentosos parceiros iniciais, o advogado cearense Humberto Teixeira e o folclorista pernambucano Zé Dantas, e da indumentária típica que inventou para se apresentar: gibão de vaqueiro e chapéu de cangaceiro. E mais ainda pela intuição genial que demonstrou ao transformar a fortuna melódica do cancioneiro dos cafundós sertanejos em gêneros musicais e ritmos de dança que, só por causa dele, encantam e mobilizam o público, além de produzir sucesso e fortuna para compositores e intérpretes no rádio, depois na televisão e nos salões de festa. Jackson do Pandeiro, Marinês, Antônio Barros e Cecéu, Genival Lacerda, Flávio José, Santanna Cantador e outros grandes autores e cantores não teriam exercido seu talento nem viveriam dos frutos dele se o filho de Januário não houvesse tirado dos baixos de sua sanfona o baião, o forró, o arrasta-pé.
O livro deixa isso claro. Pena que tenham sido omitidas informações sobre os autores de textos, xilogravuras e fotos. O leitor merecia saber quem constatou que Luiz Gonzaga foi o semideus que criou o Nordeste Musical Brasileiro.
JOSÉ NÊUMANNE É ESCRITOR, EDITORIALISTA DO JORNAL DA TARDE E CURADOR LITERÁRIO DO INSTITUTO DO IMAGINÁRIO DO POVO BRASILEIRO
Fonte: Tribuna do Norte, 18.12.010
UMA GLOSA FESCENINA DE LAELIO FERREIRA
M O T E :
Quem será esse velhote
tarado e de boa língua?
G L O S A :
È um jumentinho de lote,
danado dentro de um táxi...
Quem é quem? - mandem-me um fax!
Quem será esse velhote?
Ergue, ainda, o clavinote?
Capricha na cunilíngua?
É um perito em trava-língua (**),
escritor contemporâneo?
- Quem é esse conterrâneo,
tarado e de boa língua?
(*) Cidade Alta bairro no centro da Cidade do Natal/RN
(**) Trava-língua (Dicionário Aurélio) Certa modalidade de parlenda: Sob a denominação genérica de literatura oral, agrupam-se múltiplas espécies do folclore narrativo, do folclore poético e do folclore linguístico. Entre essas últimas, destaca-se o trava-língua, modalidade de parlenda, em prosa ou verso, caracterizada, e de tal forma ordenada, que se torna extremamente difícil e, às vezes, quase impossível, pronunciá-la sem tropeço. (Antônio Henrique Weitzel, Trava-Língua Educando e Divertindo, Minas Gerais, Suplemento Literário, 23.8.1980.)[Pl.: trava-línguas.]
Laélio Ferreira
Postado por Fernando Caldas
Quem será esse velhote
tarado e de boa língua?
G L O S A :
È um jumentinho de lote,
danado dentro de um táxi...
Quem é quem? - mandem-me um fax!
Quem será esse velhote?
Ergue, ainda, o clavinote?
Capricha na cunilíngua?
É um perito em trava-língua (**),
escritor contemporâneo?
- Quem é esse conterrâneo,
tarado e de boa língua?
(*) Cidade Alta bairro no centro da Cidade do Natal/RN
(**) Trava-língua (Dicionário Aurélio) Certa modalidade de parlenda: Sob a denominação genérica de literatura oral, agrupam-se múltiplas espécies do folclore narrativo, do folclore poético e do folclore linguístico. Entre essas últimas, destaca-se o trava-língua, modalidade de parlenda, em prosa ou verso, caracterizada, e de tal forma ordenada, que se torna extremamente difícil e, às vezes, quase impossível, pronunciá-la sem tropeço. (Antônio Henrique Weitzel, Trava-Língua Educando e Divertindo, Minas Gerais, Suplemento Literário, 23.8.1980.)[Pl.: trava-línguas.]
Laélio Ferreira
Postado por Fernando Caldas
90 ANOS DE MAROQUINHAS HOJE
Por Joao Celso Neto
“Longe de holofotes ou badalações, neste 18 de dezembro, em Brasília, Maria Olímpia Neves de Oliveira recebeu, em suas palavras, as pessoas mais queridas para um almoço em que celebrou seus 90 anos.
Ali estiveram os parentes, amigos, ex-colegas do Incra e vizinhos ou companheiros de Igreja.
Ela, que exerceu a política do P (maiúsculo) no Rio Grande do Norte por muitos anos e que voluntariamente optou por ser apenas uma servidora pública aposentada, retraída e afastada das lides (por mais que, quem sabe, ainda pudesse influenciar algum antigo “eleitor seu” – ainda os há), é um exemplo de vida.
Lúcida e com uma memória privilegiada, vez por outra é consultada para dar seu testemunho do que se passou e como se passou determinado fato no Açu, de 1940 a 1969 (quando encerrou seu mandato de Prefeita Municipal).
A “Onça”, como era conhecida, gozava de prestígio em todo o Estado. Mesmo residindo longe (Rio ou Brasília), foi convidada algumas vezes para ir participar de campanhas políticas, pois sua presença, seu discurso ou uma simples carta poderia representar mais um punhado de votos. Acedeu aos convites umas poucas vezes, talvez não mais que duas ou três.
Seu maior orgulho é ter sido professora primária de algumas gerações, no velho Grupo Escolar Tenente-Coronel José Correia, do qual foi também diretora.
Era excepcional no mister de ensinar, formada na Escola Normal do Colégio Nossa Senhora das Vitórias em uma turma de outras tantas professoras que fizeram história. Digo-o com conhecimento de causa, pois foi ela quem me ensinou a ler e a escrever, em 1949 ou 1950 (não me lembro mais).
Um outro traço marcante de sua personalidade ímpar é não guardar rancor ou ideia de revanchismo em relação àqueles que, em algum momento ou de alguma forma, lhe hajam criticado ou se posto em polo oposto. Certamente, ela foi para o outro lado também, em relação a muitos.
Aqui, por exemplo, esteve com Dinarte Mariz e Aloisio Alves (que, longe do RN, conviviam como mandam as regras de boa polidez; AA visitou DM em seu leito de morte, acho).
O espírito cristão se manifesta na ajuda a muitos necessitados. Chego a dizer-lhe que ela está sendo explorada. Tem uma vida extremamente regrada, controlando sua aposentadoria modesta e sempre pronta a mandar rezar uma missa pela alma de quem lhe pareça merecedor ou necessitado. Que o digam os artistas, sobretudo os de antigamente: Luiz Lua Gonzaga (seu hóspede tantas vezes e que tive oportunidade de testemunhar um último reencontro dos dois aqui em Brasília uns poucos meses antes da morte dele), Jackson do Pandeiro, Nélson Gonçalves, .... sem prejuízo de mandar rezar pelo judeu Bussunda.
Maroquinhas constitui realmente um exemplo raro: passou mais de 40 anos mandando e desmandando, mas se retirou da vida pública tão pobre quanto nela ingressara.“
Postado por Fernando Caldas
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
TORRE DA IGREJA CAI APÓS 27 ANOS SUBMERSA
Ilustração do blog
Jotta Paiva - Jornal de Fato
São Rafael – O município perdeu o seu maior símbolo turístico. Na passagem de quinta, 16, para sexta-feira, 17, a torre da igreja da cidade antiga, inundada pelas águas da barragem Engenheiro Armando Ribeiro na década de 80, ruiu, fazendo desaparecer 60 anos de história e 27 anos de símbolo visual. Depois da inundação da cidade antiga, desocupada pelo Governo, a torre da Igreja de Nossa Senhora da Conceição se transformou na principal insígnia do município, que é um dos que integram o Polo Costa Branca.
Segundo a turismóloga Jane Santos, o desaparecimento da torre ocorreu por volta da meia-noite da quinta para ontem e foi ouvida por pescadores. “Algumas pessoas ouviram um barulho, mas não imaginaram que se tratava da torre da igreja velha”, disse.
A notícia abalou a cidade, que tem no turismo um dos seus potenciais financeiros. Embora possua muitas outras belezas naturais, a torre da igreja, perdida no meio das águas do açude, era um dos lugares mais visitados da cidade, que mantinha um passeio de barco em sua volta, enquanto um guia turístico contava a história da transição da cidade antiga para a cidade nova.
De acordo com o auxiliar de turismo Artur Marinheiro, da Prefeitura de São Rafael, a população já havia se acostumado com o monumento e, por isso, não acreditava que ele ruísse. “Já fazia 27 anos, desde que a cidade antiga foi inundada, por isso a população não pensava que um dia esse patrimônio fosse destruído.”
Artur contou que a torre da igreja antiga tinha sido reformada duas vezes nas duas gestões anteriores e estava bem conservada. “Acreditamos que o problema foi mesmo em sua fundação, que não resistiu ao tempo”, disse.
A Prefeitura tinha enviado, em janeiro deste ano, a solicitação do tombamento da torre à Fundação José Augusto, mas a documentação não ainda não foi aprovada. A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de São Rafael completou 90 anos de existência em 2010, mas fontes não oficiais alegam que o prédio da igreja devia ter entre 100 e 102 anos.
Jotta Paiva - Jornal de Fato
São Rafael – O município perdeu o seu maior símbolo turístico. Na passagem de quinta, 16, para sexta-feira, 17, a torre da igreja da cidade antiga, inundada pelas águas da barragem Engenheiro Armando Ribeiro na década de 80, ruiu, fazendo desaparecer 60 anos de história e 27 anos de símbolo visual. Depois da inundação da cidade antiga, desocupada pelo Governo, a torre da Igreja de Nossa Senhora da Conceição se transformou na principal insígnia do município, que é um dos que integram o Polo Costa Branca.
Segundo a turismóloga Jane Santos, o desaparecimento da torre ocorreu por volta da meia-noite da quinta para ontem e foi ouvida por pescadores. “Algumas pessoas ouviram um barulho, mas não imaginaram que se tratava da torre da igreja velha”, disse.
A notícia abalou a cidade, que tem no turismo um dos seus potenciais financeiros. Embora possua muitas outras belezas naturais, a torre da igreja, perdida no meio das águas do açude, era um dos lugares mais visitados da cidade, que mantinha um passeio de barco em sua volta, enquanto um guia turístico contava a história da transição da cidade antiga para a cidade nova.
De acordo com o auxiliar de turismo Artur Marinheiro, da Prefeitura de São Rafael, a população já havia se acostumado com o monumento e, por isso, não acreditava que ele ruísse. “Já fazia 27 anos, desde que a cidade antiga foi inundada, por isso a população não pensava que um dia esse patrimônio fosse destruído.”
Artur contou que a torre da igreja antiga tinha sido reformada duas vezes nas duas gestões anteriores e estava bem conservada. “Acreditamos que o problema foi mesmo em sua fundação, que não resistiu ao tempo”, disse.
A Prefeitura tinha enviado, em janeiro deste ano, a solicitação do tombamento da torre à Fundação José Augusto, mas a documentação não ainda não foi aprovada. A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de São Rafael completou 90 anos de existência em 2010, mas fontes não oficiais alegam que o prédio da igreja devia ter entre 100 e 102 anos.
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